Capela de Nossa Senhora de Agosto / Capela dos Alfaiates
| IPA.00005528 |
Portugal, Porto, Porto, União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória |
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Arquitectura religiosa, renascentista. Capela de planta rectangular, reconstruída no séc. 20. A proporção da fachada, o corte das nervuras, dos ornatos, dos cruzamentos e das cartelas é renascentista. Trata-se de um imóvel reconstruído na totalidade, após mudança de local. A abóbada desta Capela é considerada um exemplar único do estilo barroco. Retábulo-mor maneirista, de influência serliana. |
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Número IPA Antigo: PT011312140015 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta composta por nave e capela-mor rectangulares, de três frentes. Volumes simples com cobertura em telhado de quatro águas. A fachada principal voltada a poente para o Lg. do Actor Dias constitui um rectangulo ao alto, marcado ao centro pelo portal de entrada, de arco pleno entre colunas estriadas apoiando entablamento encimado por nicho em granito, onde se encaixa a imagem em barro de Nossa Senhora de Agosto. Sobre este, abre-se um grande janelão de cantos recortados. As duas fachadas laterais, apenas com uma pequena janela, são despojadas de qualquer elemento decorativo. O espaço interior da Capela é constituído fundamentalmente por uma grande nave rectangular com um tecto em forma de abóbada abatida em granito. Entre a nave e a capela-mor um arco triunfal pleno, sobre pilastras com altos pedestais e capitéis jónicos. Tecto da capela-mor em abóbada de canhão, apainelada em duas ordens, com rosas entre os caixotões de cantaria. O altar da capela-mor possui um retábulo de talha dourada, constituído por painéis ( oito pinturas em tábua emoldurada ), distribuídos em dois níveis, rematados ao eixo por um frontal. As pinturas representam: "Anunciação", a "Visita dos Reis Magos", "Visita de Santa Isabel", "Natividade", "Jesus entre os Doutores" e "Fuga para o Egipto". Todo este conjunto de feição renascentista julga-se de origem flamenga. Ressalta deste conjunto o nicho em talha de estilo rococó. |
Acessos
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Largo Actor Dias |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 14 425, DG, 1ª série, n.º 228 de 15 outubro 1927 |
Enquadramento
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Urbano, adossada, implantação harmónica. Situa-se no centro histórico do Porto, voltada para o edifício do Governo Civil e adossada ao topo de um quarteirão. Faz esquina entre a R. do Sol e a R. de S. Luís. A fachada principal volta-se para o Lg. do Actor Dias e é precedida por átrio vedado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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MESTRE-DE-OBRAS: Manuel Luís; PINTOR: Abel Moura (1950); Francisco Correia (atr., séc. 16). PINTOR-DOURADOR: João Marques Fortuna (1674). |
Cronologia
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1554 - 1555 - início da construção da Capela no Bairro da Sé, pela irmandade dos Alfaiates, em casas doadas pelo bispo D. Rodrigo Pinheiro; 1559 - ainda não estava concluída; a Irmandade tinha como patrono Santo Homem Bom; Séc. 16, final - pintura do retábulo, atribuível a Francisco Correia; 1674, 13 agosto - douramento do retábulo por João Marques Fortuna, por 200$000; 1932 - a Associação dos Alfaiates Portuenses oferece ao Estado a venda do recheio da Capela; 1934 - a C. M. pretende urbanizar o Largo fronteiro à Sé pelo que propõe a sua reconstrução num outro local; 1936 - apeamento completo da Capela pela DGEMN; 1940 - as obras são suspensas pelo Governo; 1949 - a Câmara oferece-se para efectuar a reconstrução da Capela no actual local; 1951 - projecto de reconstrução da capela apresentado pelos Serviços de Obras Municipais e Habitações Populares da C. M. do Porto ( exigência da DGEMN ); 1953 - reedificação da capela no actual local. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Paredes exteriores em granito rebocadas; Embasamento exterior em granito; Paredes interiores rebocadas com acabamento a estanhado; Tecto da capela-mor em caixotões; Tecto da nave em granito; Portal em granito; Caixilharias de madeira; Pavimento; Guarda do espaço fronteiro à Capela em ferro forjado. |
Bibliografia
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AFONSO, João Ferrão, Manuel Luís - um contributo para o estudo de um mestre pedreiro quinhentista, in MVSEV, 4ª série, nº 6, Porto, 1997, pp. 7 - 45; AZEVEDO, José Correia de, Inventário Artístico Ilustrado de Portugal, Douro Litoral, Lisboa, 1991; Porto: do nome Portugal, Lisboa, 1992; BRANDÃO, Domingos de Pinho, Obra de talha dourada, ensamblagem e pintura na cidade e na Diocese do Porto - Documentação, vol. I (séculos XV a XVI), Porto, Diocese do Porto, 1984; Guia de Portugal, IV, I, 4º vol., Coimbra, 1985; IPPAR, Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, vol. II, Lisboa, 1993; Porto a Património Mundial, Porto, 1993; QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho, Inventário Artístico de Portugal. Cidade do Porto, Lisboa, 1995. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DREMN |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1936 - apeamento completo da Capela; 1940 - as obras são suspensas pelo Governo; 1950 - restauro dos painéis do retábulo pelo pintor Abel Moura; 1951 - projecto de reconstrução da Capela apresentado pelos Serviços de Obras Municipais e Habitações Populares da C. M. do Porto; 1953 - reedificação da Capela no actual local. |
Observações
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A capela existiu originalmente instalada no edifício do antigo celeiro do Cabido. Julga-se que o retábulo, pelas afinidades com o painel da Igreja da Misericórdia do pintor Diogo Teixeira, será atribuído às oficinas do mesmo. Outros painéis são referidos como da autoria de Francisco Correia. Lê-se uma inscrição num friso do portal da entrada que refere a data de 1853 como a da sua reedificação. Alguns autores referem-na como falsa. Localizava-se antes da sua reconstrução em frente á entrada principal da Sé do Porto e a R. que as separava chamava-se de N. Senhora de Agosto. O imóvel conhecido por "Capela dos Alfaiates" deve-se ao facto da Confraria de Nossa Senhora de Agosto e Santo Bom Homem possuir como membros, exclusivamente profissionais da arte de Alfaiataria. |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1994 |
Actualização
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