Muralhas de Santarém / Castelo e cerca urbana de Santarém / Torre das Cabaças

IPA.00003398
Portugal, Santarém, Santarém, União de Freguesias da cidade de Santarém
 
Castelo de montanha, composto inicialmente pelo recinto da Alcáçova (4 ha.) e pelo perímetro muralhado da vila (33 ha), defendido em parte por uma barbacã, logo seguido pelas cercas dos 2 importantes bairros ribeirinhos, a Ribeira (10 ha.) e o Alfange (2ha.) (BEIRANTE, 1980). Características românico-góticas: muralhas de panos verticais, coroadas por merlões prismáticos, rasgados por seteiras, reforçados a espaços regulares por baluartes de planta quadrangular e semicircular e por torres quadrangulares; portas de acesso de vão em arco quebrado; vestígios de fortificação maneirista: revelim triangular, de panos em talude, com guarita cupulada no vértice. As muralhas do castelo eram inicialmente rasgadas por portas, onde terminavam as 7 vias de acesso à povoação intramuros, cruzando os vales que delimitavam o seu perímetro e ainda por vários postigos: Porta do Sol, de acesso ao Alfange, Porta de Santiago (1416120012) e Porta de Atamarma, com ligação à Ribeira, Porta das Figueiras, Porta de Leiria, Postigo de Gonçalo Eanes, da Carreira ou de D. Margarida, Porta e Postigo de Manços, Postigo de Santo Estêvão, Postigo de Vale de Rei, Porta de Valada; surgem também na documentação referências ao Postigo de Gonçalo Correia, rasgado na muralha que delimitava uma zona intermédia entre a Alcáçova e Marvila, à sombra da Igreja de São Martinho a Porta de Alpram, de acesso a Marvila, o Postigo do Ferragial, em Marvila; das antigas torres são referidas a torre do Bufo, na Alcáçova a torre de Manços; a torre albarrã ou torre de menagem junto à Alcáçova (BEIRANTE, 1980). O coroamento com merlões prismáticos do revelim maneirista não atendeu às características da época a que o mesmo se reporta, considerado aliás por alguns autores como obra mourisca (FEIO, 1929). A Guarita que se destaca no corpo muralhado, junto à estrada de acesso a Alfange, assinala uma das sete entradas da cidade e é o único exemplar existente em Santarém.
Número IPA Antigo: PT031416120011
 
Registo visualizado 3395 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Castelo e cerca urbana    

Descrição

Planta irregular, composta por muralhas de panos verticais, em parte rematados por merlões prismáticos, por vezes rasgados por seteiras, reforçados por baluartes de planta quadrangular e semicircular e ainda por torres quadrangulares; são ainda visíveis alguns troços do adarve. Reforçando a muralha a NO. um revelim, de panos em talude, rematado por pequenos merlões prismáticos, mostra no vértice uma guarita cupulada. Das antigas portas e postigos restam a Porta de Santiago, em arco quebrado, encaixada entre 2 casas de habitação, virada a NO., perto da Igreja de Santa Maria da Alcáçova (v. PT031416120035), a Porta do Sol, virada a SE., também em arco quebrado, rodeada por 2 torres quadrangulares assimétricas, abrindo no troço de muralha que rodeia o jardim das Portas do Sol, o postigo do Alfange virado a S., em arco redondo e a Porta de Leiria, em arco quebrado, embebida na parede da capela-mor da Igreja da Piedade (v. PT031416210022). A Torre das Cabaças (v. PT031416120020), junto a São João de Alporão (v. PT031416120002), é a mais bem conservada das torres da fortificação, antiga torre de Alpram (BEIRANTE, 1980), adaptada a torre do relógio; de planta quadrangular, com cobertura em domo, é coroada por uma armação em ferro onde se apoiam vasilhas de barro, que lhe dão o nome. Da torre de menagem resta parte da estrutura integrada no edifício do Seminário (v. PT031416210013), rasgada por 2 portas em arco quebrado e várias frestas. A porta de SANTIAGO, de vão em arco quebrado, de aduelas chanfradas do lado exterior, rasga-se a meio de um túnel, coberto por abóbada de berço em cantaria do lado interno, por abóbada de tijolo rebaixada do lado externo. Nesta face, sobre a porta, uma moldura em toro semicircular enquadra um recesso onde está esculpido o escudo nacional, parcialmente tapado pela abóbada do passadiço: de contrachefe em bico, mostra 6 castelos na bordadura e 5 quinas com besantes, as laterais postas na horizontal. Do lado interno são visíveis dos 2 lados pedras com orifícios onde giravam os gonzos da porta.

