Pelourinho de Casal
| IPA.00002972 |
Portugal, Guarda, Seia, Travancinha |
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Pelourinho quinhentista, de bloco prismático, com soco quadrangular de cinco degraus, de onde evolui fuste de secção quadrada e de arestas chanfradas, criando um ocotógono, com remate em bloco com decoração heráldica. Apresenta afinidades com o Pelourinho de Ínfias (v. PT020905070005). Foi integrado na construção anexa, onde se acha embebido o soco, tendo o remate assente directamente no fuste. Motivos decorativos com pináculos bojudos, toros entrelaçados, motivo formado por dois círculos unidos integrando no seu interior flor-de-lis estilizada, provável alusão à Ordem de Avis, a cuja comenda pertencia. |
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Número IPA Antigo: PT020912240004 |
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Registo visualizado 786 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição de ordem militar Tipo bloco
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Descrição
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Estrutura em cantaria de granito, composta por soco de cinco degraus quadrados, interceptados em dois lados por construção anexa. Coluna de fuste octogonal de superfície lisa e com base quadrada chanfrada nos ângulos. O remate assenta directamente sobre o fuste, constituído por paralelepípedo decorado nos ângulos por pináculos bojudos que se ligam superiormente ao coroamento. Apresenta, nas faces E. e O., escudo com as armas nacionais e, nas faces N. e S., motivo formado por dois círculos unidos integrando no seu interior flor-de-lis estilizada *1. Coroamento por peça tronco-cónica, decorada com toros entrelaçados, já pouco nítidos, e encimada por peça hexagonal que constitui a base de pináculo incompleto. |
Acessos
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Largo do Pelourinho. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,414153; long.: -7,818151 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1ª série, nº 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano, flanqueado, situa-se em local mais ou menos plano, constituindo terreiro amplo. Duas construções interceptam parte do soco do pelourinho. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1182 - concessão de carta de foral pelo senhor destas terras, Guilhelmo, dada aos 30 moradores da sua herdade (Leal); 1258 - segundo as Inquirições, a Infanta D.Mafalda, filha de D. Sancho I, adquiriu algumas terras, depois doadas à Ordem de Calatrava, que, posteriormente, se viria a tornar comenda da Ordem de Avis, que talvez tivesse concedido carta de foral; 1514 - concessão de carta de foral por D. Manuel, com a designação de Comenda de Casal da Ordem de Avis; parte dos foros pertenciam também à Ordem dos Hospitalários, Igreja de Santa Maria de Seia e Igreja de São Martinho; 1527 - mencionado como concelho e Casal e Travancinha encontravam-se unidas como cabeça de concelho, localizando-se em Casal a Casa da Câmara e Tribunal e em Travancinha a Cadeia; séc. 16, meados ou fins - provável edificação do pelourinho; 1841 - extinção do estatuto concelhio e integração no município de Ervedal, transitando posteriormento para Oliveira do Hospital; 1855 - integração no município de Seia; séc. 19, fins / séc. 20, início - foi projectada a demolição para regularização do largo, evitada pela intervenção do Tenente-Coronel Adauta de Figueiredo, que o mandou consolidar; posteriormente, o soco foi interceptado pela construção de dois edifícios; séc. 20, década de 40 - construção da casa que envolveu o pelourinho. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito. |
Bibliografia
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AZEVEDO, Correia, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-Os-Montes, Alto Douro e Beiras, Porto, 1967; BARROCO, Joaquim Manuel, Panoramas do Distrito da Guarda, Guarda, 1978; BIGOTTE, José Quelhas, O Culto de Nossa Senhora na Diocese da Guarda, Lisboa, 1948; DIAS, António, Ensaio Monográfico das Terras de Seia, Casal - Travancinha, in A Voz da Serra, Seia, 1948; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, Viseu, 1973, vol. XXXII; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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*1 - subsiste a referência à forca, sendo também conhecido o local onde existia a antiga Casa da Câmara. |
Autor e Data
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Margarida Conceição 1992 |
Actualização
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