|
Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta em U
|
Descrição
|
Planta composta em U integrando capela no ângulo SE., com pátio interior ladeado por muro pelo lado S. dispondo de portal de acesso. Edifícios de função agrícola adossam-se às alas do edifício desenvolvendo-se para o lado oposto à fachada principal. Um muro corre também pelo lado N. cercando espaço de jardim. Volumes articulados no solar e na capela, coberturas diferenciada em quatro, três e duas águas no edifício central, capela e edifícios anexos. Fachada principal orientada a E. flanqueada a S. por capela, sendo as outras duas alas do solar orientadas a N. e S.. Apresenta porta central de verga curva flanqueada por dois pequenos óculos e ladeada por dois vãos gradeados no 1º piso. No 2º rasgam-se seis janelas de guilhotina com molduras recortadas e decoradas com elementos vegetalistas. É rematada por cornija. A capela, cuja separação na fachada é marcada por pilastras encimadas por urnas, tem portal encimado por janela de sacada, com balcão ondulado provido de balaústres graníticos, coroada por pedra de armas. Remata em frontão curvo interrompido sobrepujado por cruz latina ao centro. Toda a fachada recebeu reboco amarelo ocre, hoje bastante danificado, com excepção do embasamento. Para E. orienta-se também o lagar com porta de acesso para a rua. Alçado S.: pano da nave ostentando um vão, rematado por cornija e com arco sineiro muito elaborado. Pano na capela-mor, reentrante, com óculo encimado por janela de guilhotina de moldura decorada ladeado por pequeno vão. Pano de edifício anexo com uma porta e pano S. do lagar. Portal de acesso ao pátio interior encimado por padieira com data inscrita: "1744". Alçado O.: pano correspondente ao lagar e cozinha encimada por imponente chaminé em silhares graníticos rematada por cornija e pináculos nos ângulos. No pano O correspondente à ala N. do edifício, no piso inferior adossam-se construções anexas e no piso superior rasgam-se três janelas, umas das quais geminada e decorada. A fachada N. é rebocada a branco nos primeiros panos e a bege no 3º, com portas e gradeamentos pintados a verde. O 1º pano tem porta térrea, que a diferença de cota do terreno permitiu abrir, flanqueada por pequenos vãos. No registo seguinte rasgam-se cinco vãos, três de maiores dimensões alternando com dois menores, e no último registo três janelas de sacada. No 2º pano abre-se porta térrea encimada por janela no piso superior e no 3º uma janela em cada um dos dois pisos. Remata com cornija. No telhado, uma trapeira abre para este lado. |
Acessos
|
Vilarelhos, núcleo NO. da aldeia |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, ladeado por ruas empedradas. Situa-se num ponto pouco elevado num dos extremos da aldeia. Uma propriedade agrícola, murada, desenvolve-se em frente à fachada principal e a S., do outro lado da estreita rua, ergue-se uma casa. Para as traseiras do edifício estende-se a propriedade fundiária do solar. |
Descrição Complementar
|
Pedra de armas: partido: a primeira pala cortada de Pereira e de Lemos a segunda de Azevedos. |
Utilização Inicial
|
Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
|
Residencial: casa |
Propriedade
|
Privada: pessoa singular |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
Séc. 17 - instituição do morgadio por João de Azevedo Pereira, cavaleiro da Ordem de Cristo, que casou com D. Bernarda Maria Josefa de Almeida Menezes; séc. 18, meados - construção do actual edifício; 1744 - data inscrita sobre o portal; 1800 - nasce o 4.º morgado de Vilarelhos, Francisco António Pereira de Lemos, cuja filha natural herdeira da casa, vem a desposar Camilo Mendonça; séc. 19, finais - provável construção da ala N., na totalidade ou em parte; 1910 - morte do 2º morgado, filho de Camilo Mendonça; 1922 - morte de Camilo Mendonça *3; 1994, 18 outubro - proposto como Monumento Nacional pelo PDM de Alfândega da Fé, DR 241. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Granito, xisto, cimento, madeira, vidro, ferro, telha. |
Bibliografia
|
ALVES, Francisco Manuel, Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança. Os Fidalgos, vol. 6, Bragança, 1981; HIDROPROJECTO, Plano Director Municipal de Alfândega da Fé. Proposta de Plano, vol. 2, AMTQT, 1993; www.progenea.com, 20 Outubro 2006; VILARES, João Baptista, Monografia do Concelho de Alfândega da Fé, Porto, s.d.; |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
Proprietário: séc. 20, década de 90 - obras de restauro nas alas E. e S. do edifício. |
Observações
|
*1 - Integrado no "Complexo de Povoamento 2" proposto como Monumento Nacional pelo PDM de Alfândega da Fé e constituído ainda pela pedra escrita de Redevides em Santa Justa, pelo Castro e pela Necrópole de Nossa Senhora dos Anúncios, pela aldeia de Santa Justa, pelo Castro de Santa Justa e pelo Solar de Santa Justa. *2 - Os proprietários que após partilhas têm vindo a restaurar a casa (alas No. e NE.) residem em Lisboa deslocando-se no entanto com frequência a Vilarelhos. *3 - Sobrinha e também herdeira do 1º morgado foi Dª Antónia de Vasconcelos Pereira de Lemos, casada com Manuel da Costa Pessoa Pinto Cardoso (ALVES, 1981). A capela substituiu a igreja paroquial em alturas em que esta, por obras ou outra impossibilidade, não permitia a celebração do culto. *4 - Um desenho algo ingénuo do brasão é publicado em (ALVES, 1981). |
Autor e Data
|
Alexandra Cerveira 1997 |
Actualização
|
|
|
|