Igreja Paroquial de São João das Lampas / Igreja de São João Baptista
| IPA.00006126 |
Portugal, Lisboa, Sintra, União das freguesias de São João das Lampas e Terrugem |
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Arquitectura religiosa, manuelina, maneirista e barroca. Igreja paroquial de planta longitudinal de nave única, com fachadas vazadas por janelas de moldura rectangular, possuindo galilé com arco quebrado e alpendre lateral sobre colunata simples. Pórtico principal manuelino de arco polilobado flanqueado por colunelos torsos, com decoração de rosetas, flores da aboboreira, máscaras e florões. Mísulas e colunas com capitéis vegetalistas onde se apoia o coro-alto. Torre sineira rematada por fogaréus. Existência de alpendre lateral justaposto à galilé, formando um L, para onde foi transferido um arco quebrado que estava colocado no topo O. do primeiro. Pórtico principal, manuelino, com enquadramento azulejar figurativo, a formar moldura quadrangular. Uma das poucas igrejas com os altares de origem (altar-mor e altares laterais) com revestimento de azulejos hispano-árabes quinhentistas. Sobre o arco triunfal pintura do Calvário em madeira recortada. Pia de água-benta de grande qualidade escultórica. |
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Número IPA Antigo: PT031111100012 |
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Registo visualizado 1778 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal, composta por dois rectângulos justapostos, correspondentes ao corpo da igreja e ábside, tendo adossados a NO. torre avançada de planta quadrangular e a O. galilé, a S. alpendre e anexo rectangulares, a N. Sacristia quadrangular e dependências rectangulares. Volumes articulados de massa horizontalista e torre verticalista. Coberturas diferenciadas de telhados a 2 águas sobre o corpo da igreja, ábside e Sacristia, a 1 água sobre galilé, alpendre e dependências, e domo sobre a torre. Fachada principal orientada, sem embasamento, precedida de galilé rasgada por arco quebrado e coberta de madeira. No pavimento diante do portal quatro campas com inscrições. No 1º registo, enquadrado por painel de azulejos figurativos, pórtico em arco polilobado rematado por florões e ladeado por colunelos torsos de bases facetadas, com decoração vegetalista e antropomórfica; no 2º registo janela de moldura rectangular, gradeada; remate em empena angular encimada por cruz. À esquerda torre de 3 registos marcados por cornijas, vazados por frestas e pequenas janelas rectangulares a S., O. e N. e, no último, 4 sineiras em arco pleno; remate em cornija sob balaustrada acantonada por fogaréus. Fachada S. sem embasamento; no 1º registo alpendre parcialmente assente em colunata simples sobre muro, aberto por pequeno portão, com cobertura de madeira, albergando a porta lateral da igreja em arco quebrado e a do corpo anexo, de moldura rectangular; no 2º registo do pano da igreja 2 janelas rectangulares gradeadas; corpo do anexo com 2 janelas rectangulares de dimensões e planos diferenciados; pano da ábside com 2 janelas rectangulares; remates em cornija. Fachada E.: pano da ábside sem embasamento; pequena janela rectangular; remate em empena angular; Sacristia com janela rectangular. Fachada N.: sem embasamento; pano da ábside com janela rectangular; pano da Sacristia cego; corpo anexo com 4 janelas rectangulares a N. e porta rectangular ladeada à esq. por janela estreita, a O.; pequeno corpo da capela baptismal cego; pano do corpo da igreja com saliência marcada por cunhais; 2º registo cego; remate em cornija. INTERIOR: Nave única revestida de azulejos de padrão, tipo tapete, em azul e amarelo. A O. coro-alto rectangular