Acessos

Centro histórico: Portas do Sol, Rua Pedro Canavarro e Largo do Barão *1

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 3 027, DG, 1.ª série, n.º 38 de 14 março 1917 *2

Enquadramento

Urbano, localizado num monte. Os troços de muralhas intercalados com o casario ou nele integrados, implantam-se em redor da curva de nível que delimita o planalto onde se ergue a vila antiga e a Alcáçova em parte transformada em jardim público (Portas do Sol). As muralhas assentam em terrenos brandos de natureza arenosa e silto-argilosa a que se sobrepõe uma camada calcária e calco-margosa.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: castelo e cerca urbana

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Câmara Municipal de Santarém

Época Construção

Séc. 12 / 13 / 14 / 15 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1147, 15 março - conquista do Castelo aos Mouros por D. Afonso Henriques, que entrou, neste dia, pela porta de Atamara; posterior reforma do primitivo castelo, erguido no local de antigo castro lusitano, ocupado sucessivamente por fenícios, gregos, romanos, visigodos e árabes; 1294, 04 Junho - decisão de construir as muralhas; séc. 13 - 14 - remodelação da Alcáçova por D. Dinis; séc. 14 - construção das muralhas em redor do Alfange e da Ribeira; 1375, 30 agosto - obras fernandinas na alcáçova; 1379 - construção de uma barbacã entre a Porta de Leiria e a Porta de Manços; 1382 - ampliação da muralha por D. Fernando, extravasando o primeiro circuito muralhado, que assentava na curva de nível mais elevada do planalto; reparação da Alcáçova; séc. 15 - adaptação da torre de Alpram a torre do relógio, atual Torre das Cabaças (1416120020); 1442 - construção de um curral junto à Porta de Valada, por ordem de D. João I (MATOZO, p. 95); séc. 16 - abertura da Porta de Leiria para ligar ao Chão da Feira, por ordem de D. Manuel I, sobre a qual manda construir a Capela de Nossa Senhora de Guadalupe; D. Manuel I manda transferir a sepultura de Pedro Escuro da Porta de Valada para o Hospital Real de Jesus Cristo; demolição da Porta de Alporão para a construção da Torre do Relógio, a qual tinha um nicho com Nossa Senhora da Paz, de pedra antiga, com o Menino e uma pombinha, transferida para a Igreja de São João (MATOZO, pp. 91-92); 1568 - data na inscrição latina da Porta de Atamarma; séc. 17 - obras de reforço durante as guerras da Restauração; final - demolição da Porta de Leiria para a construção da Igreja da Piedade, indo a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, de vestir, para a Igreja do Salvador; demolição da Torre dos Mesteres e transferência da Casa dos Vinte e Quatro para a Praça (MATOZO, p. 90 e 95); 1660, 07 maio - demolição da Torre dos Bufos, para aproveitar os materiais para a construção do forte e as guaritas junto à Porta da Vila (MATOZO, p. 95); 1666, 15 setembro - o Mestre das Obras de Fortificações, Manuel de Góis, recebe ordens para não retirar pedra do Castelo sob penas de multa e cadeia; 1685, 18 julho - o apontador das obras das calçadas, Amaro Dias, pede autorização para retirar pedra das muralhas junto à Porta da Valada, em eminente risco de derrocada; 1711 - construção da Capela da Madre de Deus sobre a Porta de Valada, por iniciativa de António do Espírito Santo Freire (MATOZO, p. 91); 1713 - demolição da torre da Porta de Manços, por se encontrar arruinada; 1738 - segundo Luis Montez de Matozo é referido que a Muralha tem as Portas de Atamarma, tinha a de Leiria, tem a de São Mansos, a Porta de Valada, Porta de Alporão, Porta de Alcáçova, Porta do Pão, junto ao Penedo de Santa Iria, de que subsistem vestígios junto à Ermida de Nossa Senhora da Glória *3; tem vários postigos, o de São