Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde
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Portugal, Viseu, Mangualde, União das freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta |
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Igreja da Misericórdia, maneirista e barroca de planta retangular, composta por nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, interiormente iluminada axial e unilateralmente e com tectos de madeira, tendo adossado à fachada lateral direita varanda alpendrada, sacristia sobreposta pela casa do Despacho, torre sineira e demais dependências. Fachada principal terminada em friso e cornija, encimado por espaldar recortado e volutado, rasgada por três eixos de vãos: o central, influenciado pela tratadística de Vignola, composto por portal, de verga recta reta, encimado por janela de sacada, também retilínea, ladeada por aletas volutadas e sobrepujada por óculo recortado no espaldar, e os laterais compostos por janelas rectangulares, encimadas por nicho, concheado e com mísula para imaginária, encimados por frontão de volutas interrompido. Todos os vãos desta fachada possuem as molduras estriadas, as janelas com os ângulos salientes, encimadas por friso com fresta de arejamento e cornija; os nichos com imaginária seguem o mesmo modelo dos da Igreja de Santar. Fachada lateral esquerda com a nave rasgada por porta travessa rectilínea, com friso e cornija, encimada por janela de capialaço e a capela-mor com uma outra janela igual. Fachada lateral direita tendo adossado corpo maciço, onde se abre vão em asa de cesto e porta travessa da nave, encimado por varanda alpendrada, com guarda em balaustrada de cantaria, onde assentam colunas toscanas que suportam arquitrave e alpendre; perpendicularmente dispõe-se corpo de dois pisos, rasgado regularmente por vãos rectilíneos, e três panos, o intermédio correspondendo à torre sineira. No interior da igreja, as paredes apresentam azulejos barrocos de composição figurativa alusiva a algumas obras corporais da Misericórdia, na nave, e a simbologia mariana, na capela-mor. Todos os vãos e elementos de cantaria apresentam pintura a marmoreado fingido, executada provavelmente no séc. 19, sendo os primeiros encimados a sanefas de lambrequins, em talha joanina. O tecto da nave tem pintura em joanino tardio, com iconografia mariana, temática predominante também no tecto da capela-mor, mas este joanino e com caixotões facetados contendo telas pintadas, essencialmente, com cenas da vida da Virgem. A nave tem coro-alto, de madeira, acedido pela varanda alpendrada, apresenta perfil contracurvado, tendo órgão revivalista neobarroco, proveniente do antigo Convento de Orgens, foi reformado no séc. 19, tendo consola com friso vegetalista; o facto do estar pintado de branco aproxima-o mais da estética neoclássica. O púlpito é acedido por escada rasgada no interior da caixa murária, possuindo vão confrontante com confessionário embutido, tendo bacia rectangular e guarda plena de talha dourada rococó. No lado do Evangelho, duas capelas laterais com retábulos de corpo côncavo, em barroco joanino e arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras almofadadas. Capela-mor com tribuna lateral, de vão rectilíneo com guarda em balaustrada, comunicando com a sala do Despacho, e retábulo-mor de talha dourada de planta recta e três eixos, em barroco joanino, com grande profusão de elementos decorativos no remate, base da tribuna e almofadas das portas, com talhe de boa qualidade. O painel da Visitação do retábulo-mor é uma das primeiras obras capitais do pintor António José Pereira. Estruturalmente, a igreja foi profundamente influenciada pela Igreja da Misericórdia de Santar, construída cerca de 100 anos antes (v. PT021809040006), sobretudo a nível da fachada principal e lateral direita. Sacristia com tecto plano pintado com concheados rococós. |
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Número IPA Antigo: PT021806100005 |
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Registo visualizado 1307 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Edifício de Confraria / Irmandade Edifício, igreja e hospital Misericórdia
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Descrição
