Ermida de São Brás
| IPA.00003854 |
Portugal, Évora, Évora, União das freguesias de Malagueira e Horta das Figueiras |
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Arquitectura de saúde e religiosa, gótica, manuelina, chã, mudéjar, joanina. O edifício tem réplicas em Santo André de Beja (v. PT040205130002) e São Sebastião de Alvito (v. PT040203010005). Capitéis do nartex mudéjares; azulejos da nave e capela-mor de estilo sevilhano de finais de Quatrocentos; frontaria joanina. Edifício considerado como fundador do estilo manuelino mudéjar, chão, alentejano. |
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Número IPA Antigo: PT040705180021 |
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Registo visualizado 1369 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta centralizada quadrangular, orientada, alongada no sentido E. - O., composta pela articulação horizontal de nártex, nave e ábside. Coberturas diferenciadas para cada um dos elementos e desniveladas, em terraço visitável coberto de telhas para os dois primeiros e em telhado cupular para a ábside. A fachada principal é definida pelo nártex, de abóbada ogival, rematado nos cunhais por dois graciosos torreões cilíndricos coroados de merlões e coruchéus cónicos rematados por ornamento pinacular; abre-se ao exterior através de três amplos vãos de arco quebrado descarregando em fortes pilares de três colunas cilíndricas, de alvenaria com capitéis graníticos de ornamentação vegetalista, uma carregando a crista da ogiva e as outras a queda arcatura; a frontaria é rasgada por estreito pórtico e por par de janelões. Fachadas laterais de seis panos definidos pelo ritmo dos contrafortes em forma de torres, similares aos do nartex; cimalhas coroadas de merlões. Na cabeceira um sólido corpo cúbico de paramentos cegos, contrafortado nos cunhais por dois outros torreões rematados por coruchéus; ressaltam nas ilhargas, a N. e a S., dois pequenos cubelos, mais baixos, a que correspondem as sacristias, de cunhais arredondados e coroados de merlões, com frestas de arco quebrado. Inúmeras gárgulas de figuração zoomórfica ligam-se a um complicado e eficaz sistema de condutas e caleiras. INTERIOR: nave com abóbada de canhão e volta perfeita; paredes revestidas de altos silhares de azulejos verdes e brancos, em axadrezado, de tonalidade irisada. A capela-mor, com cúpula esférica e iluminada por duas frestas laterais, é igualmente revestida, integralmente, por azulejos similares. As sacristias têm coberturas em ogiva nervurada, com fechos heráldicos. |
Acessos
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Rossio da Corredoura, ou de São Brás, no topo S. |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 248 de 20 outubro 1952 |
Enquadramento
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Urbano, em cota estável da base SO. da colina de Évora, isolada num dos topos do antigo Rossio, pouco harmonizada com o ambiente envolvente, urbanização dos inícios do Séc. 20. ). A O., a c. de 250m, a Fonte Nova (v. IPA.00008853) e a N., a c. de 170m, o Chafariz do Rossio de São Brás (v. IPA.00008858).
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Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: ermida |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 15 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1480 - início da edificação no local onde existia pequena gafaria em madeira segundo a tradição; 1490 -já se encontra aberta ao culto; Séc. 18 - reforma da frontaria. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma |
Materiais
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Alvenaria, cantaria de granito, mármore de Estremoz em elementos secundários, silhares de azulejaria a forrar os paramentos interiores e alguns elementos de cobertura. |
Bibliografia
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EMBID, Florentino Perez, El mudejarismo en la arquitectura portuguesa de la epoca manuelina, Sevilha, 1944; SANTOS, Reynaldo, O estilo manuelino, Lisboa, 1952; SAA, Mario, As grandes vias da Lusitânia, o Itenerário de Antonino Pio, vol. 5, Lisboa, 1964; ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal- Distrito de Évora, Vols. 6 e 7, Lisboa, 1966; VIEIRA DA SILVA, José Custódio, O Tardo-Gótico em Portugal - A arquitectura no Alentejo, Lisboa, 1989. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DREMS |
Intervenção Realizada
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1978 - Reparo dos telhados, arranjo de terraços e rebocos; 1985 - Reparo de telhados e coberturas; 1986 - Reparo de cimalhas, limpeza de telhados e gárgulas, rebocos e pinturas, DGEMN: DREMS: 2001 - instalação eléctrica e de iluminação exterior decoratival; obras de conservação exterior incluindo rebocos e caiações. |
Observações
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EM ESTUDO. Todo o edifício ficou alteado em relação à envolvência, em sólida plataforma com escadaria frontal e pequena escada lateral, da banda N., gradeado, em resultado de obras de integração realizadas já durante este século. Perdeu posteriormente a escadaria frontal. Muito provavelmente, a sacralização do lugar, que ainda no Séc. 15 devia ser um vasto terreiro ermo contíguo ao caminho que circundava a cidade pela banda S. (SAA, 1964), é muito remota e ao actual templo pode ter precedido singela ermida de que se perdeu a memória. |
Autor e Data
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Castro Nunes 1993 |
Actualização
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António Albardeiro |
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