|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino Ordem de Santa Clara - Clarissas (jurisdição do ordinário)
|
Descrição
|
Planta composta por igreja de planta longitudinal, corpos anexos adossados a N. e O., Torre sineira quadrangular e dependências conventuais a E.. Volumes articulados, massas dispostas na vertical com cobertura diferenciada em telhados de 2 águas na igreja, de 4 águas na torre sineira e corpos anexos à igreja, de 3 águas nas dependências conventuais. IGREJA: de nave única e fachada principal a S.. TORRE: paramentos de cantaria de granito, regulares e esquadriados nos cunhais e irregulares no enchimento. Conservam-se três pisos, um térreo, um nobre e o supremo de vigia já quase inexistente, apenas com a cachorrada do balcão a despontar em renque na cumeeira da empena com mirante rasgado por envasados em tijoleira em dois pisos sobrepostos. No piso térreo da fachada pórtico de arco quebrado ogival em lanceta, com verga e ombrais chanfrados. No piso nobre três seteiras de rasgo profundo nas empenas laterais; na empena fundeira, pequeno janelão rectangular fechado por envasado de tijoleira. Do piso térreo, coberto por abóbada ogival em cantaria, sobe-se por larga escadaria lateral ao piso nobre, com cobertura em tijoleira assente em vigamentos lenháceos, que descarregam em amplo vão de arco perfeito em cantaria de granito, sulcado pelo interior de meias canas e descansando em mísulas prismáticas. No piso supremo restam algumas portas chanfradas. |
Acessos
|
Praça de Sertório |
Protecção
|
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 8.252, DG, 1.ª série, n.º 138 de 10 julho 1922 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 185 de 11 agosto 1951 (Torre Sineira) |
Enquadramento
|
Urbano, intramuros, em pleno centro histórico, a meia encosta da colina de Évora, a uma cota de 264m, adossado a E. ao Edífico dos CTT (v. PT040705050181). |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
|
Política e administrativa: direção regional |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
DRCAlentejo, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 (torre sineira) |
Época Construção
|
Séc. 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
Séc. 03 - 08 - construção integrando provavelmente a primitiva estrutura defensiva romana, Cerca Velha (v. PT040705210040), datável dos séculos 02 e 03; pode todavia ser um pouco mais tardia, dos séculos 07 ou 09; 1590 - o edifício é cedido para instalação do Convento Salvador do Mundo da Província da Piedade da Observância Franciscana; 1604 - a Ordem ocupa o Convento; Séc. 18 - o janelão do piso nobre é fechado; Séc. 20, anos 60 - instalação no edifício da Repartição de Monumentos do Sul da DGEMN; 1995 - criação do Laboratório de Análise de Materiais de Construção oferta do ICCROM de Roma. |
Dados Técnicos
|
Estrutura autónoma |
Materiais
|
Cantaria de granito |
Bibliografia
|
RESENDE, André de, História da Antiguidade da Cidade de Évora, Évora, 1553; PEREIRA, Gabriel, O Convento do Salvador in O Manuelinho de Évora, 1885; FRANCO, Pe. António, Évora Ilustrada, (resumo da obra manuscrita (BPE) homónima do Padre Manuel Fialho), Évora, 1945; Torre do Salvador, Boletim da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, nº 39, Lisboa, 1945; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal-Distrito de Évora, Lisboa, 1966. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DREMS |
Documentação Administrativa
|
IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/ DREMS |
Intervenção Realizada
|
1940 - Demolição dos prédios anexos ao Convento do Salvador; 1964 - Obras de aproveitamento para Reparticipação dos Monumentos do Sul; 1969 - Reparo de estragos causados pelo sismo de 28-02-1969; 1974 - Reparo das coberturas. 1979 - Adaptação de sala para arquivo; 1980 - Portão em ferro forjado, rebocos, abertura de caleiras e pinturas; 1982 - demolição de pavimentos, rodapé de tijoleira, rebocos e pinturas; 1983 - Reparo dos telhados da torre, pavimentos em tijoleira; 1985 - Reparo de pavimentos de xisto; 1986 - Demolição de alvenarias de tijolo, arrancamento de pavimentos de xisto e tijolo, edificação de abobadilhas; 1988 - Janelas basculantes, rompimento do pavimento da Secretaria, pavimento de tijoleira no arquivo; 1989 - Demolição e arrancamento de pavimentos de tijoleira, assentamento de soleiras, tecto falso em termolaminado; 1990 - Tubos de queda de água, corrimão; DGEMN: DREMS: 1997 - instalação eláctica e de iluminação exterior decorativa. |
Observações
|
EM ESTUDO. Fazia parte da primitiva estrutura defensiva da cidade ou foi edificada pouco depois, porventura em época visigótica ou muçulmana. Segundo a tradição, retomada por André de Resende, foi pousada de Sertório e Geraldo Giraldes o Sem Pavor. Integrava antes da instalação do Convento do Salvador as dependências do Paço dos Condes de Sortelha. A igreja do Salvador encontra-se encerrada prevendo-se a sua abertura e reutilização como espaço expositivo; previstas obras de conservação em pavimentos, caixilharias interiores, guarda-vento e limpeza de pedras tumulares. |
Autor e Data
|
Manuel Branco e Castro Nunes 1993 |
Actualização
|
António Albardeiro 2005 |
|
|
|
|
| |