Palácio dos Marqueses de Angeja / Museu Nacional do Traje
| IPA.00006223 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Lumiar |
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Arquitectura residencial, pombalina e neoclássica. Palácio setecentista de planta trapezoidal irregular, com duas alas em L, integrando no todo de uma delas, capela longitudinal composta por nave e capela-mor, e formando três pátios interiores, de diferentes dimensões. Fachadas de dois pisos, separados por friso, com cunhais e panos definidos por pilastras em silharia fendida, terminadas em cornija e beirado simples, e coberturas em mansarda com águas-furtadas, tipicamente pombalinas. A fachada principal, precedida por terreiro, fechado por alto muro, apresenta linguagem neoclássica, com cinco panos, rasgando-se no primeiro três arcos abatidos com aduelas em cunha, formando átrio central, encimadas por janelas de sacada, de perfil abatido, molduras recortadas e almofadadas, sobrepujadas por cornija e com guarda de ferro, e, nos extremos, portal abatido, em silharia fendida encimada por janela de peitoril de igual moldura e pano de peitoril almofadado. A fachada lateral esquerda, virada à rua, é de estilo pombalino, com corpo principal de três panos, o central rasgado por janelas de peitoril de molduras recortadas, encimadas por duas de sacada comum ladeadas por outras de peitoril, com molduras recortadas e fecho saliente, e os laterais por portal de moldura recortada e cornija encimada por janela de peitoril idêntica, mas com cornija e pano de peitoril de cantaria. No topo da fachada, a capela, destaca-se, terminando em frontão triangular, tendo portal de verga recta e moldura recortada encimada por cornija e janela de sacada igual às do pano central. A partir do portal de verga recta com pingentes, friso e cornija do átrio, acede-se ao interior, com vestíbulo, tendo lateralmente portas de distribuição para as divisões de complexa articulação e, frontalmente, escada de acesso ao andar nobre, em mármore, de quatro lanços rectos e arranque volutado. As salas apresentam nas paredes silhares de azulejos pombalinos, de padrão fitomórfico policromo ou de composição figurativa, com cenas galantes, pastoris e profanas, pinturas murais neoclássicas, ao gosto D. Maria I e estilo naturalista ao gosto de Pillement, e com chinoiseries, mostrando afinidades com as pinturas murais da Quinta da Francelha de Cima (v. PT031107230018) e da Quinta Alegre (v. PT031106130070) e ainda as da Casa Nobre da R. de Avis, nº 41 - 47, em Évora (v. PT040705070103); tectos octogonais, o do salão nobre com larga sanca, com estuques trabalhados e pintados tardo-barrocos. Capela decorada ao gosto pombalino, com paredes em marmoreados fingidos formando apainelados, silhares de padrão fitomórfico, e tectos em falsa abóbada com estuques, tendo coro-alto em cantaria, prolongado por galeria ao longo da capela, criando tribunas laterais, em arco abatido sobre pilastras e guarda vazada, e retábulo-mor pombalino, de planta recta e três eixos. |
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Número IPA Antigo: PT031106180380 |
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Registo visualizado 1830 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Quinta Palacete
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Descrição
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Planta trapezoidal irregular, com duas alas bem definidas em L, a E. e a S., integrando esta última, a O., virada à estrada, capela longitudinal e formando dois pátios interiores, um deles maior. Massa de predominância horizontal, com volumes diferenciados e cobertura em telhados de duas, três e quatro águas, em telha de canudo, com mansardas revestidas a telha e integrando águas-furtadas quadrangulares, com telhados de três águas e caixilharia de guilhotina. Fachadas de dois pisos, em alvenaria rebocada e pintada a "rosa pompadour", separados por friso em cantaria, terminadas em friso e cornija sobreposta por beirado simples, cunhais e panos ritmados por pilastras em silharia fendida, e rasgadas regularmente por vãos rectilíneos moldurados a cantaria e com caixilharia de guilhotina e portas de uma ou duas folha, em madeira pintada de verde, por vezes integrando bandeira. Fachada principal, virada a E., para o pátio principal, de cinco panos, definidos por pilastras em silharia fendida, abrindo-se, no primeiro piso, três arcos abatidos centrais, em silharia fendida e aduelas em cunha, formando átrio, e lateralmente dois portais igualmente abatidos e em silharia fendida, lateralmente recortadas e com voluta no fecho, com portas de duas folhas e bandeira, em madeira pintada de verde. No segundo piso, sobre os arcos do átrio, rasgam-se três janelas de sacada, de verga abatida, com molduras lateralmente recortadas e encimadas por cornija, com portas de duas folhas e bandeiras recortadas envidraçadas, e guarda em ferro forjado, com decoração fitomórfica, coroada nos cantos por pinhas; nos panos laterais, abrem-se janelas de peitoril de igual modinatura e pano de peitoril em cantaria. Ao cunhal direito, adossam-se recuados dois outros panos, separados por pilastra toscana de massa, pintada de branco, semi-encobertos pelo muro que intercepta a fachada, rasgando-se no primeiro piso arco abatido, sobre pilares de cantaria e chave saliente, de acesso ao pátio maior interior, e janela de peitoril, moldurada e gradeada em ferro forjado, e, no segundo piso, duas janelas de peitoril, com caixilharia de guilhotina, a esquerda com moldura ladeada por pingentes e com chave revelada e a da direita simples. Perpendicularmente a esta, desenvolve-se fachada de dois panos, definidos pela diferença de alturas do pé-direito, o esquerdo rasgado por portal de verga recta e moldura simples, sobrepujado ao nível do segundo piso, por janela de peitoril, simples, e o da direita rasgado no primeiro piso, por dois portais, um com moldura boleada, e janela central, com moldura simples, e no segundo, por óculo circular, com dupla moldura, e duas janelas de peitoril. Estas fachadas formam pátio com calçada à portuguesa. Fachada lateral S. de dois pisos e seis panos, separados por pilastras em silharia fendida, sendo o primeiro pano cego; os três seguintes, apresentam ritmo de vãos simétrico, rasgando-se no, central, mais largo, ao nível do primeiro piso, seis janelas de peitoril, com molduras de pingentes laterais, fecho relevado, gradeadas a ferro forjado, de decoração fitomórfica, tendo as duas centrais molduras prolongadas e pano de peitoril almofadado; ao nível do segundo piso, sobrepujam-nas duas janelas de sacada comum, central, com molduras superiormente mais largas e colchetes no fecho, e guarda em ferro forjado, com elementos fitomórficos simétricos, ladeadas por duas janelas de peitoril, de molduras semelhantes, formando inferiormente falsos brincos rectos. Os panos laterais são rasgados por portal de verga recta, com moldura de pingentes laterais e encimada por cornija, com portadas em madeira de almofadas, e bandeira envidraçada, sobrepujado por janela de peitoril, com moldura igual às de sacada, mas encimada por cornija e tendo inferiormente pano de peitoril almofadado. Sobre a cobertura, surgem duas chaminés cilíndricas, remate piramidal, assentes em plintos quadrangulares. Os últimos dois panos do lado esquerdo, recuam relativamente aos anteriores, rasgando-se no primeiro, em cada um dos pisos, pequena janela gradeada, de molduras simples. O último pano, corresponde à fachada principal da capela, terminando em frontão triângular, coroado nos ângulos por fogaréus, a meio do lado esquerdo por sineira, e ao centro por cruz latina em ferro, sobre plinto paralelepipédico em cantaria; é rasgada por portal de verga recta e moldura superiormente recortada, com pingente, encimada por cartela vazia e cornija assentuada, com porta de duas folhas em madeira pintada de verde, sobrepujado por janela de sacada semelhante às dos outros panos; no tímpano, abre-se óculo circular. A fachada O., encontra-se encoberta pela densa vegetação e a lateral N. quase totalmente oculta pelo restaurante. O átrio, calcetado com seixos rolados brancos e negros formando padrões geométricos, tem as fachadas pintadas de branco, com embasamento em cantaria, frontalmente de três panos divididos por pilastras toscanas, assentes em plintos quadrangulares, rasgando-se no central, portal de verga recta, com moldura ladeada por pingentes e encimada por duplo friso e cornija recta, com porta de duas folhas, em madeira pintada de verde e ferragens em ferro forjado recortado; e nos laterais, duas portas, com molduras superior e lateralmente recortadas, com portas de duas folhas e bandeira, de madeira pintadas de verde; nas paredes laterais rasga-se portal, igual aos anteriores e ao embasamento encostam-se bancos corrido, sobre mísulas, em cantaria, formando L. Tecto pintado de branco, adornado ao centro, por pedra de armas dos 2ºs Duques de Palmela. INTERIOR de complexa articulação de compartimentos, sobretudo no primeiro piso, com paredes rebocadas e pintadas, pavimento em cantaria, mosaico, tijoleira e em soalho, e tectos em alvenaria rebocada e pintada, com ligação entre os três pisos através de escadas, tendo um total de doze escadas de serviço, duas destas em caracol, localizadas sobretudo nas zonas de arrecadação, da reserva e da capela. O portal principal dá acesso ao vestíbulo, pavimentado a mármore e com cobertura em falsa abóbada de aresta, a partir do qual se desenvolve a escadaria principal, de arranque volutado, e de quatro lanços rectos, em mármore branco e vermelho no corredor e no corrimão, com a parede apresentando silhar de cantaria