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Planta em L, formada pela igreja longitudinal, composta por nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, tendo adossado à fachada lateral direita varanda alpendrada, disposta paralelamente, e por corpo rectangular perpendicular, composto pela sacristia, sobreposta pela casa do Despacho, torre sineira e casa das tumbas e demais dependências da Misericórdia. Volumes articulados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja, de quatro nas outras dependências e em coruchéu na torre sineira. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento de cantaria, pilastras toscanas nos cunhais, as da igreja coroadas por pináculos arredondados, e as das dependências de dois pisos, terminadas em friso e cornija, sobreposta por beirada simples. Fachada principal virada a N., com a igreja terminada em friso e cornija, encimado por espaldar recortado e volutado, vasado por óculo ovalado, moldurado e gradeado, rematado por cornija recta, coroada por cruz latina de cantaria, com chanfro e terminada em botão, sobre acrotério, ladeado por pináculos piramidais com bola. Portal de verga recta, de moldura inscrita, enquadrado por pilastras almofadadas, encimado por duplo friso, entre duas mísulas volutadas, que sustentam janela de sacada superior, igualmente de verga recta moldurada, sobrepujada por pequena cornija, e ladeada de aletas relevadas; a janela possui ainda guarda em ferro. Ladeiam o portal duas janelas rectangulares, de molduras almofadadas, com cornija e ligeiro recorte lateral, encimadas por dois nichos em arco festonado, interiormente concheado e albergando as imagens pétreas de São Cosme e São Damião, assentes em mísulas fitomórficas integradas em pano de cantaria, e sendo enquadrado por pilastras toscanas, almofadadas, que sustentam duplo friso e frontão de volutas interrompido por pinha; as pilastras dos nichos assentam em cornija e pano de cantaria formando fresta de arejamento. Fachada lateral esquerda com a nave rasgada por porta travessa, de verga recta terminada em cornija, encimada por friso, com fresta de arejamento, e cornija recta, sobrepujada por janela rectangular de capialço, e a capela-mor por uma janela semelhante. À fachada lateral direita da igreja adossa-se, sensivelmente recuado, corpo maciço rectangular, encimado por varanda alpendrada, assente em sete colunelos toscanos, sobre altos plintos paralelepipédicos, que intercalam guarda em balaústres de cantaria, sendo acedido por escada de dois lanços com patim intermédio, com guarda plena de cantaria, de corrimão volutado. No alinhamento dos plintos, o corpo maciço é ritmado por pilastras e, a meio, é rasgado por vão, em arco de asa de cesto, sobre pilastras, ao fundo do qual existe porta travessa para a igreja, de verga recta terminada em cornija. Ao nível da varanda, abre-se porta de verga recta de acesso ao coro-alto e, a meio, uma outra de ligação ao coreto do órgão. Corpo das dependências de três panos, definidos por pilastras toscanas, o esquerdo rasgado por porta de verga recta acedendo directamente à sala do Despacho, e por uma porta de verga recta sobre impostas salientes encimada por janela de peitoril, com caixilharia de guilhotina; o intermédio corresponde à torre sineira, de três registos separados por friso e cornija, o primeiro rasgado por duas janelas de peitoril iguais sobrepostas, o segundo por uma outra e o último por sineira em arco de volta perfeita, sobre pilastras, albergando sino; sobre o remate, possui balaustrada de cantaria com plintos paralelepipédicos nos cunhais, coroados por pináculos pontiagudos. O pano direito é rasgado no piso térreo por porta de verga recta entre duas janelas de peitoril rectangulares, e, no segundo, por tês janelas de peitoril rectilíneas, com caixilharia de guilhotina. A fachada lateral direita deste corpo é cego e tem cobertura encimada por chaminé. Fachada posterior de três panos, o direito correspondendo à capela-mor, cega e terminada em empena; o intermédio correspondente à sacristia, rasgada por duas janelas de peitoril quadrangulares, molduradas, a inferior gradeada e a superior com caixilharia de guilhotina; o pano esquerdo, mais largo, é rasgado no piso térreo por duas portas de verga recta, uma delas de acesso à loja de artesanato, e no segundo por quatro janelas de peitoril, com caixilharia de guilhotina, e um óculo circular com moldura de capialço. INTERIOR da nave com pavimento em lajes de granito, numeradas, paredes rebocadas e pintadas de branco, e com silhar de azulejos, monocromos azuis sobre fundo branco, com painéis de composição figurativa e guarnição formada por elementos arquitectónicos e anjos, coroados por pináculos de cogulhos, também de azulejos, e de bordo recortado. Os elementos de cantaria e os vãos apresentam as molduras pintadas a marmoreados fingidos, de cor verde, sendo as portas encimadas por painéis de azulejos com fragmentos de cornijas, anjos e elementos fitomórficos, e as janelas encimadas por sanefas com lambrequins recortados. Coro-alto de madeira, de perfil recortado, com guarda em balaustrada e finos acrotérios na zona nos recortes, pintada a marmoreados fingidos a