Igreja Paroquial de Ponta Garça / Igreja de Nossa Senhora da Piedade

IPA.00032490
Portugal, Ilha de São Miguel (Açores), Vila Franca do Campo, Ponta Garça
 
Igreja paroquial construída no séc. 18, sobre uma pequena ermida, e reformada no séc. 19, seguindo o esquema mais comum das igrejas da ilha, de três naves e cabeceira e frontaria tripartida. Apresenta planta composta de três naves e cabeceira escalonada, interiormente com ampla iluminação axial e bilateral, e coberturas em falsas abóbadas de berço, de estuque. A fachada principal, resultante da reforma oitocentista, termina em tabela, ladeada de aletas e encimada por frontão em canopo, revestido com painel de azulejos alusivo ao orago, e tem três panos definidos por pilastras, coroadas por pináculos, cada um rasgado por vãos retilíneos em eixo, composto por portal e janela entre pilastras sustentando frisos e cornijas, as das janelas sobre mísulas, abrindo-se ainda uma outra na tabela, e tendo vieira e elementos vegetalistas entre os vãos. À esquerda dispõe-se batistério com janela semelhante e à direita torre sineira, de dois registos, o inferior com óculos envolvidos por motivos vegetalistas, e o segundo com ventana, em arco peraltado, rematando em platibanda vazada. Nas fachadas laterais abrem-se amplas janelas retilíneas e porta atravessa de verga reta, encimada por friso e cornija e a capela-mor termina em empena. No interior, as naves separam-se por arcos de volta perfeita sobre pilares biselados, possui coro-alto sobre as três naves e na central, no lado do Evangelho, púlpito com bacia retangular de cantaria e guarda em balaustrada. O batistério abre-se na nave do Evangelho, tendo interiormente painéis de azulejos modernos, azuis e brancos, formando silhar, alusivos ao orago e com símbolos Marianos, albergando pia batismal facetada e lavabo com reservatório cerâmico, tipo globo, semelhante ao que existe na Igreja Paroquial de Almagreira, na ilha de Santa Maria (v. IPA.00029938). Cada uma das naves possui dois retábulos laterais e uma capela profunda com retábulo, todos em talha pintada a marmoreados fingidos, do séc. 19 / 20, de linguagem revivalista e linhas barroquizantes. O arco triunfal, de volta perfeita sobre pilastras, é também revestido a talha pintada a marmoreados fingidos e a capela-mor apresenta pinturas oitocentistas em grisalle na cobertura, paredes revestidas a painéis de azulejos, colocados na década de 1920, e retábulo-mor revivalista de linguagem barroquizante, de corpo côncavo e três eixos. O retábulo do absidíolo do Evangelho e o da Epístola, dedicado ao Santíssimo, são igualmente do séc. 19 / 20, de linguagem revivalista e linhas barroquizantes.
Número IPA Antigo: PT072106020011
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta poligonal composta por três naves e cabeceira tripartida, tendo adossada à fachada lateral esquerda batistério e dois corpos e à direita torre sineira e anexo. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja e de uma ou de três águas nos corpos adossados, rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, a principal virada a sul, percorrida por soco de cantaria, rematada em tabela retangular horizontal, flanqueada por pilastras toscanas, encimadas por pináculos sobre plintos paralelepipédicos. A estrutura é ladeada por aletas, percorridas por sulcos e decoradas por vieira com motivo vegetalista, e encimada por frontão em canopo, também percorrido por sulcos, revestido a painel de azulejos, azuis e brancos, representando Nossa Senhora da Piedade, coroado por cruz latina de braços quadrados, sobre acrotério. A fachada divide-se em três panos, definidos por pilastras toscanas coroadas por pináculos sobre plintos paralelepipédicos, cada um deles rasgado por duas ordens de vãos retilíneos, correspondendo inferiormente a portais, o central maior, ladeados por pilastras toscanas que sustentam frisos e cornijas, sobrepostos por pináculos. Superiormente abrem-se janelas, entre pilastras, assentes em mísulas e suportando friso e cornija. Entre os vãos laterais existe vieira com motivos vegetalistas e, na tabela abre-se janela igual. À esquerda surge recuado o batistério, terminado em friso e cornija e rasgado por janela retilínea, com moldura ladeada por pilastras sustentando frisos e cornija e com peitoril saliente. À direita, ligeiramente recuada, dispõe-se a torre sineira, de dois registos definidos por friso e cornija, o inferior rasgado por três óculos recortados, com moldura trevada lateral e envolvidos por motivos vegetalistas. O segundo registo