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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal de nave única e capela-mor, mais estreito, tendo adossado à fachada lateral esquerda torre sineira quadrangular e sacristia. Volumes escalonados com coberturas em telhados de duas águas na igreja, de uma na sacristia, rematados em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco. Fachada principal com embasamento, cunhais apilastrados, o direito coroado por pináculo, terminada em frontão sobrelevado ao centro, sendo delimitado por volutas interrompidas por cruz latina; é rasgada por portal de verga recta com moldura encimada por friso e cornija recta, sobrepujada por cartela inscrita, e por grande óculo circular, ladeado por mísulas suportando elemento decorativo em forma de vela; o tímpano é decorado com duas volutas e duas estrelas embutidas. Torre sineira com pilastras nos cunhais e de dois registos separados por cornija, rasgando-se no inferior janela quadrangular moldurada de iluminação do antigo baptistério e no superior, três sineiras em arco de volta perfeita; remate em cornija e cobertura em cúpula bolbosa sobre falso tambor facetado, rematada por pináculo. A torre é acedida na face posterior por porta ao nível do coro-alto, precedida por escada exterior construída sobre instalações sanitárias. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco. Nave com coro-alto em madeira, suportado por três mísulas de pedra, acedido por escada estreita, do lado da Epístola. No sub-coro, existe guarda-vento em madeira e, do lado do Evangelho, porta de acesso ao antigo baptistério, sob a torre sineira, actualmente utilizado para arrumos. Lateralmente abrem-se portas travessas e, do lado do Evangelho, uma porta outra, menor, de ligação à sacristia. Arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras ladeado por dois retábulos colaterais, postos de ângulo, de talha policroma e dourada, de planta côncava e três eixos. Tecto em masseira, de madeira pintada, formando apainelados. Na capela-mor abre-se do lado do Evangelho porta de acesso à sacristia. Retábulo-mor em talha policroma e dourada de planta côncava e três eixos. Tecto em madeira pintada falsa abóbada de berço. |
Acessos
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Mosteiro, Largo Jorge de Freitas Silva; Rua do Outeiro |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Ergue-se na costa sudoeste da ilha das Flores. Urbano, isolado, inserido em adro murado e nivelado. Nas imediações ergue-se o Império do Espírito Santo, datado de 1879. |
Descrição Complementar
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Sobre o portal existe cartela com a inscrição: DA SANTÍSSIMA TRINDADE FEITA NO ANNO DE 1846. Ao lado da porta de acesso ao baptistério existe lápide em mármore com a inscrição À MEMÓRIA DE MARIA LUÍSA RODRIGUES JORGE QUE COSTEOU UM GRANDE RESTAURO DESTA IGREJA E LEGOU, NO SEU TESTAMENTO, AVULTADA HERANÇA A ESTA PARÓQUIA. HOMENAGEM DE GRATIDÃO DOS SEUS CONTERRÂNEOS. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Angra) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENTALHADOR: Manuel Augusto Ferreira da Silva (1906). |
Cronologia
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1846 - data inscrita sobre o portal axial; data do regresso à ilha das Flores de António de Freitas, ex-seminarista nascido na Fajãzinha (provavelmente no lugar do Mosteiro, então parte da freguesia), que esteve emigrado em Macau, onde fez grande fortuna no tráfico de ópio e na compra de crianças, o qual decide financiar a construção de uma igreja no lugar de Mosteiro, sob invocação da Santíssima Trindade, "em sinal de reconhecimento por ter conseguido salvar todos os seus bens"; 1847, 8 Outubro - data do primeiro enterramento no cemitério local; 1850, 23 Outubro - decreto de D. Maria II elevando Mosteiro a paróquia, formando, com o lugar da Caldeira, uma nova freguesia que passa a denominar-se Mosteiro, substituindo a antiga de Mosteiros; 18 Novembro - alvará do bispo D. frei Estêvão de Jesus Maria elevando Mosteiro a paróquia; 1895, 18 Novembro / 1898, 13 Janeiro, entre - a freguesia do Mosteiro esteve integrada no concelho de Santa Cruz das Flores durante o qual o concelho das Lajes das Flores esteve suprimido; 1896 / 1915, entre - ampliação de uma antiga capela para igreja paroquial, por iniciativa do padre Caetano Bernardo de Sousa, que paroquiou no Mosteiro neste período; construção de uma nova capela-mor; 1906 - feitura do retábulo-mor pelo entalhador faialense Manuel Augusto Ferreira da Silva; os retábulos colaterais foram desenhados e esculpidos pelo Padre Guilherme, pároco do Mosteiro e da Fazenda das Lajes. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra rebocada e pintada de branco; pilastras, embasamento, frisos e cornijas, molduras dos vãos, arco triunfal, elementos decorativos e outros em cantaria; coro-alto em madeira; retábulos em talha policroma e dourada; cobertura em telha marselha. |
Bibliografia
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http://www.inventario.iacultura.pt, Janeiro 2010; http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_(Lajes_das_Flores), Janeiro 2010. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. *1 - O topónimo da freguesia, que em tempos se designou Mosteiros, parece derivar dos imensos rochedos que a rodeiam, sobretudo os grandes rochedos oceânicos junto ao litoral. |
Autor e Data
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Paula Noé 2010 |
Actualização
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