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Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Residencial senhorial Paço real
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Descrição
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Sensivelmente de planta em L, o núcleo principal organiza-se porém dentro de um rectângulo do qual se destacam em plano e em volume 3 corpos no alçado S., apresentando coberturas autónomas em telhado a 4 águas, sendo a restante construção coberta por telhado a 2 águas. A fachada principal (S.), sobre o jardim de buxo, apresenta 5 corpos, flanqueados por cunhais encimados por pináculos, crescentemente reentrantes da periferia para o centro. Os 2 corpos extremos são assim os mais avançados e formam com os restantes um terraço delimitado por balaustrada e servido por escadarias laterais de um só lanço recto, e em cujo muro de topo se observam 12 painéis de azulejos monócromos. Na fachada E., dando para o Pátio das Damas, animada por 2 ordens de janelas, destaca-se o portal; o alçado O. é servido pelo Pátio dos Bichos, onde se abrem 2 portas que dão acesso à escadaria principal e 3 janelas de sacada e, numa cota mais elevada, abre sobre o denominado Jardim da Cascata. INTERIOR: destaca-se a zona de aparato, que ocupa uma sequência linear de salas desenvolvida ao longo do alçado S. designadamente a Sala das Bicas - grande vestíbulo com pavimento de mármore, tecto apainelado em torno de uma composição alegórica da Flora e silhares de azulejos polícromos setecentistas, observando-se ainda as 2 bicas de mármore, com carrancas de leão sobre pequenos tanques circulares, que deram nome à Sala, e 8 bustos de jaspe sobre plintos, figurando imperadores romanos; a Sala Dourada - ou Salão de Baile - com tecto apainelado figurando uma alegoria central a Sala Império - onde se observam pinturas murais no tecto e sanca, com medalhões ao gosto neo-pompeiano; a Sala Luís XV - com tecto apainelado em cujas quadras dos topos são visíveis 2 escudos armoriados (Braganças e Orléans) e a Capela, de planta rectangular de paredes lisas com lambrim de madeira, retábulo neo-clássico em madeira dourada com pintura de André Reinoso representando A Adoração dos Pastores (em substituição de tela representando a Imaculada Conceição que fora retirada), tecto em abóbada pintada com decoração profusa de enrolamentos e concheados e motivos em "ferronneire" que lembram os do tecto da Sala Dourada. Nas paredes distribuem-se (4 a 4) pinturas sobre pastel da autoria de Paula Rego (1935) representando o "Ciclo da Vida da Virgem Maria e da Paixão de Jesus Cristo. Na área envolvente do palácio há a destacar o Jardim de Buxo (a S. do palácio), de concepção setecentista, constituído por uma esplanada delimitada por balaustrada ornada de estátuas e por alamedas traçadas entre o buxo em torno de 3 pequenos lagos circulares; o Jardim da Cascata (situado a NO.), no qual se observam 3 pavilhões (estufas), rematados na cimalha por balaustrada decorada com vasos e estátuas, sendo o central mais elevado e apresentando, inserida num arco de volta inteira, uma cascata em rotunda ornada por uma estátua de Hércules. |
Acessos
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Praça Afonso de Albuquerque. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,698064; long.: -9,200705 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 19/2007, DR, 1.ª série, n.º 149 de 03 agosto 2007 *1 / ZEP, DG, 2.ª série, n.º 203 de 31 agosto 1967 (palácio) |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado por jardim murado e em posição altimétrica dominante. Com duas frentes urbanas, a principal, a S., com o jardim de buxo (v. PT031106321147) que antecede a fachada do palácio, a uma cota superior, voltada à Praça Afonso de Albuquerque (antiga Praça D. Fernando II) e, a lateral, a E. para o pátio das Damas, com portão para a Calçada da Ajuda e junto ao Museu dos Coches (v. PT031106320613). A N., a acompanhar a Calçada, diversas edificações do Quartel do Regimento de Lanceiros nº 2 (v. PT031106321033). A O., o Jardim Colonial (v. PT031106320614). O acesso ao palácio faz-se a partir da Praça Afonso de Albuquerque, através de portão com rampa que termina junto à fachada lateral O. no Pátio dos Bichos. Nas proximidades, a S., o edifício dos Correios de Belém (v. PT031106321108) e a 26ª Esquadra da P.S.P. (v. PT031106321109). Na Calçada da Ajuda, frente ao portão do Pátio das Damas, o Teatro Luís de Camões (v. PT031106320442). |
