Igreja Paroquial da Ameixoeira / Igreja de Nossa Senhora da Encarnação

IPA.00006473
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Clara
 
Arquitetura religiosa, barroca e pombalina. Igreja paroquial.
Número IPA Antigo: PT031106050167
 
Registo visualizado 3744 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal, composta por nave única e capela-mor rectangular e torre sineira quadrangular. Volumetria de dominante horizontal, quebrada pelo verticalismo da torre sineira. Coberturas em telhados a 2 águas. A fachada principal, de corpo único em cantaria apresenta a porta centrada, sobrepujada de tímpano e com a data de 1760 nas folhas. Em plano ligeiramente recuado em relação à fachada, uma torre sineira de secção sensivelmente quadrada apresenta-se adossada à fachada lateral N.. INTERIOR: Coro-alto assente em mísulas, com guarda de madeira, revestido por azulejos do séc. 18. Nave coberta por tecto de masseira de estuque pintado com arabescos e emblemas marianos organizados em torno de uma composição central "A Encarnação". No pavimento são visíveis algumas lápides sepulcrais, nomeadamente da família Fóios. As paredes são revestida por painéis de azulejos, monócromos a azul, recortados, figurando cenas da vida da Virgem e a Adoração dos Reis Magos e dos Pastores, aos quais se sucede em altura uma decoração apainelada em estuque, com emblemas marianos. Sensivelmente a meio dos muros laterais, localizam-se os púlpitos, um em cada muro, de secção quadrada, base em mármore rosa e avental em talha dourada. No enfiamento dos púlpitos encontram-se janelas, cada uma encimada por uma representação da pomba do Espírito Santo em estuque. Precedendo a capela-mor existem 2 capelas laterais, do lado do Evangelho, dedicada ao Santíssimo Sacramento, com retábulo com pintura representando a "Descida da cruz", e do lado da Epístola, a do Senhor Jesus Crucificado ou de Nossa Senhora do Rosário, com retábulo representando "As Trevas no Calvário" *1 encimado por estuques com símbolos da "Flagelação de Cristo". A capela-mor seiscentista, coberta por abóbada de berço pintada com grotescos e pintura com a representação da Virgem, relativamente profunda e iluminada apenas por um pequeno vão aberto em cada um dos muros laterais, possui retábulo de talha dourada, organizado em torno de um nicho central, em arco de volta inteira e apresentando trono no interior, ladeado por pares de colunas torsas, no qual são visíveis imagens setecentistas da Virgem, São José e Santo António. Nos muros laterais podem observar-se telas de Pedro Alexandrino, "São Cristóvão" e "Santa Bárbara", e de Bento Coelho da Silveira (c. 1628 - 1708), "Bodas de Canaa" e "Ceia". Sacristia revestida por silhar de azulejos de padrão, tipo tapete, com tecto pintado. Na parede lavabo de mármore com inscrição.

Acessos

Estrada da Ameixoeira. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,781822, long.: -9,161036

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45/93, DR, 1.ª série, n.º 280 de 30 novembro 1993

Enquadramento

Urbano, destacado, isolado. Junto à Casa de Santa Clara, onde funciona o Instituto Superior de Gestão.

