|
Edifício e estrutura Edifício Militar Castelo
|
Descrição
|
Castelo formado por dupla cintura de muralhas. A cintura exterior encontra-se muito incompleta, conservando-se somente o arranque de alguns troços nos lados E., S. e N.. A cintura interior de muralhas apresenta um traçado ovalado irregular, com o pano muralhado desprovido de merlões, interrompido no lado E.. Destaca-se a N., um troço quase recto, delimitado em todo o seu pé-direito por rochedos de grande dimensão. Conserva a base da torre de menagem, de planta rectangular e implantada a NO.. É visível o arranque de uma torre, também de planta rectangular a NE.. Sobre afloramento rochoso situado no flanco NE. identificam-se as marcas das fundações da muralha, que ali parece descrever uma inflexão quase ortogonal. Ao centro do recinto foi escavado na rocha um depósito quadrado. Do perímetro urbano muralhado subsistem apenas alguns troços na zona onde se localizava a porta N.. |
Acessos
|
Rua do Castelo. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,828654°, long.: -7.320195° |
Protecção
|
Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 21 354, DG, 1.ª série, n.º 136 de 13 junho 1932 |
Enquadramento
|
Paisagem natural, rural e urbana. Ocupa cabeço extremamente declivoso, a cerca de 819 metros de altitude, dominado por afloramentos graníticos ciclópicos, incorporados na própria construção. Eleva-se sobranceiro à zona do vale e antiga vila, que conserva alguns vestígios da cerca muralhada, não muito longe do Pelourinho (v. PT020913120005) e da Igreja de Santa Marinha (v. PT020913120003). Para Sul, avistam-se os castelos de Trancoso (v. PT020913170002) e Marialva (v. PT020909080011). |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Militar: castelo |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 12 / 13 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
Provável existência de castro, depois romanizado; 960 - referência ao castelo de Moraria no testamento de D. Flâmula Rodrigues; foi doado ao Convento de Guimarães; 997 - foi tomado por Almançor; 1055 - reconquista por Fernando o Magno de Leão; séc 12 - as principais estruturas podem ser atribuídas a este período, tendo-se detectado vestígios de superfície que indicam ter existido uma fundição no interior do castelo (BARROCA, 1991); concessão de carta de foral (sem data) por D. Afonso Henriques; pertenceu a Fernão Mendes de Bragança, mas após a sua morte reverteu para a coroa; 1217 - confirmação do foral por D. Afonso II; 1247 - local de acolhimento de D. Sancho II, antes da sua partida para o exílio em Toledo; 1422 - no Rol dos Besteiros, existe a referência a 1065 habitantes; 1496 - na Inquirição, surge a referência a 202 habitantes; 1512 - concessão de foral novo; pertenceu aos Fonseca Coutinho e depois aos Marqueses de Castelo Rodrigo; 1527 - no Numeramento, surge a referência a 428 habitantes; 1853 - visita de Alexandre Herculano que anotou o elevado grau de destruição; séc. 19 - recinto explorado pelos habitantes como pedreira; 1920 / 1930 - posição do Padre Júlio César Gomes contra a demolição do castelo para reaproveitamento de materiais nas construções particulares. Existiam duas cisternas, uma no sopé do cabeço com cobertura abobadada e outra a NO.. |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes |
Materiais
|
Granito, cantaria, aparelho isódomo |
Bibliografia
|
HERCULANO, Alexandre, Apontamentos de Viagem, (1853), Lisboa, 1986, pp. 136-137; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; ALMEIDA, João de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, 1945; BARROCO, Joaquim Manuel, Panoramas do Distrito da Guarda, Guarda, 1978; ALMEIDA, José António Ferreira de, (dir.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; TEIXEIRA, Irene Avilez, Trancoso, Terra de Sonho e Maravilha, Trancoso, 1982; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, 2ª ed., Lisboa, 1984; CORREIA, Joaquim Manuel Lopes, Trancoso (Notas para uma Monografia), 2ª ed., Trancoso, 1989; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Castelos e Cercas Medievais, in História das Fortificações Portuguesas no Mundo, Lisboa, 1989; BARROCA, Mário, Do Castelo da Reconquista ao Castelo Românico (Séc. IX a XII), in Portugália, Porto, nova série, vol. XI - XII, 1990 / 1991, pp. 89 - 135; GOMES, Rita Costa, Castelos da Raia. Beira, vol. I, Lisboa, 1997. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
IHRU: DGEMN/DSID, DSARH |
Intervenção Realizada
|
DGEMN: 1942 - obras de restauro: consolidação de muralhas em cantaria; apeamento e reconstrução de muralha em cantaria; 1943 - obras de restauro: consolidação de muralhas em cantaria; apeamento e reconstrução de muralha em cantaria; 1944 - obras de restauro: apeamento e reconstrução de muralha em cantaria; construção de muralha em alvenaria argamassada em estrutura e cantaria aparelhado em paramentos exteriores; escavação e remoção de terras. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Margarida Conceição 1992 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |