|
Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Residencial senhorial Paço senhorial
|
Descrição
|
O Palácio dos Duques de Cadaval conserva uma silhueta fortificada. Assenta em vasto lanço da muralha Romano - visigoda limitado a ocidente pela torre sineira da Igreja dos Lóios e a S. pela torre quadrada do Sertório. Na frente nobre, corre uma série de janelas de sacada, de ombreiras e cornijas de granito, com balaústres de secção quadrada e circular, sendo o corpo principal, ao S. flanqueado por duas poderosas torres. A torre quadrangular da fachada principal, com dois andares e revestimento de ameiado gótico de secção cúbica e remate piramidal constitui vestígio assinalável do Castelo Velho; Possui duas janelas notáveis, nas faces N. e S. São sacadas geminadas, de arcos ogivais, de lóbulos e revestimentos naturalistas nas chanfraduras das jambas e de capitéis puramente árabes, em profusa ornamentação rendilhada. O grande portado da entrada faz a comunicação com o pátio, celeiros, adegas e escadaria de entre-solo. No interior do edifício existem amplas salas e cómodos. Acesso, por escadaria de dois lanços de pedra, à galeria que comunicava com as salas solarengas. Os antigos jardins da casa separam o corpo habitacional da Igreja dos Cónegos Azuis. |
Acessos
|
Rua Dr. Augusto Filipe Simões |
Protecção
|
Incluído no Centro Histórico da Cidade de Évora (v. PT040705050070) / Incluído na Zona de Protecção do Templo Romano de Évora (v. PT040705120014), da Igreja dos Lóios (v. PT040705120018) e do Convento dos Lóios (v. PT040705120018) |
Enquadramento
|
Urbano, no centro histórico; flanqueado pelo Jardim do Paço, Igreja e Convento dos Lóios (v. PT04070512033 e PT04070512018) |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Residencial: paço senhorial |
Utilização Actual
|
Residencial: casa / Comercial: estabelecimento de restauração / Política e administrativa: sede de fundação |
Propriedade
|
Privada: pessoa singular |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 14 (conjectural) / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
1390 - Doação pelo rei D. João I ao seu conselheiro e alcaide de Évora, Martim Afonso de Melo, com menagem da alcaidaria-mor da cidade, benesse que se perpetuou na família até o reinado de D. Manuel I; 1446 - doação de novos chãos, torres e muros da mesma fortaleza ao seu filho e herdeiro do mesmo nome, Martim Afonso de Melo; Séc. 15 - aqui encarcerado o Duque de Bragança, D. Fernando II, reune-se o Tribunal da Relação de Lisboa que o condena à morte por decapitamento na praça maior; 1533 - o palácio é habitado por D. João III; Séc. 17 - reconstrução da fachada; 1729 - D. João V visita o Paço; 1834 - o 6º Duque de Cadaval, Governador Militar de Lisboa por D. Miguel I, abandona o país, como exilado político e os seus descendentes jamais o frequentaram, passando ao regime de enfiteuse particular despojado do recheio artístico e monumental; 1965 - o 10º Duque D. Jaime IV Alvares Pereira de Melo, patrocina a instalação da incipiente Galeria de Arte, no piso térreo do Paço. |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes |
Materiais
|
No corpo principal temos 2 torres de cantaria e alvenaria, com janelas de sacada, de ombreiras e cornijas de granito defendidas por ferragens forjadas. O grande portado da entrada Que. comunica ao pátio, celeiros...é feito em vergas e jambas chanfradas, de granito local. Os oito tramos Que. defendem o corpo térreo, estão protegidos por gigantes de granito aparelhado e nele abre-se parte de um claustrim de abóbadas nervuradas, sob o qual se vêem mutilados e embebidos nas paredes alguns portados antigos, de pedra. |
Bibliografia
|
ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal- Concelho de Évora, vol.1, Lisboa, 1966; GONÇALVES, João Ludgero Marques, Mapa da Vila do Cadaval, C. M. do Cadaval - Pelouro da Cultura, 2002. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID/Arquivo Pessoal de Frederico George |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
|
Autor e Data
|
Paula Amendoeira 1998 |
Actualização
|
|
|
|