Domingos com dois postigos, situados junto ao Convento; existia o Postigo das Figueiras, junto à Porta de Leiria; um postigo junto à Porta de Alcáçova; a muralha que corre da Porta de Valada para a de São Mansos, já muito arruinada, existia o postigo de São Gens e o arruinado de Santo Estêvão; no bairro do Alfange, entre duas torres, um postigo; Junto à Porta de Alcáçova, a Oeste, existia a Torre dos Bufos e junto ao Postigo de São Domingos, torres e, para Norte, no mesmo pano de muralha, a torre onde se instalou o campanário do Colégio; junto à Porta de Leiria, a Torre dos Mesteres, onde estava a Casa dos Vinte e Quatro; sobre a Porta de São Mansos, duas torres e a Norte, a Torre do Conde, junto ao Palácio do Conde de Unhão; Perto da Porta de Valada, havia uma torre, demolida pelos Arrábidos para a construção do convento; no Bairro da Ribeira, uma torre arruinada (MATOZO, pp. 93-95); 1745, fevereiro - ordem para não se arrancarem as plantas das Salgueiras das Barreiras, necessárias para sustentar as muralhas; 1756, 12 maio - é notificado Francisco Gomes Leitão para que construísse a Torre do Alfange, que havia demolido sem qualquer licença; 1769, 16 março - reedificação da Porta de Manços pelo pedreiro João Carlos, por 144$000; 1789, 06 junho - o almotacé é alertado para o facto de estar a ser retirada areia debaixo das muralhas do Castelo; séc. 19 - construção do passadiço sobre a porta de Santiago, parte do edifício da mesma época que certamente embebeu a torre de reforço desse lado; 1816 - obras na muralha de fora por conta da Câmara; 1827, 01 Agosto - ordem para se desobstruir o Arco do Alfange, onde existe um oratório com a imagem da Virgem; 1833 - acrescentos durante as lutas liberais; 1837 - inicia-se a destruição da maior parte da muralha, portas de acesso e torres de reforço, por parte da Câmara Municipal, para permitir o rasgamento das vias de circulação; destruição da Porta de Valada; muitos troços da muralha vão sendo ocultados pela expansão urbana; 1837 - 1840 - destruída a porta de Palhais; 1838 - demolição da Porta de Valada; 1858 - 1861 - a construção da linha férrea entre Asseca e a Ribeira leva ao derrube de troços muralhados e portas nos bairros do Alfange e Ribeira; 1859, 06 abril - decide-se a demolição do Arco de Mansos; 1865 - derrube da Porta de Atamarma, por ameaçar ruína, levada a cabo pela Câmara Municipal; 1875 - 1876 - destruição da Porta de Mansos; 1878 - demolição do Paço da Alcáçova medieval; 1895, novembro - a Câmara delibera mandar terraplanar o Largo da Alcáçova, demolindo uns restos de muralha, então pertencentes a Antónia de Passos Canavarro; 1896 - a cidadela é em parte transformada em jardim público; 1897 - demolição do Postigo da Carreira; 1901 - demolição do Arco do Postigo ou de D. Margarida; 1919 - monumento alusivo à porta de Atamarma, substitui inscrição oitocentista; 1964 - destruição de troços da muralha e postigo, incluídos em prédios particulares, para a construção do Museu Distrital de Santarém; 1992 - desmoronamento de um troço das muralhas no Largo do Barão; a DGEMN disponibiliza verbas para recuperação das muralhas; 1996, 21 novembro - demolição de uma parte da muralha junto à Torre das Cabaças; 2001, 03 janeiro - derrocada de parte da muralha sobranceira à Calçada de Santiago (cerca de 15m), junto da Casa da Alcáçova, confirmando sinais de deslocamento assinalados cinco dias antes; 05 janeiro - colapso de parte da Calçada de Santiago (cerca de 40m, situada abaixo da muralha arruinada; 03 fevereiro - destruição de um troço com cerca de 70m de comprimento da Estrada do Alfange, em consequência de um escorregamento de terras; 2019, junho - detetada uma fenda estrutural na Torre das Cabaças

