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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal composta por dois rectângulos justapostos, correspondentes às três naves e capela-mor, com duas sacristias de planta rectangular adossadas à capela-mor, duas capelas laterais de planta rectangular adossadas às naves laterais e torre sineira de planta quadrada adossada à fachada. Volumes articulados. Disposição horizontalista das massas com coberturas diferenciadas a duas águas e a quatro águas na Capela de Nossa Senhora de Fátima. Fachada principal voltada a O., com três registos e pano único delimitado por pilastras toscanas rematadas por pinhas. No primeiro registo, portal em arco abatido com friso saliente ladeado por pinhas e com a data de 1779 gravada. No segundo registo, nicho rematado por concha e com imagem de São João Baptista em mármore;, ladeado por duas janelas de arco abatido. No terceiro registo, janela em arco abatido central. Remate em empena com cornija. Torre sineira com o alçado um pouco recuado relativamente ao da igreja, rasgado por duas frestas rectas e óculo circular, sobrepostos no primeiro registo. Superiormente, abertura sineira em arco pleno, tendo coroamento piramidal com revestimento azulejar azul e branco. Alçado N. com dois registos, o primeiro rasgado por porta de lintel recto e moldura chanfrada, na zona da nave, porta de lintel recto e moldura simples na sacristia e contraforte na zona da capela-mor, adossado ao corpo da sacristia. No segundo registo, janela de lintel recto. Remate em cornija. Alçado S. dividido em dois registos, o primeiro com porta de lintel recto e moldura chanfrada na zona da nave, porta em arco abatido na sacristia e contraforte na capela-mor. No segundo registo, fresta e janela de lintel recto na zona da sacristia e fresta com capialço e janela quadrangular na zona da capela-mor Alçado E. com janela quadrangular. Remate em empena. INTERIOR de três naves separadas por quatro arcos torais de volta inteira, assentes em colunas toscanas, sendo a nave central mais elevada do que as laterais. Coro-alto em madeira assente sobre dois pilares em cantaria. Capela baptismal inserida no primeiro piso da torre sineira que avança sobre o primeiro tramo da nave lateral N., tendo acesso através de arco pleno com figuração escultórica do Baptismo na pedra de fecho. A pia baptismal é em forma de cálice com a superfície decorada por estrias espiraladas. Quatro altares laterais com retábulos em talha dourada. Púlpito adossado à coluna do quarto tramo N., em cantaria e com balcão cilíndrico apoiado em coluna. Pavimento em tijoleira cerâmica. Cobertura em madeira com caixotões lisos, em masseira na nave central e a uma asna nas laterais. A nave central apresenta cinco caixotões pintados com figuração de cenas da vida de São João Baptista. Arco triunfal de volta inteira com a data de 1587 gravada. Capela-mor com iluminação directa a S.. Retábulo em talha dourada e cadeiral. Pavimento lajeado e cobertura em abóbada de berço com caixotões revestidos a estuque, sendo o reticulado marcado por cantaria. |
Acessos
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Largo do Adro |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45/93, DR n.º 280 de 30 novembro 1993 |
Enquadramento
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Urbano, situa-se isolada em plataforma plana, sobranceira ao vale e à vila. Implanta-se em adro delimitado por murete, com acesso através de escadaria, integrando espaço arborizado e coreto. Proximidade de casa solarenga setecentista, actualmente sede da Junta de Freguesia. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Portalegre - Castelo Branco) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1551 - existência da Igreja dedicada a São João Baptista documentada pelos Registos da Confraria do Santíssimo Sacramento; pertencia à Ordem de Malta e era vigairaria apresentada pelo Grão-Prior do Crato; 1587 - hipotética conclusão da igreja ou da capela-mor ( data inscrita no arco triunfal ); 1618 - desenho da povoação, levantada por Pedro Nunes Tinoco e por encomenda do Prior do Crato, Frei Manuel Carneiro; 1779 - obras de reparação da igreja devido aos efeitos causados pelo terramoto de 1755 ( data inscrita na porta principal ); 1758 - tinha os altares do Espírito Santo, São Vicente Ferrer, Nossa Senhora do Rosário e das Almas; séc. 20 - esporádicas intervenções de conservação. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Granito; calcário; mármore; cantaria e alvenaria; aparelho isódomo; revestimento inexistente e reboco; madeira; telha marselha e de aba e canudo. |
Bibliografia
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ALMEIDA, José António Ferreira de, dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; COSTA, António Carvalho da, Corographia Portugueza, Lisboa, 1706 / 1712; FARINHA, António Lourenço, A Sertã e o seu Concelho, Lisboa, 1930; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; Monumentos, n.º 5, Lisboa, DGEMN, 1996; SALVADO, António, Elementos para um Inventário Artístico do Distrito de Castelo Branco, Castelo Branco, 1976; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73757 [consultado em 14 outubro 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH |
Intervenção Realizada
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1946 - douramento dos retábulos por Pedro de Oliveira, residente na Sertã; 1950 - colocação de tela no retábulo do altar-mor escondendo o trono, encomendada pelo Pe. Serafim Serra; Comissão Fabriqueira: 1985 - obras na cobertura da capela-mor, sacristia e dependências anexas; Câmara Minicipal da Sertã: 1988, c. - drenagem do pavimento exterior, construção de muro de suporte das fundações em betão; DGEMN e Comissão Fabriqueira: 1989 - obras de beneficiação, procedendo-se ao levantamento e execução parcial do pavimento em tijoleira cerâmica; remodelação da cobertura; colocação de placa em betão na capela-mor e sacristia; 1994 / 1995 - recuperação das coberturas; 1996 - tratamento do reboco exterior e caiação; 2000 - inicio da recuperação interior, com reparação de tectos da nave e rebocos interiores, do pavimento da capela e instalação eléctrica. |
Observações
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Autor e Data
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Margarida Conceição 1994 |
Actualização
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Lúcia Pessoa 2001 |
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