bege e rosa, assente em cornija, sendo acedido por porta no lado da Epístola. No sub-coro, possui tecto pintado de verde, formando apainelados; integra ao centro guarda-vento, de madeira, com porta em arco de volta perfeita, encimada por cartela oval e festão, com almofadas decoradas com caneluras sobrepostas por florões e, no topo, por acantos, e encimado por amplo resplendor. No lado do Evangelho possui, a seguir à porta travessa, púlpito de bacia rectangular, em cantaria, pintada a marmoreado fingido a verde, assente em mísula ornada de acantos, com guarda plena em talha dourada, decorada de concheados e elementos fitomórficos, tendo a meio cartela de concheados com querubins envolvendo um coração inflamado; é acedido por porta de verga recta, através de escada desenvolvida no interior da caixa murária. No lado da Epístola, possui, porta travessa ladeada, à direita, por pia de água benta, gomeada, e um confessionário embutido; ao nível do coro e junto ao mesmo, grande órgão, colocado em coreto assente em mísula. No topo da nave, surgem duas capelas retabulares de talha dourada e estrutura semelhante, o do lado do Evangelho dedicado a Santa Bárbara e o oposto a São Bartolomeu. Lateralmente, possuem, na parede que enquadra o arco triunfal, integrados nos painéis de azulejos, nichos de alfaias, de perfil curvo e interiormente concheados, igualmente pintados a marmoreados fingidos; são encimados por amplos concheados recortados em cantaria. Arco triunfal de volta perfeita, sobre pilastras almofadadas, pintado a marmoreado fingido, a rosa e a verde, e com teia de ferro. A nave é coberta por tecto de madeira, de perfil curvo, pintado com quadraturas, compostas por quarteirões, colunas de fuste liso suportando arcos quebrados e de fuste torço, com espira fitomórfica, elementos vegetalistas, anjos segurando concheados sobrepostos e festões, ladeando imagem das Virtudes Cardiais (Fé, Esperança e Caridade) a que se acrescentou a Igreja, e cartelas com símbolos marianos; ao centro tem cartela com Assunção da Virgem, sobre glória de anjos e envolvida por glória de querubins. O tecto assenta em cornija de madeira, pintada a marmoreados fingidos. Capela-mor com silhar de azulejos monocromo azul sobre fundo branco, com painéis recortados representando símbolos marianos: jardim cercado, no lado do Evangelho, e porta, árvore e palmeira no lado da Epístola; o primeiro é sobreposto pelo brasão de Simão Pais do Amaral e o oposto por lápide inscrita. No lado do Evangelho, o painel de azulejos é encimado por painel pintado, com representação da Visitação, sobreposto por sanefa com lambrequim, ladeado por janela rectangular. No lado da Epístola abre-se porta de acesso à sacristia e, superiormente, tribuna rectangular, de ligação à sala do Despacho, com portadas de madeira, guarda em balaustrada e sanefa com lambrequim recortado, ambos em talha dourada; o painel pintado, janela e a tribuna são ladeados por apainelados de talha dourada, decorados por cartelas recortadas de concheados. Sobre supedâneo acedido por dois degraus centrais, surge o retábulo-mor de talha dourada de planta recta e três eixos, definidos por quatro colunas salomónicas, com zona superior envolvida por espira fitomórfica, assentes em consolas sobre plintos paralelepipédicos, com almofada em losango, e de capitéis coríntios; ao centro abre-se tribuna em arco, definida por volutas e cornija com lambrequim recortado, e falsos drapeados a abrir em boca de cena, interiormente com apainelados de talha, possuindo no topo friso de acantos, e albergando trono expositivo de vários degraus, rectilíneos e galbados, ornados de acantos; nos eixos laterais existem nichos albergando imaginária assente em mísulas e sob baldaquinos com lambrequins; ático adaptado ao perfil da cobertura, decorado com anjos de vulto, alguns segurando festões, fragmentos de cornijas, e cartela central recortada; banco de apainelados de acantos enrolados e sotobanco integrando as portas de acesso à tribuna. Altar paralelepipédico, com frontal de talha dourada decorado de acantos. A capela-mor é coberta por tecto de madeira, formando 15 caixotões recortados, pintados com cenas da Vida da Virgem e de Cristo, intercalados por florões; o tecto assenta em e entablamento de talha dourada. Sacristia com arcaz na parede S., encimado por janela; lateralmente possui armário embutido rectangular, lavabo com bacia ovalada exteriormente gomeada, encimado por cartela oval com motivo vegetalista, e reservatório rectangular côncovo. Tem tecto plano, de madeira, formando apainelados, pintados de branco, com cartelas recortadas envoltas em concheados e elementos fitomórficos. Junto à escada da torre, possui uma outra de acesso à sala do Despacho. As salas do segundo piso têm pavimento em soalho de madeira e janelas conversadeiras; a sala do Despacho tem à esquerda amplo vão da tribuna, em arco abatido, de comunicação com a capela-mor. |
