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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Sinagoga
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Descrição
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Templo de planta composta, formando um rectângulo alongado no sentido O. - E.. Volumes articulados com coberturas diferenciadas planas. Sobre o espaço de entrada e o de celebração uma cúpula. Fachada principal orientada a O. marcada por galilé com um grande arco de volta perfeita onde se insere num plano recuado o portal principal a pleno centro ladeado por dois vãos do mesmo tipo encimados por uma varanda corrida com inscrições e colunata envidraçada. Sobre o arco da galilé, a estrela judia. Sobre o plano da fachada, ao eixo um corpo recuado onde se inserem cinco vãos rectangulares alongados de remate triangular. As fachadas laterais, voltadas a N. e S., são caracterizadas pela marcação volumétrica de cada corpo, e por uma distribuição regular ritmada de aberturas tipo frestas muito alongadas com o mesmo tipo de remate triangular. A fachada posterior, cega e simétrica é constituída por um plano de onde se destacam três volumes salientes de cobertura plana. O interior é marcado por um espaço de entrada, ladeado por duas salas, seguido de um grande hall quadrangular, ladeado nos extremos por duas escadas de patamar e dois lanços de acesso a outro espaço de distribuição. Este hall, relaciona-se com o espaço de celebração quadrangular, com tecto em cúpula, contornado no nível superior por uma varandim onde se dispõem duas filas de cadeiras desniveladas. |
Acessos
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Massarelos, Rua Guerra Junqueiro, n.º 340 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, insere-se numa plataforma elevada vedada que faz gaveto entre a Rua Guerra Junqueiro e a Rua João Martins Branco. Implanta-se numa zona residencial de moradias na zona do Campo Alegre. Para N. desenvolve-se um bairro social, e nas traseiras, um pequeno parque de estacionamento e o Clube de Ténis do Porto. Nas proximidades o muro das traseiras do Cemitério de Agra Monte confronta com a Rua João Martins Branco. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: sinagoga |
Utilização Actual
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Religiosa: sinagoga / Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Privada: Comunidade israelita |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: Almeida Júnior (1929-1937); Augusto Malta (1929-1937). MESTRE: Rogério de Azevedo (1929-1937). |
Cronologia
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1923 - fundação ou surgimento da comunidade judaica no Porto, por iniciativa do capitão Artur Barros Basto; 1929 - início da construção da sinagoga, por iniciativa do capitão, com projeto dos arquitetos Almeida Júnior e Augusto Malta, e colaboração de Rogério de Azevedo, sobretudo no interior; os azulejos do interior são pintados à mão; 1930 - 1935 - o Instituto Teológico Israelita instala-se em regime de internato no edifício, mesmo antes da sua conclusão; 1937 - conclusão da construção da sinagoga, graças a fundos recolhidos junto da comunidade judaica em Londres e através de fundos provenientes da herança da família Kadoorie, judeus iraquianos de origem portuguesa; expulsão do exército do capitão Artur Barros Basto, por participar em circuncisões; 1938 - inauguração da sinagoga, a maior da Península Ibérica e uma das maiores da Europa; 1938 - 1945 - durante a II Guerra Mundial, por aqui passaram centenas de refugiados de origem judaica, em trânsito para os Estados Unidos; 1961 - data da morte de Barros Basto; 2012 - abertura da sinagoga ao público; 2014 - visita de peritos da Agência Judaica, organização não governamental israelita que aprova o cofinanciamento da intervenção de requalificação e reforço da segurança da sinagoga; 2015, 21 maio - abertura do Museu Judaico do Porto ao público; 28 junho - inauguração oficial do Museu Judaico do Porto, com a presença do presidente da Comunidade Israelita do Porto (CIP) e várias personalidades da cultura, ensino e da política |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Paredes exteriores e interiores rebocadas e / ou com lambril de azulejo; Cobertura plana ou em meia calote revestida a tela asfáltica; Caixilharias de ferro e madeira pintadas; Pavimentos em soalho de madeira ou em betonilha com cor; Tectos rebocados. |
Bibliografia
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MANDIM, David - «A maior Sinagoga Ibérica tem as suas portas abertas». In Diário de Notícias. 19 agosto 2015, p. 20; PIRES, Sérgio - «Muro da Sinagoga do Porto já está a ser erguido com ajuda israelita». In Diário de Notícias. 29 janeiro 2015, p. 29; QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho - Inventário Artístico de Portugal: cidade do Porto. Lisboa: 1995; QUEIRÓS, Óscar - «500 convidados na inauguração do Museu Judaico». In Jornal de Notícias. Lisboa: 28 junho 2015, p. 22; O Público. 22 janeiro 1996; "Entrevista com Joshua Ruah". In Patrimónia, Identidade, Ciências Sociais e Fruição Cultural, nº 3 Novembro 1997. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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2015 - elevação do muro de vedação ao longo das fachadas laterais, e colocação de vedação na posterior. |
Observações
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Em Portugal existem três comunidades judaicas organizadas: a de Lisboa, a do Porto e a de Belmonte. O Capitão Barros Basto foi das mais importantes figuras, ligado à formação e constituição de uma comunidade oficial do movimento judeu no Norte de Portugal. Em Portugal existem cerca de seis mil pessoas de confissão judaica. Mekor Haim quer dizer Fonte da Vida. |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1998 |
Actualização
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