com balaustrada sobre colunas e mísulas. A S. porta lateral encimada por 2 janelas rectangulares; pia de água-benta embebida na parede, de base facetada, helicoidal, e taça decorada com nastros, cingida por anel liso epigrafado. A N. capela-bapismal, pouco profunda, antecedida por arco a pleno-centro; revestida de silhar de azulejos de padrão e coberta por estreita abóbada de berço e albergando pia semi-esférica; púlpito com varanda de balaustres de madeira, com acesso por porta rectangular. A E. arco-triunfal quebrado sobre pilares sextavados com capitéis vegetalistas, encimado por "Calvário" em madeira e ladeado por altares com retábulos de talha dourada, o da Epístola de Nossa Senhora da Saúde e o do Evangelho de São Sebastião. Cobertura de tecto de maceira com caixotões pintados com emblemática sacra em medalhões com cercaduras de volutas, de onde pendem 2 lustres. Capela-mor revestida de azulejos de padrão azuis e amarelos, iluminada a S. por janela rectangular; pavimento lajeado com campa epigrafada sob o altar; a E. retábulo de talha dourada com tribuna e trono, com imagens de Nossa Senhora das Candeias e S. João Baptista, entre pares de colunas pseudo-salomónicas decoradas com cachos de uvas e parras e ladeadas por painéis de talha com nichos, com imagens de Nossa Senhora do Rosário e Santo António, sobre pequenas portas rectangulares de acesso à Sacristia; cobertura em tecto de maceira com caixotões. Na Sacristia antiga pia baptismal de taça helicoidal com decoração vegetalista de rosetas e enfiamentos de corolas. O cruzeiro do adro tem uma inscrição na face E.. |
Acessos
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Avenida Central, São João das Lampas. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,874698, long.: -9,398268 |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 9/2015, DR, 2.ª série, n.º 4 de 07 janeiro 2015 / ZEP - Zona Especial de Proteção, Portaria n.º 513/2018, DR, 2.ª série, n.º 196, de 11 outubro 2018 / Incluído na Área Protegida de Sintra - Cascais (v. PT031111050264) |
Enquadramento
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Urbano. Implantada em amplo lg. plano, junto a estrada. Isolada, circundada por adro murado com árvores de grande porte, com acesso por degraus a O., tendo defronte um cruzeiro. Nas proximidades casas térreas e de dois pisos, algumas de tipo rural, e no topo do rossio a Ermida do Espírito Santo (v. PT031111100062). |
Descrição Complementar
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Portal principal em arco polilobado com os segmentos superiores em cortina rematados por florões, sendo o central de maiores dimensões e com folhas de acanto; a arquivolta única é delimitada externamente por colunelos torsos decorados com rosetas quadrifoliadas, assentes em bases estreladas, com anéis, flores estilizadas e troncos podados entrançados, e encimados capitéis recamados de folhas; os colunelos prolongam-se acima do arco e terminam em florões idênticos ao central; pé-direito e arco são decorados com flores da aboboreira sustidas por hastes estriadas ondulantes, podadas, erguendo-se de 2 máscaras masculinas barbadas, na base, e seguras no fecho pela boca de outra máscara, semi-antropomórfica (semelhante a um símio), toucada com chapéu cónico; os colunelos interiores são lisos sobre bases semelhantes às dos do extradorso, com capitéis decorados com corolas e pequenas esferas. No INTERIOR as mísulas que sustêm o coro-alto são facetadas e esculpidas inferiormente com folhas e flores, e as colunas possuem bases facetadas e capitéis decorados com anéis (o da dir. em cordão), troncos podados entrançados e meias-esferas. Junto à porta lateral pia de