Arraial Ferreira Neto (Armação de Pesca) / Hotel Vila Galé Albacora
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Portugal, Faro, Tavira, União das freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago) |
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Arraial de pesca construído no séc. 20, com projeto do engenheiro José da Sena Lino, composto por habitação, escola, capela, mercearia, armazéns, centro recreativo, serviços administrativos e posto médico, conjugando elementos de arquitetura tradicional com elementos da chamada Casa Portuguesa, como os beirais, varandas e balcões, típicos do racionalismo estado-novista. O Arraial Ferreira Neto substituiu a antiga armação do Medo das Cascas, que já existia desde 1586. A adaptação a unidade hoteleira manteve no essencial a volumetria original embora tenha levado à descaracterização do espaço interno do conjunto, com a construção de novos edifícios, bem como à adulteração total do interior das habitações e das estruturas de apoio ao arraial *9. Com o Arraial do Barril, constitui um dos dois últimos arraiais de pesca do atum cuja estrutura geral ainda se conservam no Algarve. A Casa João da Silva Neto, antiga sede da direção do Arraial, é o edifício mais emblemático do conjunto, pela alta torre que permite grande visibilidade sobre a Ilha de Tavira. |
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Número IPA Antigo: PT050814050016 |
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Registo visualizado 5090 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto arquitetónico Edifício Cinegético e piscatório
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Descrição
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Planta retangular, regular, composta por pavilhões residenciais e industriais, capela, escola, edifício sede, posto médico e cooperativa, limitada por cerca em toda a sua extensão. Volumes articulados, massas dispostas maioritariamente na horizontal, com exceção para a sede (Casa João da Silva Neto), disposta na vertical; com cobertura diferenciada em telhados de quatro águas na maioria dos casos; de duas águas na capela, escola, pavilhão residencial principal no Largo Dr. Sousa Vaz *1 e pavilhões industriais; de três águas e coruchéu na Casa João da Silva Neto. Fachada principal virada a norte com dois torreões idênticos enquadrando a entrada principal do hotel; torreão nascente com janelas de ângulo reto não dispostas harmonicamente no alçado; torreão poente com três janelas em cada registo, abertas simetricamente no alçado; entrada principal ligeiramente retraída em relação às fachadas dos torreões, de um registo e acesso a partir de pequeno lanço de escadas ladeado por canteiros de flores e por acessos em rampa; uma moldura retangular, no prolongamento da fachada dos torreões, precede as três portas principais, ladeadas por outras duas portas de cada lado, todas de verga reta; uma ampla cornija lisa coroa a entrada principal e estabelece a ligação entre os dois torreões. Para nascente deste conjunto, que enquadra a entrada principal, a cerca do Arraial desenvolve-se a meia altura numa massa uniforme, de pilares e embasamento branco com balaustrada, deixando ver por trás as fachadas dos antigos armazéns transformados em habitações. Para poente a cerca é diretamente definida pelo alçado uniforme do grande armazém, transformado em dependências administrativas e de apoio ao hotel, contendo ainda o acesso à garagem subterrânea. Fachada lateral nascente delimitada por cerca idêntica à do lado oriental da fachada principal, com os alçados terminais dos conjuntos habitacionais. Fachada sul com cerca idêntica sensivelmente até meio do Arraial, onde se localiza o portão original de acesso à ria, de volta perfeita e sobrepujado por um frontão curvo, que define o limite das construções originais; para poente do portão, desenvolve-se edifício retangular, uniforme e bastante longo, que se prolonga em ângulo reto pela fachada lateral poente e que engloba os poucos armazéns que se situavam neste espaço do Arraial, hoje identificáveis pelas diferentes coberturas. INTERIOR: segue a divisão original em