Parque Florestal de Monsanto

IPA.00034085
Portugal, Lisboa, Lisboa, Benfica
 
Espaço verde de recreio / Espaço verde de saúde. Parque modernista, de estrutura predominantemente assente na sua vertente funcional, que tem como base o conceito romântico de pulmão verde dando resposta às preocupações ecológicas e urbanísticas de organizar a expansão da cidade e de fornecer à população urbana o indispensável contato com a natureza. Criado para ser o Parque da Cidade de Lisboa embora apresente um caráter modernista, manteve no entanto as características essenciais da arquitetura tradicional. Deu prioridade à função, criando um bosque natural com pontos de interesse e equipamentos destinados a todas as classes e faixas etárias.
Número IPA Antigo: PT031106081742
 
Registo visualizado 3376 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Espaço verde  Parque  Parque  Formal    

Descrição

Parque de planta irregular, resultante da topografia da Serra de Monsanto que possui um cume descentrado cuja altitude chega aos 226m, onde se localiza o Forte de Monsanto, gozando-se de vistas privilegiadas em todos os quadrantes. A serra é constituída por um núcleo central de calcário, envolvido por um manto basáltico. Os diversos espaços e equipamentos distribuem-se essencialmente a meia encosta e são ligados entre si por um percurso automóvel com alguns troços de acesso restrito*1. A sua situação e relevo possibilitam a existência de variados ambientes com o recato da floresta ou a abertura da clareira e do miradouro. O Parque é um espaço de lazer com diversos miradouros, zonas de estadia e contemplação da paisagem, mas também de recreio ativo, com várias zonas desportivas e uma rede de trilhos pedonais e ciclovias que percorrem todo o Parque. O Parque é atravessado pela A5 que o divide em duas zonas, N. e S. Na ZONA N. do Parque encontram-se o Parque de Campismo de Lisboa, o Miradouro da Luneta dos Quarteis, o Miradouro dos Moinhos do Mocho, o Centro de Interpretação de Monsanto, o Espaço Biodiversidade, a Mata de S. Domingos de Benfica, o Parque Recreativo do Alto da Serafina e o Parque da Pedra. Junto ao limite O., a S. do Bairro da Boavista, encontra-se o PARQUE DE CAMPISMO de Lisboa*2, único na cidade, ocupando uma área arborizada de 36 ha. Na encosta que envolve este parque encontram-se os bosquetes de zambujeiro*3. O MIRADOURO DA LUNETA DOS QUARTEIS situa-se na encosta O. do Parque e tem a planta de "meio hexágono", que se deve ao aproveitamento da estrutura do forte que ali existia, cujo centro é marcado por dois padrões em tijolo. Ao longo do miradouro estão dispostos bancos em madeira de onde se pode usufruir das vistas sobre a Serra de Sintra e o estuário do Tejo. Existe também um edifico de um piso, de momento sem utilização. Deste um caminho pedonal com cerca de 230m leva-nos a uma clareira onde se encontra o MIRADOURO DOS MOINHOS DO MOCHO, um espaço de estar confinado entre dois moinhos pré-existentes, que foram recuperados, com zonas de estadia recatadas com latadas que sombreiam bancos em tijolo e dois canteiros também em tijolo. Na extremidade N. do parque situa-se a MATA DE S. DOMINGOS DE BENFICA*4. Com 10 ha, esta mata é um espaço de vegetação diversificada que oferece uma enorme variedade de atividades, nomeadamente uma torre de escalada, um circuito de obstáculos, um campo de mini basquetebol, um circuito de manutenção, caminhos pedestres e um parque infantil. O CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DE MONSANTO situa-se na encosta N. da serra. É aqui que os utilizadores podem encontrar informação sobre o Parque, como as atividades disponíveis, os locais de interesse, folhetos informativos, entre outros. Possui também um espaço para exposições, um auditório, uma cafetaria e um parque infantil. Junto a este situa-se o ESPAÇO BIODIVERSIDADE que ocupa uma área de 16ha de floresta vedados que se dedica à proteção da flora e fauna do Parque. Aqui pode-se encontrar um viveiro, horta pedagógicos, a FITOETAR que trata as águas residuais do centro de Interpretação de Monsanto através da utilização de plantas e o