Descrição Complementar
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AZULEJO: INTERIOR: Sala da Bicas: Silhar de azulejos, enxaquetado compósito, de inspiração seiscentista, realizado no segundo quartel do séc. 18; policromia: azul, amarelo, branco. EXTERIOR: Varanda: 14 painéis representando figuras da mitologia, destacando-se várias representações de Hércules, seis das quais alusivas aos trabalhos de Hércules. Monocromia: azul em fundo branco, por vezes com traços manganés; último terço séc.18. Da esquerda para a direita: 1. Plutão e Cérbero (22 x 9 az.); 2. Vénus (22 x 13 az.); 3. Neptuno (22 x 13 az.); 4. Hércules ( 22 x 9 az.); 5. Hércules e a égua de Diómedes ( 22 x 19,5 az.); 6. Figura masculina (22 x 8 az.); 7. Figura masculina com arco e flechas (22 x 8 az.); 8. Figura feminina (22 x 8 az.); 9. Figura feminina (22 x 8 az.); 10. Hércules e a ave de Estinfália (22 x 19,5 az.); 11. Figura masculina com machado (22 x 9 az.); 12. Hércules e a serpente de Ládon (22 x 12,5 az.); 13. Hércules e o touro de Creta (22 x 12 az.); 14. Hércules e a Hidra de Lerna (22 x 12,5 az.). Barra de duas fiadas de azulejo, motivos geométricos (ovas) e vegetalistas (folhas de acanto). PAVILHÃO central da ala das laranjeiras (casa de fresco): Seis painéis de azulejos de composição figurativa formando silhar, todos eles com 7 azulejos de altura x 10 de largura; finais séc. 18; composição central em monocromia: azul em fundo branco; guarnição policroma: amarelo, verde, manganés, ornatos vegetalistas. 1. Cena de exterior (painel refeito posteriormente); 2. Duas figuras femininas e uma figura masculina no parque, com cesto de frutas; 3. Figura feminina em pé dá uma maçã a uma figura masculina; 4. Jogo de gamão; 5. Música no jardim; 6. Música no jardim: cravo, violino. |
Utilização Inicial
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Residencial: paço real |
Utilização Actual
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Residencial: residência oficial da Presidente da República |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Secretaria Geral da Presidência da República |
Época Construção
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Séc. 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTOS: João Pedro Ludovice (m. 1760) e Mateus Vicente de Oliveira (1706 - 1785); Rafael da Silva Castro (remod. de 1886); Rosendo Carvalheira (remod. 1903); Luís Benavente (remod. 1951); João de Almeida - atelier ARQUI III (remod. 1986); João Luís Carrilho da Graça (Centro de Documentação e Informação, iniciado em 1998); ENTALHADOR: Leandro Braga (1886); PINTORES: Máximo Paulino dos Reis (1781 - 1866); Vitorino Manuel da Serra (tecto da capela); José Malhoa (1886); Columbano Bordalo Pinheiro (1886); João Vaz (1986); Félix da Costa (1886); Ernesto Cotrim (1886); Henrique Casanova (1886); João Nascimento (1941) (restauro do tecto da capela); Paula Rego (pinturas da capela, 2002) PINTOR: Vitorino Manuel da Serra (séc. 18). |
Cronologia
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Séc. 18 - provável pintura da Sala das Bicas por Vitorino Manuel da Serra; 1726 - aquisição, por D. João V, da denominada Quinta de Baixo ao 3º Condes de Aveiras, D. João da Silva Telo, por 200.000 cruzados, e da Quinta do Meio, contígua àquela, aos Condes de São Lourenço, tendo por finalidade a edificação de um palácio de veraneio com cerca ajardinada; 1754 - morre no palácio a rainha D. Maria Ana de Áustria; 1755 / 1756 - o palácio designado como "Casa Real de Campo de Belém", resiste ao terramoto, sendo-lhe feitas inumeras reparações, nomeadamente nos telhados, bem como nas estufas e cavalariças sobre orientação do arquitecto João Pedro Ludovice; c. 1770 - por iniciativa régia, é dado um significativo impulso às obras de reconstrução orientadas, segundo A. Ayres de Carvalho, pelo arquitecto Mateus Vicente de Oliveira; 1778 - aplicação do revestimento azulejar no varandim do alçado S. e fecho do corpo central; 1780 - constroem-se os viveiros dos pássaros; 1787 - início da construção do picadeiro real cujas obras se irão prolongar até 1828; 1807 - com a partida da Família Real para o Brasil, o palácio é despojado de parte do seu recheio artístico e permanecerá abandonado até ao fim da Guerra Civil; 1839 - no palácio realizam-se bailes de corte e serve de residência a visitantes régios; 1840, década - enquanto decorrem obras no Palácio das Necessidades, a Família Real transfere-se para Belém, nascendo aí, em 1845, a infanta D. Antónia; 1850 - após obras de remodelação, é inaugurado o novo salão de baile do palácio de Belém, onde a rainha D. Maria II recebe a sociedade portuguesa; 1860 - realizam-se no palácio os festejos do casamento da infanta D. Antónia com o príncipe Leopoldo de Hohenzollern; 1861 - em Novembro, morre no palácio o infante D. Augusto e, no Natal, morre o infante D. João. A sucessão de mortes levou ao abandono do palácio, por parte da Famíla Real, passando a albergar visitantes estrangeiros pelo que se procedeu a pequenas reparações, nomeadamente colocação de candeeiros e reparação nas canalizações de gás; 1886 - obras no palácio sob a direcção do arquitecto Rafael de Silva Castro (m. 1892), por ordem do rei D. Carlos que elegera o edifício para sua residência após o casamento com a princesa Amélia de Orléans. Aí nasceriam, em 1887, o Príncipe D. Luís Filipe e, em 1889, o Infante D. Manuel; 1889 - com a morte do rei D. Luís, o seu sucessor, D. Carlos, escolhe para residência oficial o Palácio das Necessidades ficando Belém reservado para acolher hóspedes oficiais; 1902 / 1903 - remodelação dos interiores a cargo do arquitecto Rosendo Carvalheira e construção, na ala N. do Pátio das Damas, de um palacete (normalmente designado Anexo), destinado a receber as comitivas de hóspedes estrangeiros, sendo inaugurado com a visita do rei de Espanha, Alfonso XIII a Portugal; 1904 - o picadeiro é separado do palácio e destinado a albergar o Museu dos Coches Reais; 1908 - por carta régia, publicada no Diário do Governo de 4 de Setembro, o palácio deixa de pertencer à Casa Real, passando a ser pertença da Fazenda Pública com a finalidade de "alojamento de Chefes de Estado, Príncipes e missões estrangeiras que vierem em visita oficial a Lisboa, ficando para esse fim a cargo do Ministério dos Negócios Estrangeiros"; 1911 - por decreto, datado de 24 de Agosto, fixa-se no palácio a Secretaria-Geral da Presidência da República, mas não o Presidente dado que o artigo nº 45 da Constituição proibia residência ao Chefe de Estado em propriedades do estado; 1912 - por decreto, datado de 28 de Junho, o Governo autoriza que seja arrendado ao então presidente da República, Dr. Manuel de Arriaga, o "Anexo" mediante o pagamento mensal de cem mil réis (pagamento esse em vigor durante todo o peródo da 1ª República); 1918 - esteve exposto na sala Luís XV (actual sala dos Embaixadores), em câmara ardente, o corpo do Presidente Sidónio Pais, assassinado a 14 de Dezembro na Estação do Rossio; 1928 - por decreto, datado de 24 de Março, define-se o estatuto de residência oficial do chefe de estado, passando o Presidente da República e sua família a residir num dos Palácios Nacionais. À data do decreto, era presidente o General Óscar Carmona que decidira fixar residência na Cidadela de Cascais (v. PT031105030006) deixando o palácio de Belém reservado para as cerimónias de Estado, reuniões oficiais, recepções e outros acontecimentos formais; 1929 - por ocasião de uma projectada visita do rei de Espanha, o palácio sofreu diversas obras de remodelação de forma a receber condignamente o monarca, que acabaria por não realizar a visita; 1951 - 1952 - remodelação da ala chamada de "Arrábida" para residência do Presidente da República, General Francisco Craveiro Lopes; 1967, 24 janeiro - o imóvel foi classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo decreto n.º 47.508, publicado no Diário do Governo n.