|
Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Atelier
|
Descrição
|
|
Acessos
|
Santa Marinha, Rua de Camões, n.º 207 |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, adossado nas fachadas laterais a edifícios residenciais, com maior número de pisos, confinando a principal com a via pública e a posterior com espaço para jardim. Localiza-se, na Rua Luís de Camões, relativamente próximo da Avenida da República. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Cultural e recreativa: atelier |
Utilização Actual
|
Devoluto |
Propriedade
|
Pública: Estatal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTO: José Geraldo Sardinha (1845 - 1906). EMPREITEIRO: Bernardino Jorge Tavates Moreira, Lda |
Cronologia
|
1876 - Construção do edifício; 1889 - no Album phototypico e descriptivo das obras de Soares dos Reis da autoria do Dr. Alves Mendes, surge uma descrição da casa*1; 14 de Janeiro de 1938 - a casa foi adquirida, em hasta pública, por 30.100$00, pela empresa "Primeiro de Janeiro", através do seu director Manuel Pinto de Azevedo Júnior; 1946 - o jornal "Primeiro de Janeiro" sob a direcção do empresário portuense Manuel Pinto de Azevedo Júnior, vende o imóvel à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia pelo valor de 33.700$00, mas com a condição deste ser destinado a perpetuar a memória do seu primeiro proprietário e não para qualquer outro fim; 1947 - por não conseguir cumprir as condições impostas pelo "Primeiro de Janeiro", a Câmara doa o Edifício ao Estado. Após fazer as obras necessárias fez o Estado cessão do mesmo prédio ao Ensino Superior e das Belas Artes para ficar afecto à Escola Superior de Belas Artes do Porto; 1951, 24 de Janeiro - Joaquim Francisco Lopes (Director da ESBAP) refere-se aos "(…) projectos do mobiliário destinado à Casa-Oficina Soares dos Reis em Vila Nova de Gaia (…)", que se destinavam a equipar as salas de aulas de pintura, escultura, desenho de ornato e estilização e anatomia; o mobiliário foi fornecido pelas fábricas Albino de Matos (Freamunde), Madeiras & Móveis (Praia da Granja), Móveis Aséta (Porto) e António Pereira da Costa (Fábrica do Calvário, Freamunde). |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
|
Bibliografia
|
ANTUNES, Joaquim, "A Casa-Oficina de Soares dos Reis". BACAG, nº 26 (nº especial), Maio, 1989, 4º vol, p.27-32; GOMES, Costa "O restauro da Casa-Oficina de Soares dos Reis", BACAG, nº 34, Dezembro, 1992, 5º vol, p.59,60. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
SIPA |
Documentação Administrativa
|
IHRU: DGEMN/CAM-0055/09; CMVNG - Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner, PT-CMVNG-AM/CMVNG/Prs-Secr/8/Cx.1.Doc18; PT-CMVNG-AM/CMVNG/Prs-SerA-SeC/12/1191; PT-CMVNG-AM/CMVNG/Prs-SerA-SeC/12/1670; PT-CMVNG-AM/CMVNG/Prs-Secr/35/40/1996; PT-CMVNG-AM/CMVNG/Prs-Secr/4/Lv35, fl32v-35; PT-CMVNG-AM/CMVNG/Prs-Secr/4/Lv35, Fl10v-14. |
Intervenção Realizada
|
1951 - Ficam concluídas as obras de reintegração e restauro; 1954 - obras de reparação de telhado (estas incluíam: reparação do telhado; limpeza do mesmo; reparação das caleiras, tectos e paredes danificados pelas infiltrações de águas pluviais; reparação dos caixilhos exteriores, incluindo a sua pintura a óleo e esmalte; 1965 - reparação dos telhados e portas; 1989 - obras de remodelação; 1992 - obras de conservação e restauro; 1996 - obras de remodelação. |
Observações
|
EM ESTUDO. *1 - "O atelier compunha-se de três corpos interiores. O central, vasto e desafogado, para o trabalho; o da esquerda, dividido em pequenos compartimentos, para habitação; e o da direita, que nunca chegou a concluir-se, destinou-se promiscuamente a armazem, galinheiro e pombal. Nas trazeiras, em um pedasso de terreno, dispôs um pequeno jardim em que as flores os arbustos se entremeavam com os frutos e com grandes pés de alcachofras (legume pelo qual tinha especial predilecção). (...) A jardinagem era uma das suas paixões. A entrada para o atelier abria-se, pelo lado do jardim. Era junto dessa entrada que se viam, meias envoltas pelas heras, as pedras da interessante janela de estilo romanico, que pertencera ao velho edifício que existia na rua da Reboleira e que foi destruido para a abertura da rua Nova Alfandega... Quando a casa foi demolida, comprou por alguns vintens a janella e levou-a para casa. Interiormente o atelier nada oferecia de extraordinário. Nem luxos de decoração, nem abundancias de objectos de arte. A simples oficina de um trabalhador. O atelier comunicava por uma porta com a casa de habitação. Uma sala de visitas, o quarto de dormir, a cosinha, e a sala de jantar. Tudo ao rés do chão e de pequenas dimensões. Era por esses aposentos que se achavam disseminados os quadros, os desenhos, as aguarelas e os medalhões que Soares dos Reis adquirira em algumas exposições artisticas, ou que lhe haviam sido oferecidos por amigos. Entre essas obras de arte avultavam o seu retrato, pintado por Marques de Oliveira e um outro retrato em medalhão, modelado pelo escultor Simões de Almeida e reproduzido em bronze pela galvanoplastia. Muitos dos quadros que ornavam as paredes comprára-os Soares dos Reis nas exposições de belas artes realizadas "n'esta cidade". O aumento da família sugeria-lhe a ideia de erguer mais um andar ao atelier." |
Autor e Data
|
Ana Filipe 2011 |
Actualização
|
Sónia Queiroga 2012 / Margarida Elias (Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD-FA/UTL)) 2013 |
|
|