Forte do Pessegueiro

IPA.00004092
Portugal, Setúbal, Sines, Porto Covo
 
Arquitectura militar, quinhentista, seiscentista. Forte de planta estrelada, reforçado por baluartes triangulares, com muro em talude encimado por plataforma envolvente, já sem canhoeiras; casamatas e capela. Conjuntamente com o Forte de Santo Alberto na ilha do Pessegueiro, fazia parte de um conjunto que compreendia um porto artificial defendido por um molhe que ligaria a ilha do Pessegueiro à ilhota fronteira, conhecida como penedo do Cavalo e deste até à costa.
Número IPA Antigo: PT041513020003
 
Registo visualizado 2590 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Forte    

Descrição

Planta poligonal estrelada, com tenalha de 2 baluartes triangulares virados para terra e uma bateria poligonal sobre a praia; conjunto envolvido por fosso circundado por muro baixo; construções no interior dispostas em planta em U, cobertas por terraço. Muros espessos em talude, em alvenaria, cunhais em cantaria, encimados por parapeito acima de um toro semicircular envolvente. Vestígios do assentamento de uma guarita circular a meio do pano virado para o mar; porta rasgada a meio do pano virado para terra, com acesso por ponte em madeira, cruzando o fosso. Casamatas abobadadas com chaminés no interior dos muros. No extremo do braço N. a Ermida de Nossa Senhora da Queimada, com cobertura em abóbada.

Acessos

Na costa, a S. de Porto Covo.

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 41 191, DG, 1.ª série, n.º 162 de 18 julho 1957 / Decreto nº 735/74, DG, 1.ª série, n.º 297 de 21 dezembro 1974

Enquadramento

Marítimo, na linha costeira, dominando a praia, afrontando o Forte de Santo Alberto na Ilha do Pessegueiro (v.IPA.00030909)

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Filipe Terzi e Alexandre Massay

Cronologia

1588 - Terzi dá início à construção do Forte de Nossa Senhora da Queimada, parte de um projecto de construção de um porto artificial que ligaria a ilha do Pessegueiro à costa, aprovado pelo cardeal Alberto, vice-rei; 1590 - A. Massay substitui Terzi; início da construção do Forte de Santo Alberto na ilha do Pessegueiro e continuação da construção do porto artificial; 1598 - obras interrompidas pela necessidade de deslocação de Massay a Vila Nova de Milfontes, onde dará início à construção do forte de defesa da barra do Rio Mira; 1603 - recomeço das obras, pouco depois interrompidas; 1661 - 1690 - conclusão das obras do Forte de Nossa Senhora da Queimada; o Forte de Santo Alberto na ilha do Pessegueiro ficará incompleto, bem como o porto artificial; 1755 - o terramoto danifica a capela e as baterias sobre as casamatas; 1877 - 1942 - o forte Forte de Nossa Senhora da Queimada é ocupado pela Guarda Fiscal; 1962 - projecto de uma pousada (SNI), nunca efectivado; 1957, 18 julho - decreto classifica o Forte do Pessegueiro, incluindo a ilha do mesmo nome; 1974, 21 dezembro - decreto esclarece que a classificação abrange o Forte da Ilha de Dentro, situado na referida ilha.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante

Materiais

Cantaria e alvenaria de pedra.

Bibliografia

CALLIXTO, Carlos, O Forte de Porto Covo, O Dia, 03 outubro 1981; IDEM, O Forte de Porto Covo, Diário de Notícias, 21 setembro 1984; IDEM, O Forte de Porto Covo, Diário de Notícias, 23 fevereiro 1991; FALCÃO, José António, Memória paroquial do Concelho de Sines, Santiago do Cacém, 1987; MENDES, João, Pessegueiro em perigo, in Sábado, 5 Maio 1990; SOLEDADE, Arnaldo, Sines, terra de Vasco da Gama, Sines, 1990.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

DGEMN: 1983 / 1985 - obras de beneficiação: paramentos exteriores do baluarte esquerdo e da zona central, na zona da porta de entrada; reconstrução de zonas ruídas ou em risco de desprendimento (refechamento de juntas, reutilização de blocos de cantaria soltos).

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Isabel Mendonça 1992

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login