água-benta monolítica, embebida na parede; a base é esculpida como uma mísula com forma de flor seguindo-se supedâneo torso estriado e 2 registos estrelados encimados por anel circular onde assenta a taça de extradorso helicoldal, estriada, com decoração de nastros enrolados em zigue-zague cintados por friso epigrafado com o nome do doador; o intradorso é escavado em flor do centro para a periferia, com pétalas recortadas em chaveta a circundar no rebordo da taça. O arco triunfal é facetado com capitéis vegetalistas, aparentando corolas recortadas. AZULEJO: EXTERIOR: O portal é enquadrado por azulejos de composição figurativa; monocromia: azul cobalto em fundo branco; temática: na parte superior do portal: São João Baptista no deserto e Baptismo de Cristo; início séc. 18. Do lado esquerdo: Figura masculina em tamanho real, a segurar livro e terço, sobre peanha com inscrição: COR CONTRICTUM. À direita: figura masculina em tamanho real, em gesto de silêncio (indicador encostado à boca), sobre peanha com inscrição: E SILECEO COR ME = UM VIGILAT; 30 azulejos de altura x 30 azulejos de largura na parte superior; 1°quartel séc.18. INTERIOR: CAPELA-MOR: paredes totalmente revestidas de azulejos de padrão dito de espiga (P-103) delimitado por barra (B-2) e friso (F-13); NAVE: paredes totalmente revestidas de azulejo tipo tapete, organizado em dois registos, separados por barra e friso; bicromia, azul e amarelo em fundo branco; registo inferior: padrão (P- 604) 6 x 6 azulejos, registo superior: padrão (P-466) 4 x 4 azulejos; separados por barra (B-13) e friso (F-13). Integrado no revestimento do registo superior, por cima do baptistério, um painel de composição figurativa, 5 x 5 azulejos, em policromia, representando o Baptismo de Cristo; legenda: OS MORDOMOS DE SÃO JOÃO MANDARAM FAZER ESTA OBRA. NA ERA DE 1665. Na parede do lado da Epístola, igualmente integrado no revestimento do registo superior, ao mesmo nível que o painel do Baptismo de Cristo, um painel de composição figurativa, 5 x 5 azulejos, em policromia, representando Nossa Senhora do Rosário: legenda: OS MORDOMOS DE NOSSA SENHORA DO ROZARIO MANDARAM FA ZER ESTA OBRA. NA ERA. DE 1666 ANOS. Altar-mor, altares laterais revestidos de azulejo de padrão, hispano-mourisco: ALTAR-MOR: pano sem moldura, composto por três padrões de aresta, dispostos em fiadas horizontais; no centro do pano, uma cruz formada por tarjas de azulejo branco, em cujas extremidades foram embutidos, em azulejo verde escuro, os cravos com que Cristo foi pregado; na parte superior da cruz, a inscrição INR(=Jesus nazareno rei dos judeus), realizada em esgrafitado; remodelações realizadas nos anos 60 alteraram a disposição dos azulejos que compunham a fiada superior. ALTAR LATERAL do Evangelho: azulejos de corda seca; vários azulejos desemparelhados nos lados, lacunas tapadas com azulejo de padrão igual ao das paredes da nave; ALTAR LATERAL da Epístola: azulejos de aresta; INSCRIÇÕES: EXTERIOR: 1. Inscrição funerária gravada em campa de calcário erodida pela passagem dos transeuntes. Possui dupla moldura em relevo com os cantos unidos por linhas convergentes a sugerir, em perspectiva, o volume duma arca tumular e ao centro um coração em relevo é circundado pelo texto epigrafado. Dimensões: (?); Campo epigráfico: (?) Tipo de Letra: Capital Quadrada. Leitura reconstituída: AQUI JAZ O [PADRE ...] Z D'AQUINO [...] D [...] NASCEU A [...1] DE NOVEMBRO DE 1791. FOI VIGÁRIO DE[STA FREGUESIA] [...] MORREU A [...] DE MARÇO DE [18]64. 2. Inscrição gravada em campa de calcário e ilegível devido à erosão. A moldura é idêntica à da inscrição nº. 1 mas ao centro tem uma moldura quadrangular em relevo circundada pelo texto epigrafado já desaparecido. 