Seminário de Bragança / Seminário Maior de São José

IPA.00030421
Portugal, Bragança, Bragança, União das freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo
 
Arquitetura educativa, do séc. 20. Seminário de planta em U construído na década de 1930, com fachadas de grande regularidade, rasgadas por vãos retilíneos. A fachada principal apresenta três panos definidos por possantes pilastras em silharia fendida, coroadas por pináculos piramidais, terminados em cornija, sendo o central mais desenvolvido, de perfil contracurvado e rasgado por vãos abatidos, possuindo o portal de acesso ao imóvel, com moldura larga e côncava, protegido por alpendre quadrangular, formando varanda ao nível do segundo piso. As alas laterais são regulares, com janelas de peitoril molduradas e um portal côncavo ao centro do piso térreo. Nas fachadas laterais e na posterior, as alas são rasgadas por janelas de peitoril, com molduras mais salientes a envolver a zona da bandeira. Interior marcado pelo vestíbulo na ala central e pela capela na ala S.; esta apresenta nave e capela-mor, com ampla iluminação bilateral e coberturas em falsas abóbadas de berço, em madeira, coro-alto de madeira, capelas laterais revestidas e albergando retábulos de talha em branco, de planta reta e um eixo em revivalismo neoclássico, e retábulo-mor também de talha em branco, de planta reta e três eixos, em revivalismo neobarroco e neoclássico.
Número IPA Antigo: PT010402450319
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Educativo  Colégio religioso  Seminário  

