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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino (casa-mãe) Ordem de São Francisco - Franciscanos Capuchos (Real Província da Conceição)
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Descrição
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Dependências conventuais e claustro que funciona como elemento de ligação dos vários corpos. Volumes com coberturas homogéneas em telhados de duas e quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com os elementos estruturais em cantaria. Fachada Principal voltada a O., desenvolvida em dois pisos separados por friso de granito, mezanino e aproveitamento do telhado, percorrida por embasamento escalonado, de granito, e rematada por cornija também de granito, sobreposta por friso e beiral saliente. É rasgada no primeiro registo por dezasseis janelas de guilhotina, em arco abatido, com moldura de granito, e ao centro por portal principal, também em arco abatido, envolvido por moldura de granito sobreposta por tabela recortada, que se entende até ao friso. No segundo registo é rasgada por oito janelas de sacada, de verga reta, com portas de duas folhas e bandeira, moldura de granito sobreposta por friso e cornija, protegidas por guarda de ferro forjado. Sobre as janelas de sacada, abrem-se em igual número, pequenas janelas de duas folhas, formando quadricula, com moldura retangular simples. Sobre o telhado seguem-se sete janelas em mansarda, com cobertura de duas águas. Fachada lateral esquerda dividida em três panos, sendo o da esquerda rematado por friso e frontão triangular, coroado por plinto e rasgado por portal em arco abatido, sobreposto por janela de sacada, de verga reta, com moldura de granito rematada por frontão triangular e janela de verga reta com moldura simples. O pano central apresenta duas janelas no piso térreo, seguidas de duas janelas de sacada e duas janelas de linguagem semelhante às da fachada principal; pano lateral direito rasgado por três janelas em arco abatido no primeiro registo, três janelas de sacada no segundo registo e três janelas de verga reta e moldura simples no terceiro registo. Claustro de planta retangular, desenvolvido em três pisos, sendo o piso térreo percorrido por arcaria de granito em arcos de volta perfeita, intercalados por pilares de granito, de secção quadrangular. INTERIOR do edifício composto por diversas salas, algumas intercomunicantes, outras com acesso através de corredores de circulação, com acesso entre pisos através de escadarias de granito. |
Acessos
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Avenida Rodrigues de Freitas, Rua Dom João IV (ao Jardim de São Lázaro) e Rua Morgado de Mateus |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto, nº 735/74, DG, 1ª série, n.º 279 de 21 dezembro 1974 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado. Inserido em núcleo urbano de características predominantemente oitocentistas. Em frente desenvolve-se o Jardim de São Lázaro (v. PT011312010179). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: biblioteca |
Propriedade
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Pública: Municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1747 - fundação de um hospício na cidade do Porto, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, pelos Frades Menores Reformados de São Francisco, ou Capuchos da Província da Conceição; 1749 - construção de uma capela por Dionísio Verney no Campo de S. Lázaro, que mais tarde foi adquirida pelos religiosos para Hospício Regular; 1779 / 1780 - D. Maria I concede aos religiosos Franciscanos autorização para fundarem um Hospício Regular na cidade do Porto; 1780, 26 novembro - compra a António José Mendes Guimarães de uma "capela pública com casas místicas a ela" e outras casas e terrenos, no campo de São Lázaro, pelos religiosos Franciscanos; 1780, 30 novembro - a comunidade religiosa dos Franciscanos da Província da Conceição muda-se das casas que habitava na Rua de Santa Catarina para o edifício de São Lázaro; 1781, 26 maio - pedido de autorização à Câmara para ocupar parte do terreiro de S. Lázaro para continuar a obra do hospício dos religiosos; 1783 - fundação do convento de Santo António, em São Lázaro, pelos religiosos Franciscanos da Província da Conceição; 1789 - o edifício conventual está ainda por concluir, segundo o Padre Agostinho Rebelo da Costa, podendo vir a ser um dos maiores conventos da cidade; data do chafariz do claustro; 1790 - o Hospício passa a Convento e Casa Capitular; 1809, abril - o convento passa a funcionar como hospital para tropas francesas; 20 maio - passa a ser destinado às tropas portuguesas; 1831, julho - o convento é abandonado pelos últimos religiosos e posteriormente ocupado pelas tropas inglesas que combatem ao lado dos liberais; 1833, 9 julho - criação da Real Biblioteca do Porto (Biblioteca Pública Municipal), por decreto de D. Pedro, que esteve inicialmente alojada no Hospício de Santo António do Vale da Piedade, à Cordoaria, e no Paço Episcopal; 1834 - extinção das Ordens Religiosas; o convento ainda não estava terminado; o Museu Nacional dos Reis guarda as suas coleções em algumas dependências do convento, com acesso pelo claustro; 1836 - criação da Escola de Belas Artes do Porto, por Passos Manuel, que esteve instalada no piso térreo do convento até à sua transferência para o atual edifício; ocupa também dependências o Museu Municipal; 1836, setembro - foi provisoriamente aberta ao público a Real Biblioteca do Porto no Paço Episcopal; 1839, 30 julho - decreto de doação do Convento de Santo António da Cidade à Câmara Municipal do Porto, sendo para aí transferida a Real Biblioteca do Porto; 1842, 4 abril - instalação definitiva e abertura oficial da Real Biblioteca do Porto no edifício do Convento de Santo António da Cidade em São Lázaro; 1929 / 1932 - transferência de azulejos hispano-mouriscos do Convento de Santa Clara, em Vila do Conde (v. PT011316280004), para a Biblioteca Pública. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de granito rebocada e pintada; embasamento, cunhais, frisos, molduras dos vãos, cornijas, frontões pilares, sacadas e escadarias em cantaria de granito à vista; pavimento do claustro em lajes de granito; lambril do claustro cem azulejos decorativos; pavimento dos pisos em madeira; azulejo nos sanitários; portas e janelas em madeira; portas e janelas com vidro simples; estrutura da cobertura de madeira revestida a telha. |
Bibliografia
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A Cidade do Porto na Obra do Fotógrafo Alvão 1872:1946, Porto, 1984; ANDRADE, Monteiro de - Plantas Antigas da Cidade. Século XVII e primeira metade do Século XVIII, Porto, 1943; COSTA, Agostinho Rebelo da - Descrição Topográfica da Cidade do Porto, Porto, 1945; MEIRELES, Maria Adelaide - Catálogo dos livros de Plantas, Porto, 1982; PEREIRA, Ana Cristina - Dissertação de Mestrado, MIPA, FAUP, Orientação Cientifica do Prof. Doutor Carlos Alberto Esteves Guimarães, outubro 2007; VELASQUES, Gabriel Pedro - Memórias d'água: fontes, fontanários e chafarizes, Matosinhos, 2001. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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AHCMP |
Intervenção Realizada
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2013 - obras de beneficiação geral da sala Barata Feyo. |
Observações
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EM ESTUDO. A norte do edifício conventual encontrava-se a igreja que foi demolida. |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1994 / Ana Filipe 2012 |
Actualização
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