3. Inscrição funerária gravada em campa de calcário, sem moldura nem decoração. Superiormente apresenta um corte em semi-circulo acompanhando a base do pórtico; Dimensões: 1,80x95; Tipo de Letra: Capital Quadrada; Leitura reconstituída: AQUI [JAZ] JOAQUIM DOS SANTOS QHRESPIM(=CRESPIM) QUE NASCEU EM 20 DE JANEIRO DE 1875 E FALECEU NO DIA 26 DE NOVEMBRO DE 18[..] [...] PADRE NOSSO AVÉ MARIA*. 4 . Inscrição funerária gravada em campa de calcário, sem moldura nem decoração. Dimensões: 2,61x81; Tipo de Letra: Capital Quadrada; Leitura: AQUI JAZ JOAQUIM LIBÂNIO NOGUEIRA DE ANDRADE, QUE FALECEU NO DIA 27 DE JULHO DE 1893. O SEU SOBRINHO J.M.NOGUEIRA ANDRADE LHE MANDOU FAZER ESTE JAZIGO EM TRIBUTO DE SAUDOSA MEMÓRIA. PADRE NOSSO AVÉ MARIA*. INTERIOR: 1.Inscrição comemorativa de oferenda gravada na pia baptismal provavelmente da 1ª metade do século 16 como atesta a letra utilizada; Dimensões: 57x76; Campo Epigráfico: 5,5x76; Tipo de Letra: Gótica minúscula de forma; Leitura: João Álvares do Caçari(=Sacário) o moço, a pagou. 2. Inscrição gravada em campa de calcário, com moldura igual à das inscrições n.º 1 e 2 do exterior. O altar, fixado com cimento, sobre a campa oculta a inscrição gravada no campo epigráfico. No canto inferior esquerdo tem uma brecha. Dimensões: 1,03x109,5; Campo epigráfico: 11x70; Na primeira moldura tem grafitado em caracteres capitais quadrados o seguinte: SADNA(?) 1 NOVEMBRO 1580. No adro: Inscrição gravada em calcário no supedâneo do cruzeiro volvido para a porta da igreja, com moldura em filete. Campo epigráfico: 72x33; Tipo de Letra: Capital Quadrada; Leitura: MISSA QUE EM 10 DE OUTUBRO DE 1886 PIO 9º CONCEDE CEM DIAS DE INDULGÊNCIAS A QUEM REZAR PADRE NOSSO AVE MARIA CEM(?). |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 15 (conjectural) / 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 15 - data provável da construção primitiva, devendo relacionar-se com a dádiva de círios, candeias (velas de cêra), lâmpadas e um bodo de pão, vinho e refeições aos participantes nas festas de Nossa Senhora das Candeias e da Purificação, do Espírito Santo e de São João (santo das luminárias); 1421 - testamento de Martim Soudo referindo que em São João dos Porqueiros (antiga denominação de S. João das Lampas, que se manteve até 1600) havia uma igreja com prática de missa, uma albergaria e uma Confraria de São João; séc. 16, 1º quartel - Os bodos de comer e beber foram proibidos pelas Ordenações Manuelinas, exceptuando os do Espírito Santo, no Pentecostes; 1421 - testamento de Martim Soudo para se fazer sepultar na igreja; a igreja de São João dos Porqueiros, antigo nome da povoação, tem a Confraria de São João; séc. 16, 1ª metade - pórtico principal; pia baptismal; painel do "Baptismo de Cristo", na capela baptismal; 1510 - feitura da pia de água-benta em mármore, paga por João Álvares, morador em Sacário; séc. 16, década de 30 - obras no edifício, com construção da cobertura da capela-mor, da capela do Espírito Santo, no arco triunfal; feitura da pia baptismal; 1535 - a pedido dos paroquianos, D. João III emitiu carta régia permitindo a continuação dos bodos, com restrições para evitar abusos, e ordenando que a quarta parte das esmolas revertessem para a fábrica da igreja e confrarias; 1539 - a igreja passa a ter pároco próprio, residente no local, nomeado pelo de São Martinho de Sintra, a que se encontrava sujeita a igreja; 1545-1550 - execução de pinturas por Diogo de Contreiras; c. 1550 - a igreja, até então anexa à de S. Martinho de Sintra, é separada desta e erigida em Paróquia; séc. 16, final - pintura da tábua do Baptistério; séc. 17 - os fregueses iniciam várias contendas com São Martinho para obterem independência; feitura do púlpito; 1630 - sentença apostólica autonomizando a paróquia, cujo padre continua a ser nomeado pelo de São Martinho de Sintra; 1665 / 1666 - azulejos policromos de padrão que revestem a nave, oferecidos pelos mordomos do Padroeiro S. João e de Nossa Senhora do Rosário; pintura do tecto da nave, em brutesco; séc. 18, 1.