LXCRAS que é responsável pela recolha, tratamento e devolução à natureza de animais pertencentes à fauna autóctone portuguesa. Nesta zona encontram-se os bosquetes de montado misto de sobreiro e azinheira*5. Na encosta E. da serra, a NO. do Bairro do Alto da Serafina (v. IPA.00029303) e do Bairro da Liberdade (v. IPA.00029724), situa-se o PARQUE RECREATIVO DO ALTO DA SERAFINA, também conhecido como Parque dos Índios. É um espaço amplo com inúmeras árvores, arbustos e zonas relvadas que oferece um conjunto de atrações para as várias faixas etárias. Nomeadamente dois parques infantis, um dos 0-5 anos e outro dos 6-12 anos, uma zona aventura com um labirinto e as tendas de índios, a escola e circuito de condução infantil, parques de merendas e um café e restaurante com esplanada. Na zona mais alta do parque encontra-se um miradouro com vista panorâmica sobre a cidade e o rio e uma zona de estadia que retrata o mercado de Belém. Na sua envolvente situa-se um bosquete de montado misto de sobreiro e azinheira*6. Nas proximidades, na encosta NE. encontram-se outros bosquetes de montado misto de sobreiro e azinheira*7. A S. deste encontra-se o PARQUE DA PEDRA que foi inserido no local de uma antiga pedreira. A sua integração com o espaço envolvente faz deste espaço um local particular com um ambiente distinto. Aqui encontramos, junto ao fundo deste espaço, paredes e blocos de escalada, escorregas, um circuito de obstáculos suspensos e também, já numa cota substancialmente superior, um parque de merendas. Na ZONA S. do Parque encontram-se o Forte do Alto do Duque, o Miradouro de Montes Claros, o Centro Equestre, o Miradouro do Moinho do Penedo, a Alameda e Anfiteatro Keil do Amaral, o Parque Recreativo do Alvito e o Clube de Ténis de Monsanto. No extremo SO. do Parque, a S. do Bairro de Caselas (v. IPA.00020848), situa-se o Forte do Alto do Duque (v. IPA.00000025) de planta pentagonal irregular, delimitado por um fosso de secção retangular com acesso por uma ponte em madeira. Numa área mais elevada, na zona SO. da Serra, a N. dos os Bairros do Caramão da Ajuda (v. IPA.00034471), da GNR (v. IPA.00034472) e dos Telheiros da Ajuda (v. IPA.00021145), situa-se o JARDIM DE MONTES CLAROS ,espaço de estadia onde se pode usufruir da vista sobre o estuário do Tejo. Junto a Montes Claros encontra-se o CENTRO EQUESTRE com dois picadeiros e cavalariças*8. A E. de Montes Claros, na encosta S. da Serra, encontra-se a ALAMEDA KEIL DO AMARAL*9, uma via pedonal e ciclável, com uma clareira a S. onde se encontra o ANFITEATRO com o mesmo nome. Ao longo da Alameda podem-se encontrar diversos equipamentos destinados a várias faixas etárias, desde um parque infantil, um parque de skate e um circuito de manutenção para idosos. Adjacente à Alameda situa-se o maciço de pinheiro-das-canárias*10. Este é um espaço para passear ou descansar usufruindo da vista sobre o rio e a margem Sul do Tejo. Junto à Alameda Keil do Amaral, a N. da mesma, encontra-se o MIRADOURO DO MOINHO DO PENEDO. Neste espaço assinalado por um moinho e com vista sobre o rio, encontra-se uma área dedicada ao basquete, zonas de estadia e uma zona de merendas. Entre a Alameda e o miradouro encontra-se o maciço de carvalho-cerquinho*11. O PARQUE RECREATIVO DO ALVITO situa-se na zona SE. da serra, a S. da Alameda. O Parque está estruturado em três níveis de cotas crescentes, ao longo das quais se distribuem os diversos equipamentos entre vegetação arbórea e canteiros de arbustos e herbáceas. Os equipamentos infantis encontram-se agrupados por faixa etária com uma área dos 0-5 anos no primeiro nível, outra dos 6-12 anos no segundo nível e uma zona aventura no terceiro e último nível. Existe ainda um campo de futebol, um Centro Cultural, várias zonas de estadia, um lago e um café com esplanada. Junto ao lago encontra-se um maciço de sobreiros*12. A SE. do Parque Recreativo do Alvito encontra-se o CLUBE DE TÉNIS DE MONSANTO*13. As instalações estão equipadas com vários campos, cobertos e descobertos e um restaurante. A S. destes dois equipamentos localiza-se o Bairro do Alvito (v. IPA.00012686).

