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Edifício e estrutura Edifício Armazenamento e logística Cavalariça
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Descrição
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Torre de planta quadrada, desenvolvendo-se em 2 troços de secção desigual, de que resulta uma volumetria escalonada (sobreposição de cubo e paralelepípedo), com cobertura bolbosa vazada por óculos. Encontra-se adossada em todo o seu lado S. a um corpo de planta rectangular, formando volume paralelepipédico, coberto por telhado a 3 águas. No corpo inferior, desenvolvido em 2 pisos separados por friso pétreo, rematado por platibanda e ostentando fogaréus nos acrotérios, reconhece-se uma modulação em 3 planos, efectuada por pilastras de cantaria em cada um dos alçados (N., E. e O.). No pano central do alçado principal (O.), é visível, a eixo, a sobreposição de 2 janelas de peito, de verga curva. O corpo superior, integralmente de cantaria, apresenta, num 1º nível, no alçado O., o relógio, enquanto no 2º se rasgam 4 ventanas sineiras em arco de volta inteira. Às colunas adossadas aos ângulos correspondem fogaréus acima da cornija, acompanhando a cobertura bolbosa. |
Acessos
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Largo do Palácio Nacional, Queluz. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,750864, long.: -9,257529 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, destacado, adossado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Armazenamento e logística: cavalariça |
Utilização Actual
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Comercial e turística: pousada |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Grupo Pestana Pousadas |
Época Construção
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Séc. 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Manuel Caetano de Sousa (séc. 18); Carlos Oliveira Ramos (projecto de adaptação a pousada); DECORADOR: Teresa Maia. |
Cronologia
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1654 - a quinta de Queluz, pertença do Marquês de Castelo Rodrigo, passa para a posse da Casa Real e é incorporada na Casa do Infantado; 1747 - início da construção de um palácio, por iniciativa do príncipe D. Pedro (D. Pedro III, pelo seu casamento com a rainha D. Maria I); 1758 - até esta data as obras prosseguem sob a direcção de Mateus Vicente de Oliveira, cuja presença é então requerida em Lisboa para efeitos da reconstrução da cidade sendo substituído em Queluz por Robillon, o qual será responsável designadamente pela concepção dos jardins; 1782 - a morte de Robillon faz com que a direção das obras seja entregue a Manuel Caetano de Sousa, sendo então o palácio dotado de quarteis para a guarda real, casa de administração, cavalariças e outras dependências anexas, entre as quais a denominada Torre do Relógio; 1786 - fim da primeira grande fase de construção do palácio, coincidindo com a morte de D. Pedro III; 1794 - o palácio passou a ser residência oficial da família real portuguesa; 1908 - por cedência de D. Manuel II, o palácio passa para a Fazenda Nacional; c. 1924 - funcionava no edifício contíguo à torre, uma escola primária; 1995 - abertura da Pousada D. Maria, instalada, após obras de remodelação, na torre e edifício contíguo, conforme projecto de Carlos Oliveira Ramos; 1996, 20 agosto - Despacho de abertura do processo de classificação; 2009, 23 outubro - o processo de classificação caduca nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, publicado nesta data. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, mármore |
Bibliografia
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RESENDE, M. de, Descripção e Recordações Históricas do Paço e Quinta de Queluz, in O Panorama, XII, Lisboa, 1855; BARBOSA, Inácio de Vilhena, Queluz, o Palácio e a Quinta Real, in Annuario do Archivo Pittoresco, Vol, VI, Lisboa, 1863; PIRES, António Caldeira, História do Palácio Nacional de Queluz, Coimbra, 1924-26; SEQUEIRA, Gustavo Matos, Queluz, Porto, 1932; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol. II, Lisboa, 1963; FRANÇA, José-Augusto, Lisboa Pombalina e o Iluminismo, Lisboa, 1983; AZEVEDO, Carlos de, Solares Portugueses, Lisboa, 1988; PIMENTEL, António Filipe, Palácio de Queluz, in PEREIRA, José Fernandes, (dir. de), Dicionário de Arte Barroca em Portugal, Lisboa, 1989; GIL, Júlio, Os Mais Belos Palácios de Portugal, Lisboa, 1992 |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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DGEMN: 1952 - arranjo da torre do anexo, com conserto das cantarias, colocando pedra nova na cúpula; reforço e pintura das cruzetas do sino; 1962 - substituição da cobertura da torre do relógio; 1963 - arranjo dos telhados no edifício da torre; 1964 / 1965 - reparação do relógio da torre; remodelação dos telhados, obras de conservação interior e exterior; 1966 - obras de conservação da torre; 1970 - limpeza da cobertura do edifício; construção de um terraço em vigas de betão pré-esforçado a substituir uma cobertura danificada; 1972 - pintura das fachadas exteriores; 1975 - pintura das fachadas do edifício; 1978 - arranjo dos elmentos de drenagem dos telhados; 1984 - beneficiação da instalação eléctrica; 1993 / 1995 - obras de adaptação do edifício contíguo a nova função. |
Observações
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Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1996 |
Actualização
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