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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta em U
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Descrição
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De planta em U, o edifício apresenta uma volumetria uniforme, constituída por paralelipípedos rectângulos cobertos por telhados a 4 águas. Na fachada principal (N.), de um só corpo, distinguem-se 5 módulos de igual altura (3 pisos), delimitados por pilastras. O módulo central, com placagem de cantaria, apresenta no piso térreo 3 vãos em arco de volta inteira, fazendo-se pelo central, de maior largura, o acesso ao interior do palácio. No piso nobre abrem-se 3 janelas de sacada com verga curva dando para uma varanda corrida guarnecida de balaústres em calcário. O módulo central termina-se por uma composição triangular onde, em torno de um óculo, se distinguem vários motivos vegetalistas relevados. Os panos de muro laterais, em cujo piso térreo existem estabelecimentos comerciais, apresentam 2 ordens de janelas e coroamento por platibanda ornada de balaústres. No interior há a destacar: o átrio - com painéis de azulejos setecentistas azuis e brancos, figurando cenas galantes, encimados por vasos recortados; a escadaria - de mármore, de um só lanço, coberta por abóbada em arco abatido, decorada por estuque levemente relevado; o pátio interior - onde se observam 2 registos azulejares de forma sensivelmente triangular figurando São Francisco (1760) e São Marçal. |
Acessos
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Largo do Calhariz, n.º 15 a 19; Rua da Bica Duarte Belo, n.º 73 a 79; Rua Marechal Saldanha, n.º 32 a 38. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,710741, long.: -9,146080 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982 / ZEP, Portaria n.º 398/2010, DR, 2.º série, n.º 112 de 11 junho 2010 *1 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, adossado. Junto ao Ascensor da Bica, com a fachada principal voltada a N.. Do outro lado da rua o Edifício da Caixa Geral de Depósitos, CGD, do Calhariz / Antigo Palácio Sousa Calhariz / Antigo Palácio Sobral (v. PT031106490908) e, nas proximidades do Palácio das Chagas / Palácio Sandomil (v. PT031106490077). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: edifício |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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AZULEJOS: Valentim de Almeida |
Cronologia
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Séc. 16 - já existe uma construção palaciana neste local; 1755, 01 novembro - o terramoto arrasa o palácio existente; após as obras de reconstrução, passa a habitar o palácio a família do 1º marquês de Valada e 1º conde da Caparica, D. Francisco de Meneses de Silveira e Castro (1754 - 1834); 1867 - o palácio é adquirido pelo conselheiro Francisco José da Silva Torres, que o lega à sua enteada, a condessa de Azambuja; 1925 - é proprietário do palácio Manuel Henriques de Carvalho; aí funcionava também a sede do jornal A Lucta; abertura de estabelecimentos comerciais no piso térreo; aplicação no átrio de conjunto azulejar de Valentim de Almeida datado de 1740; séc. 20, década 90 - funciona no localuma biblioteca; 2004 - a construtora Lucios demoliu o interior, transformando o espaço em zona residencial com 10 apartamentos, de tipologias T0 a T2; remodelação da cobertura e introdução de um elevador. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Alvenaria mista, cantaria de calcário, reboco pintado, ferro fundido e forjado, azulejos, estuque pintado, mármore, madeira. |
Bibliografia
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ALMEIDA, D. Fernando de, (coord. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo II, Lisboa, 1975; CORDEIRO, Graça Indias, GARCIA, Joaquim, Lisboa. Freguesia de São Paulo, Lisboa, 1993; MANGUCCI, António Celso, “Um capricho francês. A Grande Oficina de Lisboa e os azulejos da quinta de recreio de Diogo de Sousa Mexia”, As três Vidas do Palácio Pimenta, Museu de Lisboa, 2024, p.99. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CML: Arquivo de Obras, pº nº 1.405 |
Intervenção Realizada
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1925 - obras de adaptação do piso térreo com vista à instalação de estabelecimentos comerciais. Aplicação de silhares de azulejos setecentistas (oriundos de um palácio de Almada) no átrio e no pátio interior; 1936 - obras de alterações internas; 1992 / 1993 - obras de melhoramentos na Biblioteca Municipal. |
Observações
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*1 - DOF:..Palácio Valada - Azambuja / Palácio dos Condes de Azambuja e azulejos do séc. XVIII. Zona Especial de Proteção Conjunta do Bairro Alto e edifícios classificados na zona envolvente. |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1994 |
Actualização
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