Palácio do Conde de Castro Guimarães / Torre de São Sebastião
| IPA.00006066 |
Portugal, Lisboa, Cascais, União das freguesias de Cascais e Estoril |
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Palacete ecléctico e revivalista. Casa de Veraneio neoromânica, neogótica, neoárabe e neomanuelina, com predominância do programa decorativo neomanuelino. Apresenta planta rectangular irregular, composta por vários corpos irregulares e evoluindo em dois, três e quatro pisos, onde se destacam corpos torreados, dois circulares e um, de maiores dimensões, poligonal e revestido a cantaria, rasgado por vãos rectilíneos e várias janelas com balcões assentes em mísulas de distintos perfis. Apresenta várias janelas maineladas e tríforas, envolvidos por molduras amplas, onde se destacam arcos contracurvados e canopiais, envolvidos por motivos encordados e colunas torsas, em articulação com um torreão animado com janelas geminadas, balcões, gárgulas e cachorradas de inspiração medieval e telhados de perfil curvo, beiral saliente e varandas alpendradas de sabor tradicional. Possui várias janelas alpendradas viradas ao mar e acesso ao mesmo, através de escadas. Interior desenvolvido em torno de claustro quadrangular, com arcadas de volta perfeita que, no piso inferior, enquadram arcos mainelados com mainel torso. Possui salas intercomunicantes, com tectos de madeira de masseira ou gamela, pintados, com pavimentos em ladrilho cerâmico e silhares de azulejo de padrão policromo. Quase todas as salas possuem fogões de aquecimento, revestidos a azulejo, alguns provenientes de outros edifícios, aqui reaproveitados. Constitui a primeira de três casas mandadas construir por Jorge O'Neill na zona de Cascais, sendo as outras duas a Casa de Santa Maria (v. PT031105030145), localizada também na enseada de Santa Marta e a Torre de São Patrício / Casa - Museu Verdades de Faria (v. PT031105040050), no Monte Estoril, datando respectivamente de 1902 e 1918, e foram ambas edificadas segundo projectos de Raul Lino. O edifício possui corpo torreado, cenicamente implantada numa enseada de Cascais, sobre o areal e afloramentos rochosos, sustentado por alto embasamento em talude, sendo a torre rasgada por vãos rectilíneos, com elementos típicos da arquitectura militar, aqui como elemento decorativo. O corpo principal, evoluindo em torno de um claustro e com vários terraços, possui ampla decoração de influência manuelina e gótica, que enquadram vãos mainelados, sendo alguns dos colunelos torsos, com remates em canopo. No interior, possui silhares e revestimentos de azulejo sesicentista e setecentista, maioritariamente de padronagem policroma, existindo alguns de aresta, de expressão hispano-mourisca. Possui, na Sala de Jantar, uma fonte elaborada, em arco de volta perfeita, enquadrado em alfiz, e com nicho interno, totalmente revestida a azulejo, com o interior enxaquetado, indicando a antiga função da sala, um terraço. Distingue-se a torre, revestida a madeira, formando balcões que marcam cada um dos pisos, possuindo a cobertura decorada com brasões de família, elementos também presentes na Sala de Jantar. A Sala dos Trevos possui a particularidade de estar pintada com enormes trevos, símbolo da Irlanda, terra de que é originária a família. Esta mesma sala apresenta um fogão semelhante ao da Sala do Concelho da Torre de Belém. |
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Número IPA Antigo: PT031105030024 |
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Registo visualizado 8582 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Palacete
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Descrição
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Planta rectangular irregular, composta por vários corpos escalonados, com a entrada desenvolvida em torno de um pátio central, possuindo um corpo torreado a SO., de secção quadrada irregular nos três primeiros pisos e octogonal irregular ao nível do quarto e último piso, e com uma das alas da fachada lateral direita a prolongar-se, criando pátio aberto. Coberturas diferenciadas a uma, duas e quatro águas, de perfil curvo e beiral saliente, com trapeiras e chaminés emparelhadas, sendo o torreão coberto em coruchéu piramidal com telhas pintadas de vermelho e verde, e um pequeno corpo de passagem em ângulo na fachada S., com cobertura em quarto de esfera revestida a azulejo verde e branco. Fachadas rebocadas e pintadas de amarelo, percorridas por embasamento de cantaria, em esbarro na fachada lateral esquerda, separada por friso cordiforme, com o corpo torreado totalmente revestido a cantaria lióz em aparelho isódomo, rematado em platibanda vazada e decorada, formando balcão com cachorrada e gárgulas zoomórficas; os demais corpos rematam em friso e cornija e são marcados por pilastras colossais. Fachada principal virada a E., composta por vários corpos escalonados, sendo o principal simétrico e com três panos, o central composto por amplo alpendre sustentado por colunas de fuste liso e por arcos ultrapassados, encimado por varanda com guarda de cantaria vazada, com acrotérios nos ângulos, encimados por pináculos de bola. Para este, abre porta-janela de verga recta e ampla moldura de cantaria, de perfil côncavo e ostentando elementos vegetalistas decorativos, que evoluem de dois finos colunelos. No alpendre, porta semelhante, com pedra de armas no fecho. Os panos laterais são definidos por amplos cunhais de aparelho rústico, inscritos em arcos de volta perfeita. Têm, no piso inferior, janela rectilínea, encimada por estrutura saliente em arco canopial e telheiro. Está encimado por janelas maineladas com colunelo fino. No lado esquerdo e bastante recuado, surge um pano seccionado por friso toreado, indicando os dois pisos, possuindo mansarda no telhado, com vão em arco abatido e moldura toreada, com balaustrada de cantaria vazada. No piso inferior, pórtico mainelado, em arcos de volta perfeita, assentes na coluna e duas mísulas, envolvido por ampla moldura de cantaria e por elementos vegetalistas entrelaçados. No segundo piso, janela mainelada de arco dobrado, formado por colunelos, sendo ladeada por janelas de peitoril rectilíneas. No ângulo dos panos, surge corpo torreado circular, com cobertura em cúpula cega, com porta no piso inferior e várias janelas de peitoril rectilíneas, que também surgem no topo. Fachada lateral esquerda, virada a S., assente sobre grande embasamento de cantaria, em talude, o qual se implanta directamente sobre a rocha e sobre a areia da praia, rasgado por pequenas janelas rectilíneas e em arco de volta perfeita, separado dos pisos superiores por friso contínuo. Possui escada de cantaria de acesso à praia. No lado esquerdo, torre poligonal em cantaria de calcário, com quatro registos de janelas de distribuição irregular e modinaturas diversas, rectangulares, em arco em asa-de-cesto, maineladas, algumas com sacadas, uma com balcão assente em mísulas trilobadas e outras com balcões assentes em mísulas lanceoladas, todas com guardas vazadas, em cantaria. No lado esquerdo e encostado à torre, surge um pano com remate em cornija, interrompida por mansarda, flanqueada por pináculos de bola, e rasgada por trífora em arco de volta perfeita. No piso térreo, varanda com arco de volta perfeita e dois meios-arcos, sustentados por colunas e com guarda de cantaria, para onde abrem três portas-janelas de volta perfeita e uma rectilínea, de molduras simples em cantaria, com um dos lados aberto para acesso à praia, através de um alpendre com cobertura piramidal revestida a azulejo branco e verde, assente em finos colunelos. No segundo piso, rasgam-se janelas de arco de volta perfeita maineladas, com amplas molduras de cantaria, que centram óculo circular. No pano intermédio, que forma um ângulo, surgem janela de peitoril, com moldura de cantaria, de verga lobulada, ladeada por pequena varanda de ângulo, sustentada por colunas lisas, com semicúpula, revestida a azulejo verde e branco, em espinha, com janelas semelhantes à anterior e porta-janela em arco abatido. No segundo piso, quatro janelas rectilíneas sobrepujadas por arcos trilobados e canopiais. No lado direito, corpo saliente, com mansarda rasgada por janela mainelada, tendo no piso inferior, uma grande trífora de volta perfeita, enquadrada por arco em asa de cesto, enquadrada por arco canopial, ladeado por amplas frestas. É encimado por janelas maineladas. Fachada lateral direita, virada a N., formada por vários corpos, entre os quais uma torre circular, rasgados por vãos de volta perfeita e rectilíneos, com molduras simples. Fachada posterior marcada por alto embasamento, reforçado por contrafortes, encimado por um corpo de piso único, rematado por ameias decorativas e rasgado por vãos em arcos de volta perfeita e rectilíneos, estes a abrir para varanda alpendrada. No lado direito, o corpo da torre, rasgada por vários vãos rectilíneos. INTERIOR com acesso por claustro de dois pisos em galeria com arcadas plenas assentes em colunas com capitéis de decoração vegetalista. Os arcos do piso térreo apresentam-se alternadamente subdivididos em dois arcos menores por mainéis de triplo fuste torso e a arcada do segundo piso está fechada com janelas. Observa-se ao centro da quadra uma fonte de tanque poligonal decorada com meias esferas e rematada por um leão, e nos muros azulejos policromos alicatados e medalhões relevados de faiança azul e branca. A zona residencial tem dois e três pisos no corpo principal e quatro na torre SO., comunicantes por escada helicoidal no interior da torre e por escada secundária na zona de serviço, a N.. Espaço diferenciado com salas intercomunicantes e pequeno corredor lateral de circulação no segundo piso. No primeiro piso distribuem-se as zonas de estar e serviço com cozinha no corpo adossado no extremo da fachada N., e no segundo piso a zona privada de habitação com quartos de dormir e vestir e instalações sanitárias. As salas do primeiro piso são identificadas pela sua função, decoração ou espólio que encerra, tendo pavimentos em tijoleira vermelha, alguns contendo olambrilhas pretas. A Sala dos Trevos possui o tecto de masseira, decorado com amplos trevos, símbolo da Irlanda, com as paredes rebocadas e pintadas de salmão, com silhares de azulejo de padrão policromos. Tem fogão de sala de perfil convexo, revestido a azulejo de padrão policromo, comportando pedra de armas dos O'Neil e Brito e Cunha. A Sala de Música, Sala Vermelha ou Sala do Órgão, possui revestimento de azulejo de padrão reaproveitado, possuindo as paredes forradas a damasco vermelho, possuindo tecto de gamela, decorado com várias armas dos antepassados do proprietário da casa. Possui um órgão com 1170 tubos, pintado a charão vermelho e com cinco castelos, ornados por elementos rendilhados. A Sala neogótica, onde funcionou, primitivamente, a biblioteca, apresenta cobertura ogival, comunicando com varanda exterior, decorada por painéis de azulejo policromos. A Sala de Jantar é marcada por uma fonte revestida a azulejos em monocromia, azul sobre fundo branco, formando arco de volta perfeita, enquadrado por alfiz, sustentados por colunas de fuste liso, possuindo espaldar em nicho, forrado a azulejo enxaquetado, verde e branco, comportando bica em forma de carranca, que verte para taça semicircular, com decoração torsa. O torreão, rebocado e pintado de branco, possuindo frisos fitomórficos, apresenta fogão de sala forrado a azulejos de aresta e várias varandas pintadas de vermelho e dourado, destacando-se o tecto com várias armas. |
Acessos
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Avenida Humberto II de Itália (Estrada da Boca do Inferno), enseada de Santa Marta. |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280 de 30 novembro 1993 *1 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado, implantado no limite da orla costeira em terreno desnivelado e rochoso, em enseada, sobranceiro a uma pequena praia, à qual tem acesso directo. Integrado em parque murado densamente arborizado, com fontes e painéis de azulejo, o Parque Marechal Carmona (v. PT03110503). Tem fronteira à sua entrada principal a Capela de São Sebastião e cruzeiro datado de 1628. Nas proximidades a O. o Farol de Santa Marta (v. PT031105030012) e a S. a Casa de São Bernardo (v. PT03110503), a Casa de Santa Maria (v. PT031105030145) e a ponte, Ponte da Gandarinha (v. PT031105030396) que liga os dois lados da enseada. Em frente ao edifício, a estátua de Joseph Bernard, "Mulher dançando com na criança". |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Albrecht Haupt (1902); Luigi Manini (1897-1899). CERAMISTA: M.G. Montalvan (1916). ESCULTOR: Joseph Bernard. ORGANEIRO: Joaquim Claro (1912). PINTOR de AZULEJO: Bartolomeu Antunes (atr.); Pereira Cão (1919). PROJECTISTA: Francisco Vilaça (1904). |
Cronologia