Descrição

Planta em U composta pela ala central, que é a principal, a ala lateral esquerda ou a S., que integra a igreja, e a lateral direita ou a N. com a residência dos alunos, cozinha e refeitório. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de quatro e duas águas, rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de ocre, na fachada principal com embasamento de cantaria, rasgado por frestas de arejamento, e nas restantes com faixa cinzenta, e terminada em cornija; são rasgadas regularmente por vãos rectilíneos, moldurados e com caixilharia de duas folhas e bandeira. Fachada principal virada a S. de três pisos e três panos, o central mais estreito, definidos por pilastras colossais, alteadas relativamente à fachada e coroadas por pináculos piramidais sobre acrotérios, sendo as centrais mais largas, e rasgadas por eixo de vãos, coroadas por duplos pináculos e suportando o remate do pano em empena contracurvada, rematada por friso e cornija. No pano central rasgam-se em cada um dos pisos portal entre duas janelas de peitoril, todos de verga abatida com chave saliente, tipo lágrima estilizada; o do piso térreo é mais largo e tem moldura bastante larga e côncava, protegido por alpendre quadrangular sobre dois pilares cilíndricos e dois ultra-semicirculares ladeando o portal; o alpendre forma ao nível do segundo piso varanda bastante avançada, com guarda plena e em ferro, que se prolonga lateralmente, ainda que mais estreita, às janelas de sacada rasgadas nas pilastras definidoras do eixo, assentes em mísulas; no terceiro piso, a janela central é de sacada, assente em duas mísulas, com guarda plena e zona central em ferro; a chave desta janela, bem como as rasgadas entre as pilastras no segundo e terceiro piso, formam falsas mísulas. Superiormente existe registo de azulejo, bícromo azul e branco, com representação de São José segurando o Menino. Sobre as janelas do terceiro piso rasgadas nas pilastras surgem duas mísulas de cantaria para sustentação dos mastros de bandeira. Nos panos laterais rasgam-se, de cada lado, cinco eixos de vãos, correspondendo a janelas de peitoril e no primeiro piso a um portal, de moldura côncava e chave relevada; os vãos do piso térreo interligam-se por frisos verticais às janelas do segundo piso, que têm chave tipo lágrima estilizada, surgindo entre eles falsas mísulas. Nas fachadas laterais e na posterior, os vãos apresentam molduras com a verga e terço superior mais largo, enquadrando a bandeira. A fachada lateral esquerda da ala S. possui três falsos panos conferidos pela volumetria; o primeiro e mais alto, correspondendo ao topo da ala central, termina em empena truncada, e é rasgada no piso térreo por um porta entre duas janelas de peitoril, no segundo e terceiro por três janelas de peitoril, e nas águas furtadas por pequena janela central igual. O segundo pano é rasgado por porta de verga recta encimada no segundo e terceiro piso por duas janelas de peitoril e, na zona correspondente à nave, por porta travessa de verga abatida e janela e, num plano superior, por quatro janelas em arco de volta perfeita. O terceiro pano corresponde à capela-mor e sacristia, em eixo, mais estreito, é rasgado por porta e janela de verga abatida e, superiormente, por duas janelas e uma fresta, em arco de volta perfeita. O topo desta ala termina em empena, coroada por cruz, e possui registo de azulejos com representação de São José e o Menino. A fachada lateral direita da ala N. possui igualmente três falsos panos conferidos pela volumetria e quatro pisos; o primeiro, correspondendo ao topo da ala central, também terminado em empena truncada, é rasgado no primeiro piso por portal entre frestas jacentes e nos superiores é igual à fachada oposta; no segundo pano abrem-se três portas e dois vãos longilíneos no piso térreo, uma grande janela rectangular horizontal e outra vertical e uma de peitoril ao nível do segundo e quatro janelas de peitoril no terceiro e no quarto. O terceiro pano é rasgado regularmente por janelas de peitoril, tendo no piso térreo algumas mais largas e abrindo-se ainda duas portas, e no quarto por janelas mais baixas e com guarda de peito em ferro. O topo da ala, terminado em empena truncada, é rasgado por três eixos de janelas de peitoril, as do piso térreo sensivelmente mais largas e parcialmente entaipadas e no quarto piso por ampla janela rectangular, quase a toda a largura da fachada, correspondendo à capela privativa do seminário. Fachada posterior com a ala central do U com três pisos, rasgados regularmente por nove eixos de vãos rectilíneos, à excepção dos três centrais que têm verga abatida, todos com o mesmo tipo de moldura, correspondendo a janelas de peitoril e, no piso térreo, a três portas, uma ao centro e as outras nos extremos. A ala esquerda, com três pisos, possui o esquema de vãos semelhantes à fachada lateral direita, salvo no piso térreo onde se abrem vários portais num ritmo regular, um outro portal mais largo e ampla janela rectangular horizontal, encimada no segundo piso por janela de varandim. A ala direita possui um esquema de fenestração semelhante à da capela na lateral esquerda. INTERIOR com as paredes rebocadas e pintadas de branco e pavimentos cerâmicos ou de madeira. Na ala N., organizam-se, na cave, a sala da lareira, dividida em sala de leitura, de jogos e de reuniões; no piso térreo a cozinha, refeitório e bar, e no segundo e terceiro piso os 40 quartos individuais, com corredor central de distribuição tendo, no topo do piso superior, a capela privativa, com amplo vão virado à mata. Esta possui tecto de madeira com travejamento aparente, paredes forradas a madeira e supedâneo de cantaria de um degrau, sobre o qual surge mesa de altar em granito e ambão do mesmo material. Na ala S. fica a IGREJA de paredes rebocadas e pintadas de branco, apresentando lambril de madeira envernizada, ritmado por frisos verticais equidistantes, pavimento em soalho e cobertura em falsa abóbada de berço, de madeira, pintada de branco, sobre cornija. Coro-alto de madeira, com guarda em balaustrada, acedido por escada de caracol disposta no lado do Evangelho, com guarda em ferro; na parede fundeira possui a marcação de dois vãos em arco, cegos, sobrepostos por mísulas, ladeando porta de verga recta, que comunica com o edifício. Lateralmente, a nave tem três capelas laterais semelhantes, encimadas pelos vãos de perfil curvo; as capelas são revestidas a talha em branco, com arco de volta perfeita decorado com elementos fitomórficos dourados, e amplo fecho relevado, albergando retábulo, igualmente de talha em branco, de planta recta e um eixo definido por duas colunas estriadas, com terço inferior marcado, sobre plintos paralelepipédicos frontalmente decorados e de capitéis coríntios, prolongando-se em duas arquivoltas com fecho relevado; alberga sotobanco ornado de almofadas, a central com elementos fitomórficos, sustentando mísula com imaginária. Altar paralelepipédico, com frontal de talha em branco, decorado com rosário, e painéis com elementos fitomórficos. Arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras. A capela-mor possui de cada lado uma porta e duas janelas de perfil curvo com vitrais representando os Evangelistas, São Lucas e São João no lado do Evangelho e São Marcos e São Mateus no lado da Epístola. Retábulo-mor de talha em branco, com planta recta e zona central côncava, e de três eixos, definidos por duas colunas exteriores e quatro interiores, todas com fuste canelado, o terço inferior marcado e decorado com festões e o terço médio dourado, sobre dupla ordem de plintos paralelepipédicos decorados por apainelados com açafates, e de capitéis coríntios, e por duas pilastras interiores, com motivos fitomóficos; no eixo central abre-se tribuna, revestida a apainelados, albergando trono expositivo de quatro degraus e, nos eixos laterais, nicho de perfil curvo, com fecho fitomórfico, albergando imaginária, tendo inferior e superiormente festão; ático em espaldar, abrindo-se ao centro nicho em arco de volta perfeita, de duas arquivoltas, com fecho fitomórfico, integrando tabela ornada por folhagem e terminada em domo; sobre os eixos laterais possui fragmento de frontão encimado por anjos de vulto, unificados com apainelados de madeira; sotobanco com apainelados contendo festões e elementos fitomórficos e banco com portas de acesso à tribuna, decoradas por apainelado contendo açafates, motivos vegetalistas e símbolos cristãos em moldura circular. Altar paralelepipédico com frontal ornado por dois painéis de acantos, encimado por sacrário tipo templete, com duas colunas laterais suportando remate alteado ao centro e porta com símbolos da Redenção. Ao centro da capela-mor dispõe-se altar tipo urna, em cantaria de granito maciço, com monograma de Cristo no frontal, a dourado.

