Casa da Ínsua / Solar dos Albuquerques

IPA.00005005
Portugal, Viseu, Penalva do Castelo, Ínsua
 
Corpo central quinhentista, mais baixo ladeado por duas torres ameiadas. Arquitectura de planimetria arcaizante, tendência horizontalista das massas; piso superior nobre, pela maior exuberância da decoração das fenestrações; frontões angulares. Arte Nova na decoração dos gradeamentos dos portões. Aproveitamento para a construção de planimetria medieval, já que há notícia e vestígios de construção do séc. 16, o que leva a supor ter existido outra anteriorment
Número IPA Antigo: PT021811050004
 
Registo visualizado 1170 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo torre

Descrição

Composto por residência principal, capela, cavalariças, zonas para arrumos, celeiros, e outros fins agrícolas e quinta com zonas de fresco, e de passeio, agrícolas e florestal. Situam-se as construções no extremo ocidental da propriedade junto ao portão principal. Planta longitudinal, composta e irregular de volumes articulados. Disposição horizontalista das massas. Coberturas diferenciadas de telhados de 1, 2 e 4 águas. Fachada principal orientada a SSO. formada por 3 corpos. Um central, com 3 panos separados por pilastras, ladeado por dois torreões, salientes em altura, ameiados, prolongando-se para o lado S. / SE., por muro, portante de terraço, acessível do piso superior. Toda a fachada possui no piso térreo atarracadas janelas gradeadas. No piso superior e no corpo central, 6 janelões de parapeito e de arco abatido, encimadas por frontão angular. Nas 2 torres, sensivelmente ao mesmo nível, loggias de 3 arcarias, estando actualmente a do lado direito, fechada. Friso delimita o arranque do último piso que, no corpo central marca o parapeito, protector de um piso, em plano mais recuado de construção mais recente. Nas torres 3 janelões com varanda, encimados por frontão angular. Gárgulas, cornija e ameias. Alçado NO. / O. fronteiro ao portão principal da quinta, respeita no piso térreo e no seguinte as fenestrações do alçado principal. Piso superior delimitado por friso e assente sobre ele 4 janelas de sacada, iguais às da fachada principal, com brasão de armas entre si. Alçado NE. / E.: entrada principal do imóvel, que forma pátio de forma rectangular incompleta, com a capela e outras construções, e com dependências que terminam no muro da quinta. Fenestrações de pequenas dimensões no piso térreo. As dos pisos superiores, são de guilhotina e de frontão polilobado e iguais entre si. Porta principal, no primeiro pano do corpo central, de frontão angulado que invade as fenestrações do piso superior. Na extremidade do pátio e formando ângulo de 90º, a capela entre dois corpos iguais entre si, à excepção da sineira que se encontra, no que estabelece a ligação com a torre. Capela de nave única, coro-alto e altar-mor, cúpula policromada. Do lado da Epístola tribuna, comunicante com a torre e porta de acesso à sacristia. Do lado fronteiro igual solução, só que falsas. Azulejos geométricos na nave. Segue-se a correnteza de dependências que centralmente possui arco de passagem para a zona da quinta. Pátio de cariz rural, com diferenciadas edificações para fins de lavoura. Daqui parte-se para a a quinta. A mata rica em espécies de grande porte, carvalhos, castanheiros, pinheiro bravo, plátanos e medronheiros, possui 2 lagos ou tanques (um poligonal o outro semicírcular). Ao fundo da mata, um altar ao ar livre em terracota policromada representando uma cena da Virgem com o Menino e Santo António. Em frente à fachada principal, um tanque paralelo ao muro do terraço e os jardins constituídos por dois terraços, formando conjuntos independentes, de desenhos geométricos, delimitados por buxo. 2 cameleiras gigantes recortadas, magnólias, roseiras e cameleiras como espécies predominantes. Possui o muro da propriedade 5 portões, denominados da Mata, da Meia-Laranja, do Barato, Principal e da Sereia. O principal é composto por pilastras e arquitrave, encimado por botaréus o da Mata, situado para NE., é formado por colunas, pilares encimados por esferas armilares policromadas de terracota e protegido por gradeamento de ferro forjado.O da Meia- Laranja, datado de 1876, possui gradeamento de ferro forjado, representando 2 caracóis simétricos. O do Barato, possui arco a pleno centro encimado por motivo decorativo circular. O da Sereia é composto por 3 pilares atarracados sobre os quais se apoia estruta assente em colunelos e encimados por figuras. Jardim com magnólia bicentenária, sequóia e pau brasil.

Acessos

EN 329 do centro da Vila, para a 329-1, a 600 m, no lugar da Ínsua, na Rua Luís de Albuquerque

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 29/84, DR, 1.ª série, n.º 145 de 25 junho 1984 *1

Enquadramento

Rural, isolado, destacado, separado por muros.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Residencial: casa nobre

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 (conjectural) / 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Luigi Battistini (1909); Nicola Bigaglia (1901).

Cronologia

Séc. 16 - a primitiva casa foi mandada construir por João de Albuquerque e Castro, alcaide-mor do Sabugal, de que restam ainda vestígios; 1770 / 1780 - provável (re)construção por Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres (1739-1797), governador e capitão-general de Mato Grosso; 1842 - plantação de uma magnólia; 1876 - construção do portão da meia laranja; 1901 - Nicola Bigaglia constrói a Casa do Guarda da Mata e a fonte do pátio e restaura as salas de jantar e Luís XIV; atribui-se-lhe a construção dos portões; 1909 - Luigi Battistini executa o altar ao ar livre de terracota e azulejos da capela; 1970 - incêndio que se iniciou na caldeira, destruiu um torreão onde se achava a biblioteca.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes; estruturas autónomas

Materiais

Granito; rebocos, madeiras, ferro

Bibliografia

Bimey, Morais, Os mais belos palácios de Portugal, Lisboa,; SILVA, António Lambert Pereira da, Nobres Casas de Portugal, Porto, s.d.; A Casa da Ínsua, in A Construção Moderna, Ano V, nº 153, 1904; A propriedade urbana, 3.ª série, ano LVI, n.º 184, Lisboa, Associação Lisbonense de Proprietários, Maio - Junho 1970; Guia de Portugal, Vol. III, nº II, Lisboa, 1985; AZEVEDO, Carlos de, Solares Portugueses, Lisboa, 1988; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74675 [consultado em 28 dezembro 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DSARH

Intervenção Realizada

Observações

*1 - DOF: Casa da Ínsua, também conhecida pelo Solar dos Albuquerques, incluindo todo o conjunto formado pelos jardins, logradouro, lagos, portões e a parte norte da quinta.

Autor e Data

João Carvalho 1998

Actualização

 
 
 
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