é rasgado, em cada uma das faces, por ventana em arco peraltado, sobre pilastras, albergando sino e com pano de peito rebocado e pintado. A estrutura remata em friso, cornija e platibanda vazada, com pináculos nos ângulos sobre acrotérios. Fachadas laterais com a nave rasgada por quatro amplas janelas retilíneas e porta travessa de verga reta, encimada por friso e cornija; no topo da nave, nos absidíolos e na capela-mor abrem-se janelas retilíneas, as duas últimas gradeadas; no corpo adossado abre-se porta de verga reta virada a sul e janela retilínea moldura e gradeada a este e oeste. Na lateral esquerda o segundo corpo adossado é rasgado por porta e janela também retilínea e moldurada a poente. A fachada posterior da torre sineira tem acesso por porta de verga reta com moldura terminada em cornija, e abrem-se dois óculos ovais; a capela-mor, terminada em empena, é rasgada por pequeno vão, sem moldura. INTERIOR com as paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em lajes de cantaria e cobertura em falsas abóbadas de berço, de estuque, sobre cornijas. As naves separam-se por arcos de volta perfeita sobre pilares, biselados. Coro-alto sobre as três naves, de perfil recortado na nave central, com guarda em balaustrada, de talha em branco, comunicando as naves por portas de verga reta e, no sub-coro, por arcos de volta perfeita, tendo no intradorso pias de água benta gomeadas. O coro é acedido pela torre por meio de porta de verga reta. O portal axial possui guarda-vento com porta de madeira envidraçada. Na nave central existe, do lado do Evangelho, púlpito com bacia de cantaria sobre mísula e guarda em balaustrada de talha, em branco. Na nave do Evangelho, o batistério tem acesso por arco de volta perfeita, com portão em ferro, pintado de preto, interiormente com painéis de azulejos azuis e brancos, formando silhar, representando atributos Marianos e tendo ao centro, inserido num arco de cantaria, o Batismo de Cristo; cobertura em falsa abóbada de berço, de estuque, sobre cornija, pintado com cartelas contendo motivos vegetalistas e, ao centro, a pomba do Espírito Santo entre uma glória de querubins. Alberga pia batismal, de cantaria, de taça facetada, sobre pé cilíndrico. Junto à janela, com vitrais representando o Batismo de Cristo, surge lavado de taça polilobada, sobre pé cilíndrico, encimada por peça de cantaria com uma torneira onde encaixa reservatório cerâmico pintado. Nas naves laterais existem dois retábulos laterais em talha pintada a marmoreados fingidos e dourado, dedicados a Santa Luzia e a Santo António, no lado do Evangelho, e a Santa Rita de Cássia e São Francisco, no lado da Epístola, e uma capela profunda, acedida por arco de volta perfeita, com retábulo dedicado ao Sagrado Coração de Maria (Evangelho) e ao Senhor dos Passos (Epístola). Arco triunfal, de volta perfeita, sobre pilastras, revestido a talha pintada a marmoreados fingidos e dourado, ornado de motivos vegetalistas. Capela-mor com as paredes revestidas a azulejos azuis e brancos de composição figurativa e cobertura em falsa abóbada de berço, sobre cornija dourada, com pintadas em grisaile, representando largo friso vegetalista, e tendo ao centro painel policromo, com representação de Pentecostes. Às paredes encosta-se cadeiral, de talha em branco, com espaldar ritmado por pilastras, coroadas por pináculos sobre o remate em entablamento, de lugares seccionados e individualizados. Sobre supedâneo, com acesso central, dispõe-se o retábulo-mor, de talha pintada a marmoreados fingidos a bege, rosa, cinzento e dourado, de corpo côncavo e três eixos, definidos por quatro colunas de fuste liso, sobre dupla ordem de plintos paralelepipédicos, ornados de florões e acantos, e de capitéis coríntios, que se prolongam pelo remate da estrutura, em igual número de arquivoltas, decoradas com motivos vegetalistas e tendo no fecho cartela recortada com o monograma "NSP". No eixo central abre-se tribuna, em arco de volta perfeita e boca rendilhada, interiormente facetada e coberta por cúpula, formando apainelados ornados de acantos, e albergando trono de degraus facetados, decorados com motivos vegetalistas. Sotobanco com apainelados de motivos vegetalistas e banco com portas de acesso à tribuna. Os absidíolos são acedidos por arco, de volta perfeita, sobre pilastras, igualmente revestidas a talha pintada a marmoreados fingidos e com decoração vegetalista, albergando no interior retábulos; o do Evangelho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e o da Epístola ao Santíssimo Sacramento.

Acessos

Ponta Garça; Rua da Igreja; ER 3-2, Rua Nossa Senhora da Piedade

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, no interior da povoação, inserido em plataforma sobrelevada relativamente à estrada regional, e adaptada ao declive do terreno, formando adro; frontalmente possui larga escadaria retangular. Junto à fachada lateral esquerda e posterior desenvolve-se jardim, com vários patamares escalonados, composto por vários canteiros arrelvados e ajardinados, e delimitado por muro capeado a cantaria, no topo do qual existe edifício com instalações sanitárias. Em frente da igreja existe praça, com coreto moderno de planta octogonal e vários bancos de jardim.

Descrição Complementar

No frontão do remate da fachada principal, o painel de azulejos tem a seguinte inscrição: "ESTE TEMPLO FOI COMEÇADO EM 1846 E TERMINADO EM 1869 RESTAURADO PELA 2.ª VEZ EM 1958 ...". No interior possui lápide de cantaria com a inscrição "RESTAURO DA IGREJA DE Nª Sª DA PIEDADE / DEDICAÇÃO E SAGRAÇÃO PELO BISPO D. ANTÓNIO / SOUSA BRAGA SENDO PÁROCO JOSÉ GREGÓRIO / SOARES AMARAL / PONTA GARÇA 8 AGOSTO 1996". Uma outra lápide de bronze tem a inscrição "Homenagem da Câmara Municipal / de Vila Franca do Campo e / do Povo de Ponta Garça / ao Padre José Gregório de Amaral / pelos seus 50 Anos / de Sacerdócio / 08/12/2004". No batistério, o reservatório do lavabo forma globo cerâmico decorado por anjos e com a inscrição "Qui eredideriteb et baptizatus fuerit / salvus ert / S. Math. Cap. 18.". O retábulo lateral de Santa Luzia, no lado do Evangelho, e o de Santa Rita de Cássia, no da Epístola, têm estrutura semelhante, em talha pintada a marmoreados fingidos a bege, azul e rosa e dourado, com corpo côncavo e três eixos, definidos por duas pilastras exteriores, decorados de acantos, sobre falsos plintos, e duas colunas torsas, com espira de acantos e terço inferior marcado, sobre mísulas e de capitéis coríntios, as quais se prolongam no remate da estrutura em igual número de arquivoltas, de volta perfeita, decoradas de cantos e com fecho saliente. Ao centro abre-se nicho, em arco de volta perfeita, de boca rendilhada, interiormente pintado e albergando imaginária, sobre banqueta de frontal ornado de acantos e motivos volutados. Nos eixos laterais surgem apainelados com acantos, florão e apainelados. Sotobanco com apainelados, o central com motivos vegetalistas e altar paralelepipédico com dois florões, envolvido por friso de acantos. Na nave do Evangelho, o retábulo de Santo António, igualmente em talha pintada a marmoreados fingidos a bege, azul e rosa e dourado, tem corpo côncavo e um eixo, definido por dez pilastras, de fuste almofadado e decorado com motivos vegetalistas, sobre plintos com iguais motivos, que se prolongam pelo remate da estrutura em igual número de arquivoltas, também ornadas com elementos vegetalistas e fecho sobreposto por elemento vazado e volutado. Ao centro abre-se nicho, em, arco de volta perfeita, de boca rendilhada, interiormente pintado e albergando imaginária. Altar tipo urna com frontal decorado de flores e livro em cartela central. A capela lateral profunda, dedicada ao Sagrado Coração de Maria, tem portas laterais de comunicação com os corpos adossados e cobertura em falsa abóbada de berço, de estuque, sobre cornija pintada a marmoreados fingidos. Alberga retábulo em talha pintada a marmoreados fingidos a rosa, bege, azul e dourado, de corpo reto e três eixos, definidos por duas pilastras exteriores, decoradas com motivos vegetalistas, sobre plintos paralelepipédicos, e duas colunas interiores, de fuste liso e capitéis coríntios, as quais se