Mosteiro de São Pedro de Cete / Igreja Paroquial de Cete / Igreja de São Pedro
| IPA.00004123 |
Portugal, Porto, Paredes, Cete |
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Arquitetura religiosa, românica e gótica. Mosteiro beneditino composto por igreja e zona regral no lado esquerdo, que se prolonga pelo terreiro, onde se situa a portaria. Igreja de planta retangular composta por nave, capela-mor de dois tramos de remate semicircular e torre sineira no lado esquerdo, com coberturas interiores em abóbada apontada na capela-mor, apoiada por contrafortes exteriores, e de madeira na nave, escassamente iluminada por frestas laterais e rosáceas nas empenas. Fachada principal em empena, tendo portal escavado composto por arquivoltas assentes em colunas e capitéis decorados. Fachada lateral esquerda com porta travessa em arco apontado. Interior com coro-alto, batistério na base da torre, reaproveitando primitiva capela funerária. Arco triunfal de perfil apontado e de arestas biseladas, dando origem à capela-mor marcada por arcaturas e nichos. Possui simples mesa de altar. No lado direito, claustro quadrangular, de piso único, com as alas a abrir por arcos de volta perfeita para uma quadra ajardinada; em torno deste, as antigas dependências. Igreja com fachada principal considerada como românica, mas classificada por Carlos A. F. de Almeida como gótica, visto resultar de uma reconstrução do séc. 14. Da primitiva igreja românica, possivelmente da 2.ª metade do séc. 12, conservam-se algumas pedras decoradas, o portal do claustro e a parte inferior dos muros de grande parte da nave. Também a cabeceira apresenta um traçado próprio da arquitetura românica, conferido pela utilização das arcadas cegas. Da construção primitiva, foram provavelmente reaproveitadas as primeiras fiadas da nave e o portal S. que dá acesso ao claustro, com tímpano apresentando uma moldura levemente toreada, em arcada ultrapassada com fortes sugestões da arte do séc. 11. Adossada à fachada principal, torre quadrangular ameada com merlões de perfil recortado e dois algerozes zoomórficos, tendo, na junção de ambos os volumes, possante botaréu, ornado por elementos manuelinos. Estas também se encontram bem visíveis na capela funerária sob a torre, com arcosólio em arco canopial, envolvido por azulejos de aresta. Na nave, um nicho mantém vestígios de pintura mural. O património integrado foi removido no âmbito das obras puristas da primeira metade do séc. 20. |
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Número IPA Antigo: PT011310080001 |
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Registo visualizado 4942 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro masculino Ordem de São Bento - Beneditinos
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Descrição
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Mosteiro de planta retangular irregular, composto pela igreja, claustro, a antiga Casa do Capítulo e algumas estruturas ligadas à exploração agrícola bastante arruinadas. IGREJA de planta retangular, composta por nave, capela-mor de perfil curvo e torre sineira adossada ao lado esquerdo, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na nave e múltiplas na capela-mor, sendo de quatro águas na torre sineira. Fachadas em cantaria de granito aparente, assentes em soco de cantaria saliente e rematadas por cornija, sustentada por cachorrada, sendo alguns dos elementos decorados com motivos vários. Fachada principal virada a SO., dividida em três registos separados por frisos de cantaria, o superior correspondente a alta empena com cruz latina no vértice; no inferior, portal escavado, em arco apontado, com quatro arquivoltas, em toros, a interior assente em impostas salientes e as demais em seis colunas de fustes lisos, assentes em dados e com as bases e capitéis decorados, com folhas, colchetes e elementos zoomórficos; são rodeadas por friso exterior ornado por esferas; no segundo registo. Sobre o portal, pedra de armas esquartelada sobre moldura quadrangular e, no segundo registo, uma rosácea rendilhada. No lado esquerdo, torre quadrangular de três registos separados por friso, o superior mais estreito e rematado por cordão e platibanda plena encimada por ameias decorativas. Na face NO., possui duas ventanas e pequena