Descrição Complementar

HERÁLDICA: (pedra de armas dos Maia, na fachada O.) Escudo esquartelado, o primeiro seis vieiras de prata em duas palas, o segundo águia de preto estendida, diferença uma flor de liz; INSCRIÇÕES: (sepultura junto ao guarda-vento) "Sª DE ANTONI / O DA FONSE / CA E DE SEVS / HERDEIROS"; (sepulturas da nave) "AQUI IAS VM / INDIGNO SAC / ERDOTE ESC / RAVO DA VIRG / EM SENHORA / 1777"; "ESTA SEPVLTURA HE / DE BERNARDIM DA / RAGÃO CAVALEIRO / DA CASA DEL REI NOS / SO SNOR. ESCRIVAM / DE SEVS COVTOS E DE / SEVS ERDEIROS FALE / CEO NESTE LOGAR / AOS VINTE E NOVE / DIAS DO MEZ DE AB / RIL DE 1548 ANNOS"; "Sª DE ANTº DA F / ONCEQA E DE / SEVS HERDEIROS / 160..."; "Sª DE DIº NVNES GRAMAXO. CA / VALº FIDALGO / DA CASA DEL REI / NOSO SÕR E / DE SEVS HERDROS / FALECEO. A 19 DE MAIO / DE 1574"; "Sª DO LDO / DIº VAZ"; "Sª DE FR.CO DE MORAES / CABRAL E DE ... / VRA D... SVA / MOLHER. NA QVAL ESTA / ANT.º DE MORAES / CABRAL SEV PAE Q / DEVORA FOI AQVI / TRESLADADO PELO / MESMO SEV Fº. FALECEO / NA ERA DE 1536 / E FRCO DE MORAES CABRAL / FALECEO AOS SEIS DIAS DE FEVEREIRO DA ERA DE 1576"; "ESTA SEPVLTURA HE / DE FRANCISCO DE FARIA / CAVALEIRO FIDALGO DA CASA DEL RE NOSO / SENOR E DE LIANOR / MACHADA SVA MOLHER"; "Sª DE IGNÁCIO BORGES E DE / SVA MOLHER DOMINGAS / DE OLIVEIRA E SEVS HER / DEIROS A QVAL FALECEO / A 8 DE MAIO DE 1656"; "SEPVLTURA DE MARIA NUNES"; (sepulturas da capela-mor) "SEPVULTURA DE THOMAZ DE BARROS E SVA MO / LHER MARIA CORREA / E DE SEVS ERDEIROS"; "Sª DE DONA MA / NNA DE SOVZA E DE SEVS ERDROS"; (lavabo da sacristia) "BASTIAN RIBRO 1561 / SENHOR LAVEI AS MINHAS MÃOS E FIQUEI LIMPO".

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Mateus de Sousa (projecto da capela-mor); João Antunes (projecto do arco cruzeiro e retábulos colaterais); ENTALHADOR: Manuel Álvares (1690-1695). PEDREIRO: Francisco Manuel (1676). PINTORES: Bento Coelho da Silveira (painéis); Pedro Alexandrino de Carvalho (pinturas da cobertura da nave e e painéis da capela-mor); Manuel de Sousa Pereira e António Francisco Carvalho (obras séc. 18); Elias José da Costa (dourador dos púlpitos); José de Sousa de Figueiredo (1697); Francisco Ferreira (entalhador do púlpito do lado da Epístola); José Roiz Pereira (grades das janelas); Domingos Francisco (balaustrada da nave); Damâso da Silva (colocação dos azulejos, junto ao púlpito, do lado do Evangelho).

