Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção / Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique / Museu Municipal de Faro

IPA.00004058
Portugal, Faro, Faro, União das freguesias de Faro (Sé e São Pedro)
 
Arquitectura religiosa, renascentista, maneirista. Convento feminino de planta composta por quatro alas em torno de um claustro de planta quadrangular, abrindo-se para este várias dependências de planta rectangular ou quadrangular, correspondendo a ala poente à igreja, de planta rectangular, uma só nave, capela-mor de planta quadrada e dois coros. Volumes articulados e dispostos na horizontal em dois pisos, com coberturas diferenciadas. Acesso principal pelo portal da antiga portaria situado na fachada principal, sendo este espaço comunicante com a capela-mor da igreja. Igreja com porta travessa com nave encimada por abóbada de berço que arranca de cornija que percorre os alçados laterais, apresentando três arcos de reforço nestes alçados; capela-mor quadrangular sendo encimada por cúpula em meia laranja pintada e com decoração em motivos vegetalistas, dispondo de quatro pequenos óculos posicionados segundo os pontos cardeais. Claustro de dois registos com quatro tramos idênticos por cada alçado, divididos por três grossos contrafortes, abrindo-se inferiormente quatro pares de arcadas geminadas em arcos de volta perfeita assentes sobre três colunas toscanas, nas quais as exteriores se encostam aos contrafortes; superiormente quatro vãos delimitados por verga recta assente sobre colunas jónicas; os cantos são cortados oblíquamente tal como no claustro de Santa Cruz de Coimbra, no da Graça de Évora e no de Santa Maria de Belém. O claustro segue assim, principalmente, a tipologia presente no claustro da Graça em Évora apresentando ainda semelhanças com os claustros do Convento da Saudação em Montemor-o-novo (v. PT0407060034) e o de São Francisco (v. pt040706040025). Galerias inferiores com cobertura em abóbadas artesoadas e as superiores por tecto de masseira em madeira. Destacam-se os portais da igreja e do dormitório, ambos de meados do século 16, pela sua profusa decoração figurativa renascentista. O portal da igreja aproxima-se da composição da porta do Convento de Santo António de Alcácer, apresentando uma decoração semelhante à da porta de Santa Iria da campanha castilhiana tomarense. Em contraponto às expressões artísticas autóctones, esta obra introduz no espaço algarvio algumas soluções eruditas que seriam aplicadas nos grandes centros culturais do Renascimento em Portugal, condição que se prende com a tutela régia desta obra, estimulada pela rainha velha, D. Leonor, mulher de D. João II. O claustro torna-se assim um dos primeiros exemplares da tipologia de claustros proto-renascentistas portugueses, sendo um elemento fulcral no estudo do Primeiro Renascimento em Portugal. Segundo João Alberto de Carvalho Marques, autor da monografia que trata deste imóvel (1991, p.132), o facto deste claustro ter sido terminado em 1548 possibilita que este tenha exercido influência sobre outros claustros do mesmo período. Também o portal da igreja ocupa um importante lugar na História da Arquitectura Renascentista do Algarve. Os telhados de tesouro que se conservam na ala E. ilustram uma característica algarvia que surge no século 16.
Número IPA Antigo: PT050805050003
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Mosteiro feminino  Ordem de Santa Clara - Clarissas (Província dos Algarves - Xabreganas)

