Necrópole Eneolítica de Alapraia / Grutas Artificiais de Alapraia

IPA.00006054
Portugal, Lisboa, Cascais, União das freguesias de Cascais e Estoril
 
Conjunto de quatro grutas com a mesma estrutura: câmara circular com clarabóia e corredor, as quais funcionaram como necrópole durante o Neolítico final e o Calcolítico. A cultura de Alapraia integra-se na cultura do vaso campaniforme do Eneolítico pleno. A gruta IV apresenta uma nova técnica de desenho - pontilhado profundo. As sandálias votivas de calcário encontradas na gruta II só têm paralelo com as encontradas em Almizaraque, Espanha.
Número IPA Antigo: PT031105040001
 
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Registo

 
Conjunto arquitetónico  Estrutura  Funerário  Gruta artificial    

Descrição

Constituída por 4 grutas, escavadas no calcário margoso: Gruta I - câmara com 6,20 m. de diâmetro, 2,80 m. de altura ligando-se por vão rectangular ao corredor, aberto, com 13,70 m. Gruta II - câmara com 4,30 m. de diâmetro, 2,20 m. de altura e clarabóia redonda com 1,2 m. no topo; corredor, quase completamente destruído por um arruamento, comunicando com a câmara por abertura ovalóide de 0,8 m. de eixo maior. Gruta III - câmara com 6,20 m. de diâmetro e 2,40 m. de altura. Gruta IV - Câmara com 4,20 m. de diâmetro, 2,10 m. de altura e o vestíbulo com 7,10 m.

Acessos

Largo Afonso do Paço. Entre a Rua das Grutas e a Rua Francisco de Paula e Oliveira, no Lugar de Alapraia, a NE. de São João do Estoril

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 34 452, DG, 1.ª série, n.º 59 de 20 março 1945 *1

Enquadramento

Urbano. Situa-se no centro da povoação de Alapraia, junto à estrada, ficando a gruta I dentro de um quintal vedado e a III tapada por uma casa.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: gruta artificial

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Época neolítica

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

3000 a.C. - período final do neolítico; 1889 - gruta I referida pela primeira vez por Francisco Paulo e Oliveira, que a encontrou desprovida de espólio e destruída, sobretudo na abertura de entrada, onde em tempos se adaptou porta de madeira, por nela se recolher lenha e servir de pocilga; 1932 - Pe. Eugénio Jalhay e Afonso do Paço visitam a gruta I e identificam a II; 1934 / 1935 - é escavada; Identificada a gruta III; 1942 - escavada a gruta II e explorada a III; 1943 - Descoberta e escavada a gruta IV.

Dados Técnicos

Materiais

Calcário

Bibliografia

VASCONCELOS, J. Leite de, O Archeólogo Português, vol. 23, Lisboa, 1918, p. 64 - 68; PAÇO, Afonso da, JALHAY, P. Eugénio, As Grutas de Alapraia, Sep. da Rev. Brotéria, vol. 21, Lisboa, 1935; PAÇO, Afonso do Arqueologia da Costa do Sol, Estoril, 1957; N., A., Alapraia, Lisboa, s.d.; s.a., Roteiros da Arqueologia Portuguesa. 1 - Lisboa e Arredores, s.l., 1986; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1988.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - DOF: situada a NE. de São João do Estoril, no lugar de Alapraia. A gruta III, integra-se na propriedade de Armando Lopes Mendes (Herdeiros), representados por José Maria A. Mendes, residente na Rua da Galiza, nº 331 r/c. Galiza; Necrópole eneolítica de Alapraia.

Autor e Data

Paula Noé 1991

Actualização

 
 
 
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