Cronologia

1276 - construção de uma ermida de invocação a Nossa Senhora do Funchal; nessa ermida foi colocada uma imagem que apareceu no local; instituição da Confraria de Nossa Senhora da Encarnação do Funchal; 1500 - no local da antiga ermida já havia uma outra capela, pois a antiga havia sido destruída por um incêndio; 1504 - existia junto a capela uma albergaria e um hospital para os peregrinos; 1535 - o Papa concede uma "Breve", para que o padre pudesse administrar os sacramentos e levantar a pia baptismal; 1536, 6 Junho - criação da paróquia de Nossa Senhora da Encarnação da Ameixoeira, sendo edificada a igreja com essa invocação no local da antiga capela; a antiga capelinha é desanexada da Igreja Matriz do Lumiar (v. PT031106180408) e do Convento de Odivelas (v. PT031116030003); o padre passa a usar o título de cura; 1539 - o Papa concede uma nova bula, mandada cumprir pelo Cardeal D. Henrique; 1541, 16 Outubro - o Papa Paulo III determina que a Confraria de Nossa Senhora da Encarnação da Ameixoeira passa a ter "a obrigação de no dia 24 de Junho, dia de São João Baptista, entregar um Cirio à Igreja do Lumiar, ou a importância de 200 réis em dinheiro, como sinal de filiação"; construção do adro; desanexação da paróquia da do Lumiar; 1559 - Tomás de Barros, Comendador da Ordem de Cristo, manda edificar a capela de Senhor Jesus Crucificado; a capela era administrada por Junípero da Cunha d'Eça da Costa, pagando de foros um pote de azeite e 2$500 réis à igreja; 1561 - o cura Sebastião Ribeiro manda fazer o lavabo da sacristia; 1569 - Simão Ferreira dá 10$000 para comprar o sino e mais 2$000 para se acentar no campanário que mandou fazer; 1573 - o Arcebispo de Lisboa, D. Jorge, assina novo compromisso com a Confraria; 1589 - edificação da Capela do Santíssimo Sacramento pelo fidalgo Manoel Vieira da Maia; 1593 - a Confraria passa a chamar-se de Nossa Senhora da Encarnação da Ameixoeira; 1621, 22 março - "Breve de Indulgências Perpéctuas" concedida à Confraria, pelo Papa Gregório XV; 1664 - ampliação ou mesmo reedificação da primitiva igreja, por alvará régio de D. Afonso VI, confinando o pagamento das obras nas Décimas que então pagavam os moradores da freguesia, sendo para isso encarregado o desembargador Fernando de Matos Carvalhosa, chanceler-mor do reino e juiz da Confraria; 1676, 09 maio - Francisco Manuel recebe uma lâmpada de prata no valor de 139$050 como pagamento da obra da igreja, no valor de 114$000 (COUTINHO: 424); 1681 - por alvará de D. Pedro II, ainda regente, foi concedida a autorização ao juiz da Confraria, o desembargador Luiz de Foios de Souza, para fazer as obras do arco cruzeiro, retábulos colaterais e capela-mor; 1682, 16 março - carta do Governador, confirmando a doação pelos Condes do Vimioso, das terras para ampliação da capela-mor e adro, que haviam pertencido anteriormente a António Serrão e a D. Catarina da Maia; 1682 - 1685 - obras de edificação da capela-mor, pagas com esmolas de D. Pedro II e, especialmente, as de D. Miguel de Portugal, 7º Conde de Vimioso; D. Miguel pagou ao mestre entalhador as duas glórias para a tribuna por 18$000 e ao mestre dourador 53$000; construção de uma porta de "pedra vermelha e cal" defronte da porta da sacristia", que custou 11$310; 1685 - 1690 - é juiz da Confraria o desembargador Gonçalo Mendes de Brito, corregedor do Bairro de São Paulo; 1688 - é pago ao azulejador a quantia de 16$500, pela colocação de azulejos na nave; é a custa do desembargador Gonçalo Mendes de Brito, que foi feito o retábulo-mor; 13 Maio - a Condessa do Vimioso doa à Confraria, uma casa que havia sido um lagar de vinho e o respectivo quintal, para que se fizesse a tribuna da igreja; 1689, Dezembro - a Confraria manda demolir os muros das casas que haviam sido doadas; 1690 - 1695 - é Juiz da Confraria o Dr. Mendo de Foios Pereira, secretário de estado de D. Pedro II, que manda revestir as paredes da capela-mor com talha semelhante à da tribuna; a madeira veio de Cascais e a carrada custou; pagamentos feitos ao entalhador, Manuel Álvares, pelas obras do arco cruzeiro e dos painéis; 1695 - 1698 - é juiz da Confraria o Desembargador Estevão de Foios, conselheiro da Fazenda; 1697, 24 novembro - douramento do retábulo e pintura do teto da igreja por José de Sousa de Figueiredo, o Coxo, por contrato com a Irmandade do Santíssimo Sacramento, tendo como parceiros António da Cunha Cidrão e João Carvalho; a obra importa em 530$000 (RODRIGUES, pp. 99-100, nota 74); 1698 - 1700 - é juiz da Confraria D. Frei Pedro de Foios, irmão do Bispo de Bona, Mendo de Foios Pereira, tendo como escrivão Francisco de Morais Cabral; 1702 - pintura do tecto em brutesco por António da Serra, Caetano de Almeida, Manuel do Monte e Manuel Dias; 1706 - é paga a despesa com os mestres douradores, pelo então juiz da Confraria, o Desembargador Miguel Nunes de Mesquita; 1708, 27 dezembro - são compradas terras a D. Anna Maria Corrêa e ao seu marido, Luiz Manoel Pires da Veiga; 1710 - após quatro anos sem juiz, é eleito o Bispo de Hipónia, D. Frei António Botado, irmão do Bispo de Bona e do antigo juiz; 1712 - D. António Botado retira-se do cargo; 1718 - é eleito juiz, António Sanches de Noronha; são feitas diversas obras na igreja, nomeadamente no telhado, é aberto um óculo na empena, são colocados azulejos e são pintados os tectos, tudo pelo preço de 368$510; 1721, 9 Maio - Ignácio Gomes Christo refuta a posse das terras, mas o 8º Conde de Vimioso, D. Francisco de Paula de Portugal, já as havia confirmado a 21 maio 1712; 1724 - Domingos de Sousa de Miranda, capitão-mor de Mafra, compra as terras que haviam sido doadas pela Condessa do Vimioso, para a construção da tribuna; o novo proprietário cria diversos conflitos com a Confraria, o que levou a que o Capitão-mor de Mafra mandasse construir um muro que ia do seu quintal à casa do reitor, tapando algumas janelas da igreja; 