fresta que ilumina o acesso, surgindo uma terceira ventana na face NE., todas de volta perfeita; possui várias gárgulas, na forma de animais fantásticos. Na junção entre a torre e a fachada principal, na parte inferior e ladeando o portal, sobressai um possante botaréu, encimado por friso encadeado e por pináculos torsos, decorado, no lado direito, por vários pilares e capitéis. Fachada lateral esquerda rasgada por dois portais, um deles em arco quebrado, com duas arquivoltas, sustentadas por impostas salientes, ornado por quadrifólios e flores de figueira; no lado direito, um porta de menores dimensões em arco de volta perfeita e também com duas arquivoltas. Fachada lateral direita abre para o claustro. A cabeceira é exteriormente reforçada por oito contrafortes e rasgada por três frestas escavadas, em arcos apontados e molduras côncavas. INTERIOR em cantaria de granito aparente, com nave comprida e bastante alta, com teto de madeira e pavimento em lajeado de granito, com estrados de madeira na zona dos assentos dos fiéis. Coro-alto de madeira, assente em mísulas de cantaria e guarda de madeira, tendo acesso por escadas de caracol, no lado da Epístola e com porta a partir da torre, em arco apontado e de arestas biseladas; possui órgão elétrico. Na base da torre, com comunicação para a igreja, por arco quebrado de arquivolta exterior e imposta decorada, a capela funerária de D. Gonçalo Oveques, com abóbada de ogiva assente em mísulas ornadas por elementos vegetalistas e com bocete marcado por fecho ornado por pedra de armas, e pavimento em lajeado. Possui arcosólio de volta perfeita, encimado por arco canopial e friso fitomórfico, assente em dois colunelos finos e capitéis vegetalistas e está envolvido por azulejos de corda seca, ornados por motivos geométricos e florais; possui arca tumular totalmente decorada por elementos fitomórficos. Tem pia batismal em cantaria com pé tronco-piramidal e taça hemisférica, percorridos por caneluras helicoidais. Existe, ainda, um altar com mesa de cantaria e frontal revestido a azulejos de aresta. No lado do Evangelho, nicho de volta perfeita, contendo imaginária, surgindo, no lado oposto, nicho em arco abatido, ostentando pintura mural, a representar São Sebastião. Arco triunfal quebrado, de dupla arquivolta e friso bosantado, assente em colunas embebidas no muro, tendo capitéis decorados por faces e motivos fitomórficos; está encimado por óculo preenchido com uma cruz hexalva. Capela-mor, elevada por dois degraus, com dois tramos definidos por colunas embebidas na estrutura, com capitéis decorados, os quais se prolongam em arcos torais, que cortam a abóbada, de perfil abatido, sendo semicircular no topo. A parede testeira é marcada por arcaturas, assentes em colunas e capitéis decorados. Sobre supedâneo de cantaria, a mesa de altar do mesmo material. No lado do Evangelho, o túmulo do abade D. Estêvão, de granito, epigrafado e com estátua jacente sobre a tampa, representando o abade com a cabeça apoiada em duas almofadas, com mitra e vestes eclesiásticas, de pregas retas, segurando báculo na mão direita; sucede-se um nicho de volta perfeita e moldura saliente. No lado da Epístola, nicho em arco apontado, assente em impostas salientes e ornadas por folhagens. No lado S., o CLAUSTRO de planta quadrada, de um piso, com quatro alas alpendradas, comunicantes com as várias dependências conventuais, percorridas por arcadas de arco de volta perfeita sobre impostas e colunas facetadas assentes em murete; pavimentos de granito e coberturas de madeira; ao centro desenvolve-se um jardim, onde surgem várias sepulturas e, nas alas, cantarias em depósito. Sobre a ala NO., ergue-se a fachada da igreja, rasgada por arco ultrapassado e tímpano decorado por moldura toreada. Na ala NE., a denominada Casa do Capítulo, com acesso por ampla porta de volta perfeita, ladeado por janela com o mesmo perfil, onde funciona a sacristia. Esta tem um pilar central, com teto em vigamento de madeira e pavimento em lajeado. Possui arcaz e lavabo com espaldar retilíneo e almofadado, encimado por reservatório com vão em abóbada de concha; a bica forma um losango que verte para taça circular. Surgem, ainda, vários volumes retilíneos, alguns arruinados *1. |
Acessos