Acessos
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Rua do Colégio, Largo da Misericórdia, Rua Albertino de Macedo. WGS84: 40º36'19.81''N., 7º45'54.44''O. |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 *1 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no centro histórico, adaptado ao declive do terreno, circundado por arruamentos. As dependências da Misericórdia possuem frontalmente logradouro, rebaixado relativamente ao nível da estrada circundante, protegido por murete e gradeamento de ferro, ritmado por plintos paralelepipédicos, com quatro canteiros arelvados, enquadrando fonte com tanque circular e, um outro de flores e banco de pedra; o logradouro tem acesso frontalmente, para a escada, e lateralmente, por portões de ferro. Em frente da Misericórdia, existe espaço ajardinado e com estacionamento automóvel. A E. ergue-se o antigo Colégio de São José (hoje instalações da Associação Nacional de Professores). |
Descrição Complementar
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A verga do portal axial da igreja tem a seguinte inscrição, em duas regras: SIMÃO PAES DE AMARAL MANDOU FAZER ESTA MISERICORDIA ANNO DE 1724.Os painéis de azulejos representam: do lado do Evangelho O Milagre da Multiplicação dos pães e dos peixes e no da Epístola as Bodas de Caná e, na cartela do topo, São Martinho dividindo a capa com o pobre; sob o coro o painel representa Mitra e báculo. Grande órgão, colocado em coreto assente em mísula, decorada com cartela oval contendo instrumentos musicais, e guarda em balaustrada, para onde abre a porta de acesso ao mecanismo do órgão e casa dos foles. O órgão é composto por caixa em talha, pintada de branco, com castelo central proeminente, rematado por festão e cartela oval com as armas nacionais, e dois nichos laterais, divididos por pilastras, as exteriores rematadas por urnas; o castelo desenvolve-se em semicírculo e todos apresentam gelosias vasadas por elementos fitomórficos; as flautas e palhetas encontram-se desaparecidas na sua maioria e possui consola em janela ladeada pelos botões dos registos e envolvida por friso fitomórfico. Capelas retabulares laterais, com arco em volta perfeita sobre pilastras, revestidas a talha dourada, decorado com elementos fitomórficos, tendo no fecho cartela recortada com insígnia do seu orago, segura por dois anjos de vulto que seguram igualmente coronel; nos seguintes do arco surgem anjos atlantes e festão, sendo encimadas por entablamento rematado em espaldar recortado, com cartela central, envolvida por elementos fitomórficos; alberga retábulo de corpo côncavo, definido por duas colunas com espira fitomórfica e por quarteirões, assentes em mísulas volutadas e com capitéis coríntios; ático constituído por volutas, fragmentos de cornijas e lambrequim recortado, de onde pendem reposteiros; ao centro possui nicho, interiormente albergando imaginária sobre mísula. Altares paralelepipédicos, com frontais revestidos a painéis de azulejos, monocromos azuis e brancos, com quarteirões enquadrando painel recortado com representação de da Flagelação de Cristo (Evangelho) e Jesus orando no horto (Epístola). O painel de azulejos da capela-mor, do lado do Evangelho é sobreposto por lápide rectangular com brasão de Simão de Pais do Amaral, de escudo partido, tendo no I de prata, com nove lisonjas de veirado azul e de vermelho, apontadas e firmadas nos bordos do escudo, e no II de ouro, com seis crescentes investidos de azul; é encimado por elmo e paquife. O painel do lado da Epístola é sobreposto por lápide rectangular, com escudo envolto em paquife, tendo no campo a inscrição, em 9 regras: SIMÃO PAES DE AMARAL FIDALGO DE EL REI MANDOV FAZER À SVA CUSTA ESTA CAPELA MOR E A DOTOV E FES A MAIOR PARTE DAS DESPEZAS DESTA IGREJA ANO DE 1724. Os painéis pintados do tecto da capela-mor apresentam as seguintes representações: Anunciação a Santa Ana, Imaculada Conceição, Nascimento da Virgem, Apresentação da Virgem no Templo, Casamento da Virgem, Anunciação à Virgem, Pagamento de impostos a Roma, Natividade, Fuga para o Egipto, Jesus entre os doutores, Morte de São José, Cristo e Madalena, Nossa Senhora da Piedade, Enterro de Cristo, Nossa Senhora da Saudade. Entre as lápides brasonadas da igreja constam a de Balio Frei Bernardo Pais de Castelo Branco e, ao lado, a do seu irmão Bento Pais de Amaral, fidalgo da casa de el-rei, mestre escola da Sé de Viseu e inquisidor apostólico na Inquisição de Coimbra. |
Utilização Inicial