Descrição

Planta composta por quatro alas em torno de um claustro de planta quadrangular, abrindo-se para este várias dependências de planta rectangular ou quadrangular, correspondendo a ala poente à igreja, de planta rectangular, uma só nave, capela-mor e dois coros. Volumes articulados e dispostos na horizontal em dois pisos. Coberturas diferenciadas em telhados de 4 águas sobre as várias dependências, de 1 água sobre as galerias do claustro e em cúpula sobre a capela-mor. Fachadas caiadas de branco. Fachada principal voltada para N., composta por 4 corpos: primeiro com duas linhas de rasgamento de dois vãos cada, desencontrados, com moldura rectangular em cantaria, sendo rematado por beirado assente sobre cimalha; segundo corpo com cunhal de pedra à esquerda e rematado por beirado assente sobre cimalha, abrindo-se inferiormente um portal de verga recta com moldura em cantaria encimada por cornija, sendo acedido por dois degraus; superiormente e axialmente ao portal rasga-se uma janela de sacada com guarda em ferro forjado, sendo esta de verga recta e emoldurada a cantaria; terceiro corpo correspondente, interiormente, à capela-mor, com algumas pedras à vista no canto superior esquerdo correspondendo a um cunhal; remate recto com beirado assente sobre cimalha, sendo ainda encimado pela cúpula da capela-mor, abrindo-se para esta fachada um pequeno óculo numa moldura onde assente quatro fogaréus; no pano deste corpo é rasgado um fresta com moldura em cantaria; quarto corpo, mais avançado em relação aos anteriores, corresponde, interiormente, à nave da igreja e aos coros; ladeado por cunhais de pedra e rematado por beirado assente sobre cimalha; é aberto neste pano (da esq. para a dir.) uma fresta com moldura em cantaria, um portal ladeado à esquerda por uma pilastra embutida na parede *1, e duas janelas sem moldura e com grades que iluminam, interiormente, o coro-alto; portal com moldura rectangular em cantaria, ladeado por duas pilastras de fino recorte e de profusa decoração figurativa, sendo rematado por entablamento onde arranca um painel com uma cartela central encimada por uma coroa. Fachada E. com duas linhas de rasgamento de vãos, desencontrados, abrindo-se inferiormente 5 janelas rectangulares de moldura em cantaria e um largo portão (à dir.) com moldura em cantaria e verga recta assente sobre as ombreiras e em duas mísulas; superiormente, rasgam-se 6 janelas idênticas às inferiores; conta-se ainda uma janela à esquerda da fachada, ligada ao duplo beirado que remata a fachada. Fachada O. delimitada por cunhais em pedra e constituído por dois corpos, apresentando o primeiro um óculo que ilumina o coro-alto e duas janelas jacentes com moldura em cantaria ao nível do piso térreo e um janelão com moldura em cantaria rasgado ao nível do piso superior sobre o intervalo entre as duas últimas janelas referidas; remate em beirado assente sobre cimalha; o segundo corpo apresenta duas linhas de rasgamento na continuidade dos vãos anteriores, de 7 vãos cada, sendo os inferiores janelas jacentes penetrantes e sem moldura, e os superiores janelas igualmente penetrantes e sem moldura; remate com duplo beirado. Fachada S. rematada por duplo beirado, sendo adossada inferiormente, e totalmente à esquerda, a construções posteriores, apresentando ao nível do piso superior 4 largas janelas jacentes sem moldura. INTERIOR: acesso principal pelo portal da antiga portaria situado no segundo corpo da fachada principal. Espaço da antiga portaria, actual recepção do museu, dividido por dois arcos de volta-perfeita criando três espaços dispostos em L com pavimento em lajes de pedra; no primeiro espaço encontram-se umas escadas de acesso a um patamar que precede o vão de acesso à capela-mor, sendo este emoldurado por cantaria. IGREJA: igreja com porta travessa, alçados caiados de branco, e com cobertura em abóbada de berço assente sobre cimalha na nave e cúpula de meia laranja sobre a capela-mor, sendo esta última decorada com elementos vegetalistas e pintados; pavimento em laje de pedra na capela-mor e debaixo do arco triunfal, com três pedras sepulcrais neste último espaço, uma destas sem inscrição, e em tijoleira na nave e coro-baixo; alçado poente da nave com um grande vão ao nível do piso superior tapado com uma janela de reixa, enquanto inferiormente se abre outro largo vão com arco de volta-perfeita, com acesso ao coro-baixo; à esquerda deste último abre-se um pequeno vão com moldura em cantaria com decoração figurativa suspensa de uma verga em arco contracurvado *2; os alçados laterais apresentam três arcos de reforço cada, assentes sobre duas pilastras e mísulas nos extremos dos alçados; no alçado do lado do Evangelho, no intervalo do primeiro arco (da esq. para a dir.), apresenta-se um púlpito com caixa em mármore e pé profusamento trabalhado em pedra calcária, e um vão entaipado com moldura em cantaria, correspondendo a uma antiga porta de comunicação com o exterior; no intervalo do segundo arco abre-se, de uma forma descentrada, o vão correspondente ao portal principal; no intervalo do terceiro arco rasga-se uma fresta, tapada superiormente pelo arco; ainda neste intervalo, e idêntico ao alçado oposto, é integrado um outro arco, mais estreito e com moldura em cantaria, cujo arco arranca à altura da mísula que se encosta ao alçado E.; o alçado S. da nave não apresenta quaisquer frenestrações; no alçado E. abre-se um arco triunfal em cantaria, de acentuada verticalidade, com uma cartela em massa a rematar; a capela-mor é iluminada pelo fresta do alçado N. e pelos quatro óculos da cúpula que a encima, posicionados