Villa Romana de Olival do Rei / Quinta da Peça

IPA.00000483
Portugal, Bragança, Vila Flor, União das freguesias de Vilas Boas e Vilarinho das Azenhas
 
Villa romana. Habitação porticada, sendo algumas colunas com caneluras; tanques reaproveitados como sepulturas.
Número IPA Antigo: PT010410190010
 
Registo visualizado 1221 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício e estrutura  Agrícola e florestal  Villa    

Descrição

Povoado aberto com uma área de dispersão de materiais de superfície com c. de 0,5 ha, tendo sido exumado um edifício, em aparelho irregular, que pelos elementos arquitectónicos avulsos detectados, fuste e bases de colunas, teria sido porticado, interna ou externamente. Um canal estruturado com lajes, para drenagem ou abastecimento de água, acompanha externamente o edifício. Num espaço a O. encontram-se dois tanques escavados no afloramento mas limitados num dos topos com silhares, internamente revestidos com "opus signinum", estando colocados contiguamente e com um pequeno desnível entre eles, muito embora não se tenha detectado qualquer forma de comunicação. O tanque mais a N. foi posteriormente, provavelmente durante a Alta Idade Média, reutilizado como sepultura, tal como o atesta uma calote craniana exumada do seu interior.

Acessos

Ribeirinha, EM Vilas Boas-Ribeirinha; Gauss: M-276.4, P-488.3; Fl. 104

Protecção

Enquadramento

Rural, isolado, encosta de pendor suave coberta com olival e vinhas, sobranceira ao Rio Tua.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Agrícola e florestal: villa

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Época Construção

Época romana

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Época romana, Alto Império - primeira ocupação do sítio; Época medieval, início - reocupação do sítio.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes; paredes das construções em aparelho irregular, com dois paramentos paralelos preenchidos interiormente com pedra miúda; tanques parcialmente escavados no afloramento.

Materiais

Construções em xisto; cobertura de construções com "tegula" e "imbrex"; elementos arquitectónicos em granito; pavimentos das construções em barro ou com seixos rolados ligados por argamassa; canal estruturado com lajes de granito; tanques revestidos com "opus signinum" e limitados lateralmente com silhares graníticos.

Bibliografia

LEMOS, Francisco Sande, Inventário Arqueológico da Terra Quente Transmontana (fichas dactilografadas), 1984; ALARCÃO, Jorge de, Roman Portugal, vol. 2 (1), Warminster, 1988, p. 44, nº 2/97; LEMOS, Francisco Sande, Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, dissert. de doutoramento, polic., vol. IIa, Universidade do Minho, Braga, 1993, p. 392 - 393; RODRIGUES, Miguel, Peça, Informação Arqueológica, 9, Lisboa, 1994, p. 17 - 18. http://arqueologia.igespar.pt/?sid=sitios.resultados&subsid=58078 (Consultado 31.07.2014).

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGEMN: DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

1987 - escavação arqueológica de responsabilidade de Miguel Rodrigues.

Observações

O espólio desta estação é constituído por fragmentos de cerâmica comum romana, cerâmica de importação romana, vidro, um elemento numismático, "tegula", "imbrex", tijolos e elementos arquitectónicos. O espólio ceramológico encontra-se depositado na Direcção Regional do Porto do IPPAR, enquanto alguns elementos arquitectónicos foram recolhidos na residência do proprietário do terreno, em Vilas Boas.

Autor e Data

Paulo Amaral 1995

Actualização

 
 
 
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