duas zonas, a habitacional a nascente, e a industrial a poente. Zona habitacional organizada em torno do Largo Dr. Sousa Vaz, espaço quadrangular público onde se construíram os edifícios de apoio ao Arraial e que estabelece a ligação com todas as ruas do conjunto. As R. Patrão Joaquim Lopes *2, a norte, e R. Conselheiro Ferreira de Almeida *3, a sul, fazem a ligação entre o Lg. Dr. Sousa Vaz, onde se encontram os espaços administrativos e os extensos barracões habitacionais, a nascente do arraial; esta zona habitacional multifamiliar integra a parte norte da R. Patrão Joaquim Lopes, a parte sul da R. Conselheiro Ferreira de Almeida, a parte nascente do Lg. Dr. Sousa Vaz e todas as ruas que se desenvolvem daqui até à cerca a nascente do arraial, R. de Sagres, R. José Coelho de Carvalho *4 e R. Manuel Garrocho *5; existem diferenças entre as moradias do primitivo complexo habitacional, determinadas pelo número de efetivos de cada família, variando as casas em número de quartos (dois, três e quatro); os dois extremos do Lg. Dr. Sousa Vaz as moradias têm dois pisos com varanda no segundo piso, outrora destinadas ao professor e médico do arraial. A Zona industrial desenvolve-se a poente de um eixo central norte - sul ligado entre o torreão nascente e a Casa João da Silva Neto: correspondia a um amplo espaço quadrangular livre de construções onde os residentes desenvolviam as suas atividades de apoio e preparação da pesca; hoje está delimitado nas vertentes sul, poente e norte por séries de quartos ligados entre si por um único corredor e possui ao centro uma piscina de forma quadrilobada *6 rodeada de relva; entre a piscina e as dependências de serviços do hotel, a norte, uma esplanada sobrelevada em relação à cota do arraial estabelece a ligação para com o átrio de entrada do hotel, um espaço retangular delimitado pelos dois torreões, com sala de visitas a nascente e balcão de acolhimento, a poente; no piso inferior, ao nível da garagem, construiu-se uma piscina coberta e o ginásio. No antigo espaço da padaria foi instalado o Núcleo Museológico da Pesca do Atum. |
Acessos
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Lugar das Quatro Águas, a c. de 2,5 Km a sudeste de Tavira, junto à foz e na margem esquerda do Rio Gilão. Pela estrada que da Rua Almirante Cândido dos Reis (EM 514) segue para sul na rotunda junto ao Centro Comercial Gran Plaza Tavira, passa junto às estufas e salinas e ao Forte do Rato |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto. n.º 5/2002, DR, 1.ª série, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 / Incluído no Parque Natural da Ria Formosa |
Enquadramento
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Rural, na orla marítima, isolado, no Parque Natural da Ria Formosa. No antigo sapal do Rato, a nascente da foz do Rio Gilão, separado da ilha de Tavira pelo canal de Tavira. Implanta-se numa zona isolada, tendo como imóvel mais próximo o Forte do Rato (v. IPA.00002823), a nascente. Apesar de localizado no Lugar das Quatro Águas, o acesso é feito a oriente do rio Gilão e não a ocidente, como acontece com os restantes edifícios da localidade. |
Descrição Complementar
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CAPELA dedicada a Nossa Senhora do Carmo, de planta retangular, composta por nave única, galilé lateral e sacristia. Volumes articulados, massas dispostas na horizontal com cobertura homogénea em telhado de duas águas Fachada principal orientada, com pequeno soco de cantaria, terminada em empena, coroada por cruz, e rasgada por portal, de arco apontado, de duas arquivoltas, com acesso por dois degraus, e por óculo circular, com quatro eixos decorativos no seguimento da moldura: Fachada lateral esquerda rasgada regularmente por três janelas, de arco apontado e molduras em cantaria. Na lateral direita, existe painel de azulejos, azuis e brancos, com representação de São Gonçalo de Lagos. Num plano recuado, desenvolve-se a galilé, encimado por campanário, no extremo sudoeste, terminado em empena e com ventana em arco de volta perfeita. Tem acesso por arco, de volta perfeita, existindo lateralmente três outros arcos, de volta perfeita, todos protegidos por grades de ferro. No topo da fachada, abre-se na sacristia janela, em arco de volta perfeita. No interior da galilé, com dois degraus de acesso, existe silhar de azulejos policromos e abrem-se duas portas, uma para a capela e outra para a sacristia. Fachada posterior com óculo circular gradeado, em forma de cruz, com o prolongamento do pé da cruz, e uma janela de volta perfeita, na sacristia. INTERIOR com teto em madeira e altar-mor ao centro, no eixo da última janela. ESCOLA de planta retangular simples. A fachada principal surge virada a poente, terminada em empena descentrada, com o mastro da bandeira elevando-se acima da cobertura. É rasgada, no topo norte, por duplo arco, de acesso a átrio, disposto de ângulo, encimado pela inscrição "ESCOLA", pequena gelosia retangular, com decoração em "M", e pequena janela de moldura retangular, protótipo para as restantes do edifício. A fachada lateral norte, delimitada por dois pequenos contrafortes, tem também duplo arco de acesso ao átrio a poente e três janelas simetricamente dispostas na fachada. A fachada lateral direita tem pequeno pátio coberto, de triplo arco, de volta perfeita, e acesso por meio de dois degraus, ladeada por duas janelas, a poente, e pequeno óculo circular a nascente. Na fachada nascente, abre-se janela, no eixo da empena triangular, e possui pequeno corpo retangular avançado a sul, correspondendo às instalações sanitárias, a que se acede através do pátio coberto da fachada sul. INTERIOR: espaço único de sala de aula, com decoração de azulejos alusivos ao processo de aprendizagem do ensino primário. CASA João da Silva Neto de planta quadrangular irregular. Fachada norte, virada para o interior do Arraial, de dois registos e dois corpos; no primeiro registo, corpo poente mais desenvolvido, com duplo arco de acesso a alpendre que protege a porta de acesso ao interior e janela, de arco reto e dupla portada, protótipo de todos os vãos do imóvel; no extremo poente escadaria de dois lanços, de acesso a uma varanda no segundo registo; corpo nascente rasgado por janela axial; no segundo registo, corpo poente com varanda e pano murário ligeiramente retraído em relação ao prolongamento da fachada, com porta e janela; corpo nascente idêntico ao do primeiro registo. A fachada sul, aberta para o exterior do Arraial, igualmente de dois registos com a torre no extremo nascente; primeiro registo com triplo arco de volta perfeita de acesso a alpendre que estabelece a comunicação com o interior do edifício, com porta ao centro e janela a nascente; segundo registo com duas janelas e vão de varanda, simetricamente colocados no eixo dos arcos do primeiro registo; a torre eleva-se acima da cobertura, com moldura de quadrados aspados dispostos na vertical; uma cornija antecede a varanda quadrangular da torre que, a partir daqui, se desenvolve em cubo, com duas janelas em cada fachada, terminando em agulha; fachada lateral E. de dois registos e três corpos; no primeiro registo, corpo norte com a porta reservada à direção e janela; corpo central com porta de arco de volta perfeita de entrada para a torre; corpo sul cego; no segundo registo corpo nascente com duas janelas axialmente dispostas em relação aos vãos do registo inferior; corpo central correspondendo à torre com a sequência de quadrados dispostos verticalmente com decoração aspada; corpo poente, com janela de arco reto e moldura quadrangular, pertence à varanda que se desenvolve do lado sul. Fachada lateral poente de dois registos, abrindo-se no primeiro duplo arco, de volta perfeita, de acesso a alpendre, no extremo sul, e duas janelas, sendo a que se encontra no extremo norte de menores dimensões; o segundo registo segue uma estrutura idêntica, tendo duas janelas no eixo dos arcos do registo inferior. INTERIOR de espaços diferenciados, com várias dependências para albergar o diretor do Arraial e respetiva família. No primeiro piso funciona o restaurante, com espaço amplo e dependências de apoio; no segundo piso, mantendo a estrutura original, tem acesso a partir de norte para um escritório, seguindo-se um corredor que estabelece a ligação