Igreja Paroquial de São Mateus da Calheta / Igreja de São Mateus / Igreja Nova
| IPA.00029671 |
Portugal, Ilha Terceira (Açores), Angra do Heroísmo, São Mateus da Calheta |
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Igreja paroquial construída no séc. 20, constituindo o maior templo rural da ilha Terceira e um dos maiores dos Açores. Tem planta composta por nave e capela-mor, mais baixa e estreita, interiormente com iluminação axial e bilateral. As fachadas são rebocadas e pintadas, com elementos estruturais e molduras dos vãos a cantaria. A fachada principal é harmónica, com torres sineiras flanqueando pano terminado em frontão recortado, rasgado por três eixos de vãos, de verga reta com friso convexo e cornija, correspondendo a portal, com frontão triangular, e painel escultórico, entre dois registos de janelas. Os vãos do segundo registo do pano central são encimados por cartelas inscritas e ao centro surge troféu com símbolos das três Virtudes Cardeais. As torres sineiras de três registos, têm os inferiores rasgados por janelas iguais às da igreja, e o último por sineiras em arco de volta perfeita sobre pilastras. As fachadas laterais terminam em platibanda plena e são rasgadas por duas janelas e porta travessa com frontão triangular, e na posterior abre-se janela no topo da nave, atualmente entaipada, e capela-mor, e um óculo circular. O último registo das torres possui esquema de vãos distintos por face, apresentando um único vão no pano frontal, dois nos laterais e três nos posteriores. |
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Número IPA Antigo: PT071901130067 |
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Registo visualizado 1290 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta retangular composta por nave e capela-mor, mais baixa e estreita, à qual se adossam de ambos os lados corpos retangulares, de dois pisos, e à fachada principal torres sineiras quadrangulares. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja, de uma nos anexos, rematadas em beirada simples, e em coruchéu facetado nas torres sineiras, pintadas de branco. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento, cunhais, pilastras, frisos, cornijas e molduras dos vãos em cantaria. Fachada principal virada a SE., terminada em frontão recortado, decorado por relógio circular central, coroado por cruz latina em ferro assente e plinto galbado ornado de volutas e plinto paralelepipédico, e com pináculos laterais. É rasgada em dois registos, separados por cornija e friso, por três eixos de vãos retilíneos, com molduras encimadas por friso convexo e cornija reta, as janelas com peitoril, correspondendo no central a portal encimado por frontão triangular e a painel retangular moldurado, contendo troféu com símbolos das três Virtudes Cardeais, encimado por espaldar recortado rematado em cornija angular; nos eixos laterais surgem janelas, as superiores encimadas por cartelas retangulares molduradas. Sensivelmente recuado da fachada, dispõem-se de cada lado torre sineira, de três registos, separados por cornija e friso, tendo os dois inferiores rasgados por uma janela igual às da igreja e o terceiro por sineira em arco de volta perfeita sobre pilastras, albergando sino; nas faces laterais este registo é rasgado por dois vãos semelhantes mas mais estreitos e na posterior por três, ainda mais estreitos e com os laterais mais baixos. As torres rematam em cornija encimada por platibanda plena coroada por pináculos piramidais com bola nos cunhais e são cobertas por coruchéu piramidal facetado, assente em falso tambor rasgado por vãos muito apontados. Fachadas laterais rematadas em cornija encimada por platibanda plena, com a nave rasgada por duas janelas retilíneas e porta travessa de verga reta, encimada por frontão triangular, e os anexos por janela de peitoril no primeiro piso, virada a SE. e a NO., e por duas janelas de varandim, no segundo piso, viradas a E. ou O.; os anexos adossados à capela-mor, de dois panos na lateral direita, são rasgados por dois ou três janelas de peitoril em cada um dos pisos. Fachadas posteriores terminadas em empena, coroadas por cruz latina em ferro, a da nave rasgada por janela retilínea entaipada e a da capela-mor por janela retilínea e óculo circular; nos anexos abrem-se porta de verga reta. No interior possui sete retábulos. |
Acessos
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São Mateus da Calheta, Estrada Regional N1-1; Caminho da Vila Maria |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no interior da povoação, inserido em adro adaptado ao declive do terreno, mais acentuado na zona da capela-mor, onde é envolvida por gradeamento em ferro assente em murete. É circundado por vias, possuindo em quase todo o perímetro passeio separador; frontalmente possui largo, utilizado para estacionamento automóvel, com portal precedido por escadaria. |
Descrição Complementar
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Na fachada principal, o tímpano do painel central tem a inscrição SUPER THESAUROS ALCISFUIT 1 Par. C.XXVII 25, a cartela que encima a janela do eixo esquerdo tem a envolver o monograma AVE a inscrição "ORA PRO NOBIS", e na cartela do eixo direito, sobre um livro aberto com uma pena existe a inscrição "QUABRITO PRIMUM REGNUM DEI". Sobre as janelas do segundo registo das torres sineiras existe cartela com as inscrições "21-IX-1895", na esquerda, e "4-VI-1911" na direita. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Angra) |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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PROJETO: António Baía Paixão (1895). |
Cronologia
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Séc. 15 - o primeiro núcleo de povoadores fixou-se nas imediações do Poço da Luz, na época uma zona baixa e alagadiça, separada do mar por um cordão de calhau rolado, e onde se construiu um poço de maré; 1557, 6 Fevereiro - data da primeira referência documental à existência da igreja no testamento de Pedro Cota da Malha, então residente na Quinta da Prainha, determinando "que o que vivo ficar de cada um de nós mande acabar à custa de nossas terças o corpo da igreja do apóstolo S. Mateus da Calheta"; verifica-se assim que a igreja estava em construção, na Ponta de São Mateus; 1560, cerca - elevação da povoação a paróquia; 1568 - referência documental à paróquia de São Mateus da Prainha; 1641 - data dos primeiros registos paroquiais; 1694 / 1700, entre - demolição da igreja e sua reconstrução mais para o interior, construindo-se uma cruz no adro da nova igreja a assinalar o lugar da antiga capela-mor; 1695 - segundo frei Agostinho de Monte Alverne a paróquia tinha vigário, cura e tesoureiro, com 100 fogos e 250 pessoas de confissão; 1700 - conclusão da igreja, actualmente conhecida como Igreja Velha; 1893, 28 Agosto - ciclone deixa a igreja destelhada, a qual foi abandonada; 1895, 21 Setembro - lançamento da primeira pedra da nova igreja num terreno doado por uma benfeitora, no interior da povoação e afastado do mar; o projecto foi de autoria de António Baía Paixão, funcionário das Obras Públicas de Angra, com o auxílio do padre Manuel Maria da Costa; 1911 - conclusão das obras da igreja, orçadas em 46:295$277; a obra foi custeada pela comunidade paroquial e por um subsídio de 1:000$000 concedido pelo Governo; 4 Junho - bênção da igreja pelo cónego António Maria Ferreira, protonotário apostólico "ad instar", então vigário capitular "sede vacante"; 1922 - aquisição dos sinos. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra, rebocada e pintada; embasamento, frisos, pilastras, cornijas, pináculos e molduras dos vãos em cantaria basáltica; painéis de cantaria; portas de madeira; vidros simples; coberturas de telha. |
Bibliografia
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Sãoo_Mateus_da_Calheta, [consultado em janeiro 2010]; http://pt.wikipedia.org/wiki/São_Mateus_da_Calheta, [consultado em janeiro 2010]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Paula Noé 2010 |
Actualização
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Paula Noé 2012 |
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