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria de pedra.

Bibliografia

ARRUDA, Virgílio, As muralhas de Santarém, Correio do Ribatejo, Santarém, 29 Dezembro 1962; BEIRANTE, Maria Ângela, Santarém Medieval, Lisboa, 1980; BRANDÃO, Zeferino, Monumentos e lendas de Santarém, Lisboa, 1883; BRAZ, José Campos, Santarém raízes e memórias - páginas da minha agenda, Santarém, Santa Casa da Misericórdia de Santarém, 2000; CARDOSO, Mário de Sousa, As Muralhas de Santarém e a sua evolução, Santarém, 1979; CUSTÓDIO, Jorge, Património Classificado de Santarém (texto policopiado), Santarém, 1996; FEIO, A. Areosa, Santarém, princesa das nossas vilas, Santarém, 1929; MATOZO, Luis Montez - Santarém Ilustrado. 2. Ed. Santarém: Junta de Freguesia de Marvila, 2011; "Vária". Monumentos. n.º 9 a n.º 12 e n.º 23, Lisboa, DGEMN, 1998-2000 e 2005; RODRIGUES, J. Delgado e CASTRO, Guy de, Parecer sobre as obras de protecção da escarpa e das muralhas de Santarém sobre o caminho do Alfange, Lisboa, LNEC - DGEMN, 1979; Santarém quinhentista, Lisboa, 1981; SARMENTO, Zeferino, História e Monumentos de Santarém, Santarém, 1993; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, vol. 3, Lisboa, 1949; SERRÃO, Vítor, Santarém, Lisboa, 1990; VASCONCELOS, Pe. Inácio de Vasconcelos, História de Santarém Edificada, Lisboa, 1790; http://www.santaremdigital.com.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=89&Itemid=83 [17-04-2009]; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72656 [consultado em 28 dezembro 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Intervenção Realizada