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Cete, EM-1327, Largo do Mosteiro, Rua da Figueira, Avenida Francisco Pinto Basto. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,180754; long.: -8,366247 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Rural, isolado, destacado, nas proximidades da A4, no meio de grandes áreas agrícolas, precedida por amplo largo pavimentado a calçada portuguesa e espaço ajardinado, relativamente elevado e delimitado por guias, com cruzeiro ao Centro, e pontuado por árvores de grande porta. A S., desenvolve-se, a O., o cemitério. Junto à torre, três sepulturas em cantaria, com tampas angulares e um cruzeiro em cantaria, composto por plataforma quadrangular de dois degraus, onde assenta dado, coluna com os extremos retilíneos e de arestas biseladas, rematada por capitel cúbico e cruz latina. No adro, pia batismal seccionada por friso cordiforme. |
Descrição Complementar
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INSCRIÇÕES: A lápide do túmulo de D. Estêvão tem a seguinte leitura: "No dia 23 de Julho da era de 1361 (Ano de Cristo de 1323) faleceu o honestissimo varão Abade D. Estevão I que reedificou por completo esta Igreja. Descanse a sua alma em paz. Amem" (publicada na Revista "Portucale", vol. 2, 1929, p. 14); no claustro encontra-se uma epígrafe, gravada na tampa do sarcófago, do séc. onze, que poderá corresponder a um parente de Guterre Mendes. |
Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial *2 |
Propriedade
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Pública: estatal (igreja) / Privada: pessoa singular (dependências do antigo mosteiro) |
Afectação
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DRCNorte, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 |
Época Construção
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Séc. 10 / 11 / 14 / 15 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 10 - Fundação do mosteiro; 985 - documentos desta data referem a existência de uma basílica dedicada a São Pedro, estando o mosteiro sobre a proteção da família de Leoderigo Gondesendes; 1067 e 1117 - data das epígrafes existentes no claustro do mosteiro; séc. 11, finais - reconstrução do mosteiro atribuída a Gonçalo Oveques, cuja capela tumular se encontra na torre da igreja; séc. 12 - Mendo, Soeiro, Martinho e Diogo, filhos de Gonçalo Oveques, eram os patronos de Cete; o mosteiro recebe carta de Couto de D. Teresa e adere à regra de São Bento e aos costumes clunicenses; séc. 13 - 14 - profunda reforma na igreja por iniciativa do abade D. Estêvão, com a reforma da capela-mor, aumentado o comprimento e altura da nave, modificada a fachada, esculturas dos capitéis e dos cachorros; séc. 15 - restauros de que resultaram o atual claustro, a torre ameada, o botaréu da frontaria e outros pormenores; 1551 - D. João III anexa e subordina o Mosteiro de Cete ao Real Colégio da Graça de Coimbra; 1573 - posse efetiva do mosteiro pelo Colégio; séc. 16 - revestimento das paredes da Capela funerária com azulejos mudéjares; 2º quartel - provável data da pintura mural; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Frei Tomé Brandão, é referido que a paróquia é dedicada a São Pedro, com imagem em pedra, muito antiga e colocada no nicho da capela-mor, no lado do Evangelho, tendo, no nicho oposto, a de Santo Agostinho; na tribuna do altar-mor, a imagem do Crucificado com 5 a 6 palmos; o altar colateral do Evangelho é dedicado a Nossa Senhora da Graça, com imagem em pedra, tendo 5 a 6 palmos, sendo o oposto do Santo Lenho, com relíquia guardada num sacrário, que consta ter sido oferecida pela rainha D. Mafalda; está em cruz de prata com vidros, sendo exposta todas as primeiras sextas-feiras do mês, no dia da Invenção da Santa Cruz, a 3 de maio; junto à porta principal, o altar de São Nicolau Tolentino, com imagem em pedra, tendo 3 palmos, surgindo, fronteiro, um arcosólio com um túmulo ornado por ameias; junto à capela-mor, um túmulo com jacente mitrada e inscrição latina; tem a Confraria do Santíssimo , a dos Santos Passos e a do Subsino; o pároco é um vigário, religioso regular, apresentado pelo Colégio de Nossa Senhora da Graça de Coimbra e tem de renda 57$6000 e o pé-de-altar; 1834 - extinção das Ordens Religiosas e consequente venda do mosteiro em hasta pública; 1880 - 1882 - restauro do