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1873 - prevê-se a construção de uma ponte, permitindo a entrada de um pequeno braço de mar, para barco de recreio no local do palácio; a água canalizada para o local vem da Peninha; 1892, 10 Novembro - Jorge O'Neill requer à Câmara Municipal de Cascais, licença para construção de uma casa na entrada da Boca do Inferno, no local onde se achava o "tiro aos pombos", denominada Torre de São Sebastião; 1893 - Jorge O'Neill pede à Câmara autorização para aforar dois terrenos, um que servia de caminho para a Praia de Santa Marta, com 1512m2 e o valor de 756$000 e de foro anual 7$8000; o segundo tinha 1020m2 e confrontava com o muro do Conde de Penha Longa, no valor de 510$000 e de foro 25$000; é autorizado o aforamento; o proprietário pede autorização à Câmara para passar um cano na Ribeira dos Mochos para permitir transportar água até à residência; 1897-1899 - projecto do "Castelo" por Luigi Manini; 1900 - colocação de azulejos sevilhanos numa lareira da sala superior da torre; 1902 - conclusão da casa; feitura de um projecto para a sala de jantar e terraço da casa por Karl Albrecht Haupt, que não seria concretizado; projecto da lareira pelo mesmo; 1904 - data provável de novos projectos para a casa, segundo projecto do pintor decorador Francisco Vilaça; 1910, 07 Setembro - escritura em que o segundo-tenente da Armada, Hugo O'Neil, em representação dos pais, Jorge O'Neil e Maria Isabel Fernandes O'Neil subloca a Manuel de Castro Guimarães, Conde de Castro de Guimarães, e lhe cede todo o direito de arrendamento de uma parcela de terreno a N. da Cidadela, que os mesmos tinham alugado por 27 anos, ao Ministério da Guerra, por 108$500, com cerca de 2700m2; estava ocupado com arvoredo e confrontava, a N., com o parque dos herdeiros do Conde de Penha Longa, a O. com a Ribeira do Mocho, a S. com a estrada de Cascais à Boca do Inferno e a E. com o terreno da paróquia; incluía, ainda, um lanço do Entrincheiramento, além das ribas adjacentes à Ribeira da margem esquerda; o arrendamento à família O'Neil terminaria a 31 Outubro 1933, passando o novo arrendatário a alugar por períodos de 9 anos, a contar de 1 Novembro 1906, data do fim do primeiro período de 9 anos dos primeiros locatários; o preço seria de 103$500 e 5$000 pelas ribas adjacentes; o Conde poderia edificar no terreno, conforme os projectos apresentados, já aprovados pelo Comando Geral de Engenharia, obrigando-se a demolir as construções e a remover os materiais em caso de guerra ou de necessidade de defesa da Cidadela; tinha autorização para edificar anexos para cavalariça e cocheira no terreno contíguo à Junta da Paróquia; os condes procedem ainda à aquisição de terrenos contíguos do Parque da Gandarinha ao Visconde dos Olivais, Júlio Pinto Leite, o que permite dotar a propriedade de jardim; 1912 - feitura de um órgão pelo organeiro de Braga, Joaquim Claro; 1916 - pintura de tondos e várias peças cerâmicas pelo pintos M.G. Montalvan, de Triana; 1919 - feitura de um registo de azulejo com D. Sebastião por Pereira Cão; 1924 - data do testamento de Manuel de Castro Guimarães, pelo qual a propriedade, incluindo o jardim e a casa com todo o recheio, é legada à vila e ao povo de Cascais representado pela Câmara Municipal, com a condição de que a casa viesse a ser um pequeno museu municipal e biblioteca pública, e os jardins um espaço para recreio dos habitantes da vila; 1927, 15 Agosto - falecimento do conde Castro Guimarães; 1928, 12 Março - aceitação do legado pela Câmara Municipal de Cascais e criação da Fundação Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães; 1929 / 1930 - realização de alterações na casa para sua adaptação a Museu; 1930, Setembro - assume funções o primeiro conservador do Museu, Dr. João Rodrigues da Silva Couto; Dezembro - o Museu abre ao público; 1931, 12 Julho - inauguração oficial e abertura ao público do Museu-Bilbioteca Condes de Castro Guimarães; 1932 - o pintor Carlos Bonvalot assume funções de conservador do museu, ao concurso então aberto apresenta também requerimento o poeta Fernando Pessoa; 1934 - a Colecção Oceanográfica do Rei D. Carlos encontra-se temporariamente exposta nas instalações do Museu; 1935, 12 Julho - inauguração do Museu e Biblioteca Castro Guimarães, com a presença do chefe do Governo, General Domingos de Oliveira; 1936, 25 de Outubro - cumprindo os desejos do antigo proprietário, é dada sepultura aos seus restos mortais, bem como aos de sua esposa, no parque contíguo ao palácio; 1941, Outubro - ligação do parque envolvente da Casa-Museu com o Parque Municipal Marechal Carmona; 1942 - inauguração de uma nova sala de leitura no anexo a N. e da Sala