almofadada. Lateralmente o vestíbulo dá acesso à recepção, à direita, por porta de verga abatida, de quatro folhas e bandeira, espelhadas, e, à esquerda a corredor de distribuição, antecedido por porta igual. O corredor dá acesso a várias salas, formando-se dois espaços distintos, um quase sem aberturas, de pequenos espaços que se comunicam de forma contínua e labiríntica; e o outro, de espaços amplos com vista sobre o Lg. de São João Baptista e para o Parque. Este último conjunto de salas, expostas ao longo da fachada S. e O. formam um percurso interior, em L e apresentam silhares de azulejo de padronagem policroma, à excepção da primeira sala, pertencente à acção educativa, com azulejos monocromos, a azul sobre fundo branco, com açafates; as salas que se encontram a O. apresentam para além dos silhares de azulejos, estuques decorativos e duas destas lareiras, sendo uma em mármore, formando cornija contracurvada, com peça decorativa em ferro forjado no interior. Uma das salas apresenta duas estantes embutidas, nas paredes laterais, sendo uma destas, uma porta disfarçada, de acesso ao corredor, e a última sala do lado S. contém uma estante fixa à parede frontal, que cobre toda a parede. Ao longo do corredor surgem duas casas de banho, com silhares de azulejos brancos e friso geométrico a azul, e pavimento em tijoleira. A meio do corredor, surge um outro, de acesso à biblioteca, zona de fotocópias e antigas cozinhas, pavimentados a cantaria e em mármore na biblioteca. Na zona das antigas cozinhas surgem duas chaminés em ângulo, em arco de asa de cesto, revestidos a azulejo monocromo, e porta de acesso ao pátio interior grande. Na caixa da escadaria principal, no segundo piso, rasgam-se seis janelas de peitoril, três na parede O. e outras três a N., com molduras superiormente recortadas e tendo lateral e inferiormente pingentes, em mármore creme e friso dourado, sendo as primeiras três falsas e espelhadas; o tecto é pintado a azul e creme, com trabalho decorativo em estuque natural. As escadas conduzem a hall, com pavimento em mármore formando xadrez, rosa e creme, com paredes pintadas em tons claros, com moldura em pinturas murais, com silhares de azulejos policromos de dois módulos e barra inferior a roxo maganés, e com pinturas murais ao centro do tecto. Este espaço dá acesso a cinco salas, um corredor e umas escadas em caracol de acesso ao terceiro piso. O corredor, apresentando uma cota mais baixa que os restantes espaços, tem paredes e tecto em contraplacado pintado de branco e pavimento revestido a alcatifa, e serve para exposições temporárias; dá acesso a salas inter-comunicantes, usadas para apresentação de slides show, apresentações powerpoint, etc, com contraplacados pintados a castanho e amarelo e pavimento também revestido a alcatifa, com acesso à tribuna da capela. As salas acedidas pelo hall, interligam-se dando a um total de sete salas, dispostas a E. e a S., formando um L, que acolhem a exposição permanente, à excepção de duas, onde ficam os escritórios. Todas as salas apresentam pavimento revestido a soalho de madeira; o antigo salão nobre, a E., tem tecto abobadado, lareira em mármore semelhante à do primeiro piso, e uma outra sala tem também lareira, em mármore, de linhas mais rectas. Em termos decorativos, as sete salas têm tectos com estuque decorativo, três salas têm painéis de azulejos com composições figurativas e um variado número de compartimentos têm azulejos de padronagem. Quatro salas apresentam pinturas murais tendo ainda num compartimento, quatro cantoneiras com portas pintadas e um outro com quadros a óleo nas bandeiras fixas das portas e janelas. De acesso exterior, pelo pátio pequeno junto à fachada principal, fica a sala dos teares, antiga cocheira, ampla, pavimentado a tijoleira, tendo longitudinalmente a meio, duas fileiras de pilares, superiormente unidos pelo vigamento, subdividindo o espaço em três, e a percorrer as paredes laterais, surgem as manjedouras, em cantaria, com várias argolas de ferro apenas interrompidas pelos vãos laterais de acesso ao jardim. CAPELA de planta longitudinal, composta de nave única e capela-mor, mas de volume único, no extremo O. do edifício. INTERIOR com paredes percorridas por silhar de azulejos de padrão fitomórfico policromo e pintadas a marmoreado fingido sobre estuque de cor amarela castanho, verde e rosa pompadour, formando apainelados sublinhados por fino friso de estuque branco. Coro-alto em cantaria, sobre consolas volutadas, com guarda de balaústres de secção quadrangular e acrotérios, em cantaria, com silhar de azulejos igual, pavimento em soalho e tecto em tons de rosa, amarelo e verde, estucado, com medalhão fitomórfico, ao centro, suportado por mísulas em cantaria; na parede fundeira rasga-se vão de verga recta, com moldura recortada, acedida por duas portas, de verga recta em madeira pintada