segundo os pontos cardeais; o coro-alto é iluminado por duas janelas voltadas para N. e por um pequeno óculo em pedra voltado para O. CLAUSTRO: de dois pisos *3 separados por cornija envolvente, apresentando quatro tramos por alçado divididos por três grossos contrafortes, sendo a sua ligação do primeiro piso para o segundo, de menor secção, através de uma voluta decorada com mascarões, e rematado superiormente por diferentes gárgulas; os cantos da clastra são oblíquos apresentando a mesma decoração em mascarões e gárgulas; abre-se inferiormente quatro pares de arcadas geminadas em arcos de volta perfeita assentes sobre três colunas da ordem dórica, nas quais as exteriores se encostam aos contrafortes, e superiormente quatro vãos delimitados por verga recta assente sobre colunas da ordem jónica; o acesso ao pátio faz-se pela supressão do parapeito do terceiro tramo de cada ala (leitura da esq. para a dir.)*4; no piso superior é igualmente interrompido o parapeito do mesmo tramo, porém de forma parcial e dotado de guarda de ferro forjado; no alçado N. destaca-se a cúpula da capela-mor que, à semelhança do que foi verificado na fachada principal, apresenta um pequeno óculo voltado para o claustro; no alçado S. irrompe pela cobertura uma larga e alta chaminé de secção rectangular; no alçado poente, a nível da cobertura, emerge uma torre de secção rectangular e cobertura de quatro águas e beirado, dividido em dois registos apresentando o inferior cunhais em pedra e uma pequena janela gradeada voltada para o claustro, enquanto o superior apresenta alguns rasgos destinados a ventilação; destaca-se no alçado E. a sucessão de telhados de tesouro; galerias do claustro com pavimento em tijoleira e cobertura interior em abóbadas artesoadas no piso térreo, com as nervuras e florões em cantaria salientes assentes sobre mísulas, e em masseira de madeira no piso superior com dois candeeiros suspensos por ala, apresentando na união entre as alas um arco abatido em cantaria assente sobre míssulas com volutas no arranque. Galerias do piso térreo (leituras da esq. para a dir.): galeria N. com apenas dois vãos à esquerda de acesso ao coro-baixo, emoldurados e de verga recta, sendo o primeiro uma porta com moldura em arenito (muito degradado), com cornija pouco pronunciada, e o segundo um amplo janelão com grades em ferro forjado e com cornija e parapeitos salientes; galeria O., prolongada até ao corpo adossado a S., apresenta seis vãos com moldura em cantaria, encontrando-se o primeiro no corredor formado por esse prolongamento, dando acesso à sala dos depósitos do museu; o segundo vão, com verga recta, dá acesso à sala que ocupa quase toda a extensão desta ala; terceiro e quatro vãos, ambos de verga recta, encontram-se entaipados; quinto vão com arco de volta abatida, encontrando-se actualmente tapado com madeira; sexto vão, com verga recta, dá acesso a um pequeno compartimento onde se abrem outros dois vãos, sendo o que fica posicionado a N. de verga ogival, dando acesso ao coro-baixo, e o que fica situado a poente de verga em arco abatido, dando acesso à sala que ocupa esta ala; galeria S. com três vãos emoldurados, sendo o primeiro de verga recta (encontrando-se muito degradado), o segundo vão, largo e de larga verga recta, de acesso a uma ampla sala de exposição, e terceiro vão, a ladear o último, correspondente a uma pequena janela entaipada com cornija pronunciada; galeria E. com quatro vãos emoldurados, sendo o primeiro, de verga recta e pronunciada cornija (ombreiras degradadas), de acesso à antiga portaria; segundo e terceiro vãos, de verga recta, com acesso a salas expositivas, e quarto vão com verga recta onde se increve a data "1727" e com cornija pouco saliente, dando acesso à escadaria, de dois lanços e um patamar, que comunica com o piso superior. Galerias do piso superior (leitura da esq. para a dir.): galeria N. com apenas um vão à direita, de verga recta e moldura em cantaria, ladeado por pilastras, com dupla verga e frontão triangular, dando acesso a uma sala expositiva com três espaços com cobertura em abóbada de aresta; galeria O., prolongada a S. tal como a do piso inferior, com três vãos emoldurados a cantaria, o primeiro situado no corredor da extensão sendo confrontado neste por outro vão de acesso a uma sala da ala S.; o segundo vão, tal como o primeiro, dá acesso a uma ampla sala que ocupa quase toda a ala poente; o terceiro vão, de verga recta, dá acesso a um compartimento situado debaixo da torre atrás referida, onde se encontra uma porta de verga em ogiva e que comunica com a torre, tal como uma parede de suporte em cantaria com um meio arco; será através deste espaço que é possível aceder ao coro-alto e à ampla sala que ocupa esta ala; galeria S. com dois vãos, o primeiro comunicante com as escadarias que unem os pisos, sendo de verga recta, com decoração vegetalista na face desta, ombreiras imitando pilastras e remate em cornija; segundo vão idêntico ao anterior, porém de maiores dimensões, destacando-se uma profusa decoração figurativa na verga com representações de fénix e de "puttis" e com a inscrição da data "1545" ao centro, dando esta acesso, por sua vez, ao antigo dormitório, com cobertura denunciando as duas águas do telhado; galeria E. com seis vãos emoldurados a cantaria com vergas rectas, apresentando os dos extremos uma verga rematada por cornija e pequenos apontamentos de motivos florais na verga e ombreiras; destaca-se ainda o sexto vão por dar acesso a um pequeno cubículo encimado por uma cúpula pintada a têmpera, correspondendo, possivelmente, à "camara de disciplina".

Acessos

Praça Afonso III, n.º 14 e 15 e Rua do Castelo. Acesso automóvel ao centro histórico restrito a residentes e trabalhadores desta zona. Estação rodoviária a 750m e a ferroviária a 900m. Não dispõe de acesso para deficientes motores

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 37 077, DG, n.º 228 de 29 setembro 1948

Enquadramento

Urbano, planície, situado em pleno centro histórico de Faro, respectivo à área delimitada pelas muralhas medievais, comummente designada de Vila-a-Dentro e que se localiza na orla marítima, mais precisamente frente à ria de Faro; o imóvel é rodeado por várias construções que raramente excedem os dois pisos, com fachadas com vãos em cantaria e caiadas de branco, acolhendo muitas destas serviços de restauração nos pisos térreos; a fachada principal abre-se para um largo situado nas costas da Sé Catedral, sendo este empedrado e com uma zona ajardinada ao centro, erguendo-se sobre esta uma estátua equestre em bronze assente sobre um alto pedestal, representando o rei D. Afonso III, sendo ainda pontuado por algumas árvores; o largo é utilizado como parque de estacionamento para os que vivem ou trabalham dentro do centro histórico; a anteceder a fachada principal extende-se um largo passeio em calçada portuguesa; a fachada lateral direita (poente) encontra-se voltada para uma estreita rua empedrada utilizada para a circulação viária, a R. do Castelo, ficando paralela a outras construções de altura semelhante; na continuação da mesma fachada, surge uma recente extensão da mesma, que liga o edifício a um troço do antigo castelo, sendo esta extensão aberta para um pequeno largo por meio de um grande vão com portão de ferro, dando este acesso ao espaço descoberto de pavimento empedrado e com algumas árvores, onde se pode observar a fachada posterior do edifício, tendo algumas oficinas adossadas ao seu primeiro registo; no mesmo recinto, é possível observar a fachada lateral esquerda do imóvel, resguardada por um muro que envolve um pequeno espaço em terra batida e com vegetação; é ainda adossada em parte por um muro que envolve o terreno adjacente; a localização privilegiada deste imóvel traz consigo a próximidade de vários edifícios históricos, muitos já classificados, como é o caso da Sé Catedral (v. PT050805050004) e da Fortaleza (v. PT050805050013).

Descrição Complementar

PORTAL - entre a decoração figurativa das pilastras encontram-se representados águias, motivos vegetalistas, aves afrontadas, aljava e fogacho entrecruzados com tabela (1539), cabeça de velha, animais fabulosos, bucrânio, asas simétricas, aros e flechas, panóplia, mascarão, apresentando ainda nos plintos destas uma figura masculina e uma figura feminina, e anjos; os capitéis das pilastras são de ábaco curvo com cabeças de anjo nos perfis, apresentando ainda volutas e asas de morcego; a cartela central apresenta a representação de um camaroeiro, divisa de D. Leonor, mulher do rei D. João II.

Utilização Inicial

Religiosa: mosteiro feminino

Utilização Actual

Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

PEDREIROS: Mestre Afonso Pires, Mestre Diogo Pires, António Gomes, Gaspar de Torres

Cronologia

1519 - início da construção do convento segundo alguns cronistas franciscanos, tendo este como fundadoras duas freiras clarissas de Beja, Leonor da Trindade e Maria das Chagas, após prévia anuência do donatário de Faro, a rainha D. Leonor; esta campanha limitou-se à construção da igreja, do coro, e de algumas casas, entre estas a Sala do Capítulo; existe uma polémica em torno de quem seria a fundadora do convento, dúvida que poderia ser esclarecida pela divisa figurada que se encontra sobre a verga do portal, representando um camaroeiro e um pelicano, símbolos que apontam para a rainha D. Leonor, mulher de D. João II e não a terceira mulher de D.Manuel I, dado que esta primeira seria quem recebia, desde 1497, as rendas do pescado dos atuns das almandravas dos termos de Faro e Tavira, tese que ainda é sustentada pelo facto de esta estar ligada ao mecenato da arte e artistas e ser fundadora de várias igrejas e conventos, entre estes o convento da Madre de Deus em Xabregas, local de onde sairiam as freiras fundadoras do convento em Faro (MARQUES, 1991); o edifício é implantado sobre várias cetárias romanas que aí se encontravam, tendo sido necessário expropriar e comprar várias casas para extender a área edificada do convento, sendo algumas destas pertencentes à antiga judiaria que aí se situava, existindo um documento que comprova a compra de um destes terrenos, sendo dotados de "huas casas de morada com hua camara com hum quintal e poço", avaliado em 13$000 reais e destinado à construção da portaria do convento, não sendo esta posterior a 1523; 1530 - a nova rainha e donatária de Faro incentiva a continuação das obras do convento, pertencendo a esta campanha o claustro e o portal da igreja; 1531, 26 Janeiro - um terramoto assola o país, tendo alguns autores da época relacionado este com o interromper das obras no convento, apesar de hoje persistir a dúvida se este terramoto terá mesmo atingido o Algarve; 1539 - data inscrita na verga do portal da igreja; nesta precisa data é decidido por decreto a mudança da Sé Catedral de Silves para a então próspera cidade de Faro; 1541 - chegam a Faro as primeiras oito freiras do convento de Xabregas que iriam habitar o convento, sendo todas elas de boa reputação e elevado estatuto social; 1543, Fevereiro - a Rainha D.Catarina faz um pagamento a Afonso Pires, mestre de obras, e a António Gomes, pedreiro, sendo este último pago para lhe levar o "debuxo e enformação das obras do mosteiro"; 1544, 10 Ab. - lançamento de despesa de 29$343 reais da casa da Rainha na compra e embarque de oito pipas de vinho que no ano transacto se enviara para a Índia, para que destas se possa dar esmola ao convento; 1544, 18 Maio - uma carta da Rainha ordena que Pedro Álvares, almoxarife de Faro, disponibilizasse 100$000 reais do rendimento daquele ano para dar de esmola à abadessa do convento; 1546 / 1554 - Campanha de obras no Claustro, por mestre Gaspar de Torres; 1548, 7 Mar. - a abadessa D.Beatriz escreve uma carta à Rainha, sendo portador dela um vizinho do convento, Braz Fernandes, proprietário de umas casas que estavam embargadas pela Rainha, dizendo que estas eram precisas para o convento, pelo que pedia a interferência daquela senhora para que o Rei lhas oferecesse e as mandasse pagar; 1548, 20 Ab. - a abadessa escreve à Rainha solicitando-lhe dinheiro para finalizar o claustro, uma vez que queriam este concluído para a cerimónia do Espírito Santo e que "as varandas de çima e baijo ja no fim do ladrilhar dizeram hos oficiaes que nam trouxeram ladrilho pera ho pateo de dentro"; 1548, 9 Maio - continuava por ladrilhar o pátio do claustro, a Sala do Capítulo, a sacristia e uma escada para uma varanda; a abadessa envia uma carta à Rainha, levada por Gomes de Torres, dizendo que este último estaria despedido da obra por não haver dinheiro suficiente; na mesma carta elogia o trabalho do mestre Afonso Pires, lembrando à Rainha para o pagar; 1548, Setembro - o convento entra em clausura; 1548, 18 Setembro - uma carta de Frei Diogo de Olivença dirigida à Rainha, refere as várias aplicações da madeira na obra do convento, nomeadamente no forramento da sacristia e numa das salas do segundo piso, destinada a ser uma