retábulo-mor, telhado e outras reparações pelo paroquiano e presidente da Junta da Paróquia Luís Barbosa Leão Coelho Ferraz; 1929 - os senhores Francisco Manuel Pereira de Mello Ferreira Pinto e Álvaro Leite Pereira de Mello Ferreira Pinto, no decorrer das obras de restauro, comprometeram-se a oferecer todos os vitrais necessários para as duas rosáceas grandes, situadas nos extremos da igreja, assim como os vitrais necessários para as seteiras situadas ao longo da nave, completar segundo o desenho original, a rosácea em pedra lavrada da frontaria da igreja, mandar executar as colunas de pedra que faltavam na base do altar-mor, ceder a antiga sala do capitulo, pertença da Quinta de Cete, para servir de sacristia, demolir uma escada que encobria vários túmulos, repavimentar a sala do capitulo com pedra, restaurar completamente, cingindo-se às indicações do Conselho Superior de Arte e Arqueologia, o claustro anexo à igreja, pertença da Quinta, facultando ao padre e seus ajudantes a passagem entre a igreja e a sacristia, facultar a visita do claustro e dos túmulos e pedras nele expostas a todos os visitantes do Mosteiro de Cete, ceder o terreno onde se situava a antiga sacristia e o terreno necessário para facilitar a visita ao monumento, assim como proceder aos necessários desaterros; 1936 - foi autorizada pela Direcção Geral da Fazenda pública a cedência de uma grade do arco cruzeiro, as guarnições de um púlpito e um dos altares, que haviam sido retirados da Igreja de Cête, à Confraria de Santa Justa da vila de Valongo, para colocação na capela construída no alto da Serra com a designação de Capela de Santa Justa (DGEMN/DSARH/010/187-0002); 1986 - parecer do Museu Nacional do Azulejo refere que os azulejos hispano-árabes da capela de São Nicolau do Mosteiro, se encontram em risco de queda, muito salitrados, não sendo sequer visivel a sua cor, aconselhando a rua remoção, limpeza, tratamento e posteriormente a sua recolocação; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 2007, 30 janeiro - proposta da Direção Regional do Porto - IPPAR para definição da Zona Especial de Proteção; 16 maio - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR; 20 setembro - Proposta da CMParedes para redefinição do traçado da Zona Especial de Proteção; 2009, 13 maio - informação favorável da DRCNorte; 2010, 23 março - parecer favorável do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes na nave e estrutura mista na capela-mor. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria e cantaria de granito aparente; pilastras, cornijas, pináculos, cruzes, abóbadas, rosáceas, pavimentos em cantaria de granito; portas e bancos de madeira; painéis de revestimento em azulejo; janelas com vitrais; revestimento da cobertura em telha cerâmica. |
Bibliografia
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ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Geografia da Arquitectura Românica in História da Arte em Portugal, vol. 3, Lisboa, 1986, pp. 50 - 131; BARREIROS, José de, Monografia de Paredes, Porto, 1922; BARREIROS, José de, Monografia de Paredes, correcções e acrescentos, Porto, 1924; CAPELA, José Viriato, MATOS, Henrique e BORRALHEIRO, Rogério, As freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758 - Memórias, História e Património, Braga, Universidade do Minho, 2000; DGEMN, Boletim nº 3, Lisboa 1936; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; ROSAS, Lúcia Maria Cardoso (coord.), Rota do Românico do Vale do Sousa (monografia), Valsousa - Rota do Românico do Vale do Sousa, 2008. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN, SIPA; Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID-001/013-1845/1, DGEMN/DSARH/010/187-0002, DGEMN/DREMN, DGEMN/DSMN-0314/15 |
Intervenção Realizada