a creme. O coro-alto prolonga-se no lado da Epístola por uma galeria que percorre toda a capela, criando tribunas e um percurso em L, onde as paredes são rebocadas e pintadas a branco, tendo silhar de azulejos igual e tecto em madeira pintada a creme ou em estuque decorativo, com medalhão oval fitomórfico, ao centro; esta galeria é seccionada por porta de madeira pintada a verde, tendo lateralmente uma outra de acesso à nave, e ao fundo uma para a tribuna do retábulo-mor. No sub-coro, surge guarda-vento em madeira, de duas folhas almofadadas e superiormente envidraçadas, com pilastras laterais, assentes em plintos paralelipipédicos, e rematada em friso e cornija recta coroada por pináculos; é ladeado, no lado da Epístola, por pia de água benta em mármore, em concha, e, no lado do Evangelho, por pequeno confessionário embutido, em madeira; tecto do sub-coro pintado, com medalhão fitomórfico, ao centro, em estuque. Lateralmente, rasgam-se dois vãos confrontantes, de verga recta, acedendo, o do lado da Epístola, ao coro-alto, através de escadas em caracol, de madeira, com rodapé em azulejo monocromo e friso em roxo manganês, e, o segundo, formando pequenas cartelas horizontais em azul cobalto e fundo branco. Junto ao sub-coro, dispõe-se, do lado do Evangelho, púlpito móvel em madeira, hexagonal em madeira, de faces almofadadas. Nas paredes laterais da nave, rasgam-se, superiormente, quatro tribunas, confrontantes, em arco de asa de cesto, sobre pilastras almofadadas, de moldura recortada e volutada encimada por cornija contracurvada e com guarda vazada de enrolamentos. Ângulos da nave com pilastras almofadadas e arco-triunfal de volta perfeita, sobre pilastras toscanas, ambos almofadados, de fecho relevado e encimado por palmeta. Pavimento em mármore e tecto em falsa abóbada de berço, com estuque pintado. Capela-mor rasgada lateralmente por portas de verga recta e moldura recortada, encimadas por tribunas iguais às da nave, pavimento em cantaria em tons de rosa e amarelo, formando losango e tecto em falsa abóbada de berço, pintado em tons de rosa e amarelo e com estuque decorativo, com medalhão ao centro enquadrando composição pictórica. Sobre o supedêneo acedido por dois degraus, dispõe-se o retábulo-mor, em talha de marmoreados fingidos, a tons de verde e rosa velho, e dourado, de planta recta e três eixos, o central mais alto, definidos por pilastras de fuste almofadado, assentes em plintos quadrangulares almofadados e de capitéis coríntios; ao centro, abre-se tribuna em arco de volta perfeita, com moldura de friso dourado, interiormente com pinturas murais, em tons rosa e verde, e albergando trono expositivo de cinco degraus escalonados e de ângulos facetados, à excepção do primeiro, os dois primeiros decorados com grinaldas de flores, o terceiro com aletas e os dois últimos com enrolamentos e concheados, encimado por maquineta, desnudo, superiormente formando baldaquino; nos eixos laterais rasgam-se nichos, em arco de volta perfeita e interior côncavo, com aleta no fecho, superiormente decorado com elementos vegetalistas e tendo mísula saliente, com a mesma linguagem, sustentando imaginária; ático adaptado ao perfil da cobertura, com apainelados decorados por motivos fitomórficos e, ao centro, fragmentos de frontão curvo, encimado por resplendor em talha dourada. Sobre o sotobanco moldurado, surge sacrário tipo templete, de planta circular, rematado por cúpula concheada, com símbolos da Eucaristia na porta. Altar tipo urna, em talha dourada e marmoreado fingido a verde e amarelo, com frontal moldurado, decorado por cruz de malta ao centro. Lateralmente, sob os nichos, rasgam-se portas de verga recta, de moldura superiormente recortada sustentando cornija curva com motivos fitomórficos, que se unem às mísulas dos nichos; a do lado do Evangelho dá acesso à tribuna e ao segundo piso, e a do lado da Epístola à sacristia. Esta tem paredes pintadas de amarelo e rosa e pavimento igual ao da nave, tendo em frente da porta, pia de água em concha e lavabo em mármore rosa de espaldar definido por aletas, com uma bica, rematado em friso com botão e cornija recortada e bacia, em mármore branco, de perfil igualmente recortado. |
Acessos
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Paço do Lumiar; Largo Júlio de Castilho, n.º 2; Estrada do Lumiar, n.º 10-12 |
Protecção
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Incluído na classificação do Paço do Lumiar (v. IPA.00021768) |
Enquadramento
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Urbano, destacado e isolado, implantado junto à Estrada do Lumiar, próximo da Calçada da Carriche. O Palácio integra-se na quinta do Monteiro-Mor (v. PT031106180381), com entrada principal a E., em semicírculo, virada ao Lg. Júlio de Castilho (antigo Lg. da Duquesa), calcetado à portuguesa, e onde se ergue o Chafariz do Boneco ou Fonte de São João Baptista (v. PT031106180997). A fachada principal do palácio é antecedida por pátio rectangular, em terra batida, com cercadura em pedras basálticas negras, e com um friso largo de cor branca, sendo delimitado, à direita, pelo muro que envolve a propriedade, e, à esquerda, pela fachada principal da loja e, no seu enfiamento, pelo portal de entrada para o jardim. Próximo da fachada O. ergue-se o Palácio Monteiro-Mor (v. PT031106180107) e a N. o Palácio é envolvido pelo extenso jardim e parque da Quinta. Na proximidade, implantam-se a Quinta do Espie (v. PT031106180798), de frente para a fachada lateral S., a Igreja de São João Baptista (v. PT031106180408) e respectivo cruzeiro (v. PT031106180842). Na zona do Lumiar, destacam-se ainda outras edificações de interesse arquitectónico, como o Colégio Manuel Bernardes / Quinta dos Azulejos (v. PT031106180071); Casa da Quinta de São Sebastião (v. PT031106180795) e o edifício setecentista onde viveu e faleceu Júlio de Castilho (v. PT031106180774). |
Descrição Complementar
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O pátio principal é delimitado no extremo N. a Loja do Museu, de planta rectangular desenvolvida horizontalmente, com fachadas em alvenaria rebocada e pintada, rasgando-se na fachada principal, três portas cocheiras, com molduras simples assentes em plintos paralelepipédicos, em madeira pintada de verde, e interior, pintado de branco, e tecto em abobadilhas de arestas, assentes em pilares, em tijolo de burro. A planimetria do palácio forma dois pátios, delimitados pelas fachadas, um de grandes dimensões, acedido pelo vão em arco abatido, da fachada principal a partir do pequeno pátio lateral, e que tem planta rectangular com a extremidade N. em semicírculo, pavimentado a seixos rolados negros encontrando-se a um nível inferior lajeamento antigo. Na zona circular, rasgam-se, no primeiro piso, largo vão rectilíneo, uma porta e janela jacente, e, no segundo, três janelas de peitoril, todos com molduras simples; nas paredes E. e O. abrem-se no primeiro piso, três portas, sendo as do lado E. todas de diferentes tamanhos, uma janela jacente e, no segundo piso, três janelas de peitoril, duas gradeadas; sobre a cobertura, a E. surgem duas altas chaminés circulares; no lado S., rasgam-se, nos dois pisos, vãos moldurados, um já sem a cantaria, e no piso superior janelas envidraçadas, que correspondem às da escadaria nobre. O outro pátio, situado na ala O., acedido pela biblioteca, tem planta irregular, pavimento a calçada portuguesa, rasgando-se na fachada, no primeiro piso, duas portadas envidraçadas, com moldura recortada, e fecho decorado, e, no segundo piso, duas janelas também molduradas; na fachada a E. abre-se pequena porta do lado esquerdo e do lado oposto, no segundo piso tangente ao canto da parede, uma janela com moldura simples, no outro extremo, pequeno óculo circular e no canto surge uma pequena gárgula esculpida em cantaria. AZULEJO: as molduras que cercam as cenas temáticas, apresentam essencialmente elementos livres, de gramática fitomórfica, concheados, envolvendo açafates, aves e asas de morcego, reproduzidos com grande fluidez, invadindo o espaço dedicado à iconografia. As cores utilizadas são: o verde, o azul-cobalto, o roxo maganês e o amarelo. Existe porém uma sala que apresenta silhares de azulejo monocromo, utilizando apenas o azul-cobalto, mas com várias tonalidades (sala de jantar). Os azulejos de composição figurativa são dedicados à vida quotidiana e ao lazer, surgindo cenas dedicadas à música, a concertos ao ar livre, à dança, às fêtes galantes, ao jogo, ao exotismo, ao glamour, à caça, à pescaria, etc. Existem também diversas salas com azulejos policromos pombalinos, de um ou mais módulos. CANTONEIRAS: existem três salas com cantoneiras, o salão nobre, a sala pequena de acesso à sala de jantar e ao salão e uma das salas do 1º piso com lareira; as do salão são envidraçadas de vidro rubro, destacando-se o minucioso trabalho decorativo em talha dourada, no remate com concheados. As da pequena sala são abauladas, também decoradas com concheados, em talha dourada envolvendo pinturas murais que cobrem grande parte das portas; estas pinturas apresentam cenas pastoris e figuras à beira rio, de expressão dramática e melancólica. Os tons utilizados são essencialmente os nacarados como o creme e o verde, utilizados nos rochedos, no céu e na água, que contrastam fortemente com tons vivos, como o vermelho e tons escuros provocados pelas sombras, troncos e ruínas e que se misturam com os tons claros. As cantoneiras da sala do 1º piso são em madeira pintada a branco com frisos dourados, sem decoração e muito rectilíneas; a parte inferior é composta por duas portas falsas e a superior é vazada rematando em arco de volta perfeita, tendo no interior três prateleiras. Nos corredores labirínticos observam-se mais três cantoneiras iguais, à excepção de uma onde o corpo superior é composto por duas portas com frisos a imitar as prateleiras e lombadas de livros que preenchem falsamente as mesmas. ESTUQUE: no primeiro piso algumas salas apresentam estuque no tecto de carácter simples formando apenas molduras rectilíneas, e no segundo piso várias salas (que inicialmente serviam de convívio e onde se encontra actualmente a exposição permanente) têm decoração em estuque no tecto; este é bastante trabalhado, predominando as linhas curvas, assimétricas, os florões concheados, os ornatos flamígeros e serpentinos de raiz orgânica e o sentido de movimento e vivacidade. As cores utilizadas são: o rosa pompadour, o verde água, o amarelo pálido, o azul pálido e o branco. A capela apresenta um trabalho em estuque mais extenso, prolongando-se até às paredes, numa linguagem diferente das restantes salas, mais delicada, destacando-se os motivos fitomórficos, as laçarias, os florões, e os medalhões de louros, em tons claros, como o rosa, o verde água e o amarelo ocre. Três salas apresentam estuques temáticos: numa sala alusivos às quatro estações, onde aparecem instrumentos ligados à agricultura e à jardinagem e frutas autóctones; troféu alusivo à Física - esfera celeste, folhas, esquadro, flautas, etc. (salão nobre), medalhão central com motivos de caça (sala de jantar), e representação iconográfica de Zeus, símbolo de poder, justiça e bondade - representação ao centro de uma águia que segura com as garras quatro raios assente sobre uma nuvem (vestíbulo de entrada). HERÁLDICA: a pedra de armas dos 2ºs duques de Palmela, inserida no tecto do átrio apresenta dois escudos esquartelados coroados com coroa de duque, ornados com pendor da Ordem de Cristo; do lado esquerdo surge padrão de armas dos Sousa e do direito as do 1º conde da Póvoa (escudo esquartelado, tendo no primeiro quadrante o escudo dos Teixeiras, no segundo o dos Sampaios, no terceiro o dos Amaraes e no último o dos Guedes). PINTURAS MURAIS: No hall do segundo piso, antiga sala de recepção, as paredes apresentam finas e delicadas molduras muito simples criadas por folhagens de acanto, em rosa pompadour. No salão, surgem sobreportas molduradas e pintadas com paisagens marítimas, um aspecto exterior do palácio e do adro da Igreja de São João Baptista e uma vista sobre o pátio principal de entrada. A antiga sala de jantar e a sala da música, pertencentes hoje à zona de exposição permanente, apresentam molduras largas pintadas, que enquadram as paredes: na sala de jantar existem pinturas formando pilastras que mostram pequenas panóplias pendentes a separar medalhões pintados em grisalha sobre estandartes; na sala de música as paredes têm pilastras pintadas com temas pompeianos e brutescos muito finos e, nos cantos, algumas pilastras decoradas com festões de instrumentos musicais e partituras. Numa outra sala de acesso à tribuna da capela, chamada de Sala Chinoiserie, destacam-se as pinturas nas paredes e no tecto, com grinaldas de folhagens entrelaçadas com flores, candelabros, laçadas e, apenas nas paredes, medalhões. São ornatos de tons nacarados como os verdes água, os azuis, os amarelos e o rosa pompadour em pequenos apontamentos, que contrastam com o rosa pompadour no fundo dos medalhões, criando molduras nas paredes. Os medalhões apresentam cenas de chinoiserie, muito simplificadas, pintadas a creme sobre fundo rosa pompadour. O tecto da nave da capela, apresenta pequenas molduras contendo representações de querubins e, ao centro da composição, quadro oval onde se observam três anjos esvoaçantes, um deles de costas, o do meio de faixas brancas a envolvê-lo, com um ramo verde na mão e com três pequenas coroas, e o terceiro, que é contemplado pelos outros, encontra-se em posição inferior no painel, de panejamentos vermelhos, sobre uma nuvem. O tecto da capela-mor apresenta numa cartela central circular, composição de querubins envolvendo a representação do Espírito Santo, e a enquadrar, quatro cartelas circulares com rosas rubras (simbólica ligada ao catolicismo ancestral). |
Utilização Inicial
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Residencial: quinta |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DGPC, Decreto-Lei n.º 115/2012, DR, 1.ª série, n.º 102 de 25 maio 2012 |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Manuel de Carvalho e Negreiros (1789); Joaquim Cabeçada Padrão (1970 / 1975). BOTÂNICO: Domenico Vandelli (1750). PINTOR / DECORADOR: António Manuel da Fonseca (1841). |
Cronologia