prolongam pelo remate da estrutura em igual número de arquivoltas, sobrepostas por cartela recortada e volutada. No eixo central abre-se nicho em arco de volta perfeita, de boca rendilhada, interiormente pintado e albergando imaginária e nos eixos laterais surgem apainelados com elementos vegetalistas. Altar tipo urna. O retábulo de São Francisco em talha pintada a marmoreados fingidos a bege, verde e rosa e dourado, tem corpo côncavo e um eixo, definido por seis pilastras, de fuste almofadado e decorado com motivos vegetalistas distintos, que se prolongam pelo remate da estrutura em igual número de arquivoltas, também ornadas com elementos vegetalistas e fecho sobreposto por cartela recortada e volutada. Ao centro abre-se nicho, em, arco de volta perfeita, de boca rendilhada, interiormente pintado e albergando imaginária. Altar tipo urna de frontal decorado com flores. A capela profunda do lado da Epístola tem retábulo em talha pintada a marmoreados fingidos a rosa, bege, azul e dourado, de corpo reto e três eixos, definidos por quatro pilastras decoradas com motivos vegetalistas diferentes, sobre plintos paralelepipédicos, as quais se prolongam pelo remate da estrutura em igual número de arquivoltas, sobrepostas por cartela recortada. No eixo central abre-se nicho em arco de volta perfeita, de boca rendilhada, interiormente pintado e albergando imaginária e nos eixos laterais surgem apainelados com elementos vegetalistas. Altar tipo urna. O absidíolo do Evangelho possui nas paredes painéis de azulejos, policromos, de padrão geométrico, formando silhar e superiormente são decoradas com estuques pintados, formando apainelados. A cobertura é em falsa abóbada de berço, de estuque, pintada, ao centro, com cartela central contendo querubins e coração inflamado. Alberga retábulo em talha pintada a marmoreados fingidos a rosa, bege e dourado, de corpo reto e três eixos, definidos por duas pilastras exteriores, decoradas de elementos vegetalistas, sobre dupla ordem de plintos paralelepipédicos, e duas colunas de fuste estriado e marcado a meio, sobre plintos ornados de florões, as quais se prolongam no remate da estrutura em igual número de arquivoltas, decoradas com diferentes motivos fitomórficos. Ao centro abre-se nicho, em arco de volta perfeita, de boca rendilhada e interiormente albergando imaginária; nos eixos laterais surgem apainelados com motivos vegetalistas e mísulas sustentando imaginária. Sotobanco com apainelados vegetalistas e altar tipo urna de frontal ornado de flores e concheados, definido por volutas. O absidíolo da Epístola possui as paredes revestidas a azulejos, com painéis azuis e brancos, representando cenas da vida de Cristo, separados por barras de azulejos policromos, pavimento em soalho e cobertura em falsa abóbada de berço, de estuque, pintada com apainelados com acantos estilizados e cartela central contendo cálice e pombas. Alberga retábulo de talha pintada a marmoreados fingidos a rosa e dourado, de corpo reto e um eixo definido por quatro colunas, grupadas sobre dupla ordem de plintos decorados de acantos, e de capitéis coríntios, tendo no intercolúnio friso estriado. A estrutura remata em espaldar recortado, terminado em cornija sobreposta por acanto vazado, enquadrado por dois anjos de vulto segurando festões. Ao centro abre-se nicho em arco polilobado, encimado por querubins, interiormente albergando sacrário, facetado, coberto por cúpula, com as faces decoradas por elementos vegetalistas e símbolos eucarísticos na porta. Banco de apainelados de acantos enrolados.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Angra)