Acessos

A5, CRIL, Avenida General Norton de Matos (2ª circular), Avenida General Correia Barreto, Eixo Norte-Sul

Protecção

Inclui EFIP - Espécies Florestais Classificadas de Interesse Público, Parque Florestal de Monsanto - manchas 1, 2 e 3 - bosquetes de montado misto de sobreiro/azinheira, Aviso nº 8952/2005, DR, 2ª série, nº 198 de 14 outubro 2005 / Parque Florestal de Monsanto - manchas 4 e 5 - bosquetes de zambujeiro, Aviso nº 8952/2005, DR, 2ª série, nº 198 de 14 outubro 2005 / Parque Florestal de Monsanto - manchas 6, 7 e 8 - bosquetes mistos de sobreiro/azinheira, Aviso nº 5/2007, 2 janeiro 2007 / Parque Florestal de Monsanto - mancha 9 - maciço de sobreiro, Aviso nº 5/2007, 2 janeiro 2007 / Parque Florestal de Monsanto - mancha 10 - maciço de pinheiro-das-canárias, Aviso nº 896/2000, DR, 2ª série, nº 15 de 19 janeiro 2000 / Parque Florestal de Monsanto - mancha 11 - maciço de carvalho-cerquinho, Aviso nº13/2009, 9 novembro 2009. Inclui Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811) / Quinta dos Marqueses de Fronteira (v. IPA.00005599) / Forte do Alto do Duque (v. IPA.00000025)

Enquadramento

Urbano. Situa-se na zona O. da cidade de Lisboa ocupando a maior parte da Serra de Monsanto. A E., esta serra é confinada pelo Vale da Ribeira de Alcântara e a O. pelo vale da Ribeira de Algés. A N. é limitada pela depressão de Benfica e a S. a encosta desce com declives suaves até ao Rio Tejo. Na periferia do parque situam-se vários bairros: o Bairro da Boavista a O., o Bairro do Calhau a NE., o Bairro do Alto da Serafina (v. IPA.00029303) e o Bairro da Liberdade (v. IPA.00029724) a E., o Bairro do Alvito (v. IPA.00012686) a SE. e os Bairros do Caramão da Ajuda (v. IPA.00034471), da GNR (v. IPA.00034472) e dos Telheiros da Ajuda (v. IPA.00021145) a S.. Dentro do parque, no extremo SO. encontra-se o Bairro de Caselas (v. IPA.00020848).

Descrição Complementar

O JARDIM DE MONTES CLAROS desenvolve-se frente à fachada posterior de um restaurante de forma retangular, sobre um terraço virado ao jardim. A uma cota cerca de 1m abaixo do nível do terraço, desenvolve-se um relvado, arborizado junto ao seu limite exterior de forma pouco densa, que é atravessado longitudinalmente, ao centro, por um canal com cerca de 90m de comprimento e 4,5m de largura. O canal, cuja origem junto ao terraço se encontra assinalada por três elementos escultóricos em metal dispostos paralelamente, representando peixes trespassados por lanças, desemboca num lago de planta aproximadamente semicircular com plantas aquáticas. Ao nível do terraço localiza-se um caminho que envolve esta composição. Na margem do lago este caminho é ensombrado por uma pérgula que é interrompida no prolongamento do eixo definido pelo canal, assinalando um ponto de vista privilegiado sobre o Rio Tejo. Num nível superior ao terraço, de ambos os lados e paralelamente à zona relvada, situam-se dois caminhos, definidos por um talude revestido por pedra, que funcionam como miradouro. O acesso ao nível superior é feito por escadarias em pedra que acompanham o talude, situadas nas extremidades de ambos os caminhos. O ANFITEATRO KEIL DO AMARAL situa-se numa encosta relvada orientada para o Rio Tejo, na qual, aproveitando o desnível do terreno, se definiram dois conjuntos de assentos corridos revestidos por cubos de granito suportados por toros de madeira. Um conjunto é composto por seis assentos corridos, semicirculares e paralelos entre si, acompanhados por caminhos pavimentados também por cubos de granito e separados por tiras de relvado. O anfiteatro prolonga-se para NO., situando-se a uma cota francamente superior mais cinco assentos corridos de tipologia idêntica aos anteriores. Na proximidade do primeiro conjunto de assentos foram dispostos vários toros de madeira, alinhados segundo a direção dos assentos, com o mesmo fim utilitário. Um caminho de sulipas de madeira com origem na Alameda define um percurso sinuoso que une os dois conjuntos de assentos formais. Uma linha de água com origem a N. atravessa o espaço intercetando o caminho que neste local assume a forma de pequena ponte em madeira.

