Ermida de Nossa Senhora da Boa Morte
| IPA.00035089 |
Portugal, Ilha de Santa Maria (Açores), Vila do Porto, Santo Espírito |
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Capela reconstruída em 1886, conforme data inscrita na frontaria, de planta retangular simples e interior de espaço único, com iluminação unilateral e cobertura em falsa abóbada de berço de madeira, e sacristia adossada à direita. Fachadas laterais e posterior com faixas e cunhais sublinhados a cinzento, de sabor popular, e os elementos estruturais da frontaria em cantaria. Fachada principal com soco de cantaria, cunhais apilastrados coroados por pináculos, terminada em empena, coroada por cruz, e rasgada por portal de arco em asa de cesto. A fachada lateral esquerda é rasgada por vão na zona do retábulo-mor por óculo oval, modinatura menos comum na região, e a oposta é cega, possuindo a sacristia porta para o adro; a posterior é cega e termina em empena. No interior possui a parede testeira rasgada por amplo arco, albergando retábulo-mor de linguagem clássica, de planta reta e um eixo, possuindo ao centro nicho, estrutura semelhante ao da Capela de Nossa Senhora da Saúde (v. IPA.00035084) e o da Ermida de Nossa Senhora dos Remédios (v. IPA.00035086), sensivelmente contemporâneos. |
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Registo visualizado 724 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta retangular simples, com sacristia retangular adossada à fachada lateral direita. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na capela e de uma na sacristia, no prolongamento da nave, rematadas em beirada simples ou dupla. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com faixa e cunhais sublinhados a cinzento, à exceção da principal, onde os elementos são em cantaria, com as juntas pintadas de branco. Fachada principal, virada a O., com soco de cantaria, terminada em empena, ligeiramente truncada, com cornija, coroada por cruz latina de braços quadrangulares, sobre acrotério, e, lateralmente, sobre as pilastras dos cunhais, por pináculos tipo urna sobre acrotérios. É rasgada por portal em arco em asa de cesto, sobre pilastras, coroadas por pináculos piramidais relevados e com chave saliente, formando bandeira com vidrinhos; sobre a aduela de fecho surge cartela pintada de vermelho, contendo elemento relevado, tipo pináculo, pintado de branco e com inscrição. Fachada lateral esquerda rasgada por óculo oval, na zona do retábulo-mor, com a moldura de juntas pintadas de branco, e a oposta cega, rasgando-se na sacristia porta de verga reta, moldurada, virada a O.. Fachada posterior cega, com a capela-mor terminada em empena e a sacristia em meia empena. INTERIOR de espaço único, com as paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em soalho de madeira e cobertura de madeira envernizada, com largos tirantes de madeira. No lado da Epístola abre-se porta de ligação à sacristia, de moldura pintada de branco. Na parede testeira, abre-se amplo arco, de volta perfeita, revestido a talha, pintada de branco, com almofadas retangulares a branco e azul e frisos dourados. Alberga retábulo-mor, de talha pintada de branco e dourado, de planta reta e um eixo, definido por duas colunas de fuste liso, assentes em plintos paralelepipédicos, almofadados, e de capitéis fitomórficos, no enfiamento das quais se desenvolvem volutas, formando o remate, encimadas por cartela recortada com coração inflamado. Ao centro abre-se nicho, de volta perfeita, contendo imaginária, sob o qual existe apainelado de topo contracurvo. Altar tipo urna. |
Acessos
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Lugar do Panasco |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado, numa plataforma sobrelevada à zona envolvente, formando adro, com acesso posterior por vários degraus, delimitado por muro, rebocado e pintado de branco, e capeado a cerâmica; o adro é pavimentado a alvenaria de pedra, com as juntas pintadas de branco. A escada do adro é ladeada por canteiros de flores. |
Descrição Complementar
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Sobre a aduela de fecho do portal existe cartela com a data de "1886" inscrita. |
Utilização Inicial
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Religiosa: ermida |
Utilização Actual
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Religiosa: ermida |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Angra) |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18, final - época provável de construção da primitiva ermida de Nossa Senhora da Boa Morte por Mateus Duarte, na Fajã Sul, junto ao mar, cercada por vinhas; séc. 19 - destruição da ermida por uma forte tempestade marítima, tendo um habitante chamado Simplício resgatado, com grande dificuldade, a imagem ao mar, sem qualquer dano; 1886 - data inscrita na fachada principal da atual capela assinalando a sua construção, com os recursos da população. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra rebocada e caiada; faixa, cunhais e porta da sacristia pintados de cinzento; soco, pilastras, cornija, moldura do portal e da janela e cruz em cantaria aparente; portas de madeira; vidros simples; pavimento em soalho de madeira; teto em madeira envernizada; retábulo em talha pintada; beiral duplo e cobertura em telha de meia-cana tradicional. |
Bibliografia
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CARVALHO, Manuel Chaves - Igrejas e Ermidas de Santa Maria, em Verso. Vila do Porto (Açores): Câmara Municipal de Vila do Porto, 2001; SILVA, José Guedes da - O Sul de Nossa Senhora da Boa Morte. Vila do Porto: Câmara Municipal de Vila do Porto, 1999; Ermida de Nossa Senhora da Boa Morte, (http://inventario.iacultura.pt/smaria/vilaporto_fichas/11_75_31.html), [consultado em 24-02-2014]; Ermida de Nossa Senhora da Boa Morte, (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ermida_de_Nossa_Senhora_da_Boa_Morte), [consultado em 19-09-2013] |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Bruna Valério e Paula Noé 2014 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese de Angra) |
Actualização
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