Lápides das Pedras Negras

IPA.00006474
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior
 
Arquitectura funerária romana. Tratam-se de registos epigráficos que atestam a existência, naquele local, de um templo romano dedicado a Cibele.
Número IPA Antigo: PT031106190002
 
Registo visualizado 1096 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Funerário      

Descrição

Quatro registos epigráficos latinos integrados na parede lateral de um edifício pombalino Todos eles se encontram entre os vãos das janelas do primeiro andar. A começar de S.: 1) monólito de secção rectangular de pé sobre mísula de calcário, de secção rectangular, apresenta-se mutilada na vertical pelo que apenas aparece o ínicio das palavras; 2) de secção quadrada suportada por fuste cilíndrico por sua vez apoiado em base oitavada; 3) cipó de grande dimensão (2 metros e 37 centímetros de altura por pouco mais de um metro de largura) *1 com remate e base de calcário; 4) pequena ara apoiada em base de calcário, apresenta campo epigráfico que ocupa toda a face vísivel.

Acessos

Travessa do Almada

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 213 de 11 setembro 1961 / Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966)

Enquadramento

Urbano. As quatro inscrições encontram embutidas na parede lateral de um prédio pombalino que acompanha o declive da Travessa do Almada e desemboca no Largo da Madalena.

Descrição Complementar

Os textos latinos são os seguintes; 1) MERCVR.../ CAESA.../ AVGVST.../ C. IVLIVS F. IU.../ PERMISS V. DEC.../ DEDIT. F...; 2) DEVM MATR / T. LICINIVS / AMARANTIVS / V. S. L. M.; 3) L. CAECILIO. L. F. CELERI. RECTO. / QVAEST. PROVINC. BAET. / TRIB. PLEB. PRAETORI. FEL. IVL. / OLISIPO; 4) MATRI DE / VM MAG. IDAE / A FRHYG. T. L. / LYCH CERNO / P. H. R. PERN. IIVI / CASS. ET CASS. STA. / M. AT. ET AP. COSS. GAI

Utilização Inicial

Funerária

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 02

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 02 - produção das lápides; 1749 - descoberta, no decurso de obras de demolição de casebres e construção da casa de João Manuel de Almada e Melo, 1º Visconde de Vila Nova de Souto, de várias peças de cantaria contendo registos epigráficos que foram então integradas no alçado lateral do novo edifício; 1867 - o edifício é propriedade da família Castro e Almeida; 2006, 22 agosto - parecer da DRCLisboa para definição de Zona Especial de Proteção conjunta do castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente; 2011, 10 outubro - o Conselho Nacional de Cultura propõe o arquivamento de definição de Zona Especial de Proteção; 18 outubro - Despacho do diretor do IGESPAR a concordar com o parecer e a pedir novas definições de Zona Especial de Proteção.

Dados Técnicos

Materiais

Cantaria de calcário

Bibliografia

MACEDO, Luis Pastor de, A Rua das Pedras Negras. Miscelânea, Lisboa, 1931; CASTILHO, Júlio de, Lisboa Antiga. Bairros Orientais, 2ª ed., Vol. 1, Lisboa, 1935; SILVA, Augusto Vieira da, Epigrafia de Olisipo. Subsídios Para a História de Lisboa Romana, Lisboa, 1944; SOUSA, Arlindo de, Estudos Olisiponenses. Epigrafia Romana de Lisboa, in Revista Municipal, Ano XIII, Nº 54, 3º trimestre 1952; ALMEIDA, Fernando de, (dir. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo I, Lisboa, 1973, pág. 85.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

Observações

*1 - A lápide possui um texto com uma mensagem de gratidão a Lúcio Cecílio Célere Recto, questor da Bética; possui também uma menção a Felicitas Julia e a Olisipo

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1993

Actualização

João Machado 2005
 
 
 
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