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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo torre
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Descrição
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Torre de planta rectangular (mas quase quadrada) dividida em três registos, coberta por telhado de duas águas, com cornija de meia-cana e merlões chanfrados de remate curvilíneo, incluindo chaminé de ressalto rectangular, alongando-se no remate da fachada S. Na mesma fachada, encontra-se, a nível do segundo piso, um vão de porta mainelado, formando dois arcos em ferradura, mostrando colunelo ornamentado; a nível do terceiro piso, um vão de janela também mainelado, formando dois arcos canopiais duplos, tendo o colunelo do mainel capitel em mármore. Esta fachada está caiada de branco até ao nível do segundo piso. A fachada E. apresenta três vãos de janela de lintel recto, sendo o do piso térreo gradeado e de menores dimensões, tendo um pouco abaixo um orifício quadrangular. A fachada N. apresenta dois vãos de janela de lintel recto nos pisos superiores e um vão de pequenas dimensões e enxalço profundo. A fachada O. não possui aberturas e encontra-se adossada a um dos edifícios anexos até ao nível do segundo piso. No cunhal que une a fachada O. e a fachada N. encontra-se uma torrela cilíndrica projectada para o exterior, rematada por coruchéu cónico de friso simples. Nesta torre insere-se uma escadaria helicoidal que permite o acesso ao 2º registo e ao terraço. Pisos interiores cobertos por abóbadas de nervuras muito rebaixadas. Os edifícios anexos, em parte talvez correspondentes ao antigo paço, articulam-se com a torre, partindo do volume a O. uma escadaria de acesso ao primeiro piso da torre com voluta no arranque no corrimão; ao lado no piso térreo uma arcada tripla em alvenaria rebocada e contrafortes no lado oposto sugerem que os baixos sejam abobadados. |
Acessos
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EN370, lugar de Nossa Senhora de Boa Fé, Rua das Courelas e seguir por estrada de terra batida. VWGS84 (Graus decimais) lat.: 38,554174; long.: -8,119354 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural. Implanta-se a 324m de altitude, em monte alentejano tradicional, rodeada de terrenos de criação de gado. Situa-se nas imediações da povoação de Nossa Senhora da Boa Fé, ao lado das ruínas de um antigo convento franciscano, capela e vestígios de jardim. Edifícios anexos foram adossados a S. e O., fazendo parte do antigo paço mas sendo de construção posterior. Observa-se um portão de acesso ao recinto. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoas singulares em compropriedade |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 15 - 16 - construção da torre; séc. 17 - existência do solar adossado à torre que, segundo Binney (1987), foi utilizado como convento; 1734 - morte de António de Mira Sobrinho na torre da Giesteira, descendente dos fundadores do solar adossado à torre; séc. 19, finais - o solar pertencia à Condessa de Sarmento; séc. 20 - utilização do edifício adossado como celeiro (Binney, 1987). |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma |
Materiais
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Granito |
Bibliografia
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AZEVEDO, Carlos de - Solares Portugueses. Lisboa: Livros Horizonte, 1969; BARATA, António - Évora e seus arredores. Évora: Typ. Do Notícias de Évora, 1904; BINNEY, Marcus - Casas Nobres de Portugal. Lisboa: Difel, 1987; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Palácios e Solares Portuguezes. Porto: Livraria Lello, s.d.; SILVA, José Custódio Vieira da - O Tardo-Gótico em Portugal - a arquitectura no Alentejo. Lisboa: Livros Horizonte, 1989; Idem, Paços Medievais Portugueses. Lisboa: IPPAR, 1995; Idem, "A Torre ou Casa Forte Medieval". Pontevedra. Museo de Pontevedra, 1999; |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1950 / 1960 - obras gerais de conservação. |
Observações
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A povoação mais próxima terá sido a de Nossa Senhora da Boa Fé, a cerca de 3km da torre, razão pela qual também seria conhecida como Torre da Boa Fé. Esta povoação terá sido a mais importante das imediações, tendo sido substituída, ao longo do tempo, pela de São Sebastião da Giesteira. |
Autor e Data
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Margarida Contreiras 2013 |
Actualização
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