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JUNTA DE PARÓQUIA: 1880 - Restauro do telhado; DGEMN: 1929 / 1930 / 1931 / 1932 - obras gerais de conservação e restauro da igreja, claustro e sala do Capitulo; PROPRIETÁRIO: séc. 20, década 30 - feitura de uma instalação elétrica; DGEMN: 1936, a partir de - demolição do edifício que ocultava parte da fachada N. e fora construído modernamente, para instalação da sacristia e de uma sala de arrecadações; demolição de duas escadas de pedra que, ao longo da mesma fachada, davam acesso ao primeiro andar do referido prédio e a um dos pavimentos da torre; abertura e restauro da primitiva porta da fachada N., entaipamento com silharia, da porta que se abrira na mesma fachada para comunicar a Igreja com a sacristia; rebaixamento do pavimento da nave e capela-mor até ao nível primitivo e lajeamento parcial do mesmo pavimento; raspagem de argamassas, limpeza de cantarias e tomada de todas as juntas dos paramentos interiores das paredes; restauro da casa do capítulo, compreendendo a demolição da escada ali construída para acesso ao andar que lhe fora sobreposto; arrumação e composição dos túmulos medievais que se achavam debaixo da mesma escadaria; reabertura das janelas entaipadas; limpeza das cantarias; tomada de juntas e reposição das aduelas de pedra no arco interior da porta; demolição do andar construído para habitação sobre a casa do capítulo, com o fim de desafrontar a fachada S. e parte da capela-mor; reconstrução da armação do telhado e cobertura da casa do capítulo e substituição completa do respetivo teto de madeira bem como do pavimento, os quais foram reconstituídos em conformidade com os elementos de construção que se encontraram durante os trabalhos; demolição de todo o andar modernamente sobreposto ao claustro e reconstrução da armação e respetivo telhado; entaipamento das portas abertas na fachada S. para ligação do coro com o andar sobreposto ao claustro; demolição do púlpito e dos quatro altares que obstruíam a Igreja; reconstituição dos colunelos da capela-mor; restauro de todo o estilóbato da Igreja, em harmonia com os elementos existentes; reconstituição das molduras de duas frestas da capela-mor segundo a única fresta que se achou intacta, no centro; redução e reconstrução do coro com aproveitamento do primitivo acesso da torre e consolidação das respetivas paredes; restauro do botaréu da fachada N. e coroamento do que lhe corresponde na fachada S., ambos contíguos à capela-mor; 1939 - beneficiação das coberturas da igreja, com colocação de novos revestimentos exteriores; 1948 / 1953 - diversos trabalhos; 1966 - obras de conservação; 1967 - conservação geral e drenagem do claustro; substituição da instalação elétrica; 1972 - reparação dos prejuízos causados pelo último temporal; PROPRIETÁRIO: 1974 - beneficiação das cobertura do edifício rústico anexo à sacristia pelo respetivo proprietário, sem obedecer às normas estabelecidas, mas licenciado pela Câmara Municipal (DGEMN/DSID-001/013-1845/1); DGEMN: 1976 - beneficiação do telhado; 1980 - reparação do beirado da igreja que confina com a sacristia e o claustro; 1982 - reparação e conservação do corpo adossado à sacristia; 1986 - conservação e restauro dos azulejos hispano-árabes pelo Museu Nacional do Azulejo; IPPAR: anos 90 - arranjo das coberturas, consolidação e limpeza da estrutura. |
Observações
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*1 - nas fotos anteriores ao restauro, é possível ver algumas diferenças na nave, no lado da Epístola, com púlpito assente em pilar de cantaria e a porta de acesso ao claustro com perfil manuelino, recortado. *2 - a Rota do Românico do Vale do Sousa inclui 19 imóveis: Igreja de São Miguel de Entre-os-Rios (v. PT011311100010), Igreja de Gândara (v. PT011311040009), Igreja de São Gens de Boelhe (v. PT011311020008), Igreja de Abragão (v. PT011311010015), Memorial da Ermida (v. PT011311150005), Capela da Senhora do Vale (v. PT011310080004), Igreja de São Pedro de Ferreira (v. PT011309050001), Ponte de Espindo (v. PT011305130009), Ponte de Vilela (v. PT011305020008), Igreja de Aveleda (v. PT011305020004), Torre de Vilar (v. PT011305260005), Igreja de Santa Maria de Airães (v. PT011303020007), Igreja Matriz de Unhão (v. PT011303280004), Igreja de São Vicente de Sousa (v. PT011303260008), Igreja Velha de São Mamede de Vila Verde (v. PT011303330020), Igreja de Paço de Sousa (v. PT011311220003), Igreja Matriz de Meinedo (v. PT011305130002) e Mosteiro de Pombeiro (v. PT011303150001). |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1994 / Paula Noé 1996 / Ana Filipe 2010 |
Actualização
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Paula Figueiredo 2012 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto) |
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