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Séc. 18 - aquisição desta e de outras propriedades próximas por D. António de Noronha (1680-1735), o 2º marquês de Angeja, que formou uma vasta quinta; posteriormente, herdou-a D. Pedro José de Noronha de Albuquerque Moniz e Sousa (1716-1788) *2, o 3º marquês de Angeja, que mandou construir o actual palácio dos Marqueses de Angeja, onde pretendia instalar um Museu de História Natural; 1754 - data do incêndio ocorrido no palácio dos Marqueses de Angeja na Junqueira, (v. PT031106020294), e provável inicio da construção do palácio no Paço do Lumiar; 1789 - sob a orientação do 4º marquês, o arquitecto Manuel de Carvalho e Negreiros, filho de Eugénio dos Santos, realizou dois desenhos, um com três pedestais para se colocarem estátuas e o outro com um projecto para a Quinta, tendo desenhados dois prospectos de chafarizes; 1790, cerca - decoração do interior da capela; 1808 - no fim da primeira invasão francesa, o General Wellesley estabeleceu o seu quartel-general no palácio; 1827 - a quinta foi herdada por uma filha do segundo casamento do 6º marquês de Angeja; 1833 - após falecer sem descendentes, a quinta foi herdada pela terceira esposa e viúva do 6º marquês de Angeja, D. Mariana José Rita de Castelo Branco (1794-?); séc. 19, inícios - execução das pinturas neoclássicas na capela; 1840 - aquisição da propriedade pelo 1º marquês do Faial e 2º duque de Palmela, D. Domingos de Sousa Holstein Beck (1818-1864) à herdeira da casa de Angeja, D. Mariana de Castelo Branco; a propriedade sofreu significativas alterações e obras de restauro no palácio e no jardim de acordo com o gosto romântico da época; 1841 - construção do pavilhão neogótico, destinado a viveiro de aves e hoje ocupado pelo restaurante do Museu Nacional do Traje; colocação das armas dos Palmela no tecto da galilé; delineação de uma vasta zona de jardim à inglesa com pequenos recantos românticos; inauguração do palácio com duas festas para as quais interveio o pintor António Manuel da Fonseca que desenhou e pintou quadros alegóricos, na sala da música e na sala de jantar; séc. 19, meados - o palácio foi palco de numerosas festas, bailes e jantares requintados e deslumbrantes *3; 1932 / 1935 - instalação provisória na Capela do palácio da Capela de Santa Rita de Cássia da freguesia de São João Baptista do Lumiar, no período entre o incêndio e a reconstrução da Igreja Paroquial; 1939 / 1945 - a partir da 2ª Guerra Mundial, o palácio Angeja-Palmela passou a funcionar como colégio religioso de belgas refugiadas; 1969, antes - a propriedade foi ocupada pela 3ª duquesa de Palmela e pela 7ª Marquesa de Tancos, irmã do 4º duque de Palmela, D. Maria José Holstein Beck Campilho, que faleceu em 1969; 1970 - incêndio no palácio, na sequência do qual se efectuaram obras de restauro coordenadas pelo Arquitecto Joaquim Cabeçada Padrão, que teve a preocupação de conservar a sua trama original, que se mantêm até hoje; 1975, 27 Setembro - por Decreto-Lei n.º 558 foi autorizada à Direcção-Geral da Fazenda Pública adquirir a chamada "Quinta do Monteiro-Mor" que incluía o Palácio dos Marqueses de Angeja, a Casa do Monteiro-Mor, uma casa do séc. 18, o Jardim Botânico e uma zona verde com 11 hectares; 1976, 4 Fevereiro - aquisição da propriedade (palácio e parque) pelo Estado Português a D. Isabel Juliana de Sousa e Holstein Beck Campilho, por intermédio do pintor Ruben A., então Director-Geral dos Assuntos Culturais; 1977 - inauguração do Museu Nacional do Traje no Palácio e abertura ao público do jardim botânico do palácio; 1978 - o Museu Nacional do Traje recebeu o Prémio Especial Museu do Ano pelo Conselho da Europa; 1991, 09 agosto - o museu é afeto ao Instituto Português de Museus, Decreto-Lei n.º 278/91, DR, 1.ª série-A; 1993 - o Museu Nacional do Traje recebeu o Prémio Melhor Museu Português, pela APOM; 1994 - palácio, quinta e museus foram abrangidos pelo Plano Director Municipal, ref. 18.02; 1997 - classificação do Conjunto do Paço do Lumiar; 1999, 24 Junho - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN; 2007, 29 março - o imóvel é afeto ao Instituto dos Museus e Conservação, I.P. pelo Decreto-Lei n.º 97/2007, DR, 1.ª série, n.º 63. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada; pavimento, escadas, molduras de vãos, vasos, sineira, pináculos, friso e cornija, pilastras, gárgula, guardas e pias de água benta em calcário; pavimento em mármore; silhares de azulejos tradicional e industrial; pavimento em mosaico; pavimento em tijoleira; pavimento forrado a alcatifa; janelas, portas e guarda-vento com vidro simples; janelas e portas com espelho envelhecido; tectos, paredes, e arco triunfal com estuque pintado e trabalhado; ferro forjado e fundido; zinco; portas, caixilharia, guardas, púlpito e tectos em madeira simples e pintada, pavimento em soalho, retábulo e altar-mor em talha dourada e policroma; pavimento em tijolo; cobertura em telha. |
Bibliografia