ª metade - colocação dos painéis de azulejo; retábulos de talha e azulejos figurativos que enquadram o pórtico principal; 1771 - datação inscrita no relógio de sol localizado num cunhal; 1781 - o padre visitador refere a necessidade de ornamentos e insta para que se ponham crucifixos nas cruzes dos altares e que a Irmandade faça um relicário para se poder administrar o sagrado viático aos fregueses que moravam a grande distância; 1922, 10 julho - o pórtico da igreja é classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto n.º 8252, DG, 1.ª série, n.º 138; 1948 - o pórtico ameaça ruina, por infiltrações de água, sendo necessário consolidar as aduelas de cantaria e reconstruir os alpendres; 1951 - o pórtico encontra-se em carga, com vestígios de ruptura; 1953 - solicita-se a transferência para um museu de sepulturas romanas de incineração, prismáticas octogonais, existentes na galilé; 1958 / 1959 - a fachada lateral S. está em precário estado de estabilidade, sendo necessário escorá-la e cintá-la e reconstruir a cobertura da nave, que provoca impulso sobre a referida parede; 1960 - a estrutura de madeira sobre o pórtico está degradada, permitindo infiltrações de água; 1963 - a reconstrução da parede ficou incompleta e a galilé permanece demolida; 1965 - a igreja continua a ameaçar ruína e as pinturas do tecto a degradarem-se por infiltrações de água da chuva; o pórtico encontra-se muito sujo; 1968 - Infiltrações de água e azulejos a cair; 1969 - o pároco solicita autorização para a execução das obras da cobertura da igreja por administração directa, com acompanhamento e fiscalização da DGEMN; 1973 / 1974 - o tecto continua a deteriorar-se e anmaça ruina por infiltrações e desviu de uma das paredes mestras; 1976 - a DGEMN sugere a remoção do coro; 2004, 21 junho - por despacho do Ministro da Cultura, foi determinado o alargamento da classificação do Pórtico da Igreja de São João Baptista, de forma a incluir toda a Igreja e respectivo Adro; 2018, 25 junho - é publicado o Anúncio n.º 105/2018, referente ao projeto de decisão relativo à fixação da zona especial de proteção (ZEP) da Igreja de São João Baptista, matriz de São João das Lampas, e respetivo adro (DR, 2.ª série, n.º 120/2018); 2018, 11 outubro - é fixada a zona especial de proteção (ZEP), da Igreja Matriz de S~ºao João das Lampas e respetivo adro (Portaria n.º 513/2018, publicada no DR, 2.ª série, n.º 196). |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Calcário, madeira, azulejo, telha, betão armado. |
Bibliografia
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AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1963; Capelas de Sintra, B.M.S., 1987; DIAS, Pedro, Arquitectura Mudéjar Portuguesa: Tentativa de sistematização, Mare Liberum, nº 8, Dezembro de 1994; FLOR, Pedro, A autoria do Retábulo de Santa Maria de Almoster por Diogo de Contreiras (1540-1542), in ARTIS, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, 2004, n.º 3, pp. 335-341; PEREIRA, Isaías da Rosa, Subsídios para a História da Diocese de Lisboa do século XVIII, Lisboa, 1980; SILVA, Carlos Miguel Manique, O Pórtico Manuelino da Igreja Matriz de S. João das Lampas (Sintra), Faculdade de Letras de Lisboa, Lisboa, texto policopiado, 1995; SILVA, Carlos Manique, Iconografia do pórtico manuelino da Igreja Matriz de S. João das Lampas, in ARTIS, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, 2002, n.