|
Edifício e estrutura Edifício Transportes Apeadeiro / Estação Estação ferroviária
|
Descrição
|
EDIFÍCIO DE PASSAGEIROS: planta composta por formas quadrangulares adossadas longitudinalmente; massas articuladas com cobertura diferenciada em telhado de tipo mardeliano, com águas furtadas; fachada principal formada por 3 corpos, o central de 3 pisos, os laterais de 2 pisos e sótão amansardado; silhar de azulejos enxaquetado simples, em azul e branco, no piso térreo; fachada posterior virada para o cais, marcada por 3 panos, os laterais com 2 pisos e sótão amansardado, o central com terceiro piso rematado por frontão e enquadrado por pilastras; o piso térreo é resguardado por grande alpendre em ferro assente em colunas toscanas; nos vãos entre as portas painéis de azulejos polícromos recortados, com temática local. COCHEIRA DE CARRUAGENS, edifício onde está instalada a secção museológica: planta rectangular, massa simples com cobertura homogénea em telhado de 4 águas; fachada principal com vários panos divididos por pilastras, enquadrando molduras em arco ultrapassado de vãos de uma porta central e 2 janelas, e outros de arcos falsos; na zona central, sobre a porta, remate de merlões; fachada posterior ritmada por vários arcos falsos enquadrando janelas de verga redonda, umas abertas outras não; nas fachadas dos lados menores, enquadradas por cunhais apilastrados com pináculos e rematadas por merlões e frontão curvo central, rasgam-se 2 grandes portas de verga em arco ultrapassado. |
Acessos
|
EN 114, Largo da Estação, Ribeira de Santarém |
Protecção
|
Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 265/2013, DR, 2.ª série, n.º 90 de 10 maio 2013 *1 |
Enquadramento
|
Planície, destacado. Implantado dos dois lados da Linha Férrea do Norte e Leste, à saída da povoação da Ribeira. |
Descrição Complementar
|
Da colecção do núcleo museológico fazem parte locomotivas, carruagens e salões-carruagem, entre as quais se destacam a locomotiva D. Luís (1862), a locomotiva das minas do Pejão e a locomotiva E 103 (1907); o Salão D. Maria Pia (1858), o Salão do Príncipe (1877), o Salão Presidencial (1930); utensílios usados na reparação e conservação da via férrea, nomeadamente ferramentas e veículos para inspecção da mesma, entre os quais se salienta um quadriciclo a pedal, um quadriciclo motorizado e uma dresine de inspecção; faróis, lanternas, telefones, marcadeiras de bilhetes, aparelhos instalados nas locomotivas, etc.. O equipamento móvel encontra-se assente em via larga (1,67 m de bitola), linha algaliada (bitola de 1 m.) e via reduzida de minas (0,60 m.). |
Utilização Inicial
|
Transportes: estação ferroviária |
Utilização Actual
|
Transportes: estação ferroviária / Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTO: Perfeito Magalhães (1923). PINTOR DE AZULEJO: Fábrica Aleluia (séc. 20). |
Cronologia
|
1845 - Costa Cabral incumbe a Companhia de Obras Públicas de Portugal de construir, no prazo de 10 anos, uma linha-férrea entre as margens do Tejo e a fronteira espanhola, projecto que não virá a concretizar-se no período previsto; 1853, 16 Junho - aprovação do projecto de construção da linha de Lisboa ao Porto, passando por Santarém; 1856, 28 Outubro - inauguração do primeiro troço de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado; 1861, 01 Julho - o primeiro comboio, puxado pela locomotiva D. Luís, chega a Santarém, montando-se um palanque para o efeito; 1864, 07 Julho - inauguração da linha do N.; 1870 - construção da primeira estação, em que se engobava a cocheira para carruagens; 1875 - conclusão da construção do edifício da estação; 1876-1880 - construção da Estrada da Estação; 1923 - o projecto para a segunda estação é desenhado pelo arquitecto Perfeito de Magalhães; 1925 - 1927 - construção da segunda estação; 1927 - a Comissão de Iniciativa e Turismo de Santarém oferece os 18 painéis de azulejos polícromos à CP, realizados pela fábrica Aleluia, a partir de desenhos de J. Oliveira; 1979, 05 Outubro - inauguração do núcleo museológico por iniciativa do engenheiro Armando Ginestal Machado; 1997, 17 janeiro - Despacho de abertura do processo de classificação; 2012, 12 outubro - publicação do projeto de decisão de classificação do núcleo como Monumento de Interesse Público e fixação da respetica Zona Especial de Proteção, em Anúncio n.º 13550/2012, DR, 2.ª sérei, n.º 198; publicação da Declaração de retificação ao perímetro da Zona Especial de Proteção, em Declaração de Retificação n.º 671/2013, DR, 2.ª série, n.º 108. |
Dados Técnicos
|
Estruturas autónomas e autoportantes. |
Materiais
|
Estrutura em alvenaria de pedra e tijolo rebocada e caiada, com pilastras e molduras dos arcos em ocre (cocheira), apenas caiada (estação); cobertura em telhado cerâmico; portas e janelas em madeira, vidro e ferro; azulejos em silhares. |
Bibliografia
|
BRAZ, José Campos, Santarém raízes e memórias - páginas da minha agenda, Santarém, Santa Casa da Misericórdia de Santarém, 2000; CALADO, Rafael Salinas, ALMEIDA, Pedro Vieira de, Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa, Caminhos de Ferro Portugueses, EP, [Lisboa], 2001; CUSTÓDIO, Jorge, Secção Museológica da CP. Memória descritiva, (texto policopiado), Biblioteca Municipal de Santarém, 1991; Estação dos Caminhos de Ferro Portugueses e respectiva secção museológica da CP in Património Monumental de Santarém, Santarém, 1997; SIENNE, D.E., Modernos edifícios de passageiros da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses in A Arquitectura Portuguesa, Lisboa, 1929. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
*1 - DOF: Estação ferroviária e edifício da Cocheira de Carruagens, atuais instalações do Núcleo Museológico de Santarém do Museu Nacional Ferroviário. |
Autor e Data
|
Isabel Mendonça 1997 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |