Mosteiro da Cartuxa de Scala Coeli / Igreja da Cartuxa / Igreja de Santa Maria Scala Coeli
| IPA.00006503 |
Portugal, Évora, Évora, União das freguesias de Malagueira e Horta das Figueiras |
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Arquitectura religiosa, renascentista, maneirista, barroca. Planta caracterizada pela compartimentação funcional dos espaços, típica de outros conventos cartuxos da época, e pela regularidade e simetria axial e ortogonal. Contraste entre a riqueza da frontaria e do interior da igreja com o acentuado despojamento das outras dependências claustrais. Retábulo da sacristia maneirista de tipo edícula, de devoção a um único tema, exemplar da nova tipologia surgida nestes anos, provavelmente contemporâneo de um retábulo de semelhantes tendências maneiristas na Cartuxa de Miraflores, perto de Burgos, que data de 1586 ( LAMEIRA, 1999 ). Retábulo da capela-mor barroco de transição do estilo nacional para o joanino e retábulos colaterais barrocos, estilo joanino, mas com pormenores decorativos preanunciando o rococó ( LAMEIRA, 1999 ). O abastecimento de água potável através de dois sistemas independentes é comum a outras casa cartuxas bem como a distribuição da água às celas através de ramais independentes derivados de conduta principal ( que apresenta grandes paralelismos com a rede de adução de água da Cartuxa de Montalegre na Catalunha), e a canalização de esgotos ladeando exteriomente a cerca com latrinas adossadas à mesma ( MASCARENHAS E JORGE, 1999 ). É um dos poucos conventos a nível nacional a manter a função original, o único da ordem Cartuxa masculina existente em Portugal, e o único cujo sistema de abastecimento de água potável recorre a captação num aqueduto, o Aqueduto da Prata (v. PT040705210026), público de abastecimento urbano (MASCARENHAS e JORGE, 1999). Destaque para o desenho erudito da frontaria, ao nível do 1º registo, segundo Miguel Soromenho "único exemplar de motivo triunfal em Portugal, pelo menos na época em questão" (SOROMENHO, 1999). O claustro de grandes dimensões, 100x100m, é o maior da Europa. |
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Número IPA Antigo: PT040705170020 |
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Registo visualizado 7047 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro masculino
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Descrição
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Planta longitudinal orientada, regular, composta, por portaria, igreja, claustros e demais dependências conventuais inscritas num rectângulo com disposição SO. / NE. e envolvidas por cerca; volumes articulados, massas dispostas na vertical, cobertura diferenciada em telhados de 2 águas para a igreja e dependências conventuais, em terraço nos claustros. Fachada principal de 3 registos: o inferior constituído por exonártex de cinco tramos de arcaria plena, corrido na cimalha por baixa balaustrada sobre friso de triglifos; a rematar cada um dos fortes pilares de alvenaria, de suporte das arcadas, colunas da ordem dórica romana, que no vão central formam par, sendo o espaço entre ambas preenchido por dois nichos soprepostos; as colunas assentam em altos plintos paralelepipédicos; acesso por escadaria central e duas laterais; 2º registo, mais estreito, de 3 panos definidos por colunas jónicas, com disposição idêntica à do registo inferior, e nos vãos janelões de caixilhos; remate em arquitrave bem marcada de molduras profundas; 3º registo mais estreito, de 3 panos e amparado às ilhargas de volutas, com par de duplas colunas geminadas da ordem coríntia; remate em frontão coroado de pináculos e cruz no vértice. Fachadas laterais tendo adossados os dois claustros menores de arcaria plena e registo único. Alçado da cabeceira abrindo para o claustro grande, de arcadas plenas e remate em terraço, para o qual dão as celas dos frades; ao centro da quadra tanque. Outras dependências conventuais distribuem-se a partir do claustro menor à esquerda da igreja. Todo o conjunto é fechado por cerca murada. INTERIOR: nártex coberto por cinco cruzarias de ogiva descarregando em mísulas; pórtico, com entablamento assente em sobreposição de pilastras da ordem jónica. Igreja de nave única, com