1726 - o título de cura é substituído pelo de reitor, sendo também comissário do Santo Ofício; é eleito juiz, o páraco Joseph Nunes Vieira; 1726 - escultura da imagem de Santo António com o Menino por Manuel Dias; 1727 - o reitor apresenta queixa ao Cardeal D. Tomás de Almeida, o que levou à excomunhão do capitão-mor; o sogro e o genro do capitão-mor resolvem acabar com percurso das procissões à volta da igreja, mandam tapar a janela, do lado da tribuna e colocar pedra no adro; reinstituição da Irmandade das Almas; 1728 - era administrador da capela do Santíssimo Sacramento, José da Rocha, que tinha a incumbência de pagar a um cantor nas missas, 8$000; 1734, 15 agosto - assento para a obras na igreja, sendo estas executadas mais tarde, após a Irmandade ter reunido o dinheiro necessário para as fazer; é reforçada a parede O., com pegões de alvenaria, pois esta encontrava-se em risco de cair; são feitas diversas obras, nomeadamente, é levantado o muro do adro, são arranjadas as janelas e colocadas grades, são feitos os púlpitos, a balaustrada da nave, são colocados azulejos em redor do púlpito, do lado do Evangelho, é colocada a cruz na empena da capela-mor e são arranjados os telhados, tudo pelo preço de 320$930; 1735 - morava nas casas da Albergaria Hospital, Josefa Pereira, viúva e os dois filhos Manuel Rodrigues e Custódio Pereira; nesse mesmo ano foram feitas obras, colocando-se uma nova fechadura e uma chaminé; 1750 - José Luís, Procurador da Confraria de Nossa Senhora da Encarnação, manda colocar sinos na torre; 1753 - a Confraria teve de pagar parcialmente para ser retirada a pedra do adro, que a família do capitão-mor lá havia colocado; 1755, 1 novembro - o terramoto causa significativos danos na igreja, derrubando a fachada principal e causando estragos diversos no resto da igreja; reconstrução da igreja a expensas do reverendo José Nunes Vieira; 1758, 13 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco José Nunes Vieira, é referido que a igreja se situa no lado O. da povoação, rodeada por adro, tendo por orago Nossa Senhora da Encarnação, anterior Nossa Senhora do Funchal, por se encontrar a imagem sob umas funcheiras; tem cinco altares, o mor com o Santíssimo e a imagem do orago; o colateral do Evangelho é dedicado a Nossa Senhora da Rosa e o oposto a São Pedro; na igreja, duas capelas, a do Evangelho dedicada a Nossa Senhora da Piedade e a oposta ao Crucificado, esta bastante profunda, ambas com administradores particulares; o pároco é reitor apresentado pela Confraria de Nossa Senhora do Funchal e Encarnação, tendo de renda 100$000 anuais; a Confraria administra uma hospedaria de peregrinos; 1760 - como atesta data epigrafada no portal principal, ficaram concluídas as obras de da fachada e da torre; foi pintada a cobertura da capela-mor e os retábulos colaterais foram colocados em cantoneira; 1761, 24 setembro - o reitor recebe o visitador das Vigarias do Termo; 1766 - obras diversas, sendo o administrador da obra, o comendador Frei José Bernardes da Silva; o custo da obra foi de 1:422$946; foram colocados azulejos na sacristia e mudou-se a pia baptismal da capela do Santíssimo, para o compartimento debaixo da torre; parte da antiga torre, que se encontrava em ruínas devido ao terramoto, foi demolida e fez-se a casa do azeite; 1768 - o interior ainda estava em obras; colocação dos azulejos do coro-alto; 1777 - os padres da igreja passam a usar novamente o título de curas; 1818, 26 janeiro - é nomeado cura da paróquia José de Araújo e Almeida; construção do cemitério nas traseiras da igreja; 1819 - conclusão do cemitério; 17 de Janeiro - é feito o último enterramento na igreja, sendo sepultado, junto ao arco cruzeiro, o Cura José António Morais Sarmento; 1827 - o rendimento da Albergaria Hospital não excedia os 5$000; algumas dependências do edifício eram alugadas ou emprestadas a pessoas de fracos recursos; 1831, 15 setembro - o rei D. Miguel confirma a fusão das Irmandades de Nossa Senhora da Encarnação e do Santíssimo; existiam também as Irmandades do Nome de Jesus das Almas e a de Nossa Senhora do Rosário; 1840 - arranjo dos sinos pela firma Bela e Irmão, tendo custado 45$230 réis, sendo o dinheiro emprestado pelo Confrade Miguel António Trancoso; 1845 - arranjo do telhado, sendo a obra custeada por alguns benfeitores1859 - os páracos da igreja passam a usar o título de Prior; 1883 - a paróquia vende a antiga Albergaria ao Sr. José Joaquim Vieira da Silva, que a transformou numa adega; 1891, 8 março - acta da Mesa da Irmandade do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora da Encarnação, dando conta da necessidade de se efectuar obras na igreja, cemitério e casa paroquial; as obras foram aprovadas e mandadas executar pela Mesa, tendo custado 231$580 réis; na igreja foram caiadas as paredes, consertado o telhado, pintou-se as portas, janelas, grades e cabeçalhos dos sinos, foi consertada a escada da torre e o lajeado, caiou-se a cortina do adro e limpu-se o cruzeiro; no cemitério foram caiadas os muros e pintadas as portas; caiou-se as paredes do Passal do Pároco e foram feitos diversos consertos interiores; 1909 - são feitas obras na igreja, a mando do Prior Francisco Paula da Fonseca, sendo retiradas parte das ossadas que lá se encontravam e postas aleatóriamente no cemitério; 1914 - é derrubado o cruzeiro do adro e roubada a cruz de cobre da porta do cemitério; 1972 - o cemitério é desactivado e construído o salão paroquial e casa mortuária, no local onde este se encontrava, por iniciativa po padre José Paixão Damásio e do Dr. Francisco Trancoso; 1992 - obras de beneficiação e restauro do exterior e interior, pelo custo de 19 048 000$00; 2 fevereiro - é inaugurado o novo carrilhão, que havia custado 3 500 000$00, pagos pelos fiéis e por emigrantes na Suiça; 1998, Janeiro - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes, estrutura mista

