|
Espaço verde Jardim Jardim Formal
|
Descrição
|
De planta quadrangular é delimitado a S. pela Igreja da Graça e a E. pelo antigo traçado da EN 10. A estrutura do jardim acompanha a forma do tabuleiro em que se inscreve, resultando num desenho geométrico simples em que se sobrepõem quadrados de dimensões mais reduzidas, definindo canteiros e caminhos, numa composição ortogonal. Assim, a delimitar a periferia do jardim ocorre um passeio. Segue-se uma faixa plantada, em que se encontram espécies vegetais de vários portes, e uma nova área de circulação, esta de maior intimidade, de onde se pode compreender toda a composição e que se encontra pontuada por bancos. A composição ortogonal do jardim centra-se num elemento de água, em que se eleva um elemento de homenagem aos combatentes nas campanhas peninsulares contra as invasões francesas. O tabuleiro central encontra-se desnivelado e contido em relação ao percurso periférico do jardim; o declive é compensado por pequenas escadarias que se encontram nos acessos ao interior, correspondentes às extremidades dos eixos da composição. |
Acessos
|
Praça Vinte e Cinco de Abril |
Protecção
|
|
Enquadramento
|
Urbano, adossado. |
Descrição Complementar
|
«Foi em 1892 que esse largo se ampliou, terraplanando-se a parte ajardinada que ainda pertencia à antiga cerca do convento, separada apenas por um velho e baixo muro orlado de frondosas amoreiras. Deveu-se este melhoramento à iniciativa de um desvelado amigo desta terra, D. Diogo de Nápoles (...). Esse terreiro que hoje enfrenta a igreja da Graça chamava-se largo de Sant'Ana, nome que derivava da velha ermida do mesmo nome cujas ruínas ainda lá estão presentes. O nome Largo da Graça é relativamente moderno, apezar da igreja da Graça ali existir desde o século XVI. Mas a ermida que pela invasão franceza de 1810 fôra saqueada e nunca mais nela voltou a exercer-se culto, caíu em ruínas e daí talvez o passar a chamar-se largo da Graça.» «Em 20 de Abril de 1902 pelas duas horas da tarde chegaram ao largo da Graça o principe D. Luiz Filipe e o infante D. Manuel, acompanhados do seus perceptor». «Da porta de Sant'Ana sabe-se que foi ordenada a demolição em 1641, pois existindo um recanto de muralha daquela porta que afrontava o largo da Graça, a Camara pediu licença para essa demolição, o que foi concedido e ao mesmo tempo pensou em trazer água a essa praça, para o que chegaram a fazer encanamentos.» «Por este (escritura de obrigação por mim feito e assinado digo eu frei Miguel da Luz, prior do Convento de Nossa Senhora da Graça desta villa de Torres Vedras que eu me obrigo a haver uma provisão de sua magestade para que dos bens de raiz se tire todo o gasto que se fizer em se derrubar o muro da porta de Sant'Ana, fazer um cano e trazer à dita parte água (...) Em quanto se não houver provisão para que o gasto se faça dos bens de raiz, eu quero dar princípio à obra e fazer os pagos ao mestre Francisco Moreira (...) e a declaração que, vindo a provisão, que me obrigo a haver todo o gasto que houver feito na dita obra. (...) A obra foi feita, a água chegou a percorrer o Convento, no entanto talvez não tenha sido feito o chafariz no largo da Graça, pois depois de o Convento estar abastecido à custo do referido prior, as posses da Câmara não permitiram que a obra se prolongasse.» «Ao centro de Torres Vedras passa a estrada nacional nº61 que vem de Lisboa para a Lourinhã e Peniche (...)». |
Utilização Inicial
|
Recreativa: jardim |
Utilização Actual
|
Recreativa: jardim |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
1266 - no sítio chamado Várzea Grande formas lançadas as primeiras pedras para edificação do Convento de Nossa Senhora da Graça; 1641, 14 Set. - em escritura de obrigação o prior do Convento da Graça toma a iniciativa de abonar por conta da Câmara o dinheiro necessário para trazer água ao largo da Graça; 1892 - ampliação do largo, terraplanagem de parcela que ainda pertencia à cerca do Convento da Graça. |
Dados Técnicos
|
Plataformas quadrangulares desniveladas |
Materiais
|
INERTES: Calçada |
Bibliografia
|
A Hora - jornal ilustrado português republicano independente, ano IV, nº42, Lisboa, 1936; VIEIRA, Júlio, Torres Vedras, Antiga e Moderna, Tipografia da Sociedade Progresso Industrial, 1926; V.A., Torres Vedras - Passado e Presente, vol. I, CMTV, 1996. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID; UE |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
Corresponde ao local do antigo Hospital dos Gafos, de invocação a Stº André. |
Autor e Data
|
Paula Simões 1998 |
Actualização
|
|
|
|