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AAVV, Monografia do Lumiar, Junta de Freguesia do Lumiar, Lisboa, 2003; BARBOSA, Inácio de Vilhena, Fragmentos de Um Roteiro de Lisboa (Inédito), Anuário do Arquivo Pitoresco, vol. VI, Lisboa, 1863; CÂNCIO, Francisco, Arrabaldes de Outrora, Arquivo Alfacinha, vol. I, Caderno I, Lisboa, 1953; CARITA, Helder, CARDOSO, A. Homem, Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal ou da Originalidade e Desaires desta Arte, Lisboa, 1987; CONSIGLIERI, Carlos e OUTROS, Pelas Freguesias de Lisboa. O Termo de Lisboa, Lisboa, 1993; COSTA, Américo, Lumiar in Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, vol. VII, Vila do Conde, 1940, pg. 823; Documentação Avulsa adquirida na Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana - Divisão de Gestão de Informação e Apoio Técnico, Núcleo de Documentação; FRANÇA, José-Augusto, A Arte em Portugal no Século XIX, 1º vol., Lisboa, 1966; GUIMARÃES, Carlos, Arquitectura e Museus em Portugal. Entre Reinterpretação e Obra Nova, Dissertação de Doutoramento em Arquitectura Apresentada à Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Porto, 1998 (texto policopiado); INÁCIO, Carlos A. Revez, Paço do Lumiar. Apontamentos de História, Lisboa, 1998; LARA, Luís Filipe de A. Sousa, Parque do Monteiro-Mor, Lisboa, 1978; Monumentos, n.º 21, Lisboa, DGEMN, 2004; Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol. V, Quarto Tomo, 2ª Parte, Lisboa, 2000; NEVES, C. M. Baeta, Alguns Documentos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo Sobre Monteiros-Mores, Lisboa, 1965; OLLERO, Rodrigo (coord. de), Plano de Pormenor de Salvaguarda. Paço do Lumiar, Gabinete Técnico de Carnide - Luz / Paço do Lumiar, Lisboa, 1996; PEREIRA, Esteves, RODRIGUES, Guilherme, Lumiar in Portugal. Dicionário Histórico, Corográfico, Biográfico, Bibliográfico, Heráldico, Numismático e Artístico, vol. IV, Lisboa, 1909, pgs. 579-580; PEREIRA, Gabriel, De Benfica à Quinta do Correio-Mor, Lisboa, 1905; PEREIRA, Gabriel, Pelos Subúrbios e Vizinhanças de Lisboa, Lisboa, 1910; Agronomia Artística - A Quinta do Paço do Lumiar, O Século Agrícola, Ano I, n.º 4, 24-08-1912; PINHO LEAL, Augusto, Lumiar, Portugal Antigo e Moderno, vol. IV, Lisboa, 1874, pgs. 476-478; PROENÇA, Raul, Lumiar in Guia de Portugal, vol. I, Lisboa, 1874, pp. 449-450; RIBEIRO, Luís Paulo Faria Almeida, Quintas do Concelho de Lisboa. Inventário, Caracterização e Salvaguarda, Lisboa, Instituto Superior de Agronomia - Secção de Arquitectura Paisagista, 1992 (texto policopiado); SANTOS, Vítor Pavão dos, Museu Nacional do Teatro, in Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994, pg. 623; Secretaria de Estado da Cultura / Instituto Português do Património Cultural / Museu Nacional do Traje, Parque do Monteiro-Mor, Lisboa, 1987; SUCENA, Eduardo, Paço do Lumiar, in Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994, pg. 678; TEIXEIRA, Madalena Braz, Monteiro-Mor (Parque), Museu Nacional do Traje e Palácio Angeja-Palmela (Palácio), in Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994, pgs. 587-588, 623-625, 66-67; Uma descrição quinhentista do actual palácio dos Duques de Palmela no Lumiar, Revista A Família, Ano 3º, n.º 3, Março, 1957; www.ippar.pt, 12 Janeiro 2004; www.museudoteatro-ipmuseus.pt, 13 Janeiro 2004; www.museudotraje-ipmuseus.pt, 13 Janeiro 2004. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; IGESPAR: IPPAR |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco; IGESPAR: IPPAR; Arquivo da D.N.D. |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco; DGA/TT: Arquivo da Casa Palmela |
Intervenção Realizada
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1980 - sistema automático de detecção e alarmes contra incêndios e instalação eléctrica; 1981 / 1984 - obras de recuperação do parque; DGEMN: 2004 - remodelação do pavimento do piso inferior. |
Observações
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*2 - D. Pedro José de Noronha de Albuquerque Moniz e Sousa foi gentil-homem da Câmara de D. Maria I, Tenente-General dos Exércitos, Governador das Armas da Corte e Primeiro Ministro do Governo que sucedeu a Marquês do Pombal. *3 - "(...) nas noites de festa, estabelecia-se uma fila de criados, trajando as librés solariegas e empunhando archotes acessos, desde o palácio até à estrada do Lumiar, afim de iluminarem a passagem dos convidados. Nestas festas cantavam os mais notáveis artistas de S. Carlos, que jamais se misturavam com os seus auditores, que se faziam ouvir dentro duma teia especial" (CÂNCIO, 1953). *4 - A ideia de criar este museu surgiu na sequência de uma exposição realizada no Museu Nacional de Arte Antiga sobre o traje civil em Portugal e a sua fundadora foi Natália Correia Guedes, que ambicionava ainda a criação do Museu Nacional do Teatro, do Museu da Música e da Casa do Brinquedo |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1994 / João Machado 2005 / Sandra Alves 2007 |
Actualização
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