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Religiosa: edifício de confraria / irmandade |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Propriedade
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Privada: Misericórdia |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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CARPINTEIRO: António Loureiro (1878), Domingos da Costa (1734), Domingos Vieira Coutinho (1743 / 1747, entre), Francisco da Silva (séc. 18), José Cubos (1878), Manuel António (1878), Manuel de Araújo (1730), Manuel Fonseca (1760 / 1761). DOURADOR: Lourenço de Sousa (1746 / 1748, entre), Silvestre Fonseca (1857). ENTALHADOR: José da Fonseca (atri., 1760 / 1761), Luís Pereira da Costa (1729). ENSAMBLADOR: António José dos Santos (1852 / 1858), Domingos Vieira Coutinho (1734), António José dos Santos (1858). ESCULTORES: António de Campos (1735), Custódio de Sousa (1730), José Dias (1730), José Lopes Grilo (1865 / 1866). OURIVES: Domingos Ferreira (1735). PEDREIROS: António Lourenço (1845), António Rodrigues (1721), António Roiz (1721), Domingos Lourenço Eiras (1732), Domingos Meira (1725), José Duarte Pereira (1845), João Martins (1721), Pascoal Gonçalves Guerreiro (1721). PINTOR: Almeida e Silva (1896), António José Pereira (1880), João Pinto (1735), Miguel Mercieca (1850). PINTOR-DOURADOR: Francisco de Sousa Peixoto (1730, década), José de Miranda Pereira (1736 / 1738). PROJECTISTA: Gaspar Ferreira (1721). RELEJOEIRO: Camilo Vellasco (1885), Francisco António Marques (1837), José Maria Gonçalves (1878). SIRGUEIRO: João Coelho (1748). |
Cronologia
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1613, 16 Março - alvará de D. Filipe II criando a Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia de Mangualde; a Irmandade instala-se inicialmente na ermida de Nossa Senhora do Castelo, mas devido aos incómodos causados pela distância, foi transferida para a Igreja Matriz de São Julião; 1679, 30 Outubro - renovação e confirmação dos estatutos da Misericórdia por D. Pedro II, enquanto ainda príncipe regente; 1712 - o Padre Carvalho da Costa não refere a Misericórdia; 1720 - os irmãos da Misericórdia, impulsionados pelo provedor, Simão Pais do Amaral, fidalgo da casa de Sua Majestade, Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo e capitão-mor do concelho, pediram a D. João V a importância de 200$000, guardada no cofre dos órgãos do concelho, - "que se não sabia a quem pertencia" - para se erigir uma Casa da Misericórdia; 6 Maio - provisão régia concedendo autorização para construção da Misericórdia; 1721 - Gaspar Ferreira, arquitecto e entalhador de Coimbra, faz as plantas da obra de pedraria da igreja e anexos da Misericórdia, por uma moeda de ouro de 4$800; 20 Julho - escritura para execução da obra de pedraria da igreja, com sacristia encimada pela casa da tribuna e do despacho, pelo pedreiro Pascoal Gonçalves Guerreiro, de Lanheses (Caminha), juntamente com João Martins, António Rodrigues e António Roiz, do lugar de Cortinhas, freguesia do Sopo, feita nas casas de Simão Pais do Amaral; não deviam fazer a casa das tumbas e a que se havia de fazer por cima, apesar de se "achar na dita planta"; ajustaram o preço de 890$000, que se daria conforme o andamento da obra, que se deveria concluir até o dia de Páscoa de 1723; o Provedor ficava obrigado a mandar abrir os alicerces, mandar fazer o carreto de pedra e barro, a dar as madeiras e cal para a obra; pagaria ainda as grades de ferro para as janelas e forneceria casa para os mestres durante as obras; 25 Setembro - lançamento da primeira pedra; 1722 - D. João V dá todas as licenças necessárias para a construção; 1723 - adjudicação das obras de carpintaria a Manuel da Fonseca; 1724, cerca - execução dos azulejos da capela-mor, em Coimbra; 1724 - Simão Pais do Amaral doa à Irmandade da Misericórdia a igreja e suas dependências; 15 Agosto - dedicação da nova igreja da Misericórdia pelo vigário Manuel Marques Lobo, sendo a missa rezada pelo Abade de Maceira Dão; 24 Agosto - transferência de imagem de São Bartolomeu da sua antiga capela situada acima do Relógio Velho, no Outeiro e hoje desaparecida, para o retábulo de São Bartolomeu na Misericórdia; 1725 - trabalhava na obra da igreja o pedreiro minhoto, Domingos Meira, tendo feito, pelo menos a porta da sacristia para a torre; data do Compromisso da Misericórdia; 1728, 28 Dezembro - dedicação do altar do lado do Evangelho a Santa Bárbara, com missa cantada e sermão por impulso dos mordomos Simão de Chaves e Albuquerque e José de Almeida; 1729, Novembro - execução dos retábulos laterais da nave e do retábulo-mor pelo mestre entalhador Luís Pereira da Costa; 1730, anterior - chega de Roma o painel da Visitação para o retábulo-mor, o qual