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 16 - fundação da ermida primitiva, por Lopo Annes de Araújo, Cavaleiro, juiz dos Órfãos em Vila Franca em 1522 e um dos grandes impulsionadores da cultura do açúcar neste local; 1568, 30 julho - carta régia eleva a côngrua do vigário com mais 9$500; 1696, 15 janeiro - visita do licenciado António Pais de Vasconcelos, que acha a igreja pequena para o número de fregueses; 1735 - chegam azulejos para a igreja; 1743, 26 outubro - aquando da visita do licenciado José Jácome da Costa, a igreja está consertada, os retábulos dourados de novo, à custa da Fazenda Real, e com azulejos nas paredes; 1765 - o bispo D. António Caetano da Rocha acha que a igreja está de novo descaída; José Jácome de Medeiros deixa em testamento 1$250 para a cera do terço de Nossa Senhora da Piedade; 1799, 15 abril - o licenciado João Bento Pacheco de Arruda encontra várias reparações e o teto da igreja reconstruído e as vidraças cuidadas; 1846 - data inscrita no remate da fachada principal como correspondendo à construção da atual igreja; 1869 - data da conclusão da igreja conforme a inscrição na frontaria da igreja; 1924 - 1928, entre - aquisição de novas imagens, alfaias, tapetes e seis lustres para a capela-mor; colocação de painéis de azulejos e telas na capela-mor, pelo pároco Francisco de Medeiros Simas; o padre João Bento Sampaio oferece duas cadeirais para a capela-mor, duas credencias e seis mochos; 1993, 02 março - visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima; 1994 - data inscrita no pavimento da calcada lateral esquerda do adro; 1996, 08 agosto - dedicação e sagração da igreja após as obras de restauro pelo bispo D. António Sousa Braga, sendo pároco José Gregório Soares Amaral.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de pedra rebocada e pintada; soco, pilastras, frisos, cornijas, molduras dos vãos, pináculos, cruz e elementos decorativos no exterior em cantaria de basalto aparente; portas de madeira pintada; vidros simples ou policromos; pias de água benta, pilares, arcos, pias de água benta, pia batismal e bacia do púlpito em cantaria aparente; silhar e revestimento em azulejos azuis e brancos recentes; retábulos em talha pintada e dourada; guarda do púlpito e do coro-alto de talha em branco; pavimento em soalho e lajes de cantaria; coberturas em falsa abóbada de berço, de estuque, alguns pintados; cobertura de telha.

Bibliografia

ATAÍDE, Luís Bernardo Leite de - Etnografia Arte e Vida Antiga dos Açores. S.l.: Presidência do Governo; Direcção Regional da Cultura, 2011, vol. 2, p. 105; CANTO, E. - «Notícia sobre as Igrejas, Ermidas e Altares da Ilha de S. Miguel». In Insulana. Ponta Delgada: Instituto Cultural de Ponta Delgada, vol. LVI, 2000; COSTA, Carreiro da - História das Igrejas e Ermidas dos Açores. Ponta Delgada: Jornal Açores, 1955; DIAS, Urbano de Mendonça, História das Igrejas, Conventos e Ermidas Micaelenses - I. Vila Franca de Campo: Tipografia "A Crença", 1949; MENDES, Hélder Fonseca (dir.) - Igrejas paroquiais dos Açores. Angra do Heroísmo: Boletim Eclesiástico dos Açores, 2011, p. 104; PONTE, Prior Jorge Furtado da - Vila Franca do Campo na Ilha de São Miguel. Paróquia de São Miguel Arcanjo, Igreja Matriz. Vila Franca do Campo: Editorial Ilha Nova; Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, 2000, p. 209.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1924 / 1925 / 1926 / 1927 / 1928 - obras de reconstrução do templo, iniciadas pelo padre Francisco de Medeiros Simas, com ajudas dos emigrantes residentes nos Estados Unidos e esmolas da população; restauro, douramento e decoração da capela-mor; a capela do Santíssimo Sacramento é melhorada, com as paredes decoradas com azulejos; restauro da capela do Senhor dos Passos, que é decorada e dourada e nas paredes colocam-se painéis de azulejos; colocação de novo sobrado no pavimento da nave central; restauro e decoração do guarda-vento; construção do coro; 1956 - restauro da igreja segundo inscrição no painel de azulejos do remate da fachada principal; 1996 - conclusão de nova intervenção, com consolidação da estrutura, sob a orientação do Pároco José Gregório Soares de Amaral.

Observações

*1 - Alguns retábulos, como o do Santíssimo Sacramento e o de Santo António, têm Irmandades dos séc. 17 e 18.

Autor e Data

João Faria 2014 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese de Angra) / Paula Noé 2016

Actualização

 
 
 
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