Utilização Inicial

Produtiva: mata / Recreativa: parque

Utilização Actual

Produtiva: mata / Recreativa: parque

Propriedade

Pública: Municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO Keil do Amaral (1938).

Cronologia

1868 - surge a primeira referência à arborização da Serra de Monsanto num relatório da autoria de Carlos Ribeiro e Nery Delgado *14; 1926/27 - são apresentados os primeiros projetos de arborização e construção de equipamentos desportivos e recreativos para o Parque de Monsanto*15; 1934, 1 Novembro - é publicado o decreto de lei nº 24625 que estabelece a criação do Parque Florestal de Monsanto; 1938, 16 Novembro - é publicado o Decreto-Lei nº 29135 que sujeita o Parque a regime florestal total; 1938 - O arquiteto Francisco Keil do Amaral projeta o Parque e iniciaram-se os trabalhos de arborização, dirigida e executada pelo Eng.º Silvicultor Joaquim Rodrigo; 1940 - inicio da implementação do projeto de Keil do Amaral, tendo sido realizados as seguintes obras: os principais acessos, o viaduto e a auto-estrada do Estádio, o Parque Infantil do Alvito, o Centro de Ténis do Alvito, o miradouro e Pavilhão de Chá de Montes Claros (mais tarde ampliado e transformado em restaurante) e os miradouros do Moinho do Alferes (do Penedo), dos Moinhos do Mocho e da Luneta dos Quartéis. Ficaram por concluir o Anfiteatro (projetado para seis mil espectadores), o Monumento Memorial a Duarte Pacheco, o Centro de Desportos, o Parque Infantil do Alto da Serafina e o conjunto de recepção do parque; 1943 - o Parque Florestal da cidade era uma realidade com 900 ha. Construção do Bairro da Boavista; 1945 - construção do Bairro do Caramão da Ajuda; 1947 - construção do Bairro de Caselas; 1952 - a linha perimetral do Parque apresentava um comprimento de 20 000 m. e uma área de 911 ha (cerca de 1/8 da área da cidade de Lisboa na época), tendo sido plantados mais de 1 milhão de árvores e arbustos ocupando cerca de 350 ha e semeados cerca de 320 ha, perfazendo uma área cultivada de 670 ha, faltando arborizar à época 40 ha. Estavam representadas cerca de 150 espécies arbóreas, predominando o pinheiro, com 250 ha, os carvalhos com cerca de 125 ha, os eucaliptos com 90 ha, os cupressos com 40 ha e um conjunto de outras espécies como choupos, acácias, ulmeiros, amendoeiras, zambujeiros, etc...numa área de cerca de 165ha, sendo a maioria das plantas provenientes de viveiros municipais. Construíram-se cerca de 12 ha de jardins e conservaram-se ou melhoraram-se cerca de 20ha pré-existentes. Instalação do Centro Emissor da Radiotelevisão Portuguesa no local destinado ao Monumento a Duarte Pacheco; 1955 - o quartel da Força Aérea instala-se na área destinada ao Anfiteatro; 1957 - construção do Bairro da GNR. Instalação do emissor da Força Aérea na área destinada ao centro de Desportos; 1960 - construção do Parque Municipal de Campismo em substituição do cemitério já parcialmente construído, cujo projecto foi inviabilizado por motivos técnicos; 1962 - cedência de terrenos ao Clube Português de Tiro a Chumbo; 1968 - construção do Restaurante Monsanto; 1972 - construção do Clube Internacional de Futebol; 1979, 14 Maio - a Direção Geral das Florestas aprovam uma delimitação rigorosa do Parque; 1992 - construção do parque recreativo do Alto da Serafina; 1996 - construção do Centro de Interpretação e do Parque Ecológico de Monsanto, atual Espaço Biodiversidade; 1999 - recuperação da Mata São Domingos de Benfica; 2003 - construção da Alameda e Anfiteatro Keil do Amaral; 2004 - construção do Parque da Pedra; 2005, 1 Setembro - inauguração do Parque Recreativo do Alvito depois de finalizadas as obras de requalificação.