custou (incluindo o caixilho, molduras e sanefa) 48$740; 1730 - Manuel de Araújo, carpinteiro, recebe 3$750 pela execução do lampadário e credências da capela-mor, cujo risco era de Luís Pereira da Costa, da cidade do Porto; o escultor Custódio de Sousa, morador no Porto, executou as imagens de madeira de São João Baptista, por 13$980, que deu por devoção o filho do Provedor Simão Pais do Amaral, Bernardo Pais Castelo Branco, Cavaleiro da Ordem de Malta, a de Santa Bárbara, por 18$180, a de São Simão, por 12$300, e a de São Bartolomeu, por 16$260; o escultor José Dias limpou as imagens de São João Baptista, Santa Bárbara, São Simão e São Bartolomeu, pelo que recebeu o total de 29$305; a antiga imagem de São Bartolomeu vendida por cerca 14 tostões a José Rebelo Castelo Branco que a levou para a sua capela de Nossa Senhora do Desterro, no Rossio; 1731, Julho - conclusão dos retábulos durante a primeira semana; 1732 - o mestre pedreiro Domingos Lourenço Eiras, morador na freguesia de Lanhelas, Caminha, recebeu 659$000 pela obra de pedraria da torre, casas do capelão-mor e das tumbas, a varanda da casa do Despacho e suas escadas, o ladrilho da sacristia e a nova fresta desta que se abriu para a rua; 1734, Maio - Manuel Caetano concorre para a obra de madeiramento das "Casa da Misericórdia", com um lance de 170$000, mas não foi aceite; nova arrematação tendo sido entregue ao carpinteiro Domingos da Costa, morador na Aldeia dos Paços, concelho de Penalva do Castelo, por 160$000; segundo um parecer anterior do mesmo mestre, as coberturas da nave e capela-mor seriam feitas em falsa abóbada, de madeira de castanho; a da nave dividida em 8 painéis e a da capela-mor em 5, surgindo ainda apainelados nas paredes das mesmas; estipulava-se ainda a cobertura da casa do Despacho, que seria "forrada de escama como a igreja", as portas da igreja, os armários e janelas ou portas da tribuna; 25 Junho - Domingos Vieira Coutinho, ensamblador, residente em Viseu, obrigou-se a aprontar, até ao dia de Todos os Santos, a obra dos madeiramentos das Casas da Misericórdia, por 159$000, pagos por Simão Pais do Amaral, "por cuja conta corre a dita obra"; a obra terá 7 portas, 4 ao nível térreo, entrando a que vai da torre para a sacristia, e 3 ao nível do sobrado, 1 do patim para a torre e duas na casa do capelão, entrando a de taipa para a cozinha; as casas do capelão teriam uma divisão de taipa a dividir a cozinha da alcova; na loja das tumbas far-se-iam 3 "dormentes" de castanho; nas casas haverá duas frestas e em cima duas janelas de peitoril; 1735, 25 Setembro - segundo conta apresentada pelo Pe. Rodrigo Homem, do Colégio da Companhia de Jesus, de Braga, o escultor António de Campos fez a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia, por 12$000; o pintor João Pinto, de Braga, pintou-a por 12$000, e colocou-lhe uma renda por 2$000; o ourives Domingos Ferreira, morador em Braga, recebeu do mesmo 93$000 pela execução das coroas e diadema para a mesma imagem e para a da Senhora da Conceição, do Recolhimento de Mangualde; 1736 - provisão de D. João V de 20$000 da Comenda para as obras; 1736 / 1737 - contrato com o pintor-dourador José de Miranda Pereira para estofar e dourar imagens de São Simão, São João Baptista, Santa Bárbara e São Bartolomeu; séc. 18, década de 30 - o pintor e dourador Francisco de Sousa Peixoto, natural do Porto, recebeu do Provedor Simão Pais do Amaral 640$000 "por dourar o retábulo-mor e tudo o mais que há do arco para cima"; 1739, 31 Janeiro - altar privilegiado por Breve apostólico do Bispo Clemente XIII, dado em Roma, em Santa Maria Maior; 1743 / 1747, entre - o carpinteiro Domingos Vieira Coutinho faz o forro do corpo da nave e os caixões e o forro da sacristia e outras pequenas obras, tendo-se despendido 12$800 com a madeira dos caixotões para a sacristia, 25$090 com o forro da mesma, 1$720 com os oficiais de carpinteiro que pregaram as ferragens nos caixotões, conserto dos esquifes e retalhar os telhados, 23$520 com o forro do corpo da nave, que veio de Leiria (21 dúzias de tabuado), mais 72$800 no fim da obra; 1745 - feitura das "ferragens de bronze douradas de ouro moído", feitas em Lisboa por 80$000; 1746 - execução dos azulejos da nave, em Coimbra, tendo sido transportado pelo rio Mondego até à foz; 1746 / 1748, entre - douramento dos retábulos colaterais de Santa Bárbara e São Bartolomeu, pelo dourador Lourenço de Sousa, por 38$400 e 75$000, respectivamente; 1748 - o sirgueiro João Coelho recebeu 1$140 pelo "conserto dos papagaios e retrós para eles"; 1760 / 1761 - execução do púlpito e da talha da face posterior do arco triunfal, provavelmente pelo mestre entalhador e imaginário José da Fonseca, sendo então Provedor Miguel