escola de noviças, a concepção dos encostos e assentos do Capítulo e também as portas para o refeitório e para a enfermaria; o claustro é dado por terminado, apesar do pátio continuar por ladrilhar; 1548, 16 Outubro - a abadessa escreve novamente à Rainha dizendo que se apropriaram de mais casa pertencentes a uma viúva chamada Sarda; 1550, década de - todas as dependências estariam concluídas; 1552, 1 Fevereiro - carta da Rainha dirigida ao seu tesoureiro Álvaro Lopes e que manda a este dar outra esmola à abadessa, do mesmo valor que a última; 1552, 16 Maio - a Rainha ordena a Álvaro Lopes, seu tesoureiro, que entregasse 200$000 reais do rendimento dos dez quintais que tinha na Casa da Índia, a Gregório de Palermo, almoxarife das obras do convento; 1555, 14 Março - carta da Rainha, mas desta vez dirigida a Francisco Réguas, obriga este em dar a usual esmola à abadessa; 1556, 27 Maio - a Rainha ordena a António Cardoso para que desse 151$266 reais para a obra do convento; 1557, 18 Janeiro - carta da Rainha, dirigida a Álvaro Lopes, que incube este de dar mais 100 000 reais em dinheiro à abadessa, sendo este o valor da esmola anual; 1560, 9 Maio - a abadessa escreve á Rainha pedindo-lhe dinheiro para as obras, dizendo que falatava terminar um quarto da crasta; a falta de dinheiro obriga a abadessa a cortar com outras despesas; 1560, 6 Outubro - um alvará de D.Sebastião estipula que o corregedor da comarca de Tavira e o juiz de fora de Faro disponibilizassem toda a pedra, cal, tijolo e outros materiais, bem como pedreiros, carpinteiros, oficiais e serventes para as obras do convento, assim que a abadessa o requeresse, acatando este última com as despesas daí resultantes; 1561 - segundo Sousa Viterbo, Diogo Pires seria mestre pedreiro das obras do convento; 1565 - a bula de Pio IV concede jubileo a quem visitasse a igreja do convento no dia 3 de Maio, dia da Cruz, e no dia 15 de Agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora; 1567, 15 Maio - segundo a bula de Pio V, o convento teria nesta data um número máximo de 30 religiosas, número que não deveria ser excedido; contudo, e segundo D.Simão da Gama, bispo da diocese algarvia, este convento teria 33 religiosas; 1573, 30 Janeiro - visita de D.Sebastião ao convento; 1578, 21 Dezembro - alvará do Cardeal D.Henrique que ordena que se dê um determinado número de bens alimentares ao convento por ano; 1581, 22 Setembro - o Rei lança um alvará em que dispõe uma esmola de 400$000 reis para o convento, sendo este valor extraído dos direitos do pescado em vez de ser dos da Alfândega; 1583, 14 Novembro - é feito um lançamento destinado a pagar à abadessa 50$000 reis dos 400$000 reis de esmola que no ano transacto se lançavam na folha de assentamento do almoxarife de Faro; 1586, 29 Janeiro - provisão de Filipe II onde faz esmola de bens alimentares; 1596 - o convento é incendiado e saqueado na sequência do ataque dos ingleses a Faro, obrigando as freiras a recolherem-se numa ermida situada no cerro de São Miguel; Séc. 17 - o convento encontra-se arruinado; 1628 - os privilégios concedidos pelo alvará de 1578 são então confirmados pelo rei; 1665, 5 Julho - um alvará de D.Afonso VI determina que se dê uma esmola anual ao convento no valor de 2 000 cruzados, destinada às obras de recuperação do convento; desta campanha resulta os arcos de reforço da igreja e o arco triunfal, sendo as paredes forradas a azulejos; 1727 - data inscrita na verga da porta que dá acesso ao segundo registo, sendo as outras portas, possivelmente, do mesmo século; 1755 - com o terramoto de 1 de Novembro, a igreja e dormitórios são arruinados, sendo as freiras obrigadas a recolherem-se para a quinta do Carmo, enquanto eram conduzidas as obras de restauro no convento; provável reconstrução da pintura mural da cúpula da antiga capela; Séc. 19 - este século marca a decadência do convento; 1826, 22 Dezembro - os privilégios concedidos ao convento em 1578 e 1628 são mantidos e acrescidos de mais 100$000 reis para o vestuário e 300$000 reis para outros gastos; 1836 - as freiras são transferidas para o Convento das Bernardas em Tavira; 1860 - o edifício é vendido em hasta pública a José Maria Carvalho e Teodoro José Tavares pela