DGEMN: 1936 / 1954 - obras de consolidação de vários troços da muralha (Tv. Pedro Canavarro, postigo do Alfange e torre anexa, recinto da Alcáçova; 1954 - intervenção de fundo na Alcáçova, em virtude da queda da barreira fronteira ao Alfange; 1959 / 1960 - restauros junto à calçada e Tv. das Figueiras; demolições; 1963 / 1985 - estabilização e consolidação da encosta, apeamento de um troço da muralha que ameaçava perigo, reforço da guarita, desobstrução de terras e realçamento da encosta virada ao Alfange, demolições e consolidações na zona do Salvador; 1982 - beneficiação junto à Igreja da Piedade; é posta a descoberto a Porta de Leiria, dentro da igreja; 1986 / 1987 - controlo das ancoragens e segurança das obras, recalçamento das fundações e consolidação da encosta virada à Cç. do Alfange; 1988 - obras de consolidação, enquadramento paisagístico, revestimento vegetal das superfícies, beneficiação das muralhas do torreão N., pesquisas arqueológicas pela Universidade de Lisboa; 1991 - sondagens junto à travessa do Outeirinho, com identificação de novo troço da muralha *3; 1994 / 1995 - consolidação das fundações na encosta virada à calçada do Alfange, escadaria da Igreja do Alfange; 1996 - consolidação da encosta junto às Portas do Sol; 1998 / 1999 / 2000 - obras de recalçamento, estabilização e drenagem no muro central inferior; 2001 - realização de estudos e início das obras de consolidação das encostas da Calçada de Santiago e da Calçada do Alfange, para posterior reposição da muralha derrocada e da Estrada do Alfange; reconstrução e estabilização da Estrada do Alfange; estudo geotécnico da encosta da Calçada do Alfange e da Calçada de Santiago com o acompanhamento do LNEC; 2002 - contenção de talude da encosta da Calçada do Alfange; reconstrução e estabilização da Estrada do Alfange; contenção de talude do Caminho de Santiago (sondagens). (Trabalhos realizados com acompanhamento do LNEC); 2003 - contenção de talude da encosta da Calçada do Alfange com acompanhamento do LNEC; 2004 - reforço e ampliação dos sistemas de observação das encostas da Estrada do Alfange e do Caminho de Santiago com acompamhamento do LNEC; 2004 - reforço e ampliação dos sistemas de observação das encostas da Estrada do Alfange e do Caminho de Santiago com acompanhamento do LNEC.

Observações

*1 - abrange ainda as freguesias de São Nicolau e São Salvador; dentro do recinto muralhado existiam 8 freguesias: Santa Maria da Alcáçova, São Martinho, Santa Maria de Marvila, São Nicolau, São Salvador, São Julião, Santo Estêvão, São Lourenço; na Ribeira 4 paróquias: Santa Iria, Santa Cruz, São Mateus e Santiago; no Alfange 3: São João Evangelista, São Bartolomeu e São Pedro. *2 - DOF: Muralhas e Portas de Santarém (vestígios). Não estão abrangidos pela classificação troços da muralha entretanto postos a descoberto: Porta de Leiria, no interior da Igreja da Piedade, troço por detrás do edifício dos Bombeiros Municipais, troço fronteiro à Rua do Outeirinho, troços no Monte do Pereiro, atual cemitério dos Capuchos, torre situada junto à Calçada das Figueiras, antes ocultada por prédio que entretanto caíu, troço de ligação à porta de Manços, com brasão do Município, situado num prédio setecentista, na Rua da Amoreira, nº 114. A Porta de Santiago tem classificação distinta (v. PT031416120012). *3 - A porta de Atamarma está encimada por uma capela com tribuna de talha e a imagem de Nossa Senhora da Vitória, mandada erigir por D. Afonso Henriques; tem uma porta e uma escada dentro da muralha; sobre o arco, a inscrição "Vir Dei (sic dicta) Ibi Victoria nomen / Hac Terrae Alphonsus vi patefecit iter: 1568". A Porta de Leiria ligava à Fonte das Figueiras e foi aberta por D. Manuel I para dar acesso ao Chão da Feira, com uma ermida pertencente ao Paço, dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe e com várias pinturas antigas. A Porta de São Mansos tem uma capela com a imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, de vestir e com 2 palmos de altura. A Porta de Valada tem a Capela da Senhora Madre de Deus, que divide sobre a porta um arco de volta perfeita, com retábulo de madeira pintada com a Virgem com o Menino em pedra e 4,5 palmos, tendo coroas de prata; surge, ainda, uma imagem de São Benedito. A Porta de Alcáçova tem sobre o nicho tosco a Virgem e Santa Ana, ladeadas pelas imagens de São Sebastião e de São Miguel, todas de pedra. (MATOZO, pp. 88 - 93).

Autor e Data

Rosário Gordalina 1992 / Isabel Mendonça 1996

Actualização

Manuel Neves 2004
 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login