com as restantes partes: três quartos e instalações sanitárias. Interior da torre composto por quatro lanços de escada e um quinto lanço em ferro para comunicar com a varanda panorâmica do terceiro piso. COOPERATIVA Dr. António Miguel Galvão *7, adaptada a Museu, corresponde ao torreão nascente: dois pisos, funcionando no primeiro o acolhimento aos visitantes e a sala de exposições permanentes e, no segundo, sala polivalente através da qual se acede à varanda, a sul, e às reservas e ao arquivo, a norte; varanda com grelha retangular de decoração à base de quadrados aspados e decoração em "M", como na Escola e na Casa João da Silva Neto. |
Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Privada: sociedade anónima |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: Fernando Ruivo (2000), Luís António (2000). ENGENHEIRO: José da Sena Lino (1940, década). |
Cronologia
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1897 a 1902 - o conselheiro Ferreira de Almeida é administrador da Companhia de Pescarias do Algarve; 1902 - falecimento Conselheiro Ferreira de Almeida; 1892 - 1935 - o Comendador Ferreira Neto - chefe do Partido Regenerador, Presidente do Município de Faro e Governador Civil do Distrito - é diretor da Companhia de Pescarias do Algarve; 1913, 17 julho - aprovação da Lei n.º 63 que permita à autarquia cobrar um imposto sobre a atividade das armações de atum do concelho e aplicar os fundos em melhoramentos urbanísticos; 1935 - falecimento do comendador Ferreira Neto; 1936 - 1960 - data inscrita na lápide da antiga habitação principal do arraial; 1941, 15 fevereiro - destruição da Armação do Medo das Cascas pelo mar; 1941 - a Direção Hidráulica do Guadiana arrenda à Companhia de Pescarias do Algarve os terrenos onde será construído o arraial; 1942, março - início das obras; 1945, abril - conclusão das obras e inauguração do Arraial Ferreira Neto, que substituiu a antiga armação do Medo das Cascas, ou Armação de Tavira; 1947 - construção da escola; 1947, julho - concessão definitiva do terreno à Companhia de Pescarias do Algarve, pelo Dec. nº 36204; 1949 - construção da capela de Nossa Senhora do Carmo; 1954, 28 julho - sagração da capela; 1971 - última campanha de pesca ao atum a partir do Arraial Ferreira Neto; 1972 - encerramento do Arraial Ferreira Neto; 1975 - aluguer do Arraial Ferreira Neto à Câmara Municipal de Tavira para aí instalar famílias das ex-colónias; 1987, 09 dezembro - o Arraial Ferreira Neto é integrado no Parque Natural da Ria Formosa, pelo Dec. nº 373/87; 1990 - primeiro projeto de reconversão do Arraial Ferreira Neto, da autoria dos arquitetos José Lamas e Carlos Duarte *8; 1994, janeiro - desocupação total do Arraial Ferreira Neto por parte das famílias retornadas das ex-colónias; 1997 - compra do Arraial Ferreira Neto pela Vila Galé S.A.; 1999 - abertura da estrada de acesso ao Arraial Ferreira Neto; 2000, janeiro - projeto de arquitetura do Hotel Albacora, dos arquitetos Fernando Ruivo e Luís António; 2001 - regularização e pavimentação da estrada de acesso ao Arraial Ferreira Neto; 2001, 07 março - Prémio "Melhor Empreendimento do Ano" na Categoria de Recuperação do Património, atribuído pela Revista Imobiliário. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria, rebocada e caiada; betão; ladrilho de barro; tijolo; pedra argamassada; ferro; madeira de pinho; vidro; alumínio; alcatifas; borracha; acrílico. |
Bibliografia
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AANICA, Arnaldo Casimiro, Tavira e o seu Termo - Memorando histórico. Tavira: Câmara Municipal de Tavira, 1993; COSTA, Fausto - A pesca do atum nas armações da costa algarvia. Lisboa: Bizâncio, 2000; ENCARNAÇÃO, Carla Susana Aguiar, SERPA, Catarina Santos - Arraial Ferreira Neto. texto policopiado, 1998; FRANCO, Mário Lyster - A Pesca do Atum na Costa do Algarve: Achegas para a sua História. Separata Correio do Sul. Faro: s.n., 1947; GOLD, Volker, HAMOND-NORDEN, Henning - Tavira, Landsberg am Lech. Edition Luso-Licca, 1999; JORGE, Elsa - A pesca do atum em Portugal. pg.on-line, 2000; LAMAS, José - Arraial Ferreira Neto. Programa de reanimação. Plano de restauro e de gestão. Lisboa: Secretaria de Estado do Ambiente, 1990; LOPES, Marco - Pólo museológico Arraial Ferreira Neto - Relatório de Investigação. Tavira: texto policopiado do Gabinete de Museologia da Câmara Municipal de Tavira, 2000; SANTOS, Luís Filipe Rosa - A Pesca do Atum no Algarve. Loulé: Tipografia Comercial, 1989; SCHMIDT, Luísa - «Formosa e maltratada». In Expresso - Revista. 