quantia de 1 800 réis; 1864 - os recentes proprietários voltam a vender o imóvel ao israelita Samuel Amran por 2 000 réis, tendo este último fixado uma fábrica de cortiça no espaço conventual, fábrica essa que passa posteriormente para as mãos dos alemães Gremer e Fritz Henzler; enquanto o edifício funciona como fábrica, esteve caiado de vermelho, tendo escrito numa das paredes "Rolhas e preparação de cortiça em prancha"; 1888 - Haupt desenha o claustro do convento, devendo-se a este a primeira análise arquitectónica do imóvel, chegando a estabelecer algumas comparações estilísticas com outras edificações portuguesas, acabando por identificar o claustro como pertencente ao estilo coimbrão de 1540; 1894, 22 Fevereiro - celebra-se o 5º centenário do nascimento do Infante D. Henrique, ocasião aproveitada pelo Comendador de Faro João Ferreira Neto para decidir criar um museu intitulado de "Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique", designando o Monsenhor Joaquim Maria Pereira Boto para proceder à organização técnica deste futuro museu; 1894, 4 Março - é inaugurado o "Museu Archeológico e Lapidar Infante D. Henrique" sendo as primeiras instalações o edifício dos Paços do Concelho; 1894, 7 Março - Pereira Boto é oficialmente o primeiro conservador do Museu; 1894, 15 Março - é aprovado o "Plano Fundamental de Organização" do museu; 1899-1901- a fábrica de cortiça de Abrahão Amram passa por uma grave crise, que abarcava várias fábricas do mesmo sector, demonstrando este uma atitude benemérita ao continuar a pagar aos seus empregados e a recuperar o negócio perdido; 1902, Junho - a fábrica sofre um incêndio, sendo os prejuízos avaliados em 20 000$00 réis, sendo 4 000$00 destes referentes aos estragos provocados no edifício; era comum pensar-se na cidade que quando ocorria um incêndio na fábrica da família Amram devia-se a fogo posto, sendo esta família acusada de tirar partido das seguradoras; 1929 - Honorato dos Santos descobre vestígios do antigo adro da igreja enquanto decorria a abertura de covas para o plantio de árvores no Largo das Freiras (actual Lg. D. Afonso III), estando estes em bom estado; o mesmo autor menciona a existência de azulejos no edifício, posteriormente assinalados por Pinheiro e Rosa como situados na igreja, claustro e antigo refeitório; 1948, 29 Setembro - o edifício é classificado como Monumento Nacional; 1960 - a Câmara Municipal de Faro adquire o antigo convento com o propósito de aí instalar, após recuperação levada a cabo pela DGEMN e pela CMF, o Museu Arqueológico e Lapidar D. Henrique e a Biblioteca Municipal; 1966 - Pinheiro e Rosa chega a Faro onde é nomeado conservador adjunto do museu; 1967 - Pinheiro e Rosa é nomeado Director do museu; 1973 - o museu passa a estar fixado permanentemente no antigo convento; 1997 - o museu passa a estar sob a tutela do DGRPH da Câmara Municipal de Faro, sendo nomemada como directora, até meados de 2002, Conceição Pinto; o museu é submetido a um rigoroso processo de avaliação e inventariação, tanto do acervo museológico como do próprio edifício, sendo este projecto da autoria da Câmara, do IPM e da Universidade do Algarve, sendo este respeitante à formulação do "Projecto de Remodelação dos Museus Municipais"; 2001, 23 Abril - a Biblioteca Municipal, que estaria situada em várias salas do convento, adquire finalmente instalações próprias, mais precisamente no edifício renovado do antigo matadouro de Faro, perto da Alameda; 2010 - aprovadas as candidaturas apresentadas ao programa de financiamento PROMUSES, entre elas a relativa "Instalação de Sistema de Segurança e Detecção de Incêndio"; 2007, 05 dezembro - Proposta da DRCAlgarve propondo ZEP conjunta ao Núcleo Histórico de Faro, abrangendo este imóvel; 2008, 23 maio - Parecer do Conselho Consultivo do IGESPAR relativo à ZEP; 2010, 15 novembro - Proposta da DRCAlgarve para alargamento da ZEP do Património Classificado do Núcleo Histórico de Faro Vila Adentro; 2017, 03 julho - publicado no DR, 2.ª série, n.º 126/2017 o Anúncio n.º 105/2017 de Classificação como de interesse nacional (BIN) - Tesouro Nacional - do mosaico romano do deus Oceano.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes e estrutura mista.