Acessos

Avenida da cidade de Zamora (Avenida do Sabor)

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, inserido em ampla propriedade, denominada Cerca do Seminário, vedada por muro, frontalmente revestido a alvenaria de pedra com as juntas pintadas de branco, encimado por acrotérios e grade de ferro. Junto à fachada posterior e ao limite SO. da propriedade, desenvolve-se uma mata, no início da qual existe estátua de São José sobre plinto inscrito com AVE PATRONE NOSTER. O edifício surge numa plataforma sobrelevada, adaptada ao declive do terreno, possuindo rampas laterais de acesso ao portal principal; a plataforma é frontalmente delimitada por muro, capeado a cantaria, integrando dois grandes painéis de azulejos azuis e brancos, figurativos. Ao centro e no alinhamento do portal, desenvolve-se escada de acesso ao mesmo, com dois braços curvos e patamar inferior comum, semicircular, com colunas de arranque e tendo a meio, entre canteiros escalonados, estátua do Sagrado Coração de Jesus. Entre as rampas e tendo como eixo longitudinal central o caminho entre a escada e o portão central virado a S. desenvolve-se jardim de buxo, com canteiros recortados, zonas de circulação e rampas em paralelos de granito. Junto à fachada lateral direita existe campo de jogos e na fachada posterior, entre as alas, existe espaço ajardinado, com anfiteatro e estátua do Bom Pastor.

Descrição Complementar

O registo de azulejos no exterior da capela-mor tem a inscrição "Igreja de S. José do Seminário Maior de Bragança. Construção 1933. Restauro 2004". A imagem da cerca tem o plinto com a inscrição "S. José, Patrono do seminário, 19 março 1954".

Utilização Inicial

Educativa: seminário

Utilização Actual

Educativa: seminário

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: David Fernandes (séc. 21); Vítor Pires (séc. 21).