06 maio de 2000; SILVA, Francisco F. - «Arraial dá lugar a hotel». In Expresso - Economia & Negócios. 24 abril 1999; Almadrava Atuneira, RTP. 1968, Hélder Mendes, https://www.youtube.com/watch?v=U6AWwLbkz8w |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DSID; CMT; IPPAR; VG.S.A. |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID, SIPA; CMT; IPPAR; VG.S.A. |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DSID; CMT; IPPAR; VG.S.A. |
Intervenção Realizada
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1999 / 2000 - obras de adaptação a unidade hoteleira. |
Observações
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*1 - Sousa Vaz foi um dos principais promotores da construção do novo arraial. *2- Joaquim Lopes foi um pescador célebre do Algarve, que salvou muitos náufragos. *3 - O Conselheiro Ferreira de Almeida foi Ministro da Marinha, conservando-se em Faro a casa onde nasceu, o Palacete Ferreira de Almeida (v. IPA.00004530). *4 - José Coelho de Carvalho foi um dos fundadores da Companhia de Pescarias do Algarve em 1835. *5 - Manuel Garrocho, pescador algarvio, foi em 1808 anunciar a D. João VI a restauração de Olhão do domínio francês. *6 - No primeiro projeto da Vila Galé a piscina adotava a forma de atum, intenção posteriormente alterada. *7 - Serviu inicialmente de ponto de venda de bens essenciais, no piso térreo, e de casa de convívio (clube ou casa do companheiro), no andar superior. *8 - O projeto dos arquitetos José Lamas e Carlos Duarte previa uma adulteração dos espaços internos e envolvente do arraial muito maior do que se veria a concretizar. Segundo o projeto, a zona industrial seria completamente adulterada pela construção de um cais e demais edifícios; a fachada norte perderia toda a sua linearidade com a construção do Museu; na zona habitacional o antigo posto médico seria destruído e a escola convertida em bar-esplanada; na zona envolvente a nascente estava prevista a construção de campos de ténis com bancadas, enquanto a sul, uma piscina e um bar, bem como um restaurante em pleno canal, com acesso a partir do hotel através de um passadiço. *9 - A planta primitiva do conjunto era composta por um largo central onde se localizavam a igreja, escola, duas cisternas e diversos quarteirões com uma, duas seis, oito e dez habitações cada; existiam ainda três balneários, uma fonte, uma mercearia-café, estruturados em seis eixos viários: três no sentido norte - sul e três no sentido nascente - poente; o edifício dos balneários era de planta retangular simples, com cobertura em telhado de quatro águas e com fachada principal rasgada por quatro vãos emoldurados de massa, duas portas e duas frestas; as habitações tinham maioritariamente um único piso com coberturas de telhado de quatro águas; a habitação principal, localizada à entrada do arraial, tinha dois pisos e torreão com cobertura em telhados de quatro águas. *10 - Incluído em REN e domínio público marítimo. *11 - A atual unidade hoteleira, no espaço que antigamente era da padaria, disponibiliza um Núcleo Museológico da Pesca do Atum cujo acervo é composto por modelos, fotografias, manequins, documentos vários e apetrechos utilizados na faina e no trabalho na Armação. É ainda disponibilizada a visualização do filme documentário de Hélder Mendes "Almadrava", relativo à pesca do atum e ao Arraial Ferreira Neto, também acessível em https://www.youtube.com/watch?v=U6AWwLbkz8w, documentário transmitido no programa Bombordo, da RTP2. |
Autor e Data
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Francisco Lameira 1997 / Paulo Fernandes 2001 |
Actualização
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João Almeida (Contribuinte externo) 2020 |
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