da Arqueologia Afonso do Paço e Padre Eugénio Jalhay, destinada a exibir achados arqueológicos do concelho; 1943 - o escritor António José Branquinho da Fonseca, exerce o cargo de conservador do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, onde inícia um trabalho de aproximação da biblioteca à comunidade (com os empréstimos domiciliários e a inovação da criação da biblioteca itenerante); 1952, 01 janeiro - o Museu é integrado no património camarário; 2001 - 2002 - transferência da Biblioteca Municipal, do anexo N. do Museu, para novas instalações; 2011, 24 maio - proposta de fixação de Zona Especial de Proteção Conjunta da Casa de Santa Maria, Palácio dos Condes de Castro Guimarães, do Forte de Santa Marta, da Cidadela de Cascais e respectivos imóveis e o Marégrafo; 10 outubro - parecer da Comissão Nacional de Cultura a propor que sejam fixadas Zonas Especiais de Proteção para cada um dos imóveis; 2013, 31 outubro - publicação do projeto de decisão de fixação da Zona Especial de Proteção conjunta da Cidadela de Cascais (v. IPA.00006052), da Fortaleza de Nossa Senhora da Luz (v. IPA.00006026), do Marégrafo de Cascais (v. IPA.00006055), do Palácio do Conde de Castro Guimarães (v. IPA.00006066), da Casa de Santa Maria (v. IPA.00022905), do Jardim da Casa de Santa Maria (v. IPA.00030557) e do Forte de Santa Marta (v. IPA.00006053), em Anúncio n.º 340/2013, DR, 2.ª série, n.º 211. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria rebocada e pintada ou em cantaria de calcário; modinaturas, cornijas, colunas, pilares em cantaria de calcário; pavimentos em ladrilho cerâmico; coberturas, guardas e mobiliário de madeira; silhares e painéis de azulejo tradicional e industrial; ferro forjado; cobertura em telha; janelas com vidros simples. |
Bibliografia
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Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
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DIE: Prédio Militar n.º 12, Cx. 3 |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1910 / 1911 - Instalação de um órgão na Sala Vermelha e consequente supressão de um compartimento no primeiro piso; arranjo do instrumento por Augusto Joaquim Claro; prolongamento e fecho do terraço a S. para adaptação a Sala de Jantar; construção de corpo anexo a N. para instalação da cozinha; instalação de uma pequena biblioteca na zona da antiga cozinha; C.M.C.: 1929 / 1930 - Supressão de antigo sanitário e arrecadação no claustro para instalação dos sanitários do museu; instalação da loja do museu no interior da Torre do Relógio; supressão da antiga cozinha no anexo N., para instalação da biblioteca pública; supressão de antigos quartos de vestir e sanitários privados no primeiro piso, para instalação de salas de exposição; supressão de dependências de serviço na galeria superior do claustro para criação de espaço de circulação contínuo; adaptação da cave a arrecadação do museu; 1934 - remodelação da antiga cozinha e respectivos anexos para exposição da Colecção Oceanográfica do Rei D. Carlos; 1938 - obras de remodelação no interior do Museu, criando-se duas novas salas de exposição, Sala Dr. José de Figueiredo e Sala dos Contadores; MIU (Gabinete Técnico de Engenharia, Lda): 2001 - (Capela de São Sebastião) reabilitação do madeiramento estrutural da cobertura, colocação de subtelha, isolamento térmico-acústico, colocação de telhas de canudo envelhecidas, revestimentos interiores e exteriores, limpeza de cantarias, reparações e pinturas do madeiramento do coro, portas e janelas; Instalações especiais (instalação eléctrica, intrusão, incêndios e som); recuperação e preservação de dois nichos laterais junto ao altar-mor, postos a descoberto quando da picagem dos rebocos existentes. (Museu) Substituição do revestimento das coberturas, reparações e pinturas no interior, no escritório, quarto dos Condes, torreões, escadas e instalações sanitárias do claustro. |
Observações
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*1 - DOF: Palácio do Conde de Castro Guimarães, também denominado «Torre de São Sebastião», incluindo a Capela de São Sebastião, Cruzeiro fronteiro à Capela, painés de azulejo (dois) e parque envolvente. |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1996 / Mónica Figueiredo 2003 / Paula Figueiredo 2010 |
Actualização
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