º 20; 1969 - estragos provocados pelo sismo; 1974 - após a "Revolução dos Cravos" o palácio é transformado em sede do Poder e palco constante de decisões e reuniões politicas; 1976 - após a eleição do General António Ramalho Eanes como presidente da República, o palácio sofreu uma vasta campanha de obras, em especial na "Arrábida" para adaptação de residência oficial do chefe de estado e família; 1980 - 1985 - a sala de Jantar é utilizada como núcleo museológico para exposição dos presentes oferecidos ao Chefe de Estado; 1998 - inicia-se a construção do edifício do Centro de Documentação e Informação, da autoria do arquitecto João Luís Carrilho da Graça (1952), vencedor do concurso promovido pela Secretaria-Geral da Presidência da República; 2002 - o presidente da República, Jorge Sampaio encomenda à pintora Paula Rego um conjunto de pinturas para decoração das paredes da capela do palácio. A pintora acabaria por oferecer as obras cuja temática seria o "Ciclo da Vida da Virgem Maria e da Paixão de Jesus Cristo"; 2004, 5 Outubro - é inaugurado o Museu da Presidência da República; 2005 - realiza-se na Galeria de Pintura do Rei. D. Luís I, a exposição "Do Palácio de Belém" onde se apresentou a história, a arquitectura e o recheio artístico do palácio; 2006 - Por despacho da Ministra da Cultura, datado de 10 de Março, foi determinada e reclassificação do imóvel como Monumento Nacional, e a redelimitação, de forma a incluir todo o conjunto intramuros, nomeadamente o palácio, os jardins (v. PT031106321147) e outras dependências, como o Picadeiro (v. PT031106320613) e o Museu da Presidência. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes, estrutura mista |
Materiais
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Alvenaria mista, cantaria de calcário, mármore, estuque, azulejos. |
Bibliografia
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ALMEIDA, Rodrigo Vicente de, Belém: apontamentos literário-histórico-arqueológicos, in O Arqueólogo Português, vol. 18, 1913; ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Fasc. 3, Lisboa, 1946; ATAÍDE, M. Maia, (coord. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo III, Lisboa, 1988; BRAGA, Pedro Bebiano, Entre o Palácio e o Tejo, Monumentos 4, DGEMN, Lisboa, 1996; CALDAS, João Vieira, O Palácio de Belém na Arquitectura da sua Época, Monumentos 4, DGEMN, Lisboa, 1996; CANAS, José Fernando, Intervenções Recentes da DGEMN, Monumentos 4, DGEMN, Lisboa 1996; CARITA, Hélder, CARDOSO, Homem, Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal, Lisboa, 1987; DIAS, Gabriel Palma, As Intervenções Joaninas nas Quintas de Belém à Ajuda, in Encontro dos Alvores do Barroco à Agonia do Rococó (Fundação das Casas de Fronteira e Alorna), Lisboa, 1994; FERNANDES, José Manuel, A "Residência para o Chefe do Estado": uma obra de Luís Benavente, Monumentos 4, DGEMN, Lisboa, 1996; FREITAS, Eduardo, CALADO, Maria, FERREIRA, Vítor Matias, Lisboa. Freguesia de Belém, Lisboa, 1993; GAMA, Francisco Pimenta da Gama, Palácio de Belém: Sete anos de Cooperação Eficaz, Monumentos 4, DGEMN, Lisboa, 1996; GASPAR, Diogo (coordenação), Do Palácio de Belém, edição Museu da Presidência da República, Lisboa, Outubro, 2005; GIL, Júlio, Os Mais Belos Palácios de Portugal, Lisboa, 1992; LEITE, Ana Cristina, Os Jardins, Monumentos 4, DGEMN, Lisboa, 1996; MATOS, José Sarmento de Matos, Uma Quinta à Beira-Rio, Monumentos 4, DGEMN, Lisboa 1996; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1953, Lisboa, 1954; Monumentos, n.º 9 a n.º 10, n.º 18, n.º 20, Lisboa, DGEMN, 1998-1999, 2003-2004; NEVES, Manuel Dias das Neves, Beneficiação da Cobertura e Tecto da Sala das Bicas, Monumentos 4, DGEMN, Lisboa 1996; RIBEIRO, Mário de Sampaio, A Calçada da Ajuda, Lisboa, 1940; SALAZAR, Tiago, Belém: Memorial do Palácio, in História, Ano XV, Nº 168, Set. 1993; SANTANA, Francisco, SUCENA, Eduardo, (dir. de), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; SARAIVA, José António, O Palácio de Belém, Lisboa, 1985; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/DSARH, DGEMN/DSPI/CAM, DGEMN/DSEP, DGEMN/DRELisboa/DRC/DEM/DIE |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa |
Intervenção Realizada
