Ponte de Aljezur
| IPA.00035534 |
Portugal, Faro, Aljezur, Aljezur |
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Ponte edificada na 2.ª metade do Séc. 20, de tabuleiro plano lançado sobre três arcos de perfil abatido assentes em pilares retangulares munidos de talhamares, em meia laranja, a montante e jusante. Estrutura de alvenaria rebocada e pintada de branco sendo as aduelas dos arcos, os pilares e os talhamares em cantaria ou cantaria aparente. Guardas em grilhagem de motivo retangular ovalado, sobre soco, intervalada de pilaretes. A ponte mantem a estrutura tripartida da desaparecida estrutura seiscentista ou setecentista, de arcos de perfil abatido, que reconstruiu a primitival ponte medieval, localizada alguns metros a jusante. Enquanto ponto de passagem obrigatório, na EN120, entre o Alentejo e o Algarve e entre a vila antiga e a moderna, permanece um local de grande movimento, ponto de encontro das gentes da terra e visitantes, em particular no período estival. |
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Registo visualizado 478 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte pedonal / rodoviária Tipo arco
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Descrição
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Ponte rodoviária e pedonal, de tabuleiro plano (com c. de 39m x 6m), orientado no sentido nascente - poente, lançado sobre três arcos de perfil abatido, de igual dimensão, assentes sobre dois pilares retangulares, munidos de talhamares em meia laranja a montante e jusante. Estrutura de alvenaria rebocada e pintada de branco, aduelas dos arcos, pilares e talhamares em cantaria ou cantaria aparente. Guardas em grilhagem branca, de motivo retangular ovalado, sobre soco e entre pilaretes, ambos pintados de cor cinzenta. Pavimento da faixa rodoviária em asfalto ladeado de cada lado por estreita faixa pedonal em calçada portuguesa, a montante, e em ladrilho industrial, a jusante. A extremidade poente da ponte alarga em curva para norte, contornando, a cota inferior, pequeno adro, com uma palmeira, possuindo guarda idêntica à do tabuleiro que se prolonga pelo remate do muro em talude, que delimita a margem esquerda da ribeira. |
Acessos
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Aljezur, EN120 / Rua 25 de Abril; Largo do Mercado; Largo da Liberdade. WGS84 (graus decimais): lat.: 37,316655; long.: -8,803261 |
Protecção
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Incluído no Parque Natural Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e parcialmente incluído no Plano Sectorial da Rede Natura 2000: Habitats 3290 e 6420 (Pradarias húmidas mediterrânicas de ervas altas da Molinio-Holoschoenion) |
Enquadramento
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Urbano, sobre a Ribeira de Aljezur, no local onde esta conflui com a Ribeira de Alfambras e a Ribeira da Cerca, no limite poente da várzea de Aljezur. Enquanto passagem obrigatória de quem vem do Algarve em direção a norte pela EN120 e vice-versa e como acesso principal à parte antiga da Vila, bem como ao Mercado (v.IPA.00034910), este é um local de grande movimento, ponto de encontro das gentes da terra e visitantes, em particular no período estival. Nas margens da ribeira (encontrando-se a direita bastante assoreada, com uma largura de c. de 15m), predomina o Amieiro (Alnus glutinosa) *1, o Choupo (Populus) *2, o Salgueiro (Salix) e o canavial, proporcionando habitat a variada fauna e avifauna entre ela o cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa), a cobra-de-água-viperina (Natrix maura), o Pato-real (Anas platyrhynchos), o Pato-mudo (Cairina moschata), o Ganso (Anser anser), a Alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea) e o Rouxinol (Luscinia megarhynchos); nas margens da ribeira encontramos ainda várias plantas aromáticas, como o rosmaninho, a alfazema e a hortelã. Para nascente extendem-se os férteis terrenos da várzea, utilizados para o cultivo de hortícolas (em particular a batata-doce e o milho) e pastoreio de vacas. Para jusante localizam-se os testemunhos do antigo Porto Fluvial, como as azinhagas que davam acesso aos padrões de amarração e a cisterna e o local onde se situariam as desaparecidas a sua Estalagem e a Casa da Portagem; do lado poente da ponte, logo à entrada, do lado sul, a antiga Mercearia da vila; do lado nascente, a poucos metros, fica o concorrido Mercado Municipal (v. IPA.00034910) e, mesmo à entrada da ponte, do lado direito, uma paragem de autocarros; do lado esquerdo pequeno adro de terra batida utilizado como parqueamento automóvel. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: ponte |
Utilização Actual
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Transportes: ponte rodoviária e pedonal |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Época medieval - data provável de construção da primitiva ponte, situada a alguns metros a jusante da atual, onde hoje se localiza o viaduto pedonal; Séc. 17 - 18 - provável data de reconstrução da ponte medieval *2; 1947, 04 março - destruição pela cheia da antiga ponte medieval; Séc. 20, 2.ª metade - construção da ponte atual; 2011 - prospeções coordenadas por João Carlos Castelo Branco Soares Albergaria (no âmbito da elaboração do Estudo de Impacte Ambiental da variante à EN120 em Aljezur), não sendo encontrados nos locais quaisquer vestígios da antiga ponte. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural misto. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria rebocada e caiada, aduelas dos arcos, pilares e talhamares em cantaria ou cantaria aparente; guardas em grelhagem de cimento; pavimento de asfalto na faixa rodoviária e em calçada portuguesa e ladrilho indistrial nas faixas pedonais.
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Bibliografia
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BERNARDES, João Pedro - «Existem Pontes Romanas no Algarve?» in PEREIRA, Angelina (coord.) - Actas das I Jornadas as vias do Algarve da Época Romana à Actualidade. São Brás de Alportel: Câmara Municipal de São Brás de Alportel /CCDR Algarve, 2006, pp.14 - 19; Câmara Municipal de Aljezur - Roteiro do Circuito Histórico-Cultural de Aljezur (http://cms.cm-aljezur.pt//upload_files/client_id_2/website_id_1/Atividade_Municipal/Ambiente/roteiro%20circuito%20historico-cultural%20aljezur.pdf) [consultado em julho 2015]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: SIPA; ADPHAA - Associaçãode Defesa do Património Histórico e Arqueológicode Aljezur |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. *1 - indício da presença de maior quantidade de água doce ao longo de todo ano; *2 - de introdução mais recente, a sua madeira era utilizada no fabrico de utensílios e ferramentas de apoio à agricultura e pesca; *3 - na reconstrução terá sido aproveitado o arranque e o arco da margem direita da ribeira, ainda visíveis numa fotografia de 1938, existente no arquivo da ADPHAA. |
Autor e Data
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Rosário Gordalina 2015 |
Actualização
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