cobertura em abóbada de berço, dividida em 2 tramos, definidos por parede, rasgada de vão central de moldura recta arquitravada coroada de volutas laterais invertidas, enquadrando nicho central ladeado de pilastras, diferenciado o espaço reservado para os irmãos leigos, no 1º tramo, e para o frades, no 2º tramo: no 1º tramo cadeiral de madeira de castanho e carvalho, com 12 assentos por banda, antecedidos por ambões e munidos de espaldares elevados com entablamento e ático relevado de cartelas ladeadas por putti em relevo; os assentos são delimitados por pilastras decoradas com folhas de acanto e rematadas por fogaréus; altares colaterais em talha dourada, gémeos, de planta plana e pano único delimitado por colunas pseudosalomónicas, com nicho central com imagem do respectivo orago, Santo António e Santa Bárbara; inferiormente banco com 2 mísulas e ático rematado por dossel curvilíneo. No 2º tramo da nave, cadeiral idêntico ao anterior mas de 24 assentos por banda. Os dois tramos da nave são preenchidos superiormente por grandes painéis de madeira com molduras de talha. Arco triunfal de volta perfeita e ombreiras apilastradas. Capela-mor pouco profunda com retábulo-mor de talha dourada e polícroma; é de planta concâva e tramo único definido por 2 pares de colunas pseudosalomónicas e por 1 par de pilastras; assenta em pedestal de mármores coloridos embutidos; tribuna e trono piramidais com imponente sacrário, de planta convexa de dois corpos, ocupando o banco e a banqueta da mesa de altar, o 1º delimitado por 3 pares de colunas; 2 imagens ladeiam a sua parte superior; àtico com duas arquivoltas, com raios, e edícula delimitada por 2 pares de colunas em perspectiva concâva e com a imagem do orago. Na Sacristia retábulo de planta plana e tramo único delimitado por pilastras jónicas escavadas com nichos com imagens de vulto; possui sotobanco, banco, edícula adaptada a sacrário e remate em ático de entablamento dórico; ao centro painel pintado figurando Jerusalém e a imagem escultórica de Cristo na Cruz; na sacristia encontra-se restos do cadeiral proveniente da Sala do Capítulo e aqui adaptado a novas funções. |
Acessos
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EN 114, de Évora para Arraiolos, a c. de 1Km de Évora, bem visível a E. da Estrada |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 (Igreja) / Em vias de classificação (Mosteiro) |
Enquadramento
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Suburbano, isolado, destacado, em aprazível vale, em cota superior ao terreno, entre as colinas de Évora e São Bento de Castris, em zona preponderantemente hortícula, a poucas centenas de metros do Forte de Santo António (v. PT040705210054) e do Aqueduto da Prata (v. PT040705210026). |
Descrição Complementar
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O abastecimento de água potável tinha lugar através de dois sistemas independentes: um ponto de captação por derivação do Aqueduto da Prata (v. PT040705120026), através dum troço de aqueduto entre o convento e uma arca de água adossada à torrela do desarenador do Aqueduto da Prata; a arca de água de planta central apresenta duas plataformas, a superior apoiada em 4 arcos abatidos, terraço com depósito coberto por abóbada de lanternim; o outro sistema de abastecimento, localizado a S. do convento, era constituído por um poço, equipado com nora de eixo alto de cuja existência restam apenas os arcos de apoio da mesma; o transporte de água fazia-se pelo braço do aqueduto através de caleira fechada, sobre muro de alvenaria e sobre arcada de 6 vãos que desemboca numa torre de queda cilíndrica; a partir do poço a água era transportada através de caleira que corria sobre a cerca e da qual resta ainda um troço a N. e alguns dos pontos de bifurcação que conduziam a água para a cozinha, celas e fontes; existem ainda vestígios do sistema de esgotos feito através de conduta, aberta em trincheira com paredes de alvenaria e cobertura abobadada de tijolo, que corre diante do alçado principal do convento ( e que se prolonga possivelmente pelos restantes) e de latrinas adossadas à cerca. |
Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: mosteiro masculino |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Convento da Cartuxa Scala Coeli |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTOS: Filipe Terzi, Giovanni Vincenzo Casale, Nicolau de Frias (atr) *1; ENTALHADORES: Manuel de Abreu do Ó e Manuel Nunes da Silva (retábulo-mor e retábulos colaterais) |
Cronologia
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1514 - beatificação de São Bruno; 1583 - o Arcebispo de Évora, em carta enviada ao Papa Gregório XIII, manisfesta o seu desejo de introduzir em Portugal a Ordem da Cartuxa; 1586 - chegada à corte portuguesa do florentino Giovanni Vincenzo Casale; 1587 - fundação do convento, o primeiro da Ordem Cartusiana em Portugal, por vontade do Arcebispo de Évora, D. Teotónio de Bragança ( 1530 - 1602 ), que custeou quase integralmente as obras; neste ano é executado, com carácter provisório, o conjunto retabular da igreja *2; de facto a 7 de Novembro pagaram-se "ao pintor de pinturas que fes na cartuxa, por provisão" 5.000 reis, 6.400 reis por "dous mil pães de ouro com que se dourou o Retabolo dos ditos Padres" e 2.00 reis ao "dourador de dourar algumas imagens dos padres" ( SERRÃO, 1999 ); 1587, 08 de Dezembro - após se obter licença do Grão-Prior D. Jerónimo Marchant, chegam a Évora os primeiros frades cartuxos, todos eles provenientes do Cartuxa de Scala Dei em Tarragona na Catalunha; ficam instalados no Paço Real de São Francisco, (v. 0705210017) enquanto decorrem as obras; 1588 - encomenda, por parte do Arcebispo de Évora, do 1º projecto para a Cartuxa a Tiburcio Spannochi, engenheiro italiano, cuja traça porém não foi aceite; posteriormente são pedidos planos alternativos a Filippo Terzi e a Franscisco de Mora, também eles recusados; a escolha viria a cair no projecto apresentado por Vincenzo Casale; 1589, 14 de Outubro - pagam-se 7.000 reis para "huma imagem de christo crucificado em vulto" adquirida em Madrid a mando do Padre Frei Jerónimo Ardion, e que será a que ainda hoje se encontra incorporada no retábulo de talha da sacristia; a imagem foi posteriormente estofada e policromada pelo pintor Custódio da Costa; 1590 - retábulo de talha dourada da sacristia; 1591, 16 de Fevereiro - pagam-se ao carpinteiro Diogo Nobre 6.200 reis "por feitio da goarnisão de madrª que fes no Ecce homo que veio de Madrid pª a Cartuxa" ( SERRÃO, 1999 ); 1592 - o mestre de obras é Jerónimo de Torres; construção da arca de água e troço de aqueduto de ligação entre o convento e o Aqueduto da Prata ( v. 0705120026 ); 1593 - morre Vincenzo Casale; 1595, 25 de Setembro - Filipe II ordena que sejam adstritos ao estaleiro da Cartuxa "pedreiros, carpinteiros, cavouqueiros, serradores, carreiros, trabalhadores e servidores"; nesse ano contrata-se a construção de uma capela no convento ao mestre pedreiro Vicente Ferreira; 1596 - referido na documentação do convento o arquitecto Pedro Vaz Pereira *3; 1598, 15 de Dezembro - tranferência dos frades cartuxos para o convento e cerimónia de inauguração da igreja; o próprio D. Teotónio passa a viver com os cartuxos; Séc. 17 - construção do poço com nora; 1621 / 1625 - construção do claustro e pórtico principal, em mármore; 1622 - João Baptista Lavanha, de passagem por Évora, refere não estar ainda terminada a construção do convento; 1625 - conclusão oficial do edifício apesar de decorrerem ainda várias empreitadas; 1663 - destruição da primitiva igreja *4 aquando do cerco de Évora; o edifício foi então ocupado, nos meses de Maio e Junho, pelos Regimento de Cavalaria de Dom Diego Cabalero; c. de 3.000 cavaleiros foram aboletados no convento e o templo incendiado; restou apenas o pórtico de mármore; 1686 - documentada a feitura de um novo retábulo para a igreja; 1697 - é mestre da reconstrução do convento o pedreiro Manuel João Penalvo; 1701 - reedificação a expensas da coroa; 1716 - provável execução do cadeiral da igreja; 1729, 31 de Março - contrato para o douramento do retábulo-mor entre o Prior Frei Ignácio de São José e o dourador eborense Filipe Santiago; nesse ano D. João V oferece a quantia de 5.000 cruzados para o douramento do mesmo; 1732 - aquisição de 2 imagens de santos para a igreja por 28$800 réis; 1733 - os frades pagam 2 dias de trabalho a um entalhador e 4 ao seu aprendiz, provavelmente pela feitura dos retábulos