Vila Maria Amélia e Capela do Senhor da Ascenção / Casa Solarenga na Quinta Vale de Roubam / Casa do Vale do Roubão
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Portugal, Santarém, Abrantes, União das freguesias de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede |
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Chalet que conjuga vários estilos do passado medieval português (românico, gótico e mourisco) num edifício inspirado nos chalets românticos ingleses. Habitação constituída por vários corpos de distintos volumes, irregularmente dispostos segundo um eixo longitudinal, de perfis marcados por telhados ponteagudos rematados por ornatos em flor de liz na cumeeira, com beirados salientes debruados a cerâmica ou assentes em mísulas também em madeira, de fachadas rasgadas por vãos de diferente recorte, neoromânico, neogótico e neoárabe, rematados a tijolo. Apresenta afinidades com outro edifício romântico, a Quinta do Bom Sucesso, em Alferrarede (v.PT031401020062), construído dentro do mesmo espírito romântico de recuperação de traços formais e decorativos do passado medieval, insistindo igualmente na integração harmoniosa numa natureza idílica, pretensamente selvagem. Do torreão disfruta-se ainda um cenário ímpar sobre os jardins e a zona em redor. A torre sineira da capela é miniatura do torreão da casa. |
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Número IPA Antigo: PT031401130071 |
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Registo visualizado 1246 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Chalet
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Descrição
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Conjunto formado por casa, jardim e capela. CASA: planta longitudinal, composta por quatro corpos adossadas; volumes articulados com cobertura diferenciada em telhados de 2 águas, de forte inclinação um deles disposto transversalmente, e cúpula piramidal revestida de placas de ardósia; na cumeeira dos telhados de 2 águas e no beiral dos mesmos, uma crista de motivos flordelizados em cerâmica; sob os beirados da cúpula mísulas entalhadas em madeira; lambrequim de lizes em metal no remate das 4 águas da mesma. Fachada principal virada a N. composta por 5 corpos de diferentes dimensões e alturas com remates rectilíneos e empenas angulares: 1 piso no corpo do lado esquerdo da fachada, 2 pisos e sótão nos corpos seguintes, 3 no torreão com águas-furtadas rasgadas nas 4 águas da cobertura; vãos de diferente recorte rasgam a fachada, todos eles enquadrados por molduras denticuladas, em tijolo, alguns com mainéis e sobrearcos no mesmo material - uma porta de verga redonda, com uma inscrição na bandeira "Villa Maria Amélia / 1892", no corpo do torreão, janelas maineladas com vergas em arco quebrado e em arco ultrapassado, janelas de um só vão redondo, quebrado e contracurvado, frestas verticais e em quadrifólio, irregularmente dispostas. Fachada posterior S., virada para o jardim, rasgada por vãos de verga angular, trilobada, em arco quebrado e a meio ponto; ressalta um corpo semiovalado adossado ao torreão, subindo em 2 pisos, com uma varanda com guardas em tijolo rendilhado no piso superior. Fachadas laterais, de menores dimensões, com empenas angulares, a do lado O. rasgada por janelas de verga angular, trilobada e quebrada, e por porta-janela de verga em arco abatido, com balcão assente em mísulas e guarda em ferro; a do lado E. por frestas verticais e quadrifoliares, com um corpo de um piso adossado, este cego. INTERIOR: acesso pelo torreão, dos lados do qual se dispõem os vários compartimentos: a sala de estar com tectos em madeira de um plano, com ornatos vegetalistas aplicados, também em madeira, lareira em mármore e silhar de azulejos neomouriscos; a sala de jantar *1, com tecto forrado por tela pintada com temas mitológicos e pequenas pinturas murais nos tímpanos das janelas; a cozinha e uma escada íngreme, no corpo anexo ao torreão, do lado E., fazendo a comunicação com o piso superior, com vários quartos de dormir; escadas em caracol, em madeira entalhada e verga permitem o acesso aos 2 andares do torreão. Azulejos neomouriscos e naturalistas revestem em silhar várias divisões. Instalações sanitárias no corpo de um piso anexo à sala de jantar (uma antiga estufa) e na varanda do 1º piso. CAPELA: planta longitudinal, com pequena torre sineira de planta quadrada adossada à capela-mor, cobertura em telhado de 2 águas sobre a nave, em coruchéu piramidal com águas-furtadas nas 4 águas sobre a torre. Fachada principal virada a N., com empena angular e portal de verga em arco redondo, rodeada por tijolo e encimada por painel azulejar, em azul e branco, com a representação do Calvário e a inscrição "15 / 1897 / 1ª / Senhor Jesus da Boa Esperança / 1744". INTERIOR: nave única com tecto em madeira de 3 planos, arco triunfal redondo, vedado por cancelo em ferro, dando acesso à capela-mor, mais estreita, coberta por falsa abóbada de berço; no altar-mor um retábulo com painel em tela, representando a "Ascenção de Cristo". Sobre a porta de entrada a inscrição "Maria Amélia Fialho F. Silva de Abreu e Francisco E. Solano de Abreu 1897". |
Acessos
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Estrada de Constância; Rua Vale de Roubam |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Periurbano, planalto, isolado. Situada à entrada da cidade de Abrantes, deita a fachada principal, antecedida por muro encimado por gradeamento com remates em ponta de lança, para uma rotunda onde entroncam as estradas vindas de Constância / Tomar e do Sardoal e o acesso à IP6; rodeada do lado S. por jardim cercado, onde estão implantadas várias construções do antigo jardim e uma capela; para lá da vedação são ainda visíveis outras construções em ruínas, que faziam parte da mata envolvente, entre elas um monumental tanque com espaldar rematado por merlões e ladeado por torrezinhas. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Assistencial: centro paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Portalegre - Castelo Branco) |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1892 - início da construção do edifício, encomendado pelo Dr. Francisco Eduardo Solano de Abreu, abastado proprietário agrícola da região, humanista e filantropo; 1897 - data de construção da capela construída no jardim, a S. do edifício, assinalada por inscrição na mesma, incorporando um painel de azulejos barroco, datado de 1744, vindo possivelmente do Convento de Nossa Senhora da Esperança em Constância e uma interessante tela seiscentista de sabor popular; 1940, c. de - a casa passa por doação para a afilhada do proprietário, Maria Amélia Baeta, que, por sua vez, a doa à Paróquia de São Vicente de Abrantes; 1996 - 1997 - obras de adaptação a centro de recuperação de tóxico-dependentes. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra e tijolo, rebocada e pintada de branco; molduras e remates dos telhados em tijolo; cobertura em telha cerâmica e lajes de ardósia (casa), telha cerâmica e placas metálicas na capela; mísulas em madeira sob os telhados do torreão; portas e janelas em madeira e vidro; pavimentos em madeira e materiais cerâmicos; azulejos em silhares e painéis. |
Bibliografia
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AAVV, Abrantes Cidade Florida, Abrantes, 1944. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMAbrantes (levantamento planimétrico antes das obras) |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMAbrantes |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1996 / 1997 - reconstrução de rebocos, coberturas, pintura geral; construção do corpo de um piso, no local onde existia a estufa, para aí instalar sanitários; instalação de sanitários adicionais na varanda do 1º piso. |
Observações
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*1 - com a sala de jantar comunicava anteriormente uma estufa; *2 - nos jardins outrora recortados por veredas, riachos, tanques e grutas, adornados de mosaicos e azulejos, existiam várias capoeiras e cercados com animais variados. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1997 |
Actualização
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