Pais do Amaral; feitura das grades do antigo púlpito e do coro pelo carpinteiro Manuel Fonseca, do Lugar das Lajes, recebendo de uma só vez 347$200, do Provedor Simão Pais do Amaral, "pela obra das madeiras da Misericórdia"; 1775 - D. Teresa Josefa da Conceição, ou D. Teresa Josefa de Castelo Branco, filha legitimada do provedor Simão Pais deixou à imagem de São João um legado de 48$000 a juro com a obrigação de uma missa contada "com dalmáticas" em louvor do mesmo, a celebrar anualmente no seu 24 Junho; séc. 18 - Francisco da Silva, carpinteiro, trabalhou com o "alimpador" na obra do lampadário de talha e das credencias da igreja; 1802 - alvará aprovando o Compromisso; 1836, Janeiro - a Rainha D. Maria II dá à Misericórdia o órgão da igreja do extinto convento de São Francisco do Monte de Orgens (Viseu); 1837 - montagem do relógio da torre pelo relojoeiro de Viseu Francisco António Marques; 1845, Outubro - orçamento dos pedreiros António Lourenço e José Duarte Pereira para a obra de ladrilho da "casa das tumbas", por 44$700; 19 Outubro - sendo Provedor o Dr. António Pereira da Fonseca, o pedreiro José Duarte Pereira, morador em Mangualde, arremata por 40$000, a obra do ladrilho da casa das tumbas "por não haver quem por menos fizesse a referida obra, na forma dos respectivos apontamentos"; 1847, 4 Janeiro - mandou-se comparecer Bernardo Tavares, seu irmão João Tavares, e Miguel Mercieca, todos "entendedores de arte de Pintura", para consultá-los sobre o preço da feitura do painel do retábulo-mor, conforme o risco que lhes foi apresentado; os 2 primeiros disseram não poder fazê-lo por menos de 28$800, mas Miguel Mercieca ofereceu-se para fazê-lo por 16$000; 1850, 8 Dezembro - o Provedor Bacharel António Pereira da Fonseca, e mais irmãos da Mesa deliberam dar a obra de feitura do painel do retábulo-mor com Nossa Senhora da Visitação, a Miguel Xavier Mercieca de Almeida, por 16$000, dado o então ali existente "se achar indecentíssimo e incapaz de se poder retocar, por estar totalmente dilacerado"; delibera-se ainda em Mesa mandar fazer com urgência coreto no lado direito da igreja para se colocar o órgão que, na altura, se encontrava a um "canto do coro metido em um armário", numa posição em que o organista e o rapaz que dá ao fole estão com as costas viradas para o altar-mor; delibera-se acrescentar ao órgão os registos "da tombetaria e oitava real, para o que se tornava necessário uma abertura na parede do vazio, para nela ser embutido; para as obras poder-se-ia gastar até 130$000; 1852 - feitura do coreto pelo ensamblador António José dos Santos, da Quinta de São Cosmado, o qual também assentou o órgão, fez alguns canudos novos e várias outras pequenas obras no mesmo, e pelo que recebeu 130$000; 1855 - o mesmo ensamblador fez 6 tocheiros grandes para a capela-mor, em madeira de castanho, por 49$800; 1857, 8 Setembro - Silvestre Fonseca, dourador do Porto, recebeu 49$040 pelo douramento de 20 castiçais, 2 cruzes e santos da igreja; 1858, 7 Março - sendo Provedor António Albuquerque Couto, reuniu-se a Mesa, onde compareceu o capelão-mor e organista Bernardo José de Oliveira que informou da necessidade urgente de se consertar o órgão, "desmanchando-se e fazendo-se todo de pelica nova, sem o que já não se podia afinar"; deliberou-se convidar o ensamblador António José dos Santos, que o deveria consertar até à próxima Semana Santa; 1859, 9 Janeiro - manda-se fazer uma banqueta nova, com cruz e crucifixo para o altar-mor, e o jarro para as flores artificiais; um crucifixo para a cruz do altar de São Bartolomeu; 6 pirâmides para o pálio preto, 2 círios para servirem na Semana Santa e alguns consertos nos 6 tocheiros grandes e no órgão para o que se contratou António José dos Santos; o pagamento dos 6 castiçais foi feito ainda neste ano, cada um por 3$600, no total 21$600; 1863 - o mestre pedreiro Bernardo Duarte Pereira riscou um muro alçado para a frontaria da igreja, o que não se chegou a concretizar, apesar do projecto ter sido retomado em 1877 e 1878, pelo Provedor Manuel Augusto da Mota Feliz; 1865 / 1866 - José Lopes Grilo, escultor e pintor fez, por iniciativa do Provedor António de Albuquerque Couto, uma imagem do Senhor Morto, para a Procissão do Enterro, em ponto grande e mais leve por 46$920; uma imagem de roca da Senhora da Soledade, em ponto grande e que indicasse mais idade do que a existente na igreja, por 16$500; um vaso de pão, dourado, para dar a comunhão aos Irmãos no dia de São Martinho, por 4$500; e encarnar a imagem antiga da Senhora da Soledade, por estar indecente, por 3$000; 1878, 22 Abril - pagamento de 1$900 a António Loureiro, carpinteiro, Manuel António e José Cubos pela construção de um arco para a igreja; 16 