Dados Técnicos

O Parque adapta-se à topografia da serra, com um percurso principal que a contorna a meia encosta, ao longo do qual se distribuem os diversos equipamentos, enquanto uma rede secundaria de percursos abrange toda a serra. As estruturas edificadas pré-existentes como os fortes e os moinhos são aproveitadas, tirando partido das vistas com diversos miradouros.

Materiais

INERTES: alvenaria: muros e sinalética; pedra calcária: muros, muretes e muros de suporte; tijolo: muretes, muros de suporte e bancos; madeira: bancos e papeleiras; metal: equipamentos e bebedouros; PVC: papeleiras; acrílico: sinalética. VEGETAIS: árvores - abrunheiro (Prunus spinosa), acácia-da-austrália (Acacia melanoxylon), aderno (Phillyrea latifólia), alfarrobeira (Ceratonia síliqua), ameixoeira-de-jardim (Prunus cerasifera var. pissardii), amendoeira (Prunus dulcis), amieiro (Alnus glutinosa), azereiro (Prunus lusitanica), azinheira (Quercus rotundifolia), bôrdo-comum (Acer campestres), bôrdo-da-noruega (Acer platanoides "Crimson King"), bôrdo-negundo (Acer negundo), carrasco (Quercus coccifera), carvalho-americano (Quercus rubra), carvalho-cerquinho (Quercus faginea), carvalho-da-argélia (Quercus canariensis), carvalho-da-turquia (Quercus cerris), carvalho-roble (Quercus robur), casuarina (Casuarina equisetifolia), cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica), choupo-negro (Populus nigra), choupo-branco (Populus alba), cipreste (Cupressus sempervirens), cipreste-da-califórnia (Cupressus macrocarpa), cipreste-do-arizona (Cupressus arizonica), criptoméria (Cryptomeria japónica), espinheiro-da-virgínia (Gleditsia triacanthos), eucalipto (Eucalyptus camaldulensis, Eucalyptus globulus e Eucalyptus saligna), franco (Pseudotsuga menziezii), freixo (Fraxinus angustifolia), jacarandá (Jacaranda ovalifolia), liquidambar (Liquidambar styraciflua), lodão-bastardo (Celtis australis), loureiro (Laurus nobilis), magnólia (Magnolia soulangeana), olaia (Cercis siliquastrum), pinheiro-das-canarias (Pinus canariensis), pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis), pinheiro-manso (Pinus pinea), pitósporo (Pittosporum undulatum), plátano (Platanus orientalis), plátano-bastardo (Acer pseudoplatanus), sequoia (Sequoia sempervirens), sequoia-gigante (Sequoidendron giganteum), sobreiro (Quercus suber), tamareira (Phoenix dactylifera), tília-de-folhas-pequenas (Tilia cordata), ulmeiro-de-montanha (Ulmus glabra), ulmeiro-comum (Ulmus minor), wash