Materiais

Estrutura de alvenaria; pavimento de tijoleira no pavimento das várias salas e galerias do claustro, e telhas em todas as coberturas; pedra calcária em portais, nervuras das abóbadas de aresta, alçados do claustro (plintos, muros, colunas, entablamentos, elementos decorativos como as gárgulas), pavimento do claustro, da igreja e da sala de entrada; estuque pintado na cúpula da cabeceira da igreja e no edículo; trabalhos de massa pintados nos fogaréus da mesma cúpula; caixilharias, janelas e portadas em madeira; ferro forjado nas varandas; metal nos candeeiros e nas guardas do segundo piso do claustro; alcatifa na sala que seria o coro-alto da igreja; vidro em janelas e candeeiros.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, pp. 261-262; AZEVEDO, José Correia de, Arte Monumental Portuguesa, 5.º Vol., Porto, 1975, pp. 185-187; IDEM, Enciclopédia da Arte Portuguesa, vol. 2, s.l., 1976; IDEM, Algarve Monumental, s.l., 1977; IDEM, Portugal Monumental: Inventário Ilustrado, Vol. 8, Lisboa, 1994; BELÉM, Frei Jerónimo de, Chronica Serafica da Santa Provincia dos Algarves (...), parte IV, Lisboa, 1758; CARRILHO, António Jorge Botelheiro, O Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique, (exemplar policopiado da Dissertação de Mestrado em Museologia apresentada ao Departamento de História da Universidade de Évora), Lagos, 2002; CORREIA, José Horta, A Arquitectura Religiosa do Algarve de 1520 a 1600, Lisboa, 1987; CORREIA, José Horta, A Importância dos Colégios Universitários na Definição das Tipologias dos Claustros Portugueses, Separata. do vol. 2 das Actas do Congresso: História da Universidade, Coimbra, 1991, p. 274; CORREIA, José Horta, Arquitectura Portuguesa -Renascimento, Maneirismo, Estilo Chão, Lisboa, 1991, pp. 28, 33, 50; GUERREIRO, Manuel Viegas e MAGALHÃES, Joaquim Romero de (Apresentação, leitura, notas e glossário), Duas Descrições do Algarve do Século XVI - Frei João de S. José (...) e Henrique Fernandes Sarrão (...), Revista da História Económica e Social, cadernos n.º 3, Lisboa, 1983; HAUPT, Albrecht, A Arquitectura do Renascimento em Portugal, Lisboa, 1986; LAMEIRA, Francisco, Faro - Edificações Notáveis, Faro, 1995; IDEM, Faro, a Arte na História da Cidade, Faro, 1999; IDEM, O Antigo Convento de Nossa Senhora da Assumpção, (prospecto), Faro, 2002; LOPES, João Baptista da Silva, Corografia do Reino do Algarve, Lisboa, 1841; IDEM, Memorias para a Historia Ecclesiastica do Bispado do Algarve, Lisboa, 1848; MARADO, Catarina Almeida, O "destino" dos antigos espaços conventuais da cidade, Monumentos, n.º 24, Março, Lisboa, DGEMN, 2006; MARQUES, João Alberto de Carvalho, O Convento de Nossa Senhora da Assunção em Faro, (texto policopiado da Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), Lisboa, 1990; IDEM, O Convento de Nossa Senhora da Assunção em Faro, Cadernos de História da Arte, I, Lisboa, 1991; MELLO, Magno Moraes, Pintura do Concelho de Faro: Inventário, CMF, GGRP, Faro, 2000; MONFORTE, Frei Manoel de, Chronica da Provincia da Piedade, Lisboa, 1696; OLIVEIRA, Francisco Xavier de Athaíde de, Memórias para a História Eclesiastica do Bispado do Algarve, Porto, 1908; PAULA, Rui Mendes, et PAULA, Frederico Mendes, Faro. Evolução Urbana e Património, ed. da Câmara Municipal de Faro, 1993; PAULO, Dália, Fábrica da Cerveja Portugália e Convento das Freiras (...), Monumentos, n.º 24, Março, Lisboa, DGEMN, 2006; ROSA, José António Pinheiro e, O mais representativo monumento da cidade de Faro, Separata dos Anais do Município, Faro, 1978; IDEM, Monumentos e Edifícios Notáveis do Concelho de Faro, Faro, 1984; SANTOS, Honorato, O Antigo Mosteiro das Freiras na Cidade de Santa Maria - Faro, Faro, 1943; SANTOS, Luís Filipe Rosa, Faro - Um olhar sobre o passado recente (segunda metade do século XIX), Faro, 1997, pp. 135-136; SARRÃO, Henriques Fernandes, História do Reino do Algarve, c. 1600; S. JOSÉ, Frei João de, Corografia do Reino do Algarve, 1577; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal, vol. 3 - O Renascimento e o Maneirismo, Lisboa, 2002; SOLEDADE, Frei Fernando da, Historia Serafica Chronologica da Ordem de S. Francisco na Província de Portugal, parte IV, Lisboa, 1737; VITERBO, Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses, vol. II, Lisboa, 1904 (edição recente de 1988).

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN/DSID; CMF: Museu Municipal e Gabinete Técnico Local

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

CMF: Museu Municipal

Intervenção Realizada

DGEMN: 1964 - início das obras de adaptação do museu que se prolongaram até aos anos 70. São feitos gabinetes para a Direcção, instalações sanitárias , salas para exposição das peças; todo o claustro sofre um restauro geral de consolidação de cantarias, tal como a sala de acesso ao coro-alto da igreja.

Observações

*1 - esta pilastra corresponderia à estrutura de um alpendre hoje desaparecido; existia ainda nesta fachada uma pequena porta para o exterior; *2 - o grande vão inferior deste alçado estaria tapado, apenas permitindo a visibilidade das cerimónias pelas freiras professas da casa na sua condição de clausura, tal como o vão superior destinava-se à assistência das cerimónias litúrgicas pelas noviças da casa; este pequeno vão que se abre neste alçado no lado da epístola destinava-se a dar acesso ao coro-alto, servindo, igualmente, como confessionário; 3* - o piso térreo destinava-se às freiras professas enquanto o piso superior destinava-se às freiras noviças; *4 - verificou-se, por datas da recuperação do imóvel para museu, que, nos tramos onde existe esta supressão do parapeito, as colunas assentam sobre pedestais de cantaria enquanto as restantes assentam no capeamento que cobre a alvenaria do parapeito.

Autor e Data

João Neto 1991 / Daniel Giebels 2005

Actualização

 
 
 
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