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1902 / 1903 - construção, na ala N. do Pátio das Damas, de um palacete, normalmente designado Anexo; 1909 - redecoração de algumas salas do palácio; 1929 - campanha de redecoração interna (com vista a ser recebida no palácio a família real espanhola), da responsabilidade do Arquitecto F. L. Ramalho, tendo então sido retiradas as sobreportas e outras pinturas da autoria de Columbano Bordalo Pinheiro e José Malhoa, talhas de Victor Bastos e os fogões de algumas salas; 1940 - ampliação da garagem; 1947 - trabalhos diversos nas dependências da Secretaria da Presidência e da Chancelaria das Ordens; 1948 - reparação dos telhados e caixilharias, obras diversas; 1949 - reparação dos telhados, obras de beneficiação da garagem, reparação da rede eléctrica e dos lustres das salas Império, Bicas e Luís XV, reparação do pavimento do Pátio dos Bichos; 1950 / 1951 - reparações exteriores (fachada N.); 1951 - construção de estufa, reparações exteriores em anexos, adaptação de edifício no Pátio da Arrábida a residência do chefe de Estado; 1952 - reparação dos telhados e caixilharias, obras diversas na sala de jantar, cozinha e galeria, remodelação do jardim e lago, obras de remodelação e redecoração do denominado Anexo, sob a orientação do Arq. Luís Benavente (coberturas, rede de água e electricidade, IS, cozinha), reparação do pavimento do Pátio das Damas e do Pátio dos Bichos, beneficiação do jardim da Arrábida; 1953 - remodelação da rede telefónica, eléctrica, melhoramentos nas dependências do pessoal, remodelação do jardim de buxo, reparação do muro S. do jardim, reparação dos telhados, pinturas e reparação dos pavimentos (mármores e parquets) e escadas; 1954 - instalação sistema de alarme, reparações diversas, obras de conservação, restauro de pintura artística nas salas Império e Dourada, obras de adaptação de um anexo a lavandaria e rouparia; 1955 - protecção dos azulejos do alçado S., reparação de coberturas, beneficiação da rede eléctrica do palácio e do jardim, pinturas interiores; 1956 - restauro da fonte integrada no muro do jardim (dando sobre a Pç. Afonso de Albuquerque), instalação eléctrica em dependências anexas, reparação e pintura das fachadas, colocação de novos portões no Pátio dos Bichos; 1956 / 1957 - reparação de fogões e caldeiras, obras gerais de conservação exterior; 1958 - remodelação do antigo pavilhão da GNR para residência de funcionários, obras gerais de conservação (esgotos, telhados, tectos); 1959 - reparação da escadaria junto à sala das Damas, instalação de ar condicionado no gabinete do Presidente, reparação de chaminés e pequenas obras interiores, reparação de fachadas, coberturas e da instalação eléctrica; 1960 - instalação de um ascensor, limpeza do muro exterior S., obras de remodelação para novas instalações da Secretaria da Presidência; 1961 - beneficiação da rede eléctrica; DGEMN: 1961 - Continuação das obras periódicas de conservação, pelo Serviço dos Monumentos Nacionais; 1962 - reparação de fachadas, coberturas e da instalação de sinalização, subida de muro do jardim contíguo ao então Jardim Colonial, obras de beneficiação, reparação da pérgola do jardim da Arrábida; 1963 - douramento de caixilharias e portas da sala de Jantar, dos caixilhos da fachada S., beneficiação da rede eléctrica (salas do Despacho, residência do chefe de Estado e garagem), diversas obras de conservação; 1964 - reparação da rede eléctrica e aquecimento central, obras diversas no Anexo e Pátio das Damas; 1965 - beneficiação da rede eléctrica e aquecimento central, obras de conservação exterior e interior (residência do motorista), remodelação da rede de esgotos; 1966 / 1967 - remodelação da casa do guarda, reparações exteriores e coberturas, obras de conservação interna, reparação da rede eléctrica e aquecimento central, reparações no Pátio das Damas; 1967 - arranjo do vestíbulo; 1968 - reparação da rede eléctrica, de sinalização e aquecimento central, reparações interiores e exteriores; 1969 - reparações interiores e exteriores, beneficiação da rede eléctrica e aquecimento central, reparação dos telhados e dos danos causados pelo sismo deste ano (fendas), restauro de dourados e diversos trabalhos interiores; 1970 - reparações no muro exterior S., reparações interiores e exteriores, beneficiação da rede eléctrica, reparação nas instalações do comando da guarda; 1971 - reparações interiores e exteriores, beneficiação da rede eléctrica e de água, trabalhos diversos de conservação; 1972 - reparações