Bibliografia

Keil do Amaral: o arquitecto e o humanista, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, Departamento de Património Cultural, Divisão de Museus e Palácios, 1999; MAGALHÃES, Manuela Raposo, A Arquitectura Paisagista: Morfologia e Complexidade, Lisboa, Editorial Estampa, 2001; Parque Florestal de Monsanto, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, Direção Municipal de Ambiente e Espaços Verdes, 1994; Plano de Gestão Florestal do Parque Florestal de Monsanto, Câmara Municipal de Lisboa, 2010; RODRIGO, José Joaquim, O parque florestal de Monsanto, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1952; TIÇÃO, Álvaro, Guia do Parque Florestal de Monsanto, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 2011; TOSTÕES, Ana, Monsanto, Parque Eduardo VII, Campo Grande. Keil do Amaral, arquitecto dos espaços verdes de Lisboa, Lisboa, Salamandra, 1992, pp. 49-64; (http://www.cm-lisboa.pt/viver/ambiente/parque-florestal-de-monsanto), consultado em 20 de Novembro de 2013.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Câmara Municipal de Lisboa: 2003 / 2004 / 2005 - requalificação do Parque Recreativo do Alvito.

Observações

*1 - O projeto inicial de Keil do Amaral para o Parque Florestal de Monsanto consistia em três avenidas circulares uma no limite do parque e que serviria de ligação entre o Parque e a cidade, outra a meia encosta ligando os diferentes espaços e equipamentos e uma terceira avenida na zona mais elevada da Serra onde se situavam os principais miradouros e restaurantes, um grande lago e áreas verdes de recreio na envolvência do forte de Monsanto que seria desafetado. Com a ocupação do alto de Monsanto pelos serviços prisionais e pela Força Aérea foi excluído o núcleo central de recreio do Parque e a transformação da avenida periférica em vias rápidas (Av. de Ceuta, Av. da ponte 25 de Abril e Radial de Benfica) impediu a ligação do Parque à cidade; *2 - sendo um cemitério desativado por razoes técnicas, foi adaptado pelo Arquiteto Paisagista Edgar Fontes a parque de campismo; *3 - bosquetes classificados correspondentes às manchas 4 e 5 do Parque Florestal de Monsanto; *4 - A mata de S. Domingos de Benfica era uma das poucas áreas de arvoredo existentes quando se iniciou a plantação do Parque; *5 - bosquetes classificados correspondentes às manchas 1, 2 e 7 do Parque Florestal de Monsanto; *6 - bosquete classificado correspondente à mancha 6 do Parque Florestal de Monsanto; *7 - bosquetes classificados correspondentes às manchas 3 e 8 do Parque Florestal de Monsanto; *8 - o Centro Equestre oferece ao público volteio e visitas às cavalariças; *9 - antiga Estrada de Montes Claros; *10 - maciço classificado correspondente à mancha 10 do Parque Florestal de Monsanto; *11 - maciço classificado correspondente à mancha 11 do Parque Florestal de Monsanto; *12 - maciço classificado correspondente à mancha 9 do Parque Florestal de Monsanto; *13 - sede da Associação de Ténis de Lisboa; *14 - "Relatório acerca da arborização geral do país apresentado a Sua Exª. o Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria em resposta aos requesitos do artigo 1º do Decreto de 21 de Setembro de 1867 - Carlos Ribeiro e Nery Delgado - Lisboa, Tipografia da Academia Real das Ciências, 1868. Na página 191 - Referindo-se à arborização do solo nas vizinhanças da capital, o engenheiro João Maria de Magalhães diz: "...Poderia mesmo lembrar a V. as imediações de Lisboa, toda a Serra de Monsanto, que muito conviria arborizar, para mais tarde abastecer a capital de lenhas e madeiras amenizando ao mesmo tempo a aridez que nota o viajante quando entra no Tejo vendo de um e outro lado montanhas escalvadas. Seria mesmo para desejar que dentro de Lisboa se fizessem plantações, como são a Costa do Castelo, o Monte, a cerca do quartel da Graça onde algumas enfezadas oliveiras poderiam ser substituídas por maciços de arvoredo, que dariam à cidade um aspeto mais risonho e modificariam provavelmente o clima, contribuindo eficazmente para a saúde pública."; *15 - Seria no entanto necessária a forte vontade do Eng.º. Duarte Pacheco (Ministro da Obras Públicas em 1932 e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa em 1938), para que o Parque Florestal se tornasse uma realidade.

Autor e Data

Teresa Camara 2012 / Mafalda Jácome 2013 (no âmbito da parceria do IHRU / APAP)

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