colaterais da igreja; o entalhador é talvez Manuel Nunes da Silva de Lisboa ( LAMEIRA, 1990 ); 1733 - 1734 - realizado pagamento para o estofado dos santos dos retábulos colaterais; Séc. 19 - provável construção do depósito de água e cisterna anexa; 1834 - extinta a congregação em Portugal; o convento é ocupado pelo Hospício de Donzelas Pobres de Évora; 1852 - venda ao estado e instalação no edifício a Escola Agrícola Regional servindo a igreja para armazém de palha; 1869 - extinção da Escola Agrícola e venda pelo Estado a José Maria Eugénio de Almeida; Séc. 20 - o Conde Vilalva, Vasco Maria Eugenio de Almeida reside no imóvel; 1960 - por cedência do Conde de Vilalva, nele se instalou de novo a Congregação de Cartuxos, tendo o proprietário encetado obras de reconstrução integrais do imóvel que se encontrava em ruína, em particular o lado S.; 1995, Janeiro - a DGEMN em conjunto com a Fundação Eugénio de Almeida candidatou o imóvel ao Programa de apoio a Projectos-piloto de Conservação do Património Arquitectónico Europeu; 2004, Julho - Prevista abertura concurso pela DGEMN - DREMS para construção de adega da FEA. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Alvenaria de pedra e alvenaria mista, cantaria de granito, mármore de Estremoz em elementos secundários, colunatas da frontaria e esculturas, xisto, tijoleira, talha, azulejo. |
Bibliografia
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ALFAURA, Pe. Dom Joaquin, Vida del Patriarca San Bruno y principio de su religion, que fundò en los mui asperos montes e Cartuxa, Valencia, 1671; PATRÍCIO, Amador ( Amorim Cardoso de Azevedo ), História das antiguidades de Évora, Évora, 1739; SILVA, D. Bruno da ( António Francisco Barata ), Breve memória histórica sobre a fundação e a existência até ao presente da Cartuxa de Évora, Évora, 1888 - 1899; CARDOSO, Florentino dos Santos, As cartuxas portuguesas: estudo artístico e arqueológico, Lisboa ( texto policopiado, Tese de licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas, Faculdade de Letras de Lisboa ), Lisboa, 1953; SMITH, Robert, A Talha em Portugal, Lisboa, 1963; ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Évora, Vol. 6, Lisboa, 1966; SERRÃO, Joaquim Veríssimo, O surto regional português na legislação dos Filipes, Lisboa, 1975; MOREIRA, Rafael, Projectos para a Cartuxa de Évora in XVIIª Exposição de Arte, Ciência e Cultura - Catalogo Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, 1983; SERRÃO, Vítor, Documentos Notariais Inéditos e Artistas Alentejanos dos Séculos XVI, XVII e XVIII, A Cidade xde Évora, 1984- 1985; A Cartuxa de Évora ontem e hoje, Évora, Cartuxa de Scala Coeli, 1985; HAUPT, Albrecht, A Arquitectura do Renascimento em Portugal, Lisboa, 1986; ESPANCA, Túlio, Os Arquitectos do Convento da Cartuxa de Évora, A Cidade de Évora, 1986 - 1987, nº 60-70; BUSTAMANTE, Agustin e MARÍAS, Fernando, Francisco de Mora y la Arquitectura Portuguesa in As Relações Artísticas entre Portugal e ESpanha na Época dos Descobrimentos, Coimbra, Minerva, 1987; KUBLER, George, A Arquitectura Portuguesa Chã - Entre as Especiarias e os Diamantes - 1521-1706, Lisboa, 1988; A Cartuxa e a vida cartusiana, Évora, Cartuxa de Scala Coeli, 1995; MONTEIRO, Filomena Mourato, O Aqueduto da Água da Prata em Évora. Bases para uma Proposta de Recuperação e Valorização ( texto policopiado, Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade de Évora ), Évora, 1995; PEREIRA, Fernando António Baptista, Proyecto para el convento de Scala Coeli en Évora in Filipe II, Un Monarca y su Epoca - Las Tierras y los Hombres del Rey, Valladolid, 1998; AAVV, A intervenção da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Revista Monumentos, nº10, Março, 1999; CARAPINHA, Aurora, Desertum, Claustrum e Hortus: os horizontes do jardim cartusiano, Revista Monumentos, nº10, Março, 1999; LAMEIRA, Francisco, A Talha, Revista Monumentos, nº10, Março, 1999; MASCARENHAS, José Manuel e JORGE, Virgolino Ferreira, Os sistemas Hidráulicos, Revista Monumentos, nº10, Março, 1999; PESSOA, João Costa e FIGUEIREDO, Maria Ondina, Uma contribuição da Química para o diagnóstico de problemas de conservação, Revista Monumentos, nº10, Março, 1999; SERRÃO, Vítor, Um desenho de Fernão Gomes para o Mosteiro da Scala Coeli de Évora, Revista Monumentos, nº10, Março, 1999; SOROMENHO, Miguel, As possíveis fontes tipológicas da fachada da Igreja , Revista Monumentos, nº10, Março, 1999. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS; Biblioteca Pública de Évora, Livro 1º do Mosteiro da Cartuxa, Contractus Primus Huius Cartusis Scalaee Celi fundationis factus, 1587; Livro que há-de servir para sa Contas da Procuração do Convento da Cartuxa de Évora ( 1731 - 1742 ); Livro 6 da Cartuxa de Évora: Repartição das Herdades e ouras Notícias necessárias para bem deste Convento da Cartuxa de Nossa Senhora de Scala Coeli, 1749; Cod. CVII/1-28, Inventário de tudo o ue o arcebispo tem dado aos padres cartuxos do Mosteiro de escala caeli desta cidade de evora..., 1589; Cód. CLXVII/2-10; IANTT: Chancelaria de Filipe I - Privilégios, Lº 2. |
Intervenção Realizada
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Conde de Vilalva: Séc. 20, anos 60 - obras de reconstrução do claustro S. e de parte das dependências que o rodeavam; reconstrução de algumas celas do claustro grande e dependências que envolvem o claustro N.; obras de conservação gerais; DGEMN: 1989 - reparação das coberturas da igreja; DGEMN / Fundação Eugénio de Almeida *5: 1996 - obras de conservação e restauro: revisão geral das coberturas,incluindo reconstrução integral e parcial de telhados; revisão geral dos rebocos, caixilharias, vãos exteriores e pavimentos; revisão das redes de águas, esgotos e electricidade; limpeza de cantarias; revisão geral de elementos decorativos; recuperação das fontes; conservação e restauro dos azulejos, pinturas murais, talhas, pinturas em madeira e tela, estatuária e cadeirais; DREMS: 2000 - Conservação e recuperação de coberturas, revisão de rebocos, obras de conservação no cemitério; no claustro E. obras de conservação na fonte, pavimentação da galeria E. e substituição dos muretes de alvenaria existentes entre as colunas da galeria O. por painéis de vidro; 2002 - obras de adaptação de uma cela inacabada a enfermaria: construção de divisórias e tectos em gesso cartonado, criando espaços reversíveis; reconstrução do alpendre idêntico ao das outras celas; obras de conservação em paredes e cobertura exteriores, recuperação e reconstrução de portas e janelas. |
Observações
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*1 -alguns autores atribuem a planta da Igreja aos arquitectos Filipe Terzi e a Giovanni Vincenzo Casale; outros, por falta de fontes documentais, pelo facto da fachada ser "nitidamente inspirada na gravura do Libro extraordinário delle porte de Sebastião Sérlio, publicado no ano de 1537", e dada a discrepância entre o projecto aprovado e o efectivamente realizado, preferem deixar em aberto a autoria da planta; as várias referências documentais, entre 1587-1596, a Nicolau de Frias levam Vítor Serrão a crer que "ele deva ter tido um decisivo papel no acabamento da construção cartuxa, seguindo, ou adaptando mesmo às ciscunstâncias no terreno, as plantas de Casale" ( SERRÃO, 1999 ); por seu turno Miguel Soromenho considera mais verosímil o envolvimento de Jerónimo Torres, mestre das obras de pedraria do Arcebispado, enquanto responsável quer pela gestão executiva da obra quer, provavelmente, pelas alterações introduzidas ( SOROMENHO, 1999 ); *2 - o conjunto terá sido obra provável, segundo Vitor Serrão, do pintor Fernão Gomes e dele resta um desenho na Biblioteca Pública de Évora ( SERRÃO, 1999 ); *3 - "a traça quadrangular do chamado Claustro das Capelas, na banda de ocidente, emplanta estruturada com três tramos de arcadas e pilastras intermédias, poderá assacar-se, quiçá, à intervenção de Vaz Pereira" (SERRÃO, 1999); *4 - Miguel Soromenho contesta o "mito" da destruição total do edifício nesta data e chama a atenção para a qualidade da fachada da igreja; *5 - obras comparticipadas pela CE através do programa de apoio à Conservação do Património Arquitectónico Europeu e PIDDAC. |
Autor e Data
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Manuel Branco 1993 / Sousa Macedo 1995 / Rosário Gordalina 1998 e 2000 |
Actualização
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Sousa Macedo 2001 |
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