Materiais

Alvenaria, cantaria de calcário e mármore, reboco pintado, estuque pintado, madeira, azulejos.

Bibliografia

ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Fasc. 12, Lisboa, 1955; COUTINHO, Maria João Fontes Pereira, A produção portuguesa de obras de embutidos de pedraria policroma (1670-1720). Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2010, 3 vols.; FERREIRA, Sílvia Maria Cabrita Nogueira Amaral da Silva, A Talha Barroca de Lisboa (1670-1720). Os Artistas e as Obras, Lisboa, Dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, 2009, 3 vols.; LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. I, Lisboa, 1874; MATOS, Alfredo, PORTUGAL, Fernando, Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1974; PEREIRA, Esteves, RODRIGUES, Guilherme, Portugal Dicionário, Vol. I, Lisboa, 1905; PEREIRA, Isaías da Rosa, Subsídios para a História da Diocese de Lisboa do Século XVIII, Lisboa, 1980; RODRIGUES, Martinho Vicente - O "Santíssimo Milagre" de Santarém. Santarém: Real Irmandade do Santíssimo Milagre, 2008; SANTO, Eugénio do Espírito, Ameixoeira um núcleo histórico, Lisboa, 1997; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco; IPPAR: Processo n.º 83/3 (64); CML: Arquivo de Obras (Processo n.º 10010)

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1928 - concerto do órgão; instalação de luz elétrica na igreja; 1992 - limpeza de cantarias, restauro de estuques e pinturas, remodelação da instalação eléctrica, colocação de um novo carrilhão e de focos para iluminação da fachada; 1993 - restauro da capela do lado da Epístola.

Observações

*1 - este retábulo possuia um camarim onde se encontrava uma imagem de Nossa Senhora das Dores.

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1993 / Joaquim Gonçalves 2003

Actualização

 
 
 
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