interiores, beneficiação da secretaria (instalação de ar condicionado e aquecimento central); 1973 - reparações interiores e exteriores, beneficiação da iluminação dos jardins; 1974 - reparações interiores, reparação de coberturas e fachadas, restauro de dourados, construção e assentamento de um portão em madeira de casquinha; 1975 - obras de conservação interiores e exteriores, reparação de telhados e fachadas, beneficiação da rede de águas; 1976 - reparações interiores (remodelação das cozinhas) e exteriores, beneficiação da instalação eléctrica, reforço do muro de suporte do jardim; 1977 - reparação da rede de detecção de incêndios, beneficiação da rede eléctrica e do ascensor; 1977 / 1980 - adaptação de um anexo a serviços da Presidência; 1979 - obras de conservação, beneficiação da rede eléctrica da cave (instalação de arquivo); 1980 - obras de beneficiação geral, reparação da rede eléctrica e do ascensor, trabalhos de pintura e douradura na Sala dos Presidentes, conservação dos telhados e fachada do Pátio dos Bichos, beneficiação da iluminação do Jardim da Ninfa; 1981 - obras gerais de beneficiação e conservação, construção da piscina no jardim da Arrábida; 1982 - beneficiação do sistema de detecção de incêndios e da rede eléctrica, obras de conservação e reparação de cantarias, beneficiação das I.S. do Conselho de Estado, remodelação do Jardim da Arrábida; 1983 - obras de beneficiação diversas (instalação eléctrica e de segurança), reparação de caixilharias e azulejos, muros exteriores; 1984 - trabalhos de pintura e douradura, beneficiação das estufas, rede eléctrica e instalações da P.S.P., beneficiação e restauro de azulejos; 1985 -obras de beneficiação geral, beneficiação da Sala de Jantar e revestimento com tecido das paredes da Sala Império, remodelação do sistema de abastecimento de água e da rede de abastecimento de gás; 1986 - remodelação da instalação eléctrica da Casa Militar da Presidência; 1987 - beneficiações diversas na sala de jantar, de caixilharia, azulejos, revestimento de paredes da sala dourada, aquisição de várias peças decorativas; 1988 / 1989 - decoração do antigo atelier de D. Carlos, aquisição de um conjunto de peças decorativas, beneficiação dos anexos; 1990 - alteração do muro divisório do jardins do palácio com o Jardim-Museu Agrícola Tropical, criação de um novo tanque (circular), rodeado por arbustos organizados segundo um desenho geométrico, beneficiações diversas: de carpintaria na residência e sala das bicas, do atelier de D. Carlos; 1991 - instalações da Presidência da República - beneficiações em coberturas, fachadas, instalação eléctrica, cozinha, copa e fornecimento e montagem de diverso equipamento; 1992 / 1993 / 1994 / 1995 - beneficiações em cabos de iluminação exterior, coberturas da sala das Bicas, fachadas, da cobertura da sala dourada, das instalações do Comando da GNR, sistema de detecção de incêndios e fornecimento e montagem de equipamento, instalação de colunas para a informática e comunicações, reparação de lagos e respectivas estátuas de bronze do jardim dos Buchos; 1996 - beneficiações diversas, reparações de coberturas, adaptação de instalações para o serviço de segurança; 1997 - obras de beneficiação no átrio do Pátio das Damas; 1998 - beneficiações diversas nas coberturas e pavimentos; execução de nova instalação eléctrica em diversos gabinetes; novas instalações para os serviços de comunicação; beneficiação da Sala das Bicas e do jardim; 2001, Agosto - restauro da capela (retábulo e pinturas do tectos) realizado pela firma Carla Cardiga & Gonçalves Jordão; 2003 - projecto e fiscalização das obras de remodelação das redes hidráulicas de aquecimento; 2004 - adaptação do edifício de comando da GNR para integrar a loja e a entrada no museu, zona de comando da GNR e zona de creditação de visitantes. |
Observações
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*1 - DOF: Palácio Nacional de Belém e todo o conjunto intramuros, nomeadamente o Palácio, os jardins e outras dependências, bem como o Jardim Botânico Tropical, ex - Jardim - Museu Agrícola Tropical. |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1994 / Paula Correia 2004 |
Actualização
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