Castelo de Mós
| IPA.00000474 |
Portugal, Bragança, Torre de Moncorvo, Mós |
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Castelo medieval, implantado num cabeço pouco elevado, constituído por uma pequena cerca de planta ovalada, deixando no seu perimetro exterior próximo a única igreja existente, delimitando-se junto da porta principal um largo de onde arrancam os principais eixos de saída da vila que estruturam a formação do primeiro arrabalde no exterior e depois a continuação da expansão urbana. O tipo de implantação e de organização do povoado revela um padrão semelhante aos de Freixo de Espada à Cinta (v. PT010404020002), Urros e Alva (v. PT010404060006). Relativamente aos castelos de Freixo de Espada à Cinta, Urros e Alva, com os quais possui afinidades, o de Mós é o único a possuir a Igreja de Santa Maria implantada no lado oposto ao largo desenvolvido fronteiro à porta principal da cerca. |
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Número IPA Antigo: PT010409130005 |
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Registo visualizado 1296 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Militar Castelo
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Descrição
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Do antigo castelo, conservam-se panos de muralha da pequena cerca que possuia, de planta com contorno ovalado, com paramentos de alvenaria de xisto miúdo, e porta aberta a S.. O estado de abandono do lugar dificulta a caracterização do urbanismo intra-muros, no entanto, distingue-se um eixo estruturador de sentido N. / S., a que chamam rua direita. Extra-muros, desenvolveu-se o arrabalde em torno do largo onde se localizavam a Casa da Câmara e o pelourinho, o qual cresceu ao longo dos principais caminhos de saída em direcção a Freixo de Espada à Cinta, Barca d'Alva, a Torre de Moncorvo ou Miranda. |
Acessos
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Rua do Castelo. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,160344; long.: -6,908439 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 40 361, DG, 1.ª série, n.º 228 de 20 outubro 1955 |
Enquadramento
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Rural, num cabeço pouco elevado, coberto por vegetação e árvores, possuindo extra-muros a N. a Igreja de Santa Maria (v. PT010409130045) e desenvolvendo-se a S. a povoação actual, onde se ergue o pelourinho (v. PT010409130032). Adossadas aos vestígios das muralhas, algumas casas de habitação. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: castelo |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Época medieval |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1162 - D. Afonso Henriques concede foral a Mós; 1200, Maio - D. Sancho I, vindo de Trancoso em direcção a Bragança, e encontrando-se em Chacim, não muito longe de Mós, doa o Reguengo de Cilhade aos seus povoadores afirmando que o fazia "por Deus e pelo bom serviço que havia recebido e esperava continuar a receber do seu castelo de Mós"; 1258 - refere-se nas Inquirições que o concelho guardava a terça das dízimas da Igreja de Santa Maria de Mós que se destinava à reparação e manutenção do castelo da vila; 1335 - carta de D. Afonso IV declarando que concedia a "terça da (...) Egreja de Móos a Pedro Dias, seu procurador na terra de Bragança, se o muro do dito Lugar de Móos he acabado, e que de futuro quando comprir de se adubar esse muro en alguma cousa, que el o adube pela renda da dita Eigreja"; Época medieval, final - acelera-se o processo de decadência e despovoamento do castelo ao mesmo tempo que se desenvolvia uma outra aldeia do termo de Carviçais; 1372 - D. Fernando concede a Torre de Moncorvo, por termo, os lugares de Mós e de Vilarinho da Castanheira, visto que "non som taes que se defendam nem possam defender por ssy"; 1450, antes de - aqui é instituido um couto de homiziados, pedindo o concelho à coroa novos privilégios com ele relacionados porque a vila estava muito "desffalecida de jentes que em ella soiam dauer por as guerras e grandes pestelencias que sse sseguyrom"; 1527 - 1532 - o Numeramento refere que a vila era cercada, mas a cerca encontrava-se em algumas partes "derribada"; nesta data contava com 43 habitantes e a aldeia de Carviçais, no termo, tinha quase o mesmo número - 54; séc. 17, finais - Pe. Carvalho da Costa regista a mesma situação de decadência, informando que "nesta villa se vè quasi hum aruinado castello com sua cisterna dentro delle, que mostra ser a villa antigamente povoação de mais conta"; por esta altura, havia no castelo apenas 90 focos, enquanto que na aldeia de Carviçais, o único lugar do termo, tinha já 250; séc. 19 - supressão do concelho e sua integração no de Torre de Moncorvo; séc. 20, década de 60 - parte da muralha ruiu; construção particular sobre o troço muralhado. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura de xisto. |
Bibliografia
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ALVES, Francisco Manuel, Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, 11 vol., Bragança, 1981 - 1982; LOPES, Coord. Flávio, Património Arquitectóncio e Arqueológico Classificado. Distrito de Bragança, Lisboa, 1993; Guia de Portugal, vol. 5, tomo II, Lisboa, 1995; LIMA, Alexandra Cerveira Pinto S. [coord.], Terras do Coa / da Malcata ao Reboredo. Os Valores do Côa, Maia, 1998. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1963 - reconstrução de um troço de muralha; obras na zona envolvente; |
Observações
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Esta edificação deve ser entendida tendo em conta a Calçada de Mós que seria um eixo viário da época. |
Autor e Data
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Ernesto Jana 1994 / Marisa Costa 2001 |
Actualização
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