Cronologia

1553, 15 julho - aprovação da directiva sobre a criação de seminários na 23ª antepenúltima sessão do concílio de Trento (1545 - 1563); o Concílio determina o "estabelecimento de colégios em todas as catedrais do bispado, para, conforme a sua renda, sustentar, educar e instruir na disciplina eclesiástica certo número de meninos da diocese, nascidos de matrimónios legítimos e que tivessem ao menos doze anos de idade; 1545, 22 maio - criação da Diocese de Miranda do Douro; séc. 16, meados - D. Julião d'Alba, 3º bispo de Miranda (1560-1564) desejando iniciar na diocese o cumprimento das disposições do concílio de Trento relativas ao seminário, mas porque Miranda ficava muito na periferia da diocese, escolhe Bragança para implantar o primeiro estabelecimento de formação social, de carácter diocesano; 1561 - abertura do Colégio de São Pedro na rua do Espírito Santo, junto do antigo Paço Episcopal, actual Museu Abade de Baçal, numa propriedade doada por um padre de Bragança, João Rodrigues, dirigido pelos Jesuítas; 1600 - extinção do Colégio de São Pedro pelo bispo de Miranda, D. Diogo de Sousa, que para dar cumprimento à determinação do concílio, erigiu o Seminário de São José em Miranda do Douro, sede de diocese, junto à Sé; 1611 - data dos estatutos do seminário, dados por D. José de Melo; 1762 - encerramento do Seminário de Miranda aquando da destruição do castelo e parte da cidade, durante a guerra dos sete anos; 1764 - transferência da Sé Episcopal de Miranda para Bragança pelo bispo D. Frei Aleixo de Miranda Henriques (1758-1770), ficando a Catedral instalada na igreja do Colégio Jesuíta e o seminário no Colégio; 1766, 13 janeiro - abertura do seminário São José pela primeira vez com dez alunos; 1768, 2 setembro - o colégio e a Sé deixam de pertencer aos jesuítas; 1832 / 1852, entre - durante o período de reformas liberais, o seminário viu as suas actividades interrompidas; 1860 - aquisição da imagem de São José, por 12$000, pelos alunos finalistas do curso teológico; 1898 - a partir deste ano a diocese viu-se obrigada a alugar a Casa dos Figueiredos para servir de extensão do Seminário; 1904, 12 dezembro - durante a noite de 12 para 13 ocorreu a revolta dos alunos no interior do seminário, que ficou conhecida como "Motim do Seminário de Bragança"; 1910 - após a implantação da República o edifício do Seminário foi expropriado; 1911 / 1912 - o ano lectivo só abriu em novembro para ensino de teologia, a funcionar numa das salas anexas à catedral; 1911, 10 Junho - arrematação da imagem de São José, decorrente da lei da separação da Igreja e do Estado, por Manuel Rodrigues Benito que a entregou ao abade da Sé, José Manuel Diegues, sob a condição de, logo que o Seminário fosse organizado, a devolver; 1912, janeiro - transferência do ensino de teologia do edifício do Seminário para a Casa dos Figueiredos, onde funcionou como internato; 1916 - até esta data, o Curso Teológico funcionou na Casa dos Figueiredos, ainda que com frequência diminuta; 1916 / 1917 - 1917 / 1918 - nestes anos lectivos não houve alunos; 1918 / 1919 - reabertura do seminário por decreto governamental, passando a funcionar na casa da família Sepúlveda, onde já estava instalado o Paço Episcopal; 1919 / 1920 - o seminário tinha trinta e dois alunos, mas como não lhes podia dar alojamento nem alimentação, os seminaristas eram acolhidos em várias casas particulares, vivendo cada um à sua custa, e o próprio bispo era um dos professores; 1920 - entrega da imagem de São José em Vinhais; Setembro - depois de muitas diligências, D. José Lopes Leite de Faria arrenda o antigo convento franciscano, em Vinhais, para instalação do seminário; 15 Novembro - data do contrato de arrendamento, com renda anual de 300$00, para ali se instalaram o bispo da Diocese, professores e seminário; 1920 / 1921 - durante este ano lectivo houve setenta e um alunos; 1928, 11 outubro - nomeação de novo bispo de diocese, D. António Bento Martins Júnior, o qual decide instalar-se em Bragança; aluga uma casa numa travessa da Rua Almirante Reis, hoje conhecida como Rua do Paço, residência do bispo; 1929 - o bispo compra a casa da antiga Assembleia Brigantina, conhecida por Gregório; 1928, 1 novembro - bispo determina que as esmolas das missas binadas fossem aplicadas para o Seminário; 1928, 10 novembro - abertura do ano lectivo com cento e setenta e dois alunos; cento e quarenta do preparatório e trinta e dois de teologia; a grande influência de candidatos excedia a capacidade do Seminário de Vinhais e o facto do bispo residir em Bragança, exigia à transferência do seminário, pelo menos a Teologia, para Bragança; 1929, 21 outubro - compra de um terreno na estrada do Sabor para construção do seminário de Bragança; 1930 - durante a Primavera começam os trabalhos preparatórios; 1931, 6 agosto - estava concluída a obra de pedreiro do pavilhão principal; 1932 - início da construção do 2º pavilhão durante à Primavera; 18 outubro - inauguração solene do seminário, ainda com acabamentos por concluir; apesar disso, já funcionava com sessenta e dois alunos do 1º ano e tinha capacidade para comportar duzentos; foi o primeiro vice-reitor o Padre José João Alves Calado; 1933, 7 março - nomeação de novo bispo de Bragança-Miranda, D. Luís António de Almeida, o qual deu continuidade à obra do seminário e desde cedo apelou à Diocese para a construção da igreja do seminário; 1934, outubro - regresso da imagem de São José a Bragança para a igreja do Seminário; 21 outubro - benção da igreja do seminário e abertura ao culto; 1945, 28 agosto - inauguração oficial do edifício do seminário por D. Abílio Augusto Vaz das Neves; 1948 - transferência da imagem de São José para o vestíbulo do 2.º piso, da ala central; 1954, 19 março - data inscrita no plinto da estátua de São José, em mármore, na subida para a mata, assinalando a sua construção; 1968 - transferência da imagem da imagem de São José para a entrada principal do edifício; 1970, década - a partir desta década, com o lançamento da rede do ensino público em Portugal, baixou a frequência dos seminários nacionais; 1980 - os alunos do Seminário Menor deixam de receber as aulas no Seminário e passam a frequentar as escolas secundárias Emídio Garcia e depois Miguel Torga; 1983 - os seminaristas são enviados para o Seminário Maior do Porto para estudar teologia, salvo algumas excepções, que frequentam o Seminário de Lamego e Évora; 2004 - início das obras de requalificação de todo o complexo; 24 setembro - inauguração da igreja após o restauro, estando presente o bispo D. António Montes Moreira, o Presidente da Câmara, Eng.º António Jorge Nunes e sendo reitor do Seminário o Cónego Silvério Benigno Pires; 2004 / 2005 - os alunos do Seminário Maior passam para o Seminário de Viseu; 2007 - elaboração do projecto e conclusão das obras de reabilitação e restauro da ala N., onde fica alojada a comunidade do Seminário Maior, cozinha, refeitório e sala de convívio; 26 setembro - celebração das Bodas de Diamante do Seminário da Diocese; 2008, Janeiro - inicio da segunda fase da obra; 2009 - conclusão da segunda fase da obra; 1 maio - inauguração do edifício depois das obras; 2010, 19 / 20 março - dedicação do altar de granito da igreja, bênção do ambão e da imagem de São José, oferecido por um particular bem como à inauguração do novo espaço litúrgico da capela-mor, depois das obras de adaptação à nova liturgia.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; embasamento, pilares, pináculos, mísulas, guardas dos vãos, molduras dos vãos e outros elementos em cantaria de granito; grades em ferro; painéis de azulejos; cobertura de telha.

Bibliografia

AAVV, Guia das Igrejas e Capelas de Bragança, Vila Real, Diocese de Bragança - Miranda, Departamento dos Bens Culturais da Igreja, 2001; ABADE BAÇAL, Francisco Manuel Alves, Bragança. Memórias Arqueológicas do Distrito De Bragança, Tomo II, Santa Maria da Feira, Câmara Municipal de Bragança / Instituto Português de Museus - Museu do Abade de Baçal, 2000; ALVES, Mauro, XAVIER, Rufino, PIRES, Silvério, LUÍS, José, RUBIO, Luís, LEITE, Joaquim, Configurador com Cristo, Bom Pastor, s.l., Seminário de São José, 2010; PIRES, Silvério, CORDEIRO, José, Seminário Diocesano de S. José. Memória e Desafios..., Bragança, Seminário de S. José, 2007; SANTOS, Luís Filipe, Bodas de Diamante do Seminário de Bragança in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=47475, 29 novembro 2010; PRETO, Ana Bragança. Seminário inaugurou obras, in http://www.mdb.pt/noticia/1676, 29 novembro 2010.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Proprietário: 2004 - recuperação da ala igreja, a que estava mais degradada, com picagem de rebocos, lavagem e reboco de paredes; construção de cornija em betão, restauro das madeiras do telhado e substituição da telha; 2005 / 2007 / 2008 / 2009 - recuperação de toda a estrutura do edifício, que ficou toda assente em novos pilares, encaixados nas paredes; criação de casas de banho privativas nos 40 quartos da residência; instalação de dois elevadores; requalificação da cozinha, das salas de estar e de refeições, da capela e todas as restantes estruturas; obras no pátio interior do edifício que foi dotada de um pequeno anfiteatro ao ar livre; no total, a obra, incluindo a igreja, bloco residencial e pátio interior, custou 1,5 milhões de euros e foi da responsabilidade dos arquitetos David Fernandes (igreja) e Vítor Pires.

Observações

Autor e Data

Paula Noé 2010 / 2011

Actualização

 
 
 
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