Junho - pagamento de 1$980 ao serralheiro e relojoeiro José Maria Gonçalves, morador em Mangualde, por serviços prestados à Misericórdia; 1880 - pintura de novo painel da "Visitação" para o retábulo-mor, pelo pintor António José Pereira; 1885, 9 Agosto - em reunião de Mesa expôs-se que, estando há muitos anos sem funcionar o relógio da torre, e considerando-se incapaz de conserto, por já ter tido muitos, sem resultado, aceitava-se a oferta do relojoeiro Camilo Vellasco para o consertar; 25 Outubro - Camilo Vellasco compromete-se a consertar o relógio por 22$500; 1891, 11 Março - aprovação dos novos estatutos; 1896 - pintura da Bandeira Real pelo pintor Almeida e Silva; 1897 - a Misericórdia tinha de receitas e despesas a mesma quantia de 1:019$000 e tinha de capital 12:605$000; como não tinha hospital, socorria os doentes nos domicílios e ajudava a Câmara nas despesas dos doentes de outras freguesias, bem como os Irmãos pobres e inabilitados para o trabalho; concedia ainda um dote de 20$000 a uma rapariga pobre e honesta do concelho e freguesia de Freixedo, ou de Santa Comba Dão, dote que fora instituído por Simão Pais do Amaral; 2001, Agosto - inauguração da loja de artesanato nas dependências da Misericórdia. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutura de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada; frisos, cornijas, pilastras, pináculos, molduras dos vãos, nichos, cruz, escadas e guardas, pias de água benta, bacia dos púlpitos, balaustrada do coro, lavabos e outros elementos em cantaria de granito; pavimento em lajes de granito e soalho; tecto em falsa abóbada de berço, de estuque, no coro-alto, e de madeira na nave e capela-mor; retábulos de talha dourada; guardas dos púlpitos em talha; painéis pintados; silhar de azulejos; cobertura de telha; algerozes metálicos. |
Bibliografia
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COSTA, P. António Carvalho da, Corografia Portugueza..., 2.ª ed., tomo II, Braga, 1868 [1.ª ed. de 1712]; GOODOLPHIM, Costa, As Misericórdias, Lisboa, 1897; SILVA, Valentim da, Concelho de Mangualde (Antigo Concelho de Azurara da Beira), Viseu, 1945; ALVES, Alexandre, A Igreja da Misericórdia de Mangualde, in Beira Alta, vol. XVIII, Viseu, 1959, pp. 29-61; Tesouros Artísticos de Portugal, [coord. de ALMEIDA, José António Ferreira de], Lisboa, 1976, p. 385; ALVES, Alves, A Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, Mangualde, 1993; ALVES, Alexandre, Artistas e Artificies nas Dioceses de Lamego e Viseu, 3 vols., Viseu, 2001; TOJAL, Alexandre Arménio, PINTO, Paulo Campos, Bandeiras das Misericórdias, Lisboa, 2002. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; DGA/TT: Dicionário Geográfico (Memórias Paroquiais, vol. 22, fl. 289), Ministério do Reino, 1ª Direcção, 2ª Repartição |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1944 - restauro das pinturas dos caixotões da capela-mor pela pintura mangualdense Beatriz Pais Saraiva; 1955 - remoção da tela da Visitação para restauro, acabando por ficar longo tempo abandonada na Sala do Despacho; DGEMN: 1983 / 1984 - obras de conservação: substituição da cobertura da igreja e do alpendre, colocação de vigas e cumeeiras de betão, substituição da estrutura de madeira da varanda alpendrada, picagem, reconstrução e pintura dos rebocos das fachadas N., E., S.; 1985 - separação das coberturas da nave e varanda alpendrada e intervenção na porta lateral E.; 1992 - projecto de restauro e reutilização do edifício da Misericórdia; 1999 - conservação e restauro dos silhares de azulejos, execução de rebocos e caiação interior, instalação eléctrica, reparação de caixilhos, portadas, portas e grades em ferro com pintura final, levantamento do soalho da nave, reparação do soalho do coro, execução do tecto em madeira do alpendre, regularização do lajedo e da escadaria de acesso ao alpendre; 2000 - conservação e restauro do tecto da nave em madeira pintada e da capela-mor em caixotões de talha dourada e telas pintadas; 2001 - conservação e restauro da talha do altar-mor, altares laterais da nave, esculturas, púlpito, sanefas e credencias; beneficiação da sacristia e sala do despacho; execução de pavimento e tecto em madeira na sala do despacho; rebocos, caixilhos e portas na mesma; instalação eléctrica na sacristia e sala do despacho; 2002 - intervenção no jardim. |
Observações
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*1 - DOF: Igreja da Misericórdia, incluindo as pinturas e os azulejos do séc. 18 que revestem parte do seu interior. |
Autor e Data
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Madeira Portugal 1991 / Lina Marques 1995 / Paula Noé 2008 |
Actualização
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