º 1, pp. 105-118; SOUSA, José Maria Cordeiro de, Inscrições Lapidares Portuguesas do Concelho de Sintra, Sintra, 1959, pp. 73-76. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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1958 - Escoramento da fachada S. com vigamento de madeira e reparação da mesma; 1959 - Consolidação da fachada S.: demolição e reconstrução parcial, com arranque e reassentamento de azulejos, demolição dos telhados dos alpendres, escoramento do telhado da nave, levantamento da cobertura mouriscada, reconstrução do valadio e de 3 janelas do lado S., aplicação cintas de betão armado para travamento das paredes mestras; 1965 - Reconstrução do alpendre: demolição do telhado e de paredes de cortina, arruinadas, reconstrução das mesmas com reboco e caiação, desmontando e montando de novo as colunas, reconstrução do telhado com armação de varas redondas de eucalipto; 1968 - Reconstrução dos telhados da capela-mor e Sacristia com armação de tijolo armado, incluíndo lâmina de compressão; substituição das restantes coberturas da igreja; cinta de betão armado para ligação e travamento das paredes, servindo de frexal; 1974 - Reparação dos telhados da nave, galilé, capela-mor e Sacristia; 1975 - Execução de nova cobertura; demolição de um corpo a N., rebaixamento da fachada, construção de cintas de betão armado para o telhado da nave e anexo N.; travamento e alteamento das paredes laterais; aplicação de estrutura de vigas, varedo e ripado de betão pré esforçado com fileira armada na nave e tijolo especial no anexo N.; cobertura em telha romana na nave e anexo; fixação de esticadores em vergalhão para ligação da cinta de travamento das paredes mestras; escoramento da esteira do tecto da nave, cuja estrutura de suporte deve ficar desligada da estrutura do telhado; completar a aba de madeira; reparação de telhados; conserto e pintura de portas, grades e caixilhos; pavimento de tijoleira e picagem e reboco das paredes do anexo N.; 1976 - Substituição da cobertura do cartório, com armação de betão pré-esforçado; levantamento do lajedo da galilé e reassentamento sobre massame hidráulico; construção de panos de tijolo, paredes de alvenaria e portas para casa mortuária; assentamento de caixilhos e grades nas janelas N.; levantamento e recolocação de azulejos da nave; construção de instalações sanitárias; conserto da aba e tecto da nave, fixando e reconstruindo molduras; emboço e reboco com picagem de paredes e tecto da Sacristia; conserto dos taburnos da nave, com levantamento e nivelamento; limpeza do forro e varedo de madeira do telhado da galilé; assentamento de azulejos antigos existentes na igreja; levantamento, limpeza e recolocação dos azulejos da parede N., com escoramento feito por meio de taipais; picagem de estuque e reboco; demolição de maciço de alvenaria da escada do coro, com levantamento de azulejos; execução de escada em madeira; recolocação dos azulejos na parede da escada e altar lateral esq.; assentamento de portas em casquinha; 1977 - Restauro do guarda-vento de pau-santo da entrada; assentamento de azulejos de barro vidrado de cor roxa para completar painéis junto à escada do coro; assentamento de azulejos junto ao altar-mor; 1979 / 1980 / 1983 - Reparação da instalação eléctrica, instalação de som e aquecimento. |
Observações
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Autor e Data
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Paula Noé 1991 / Lina Marques, Filipa Avellar e Paula Correia 2002 |
Actualização
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