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Espaço verde Jardim
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Descrição
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O jardim inicia-se num pátio, amplo e quadrangular, de nível, centrado por uma taça de água de grandes dimensões. É delimitado a S. por um edifício, a E. por um murete com gradeamento, a N. por um muro e comunica, para O. com as duas plataformas, de planta aproximadamente rectangular, que completam o jardim miradouro. A passagem para a primeira plataforma é marcada pelo efeito surpresa provocado por uma abertura na vegetação que visualmente isola o pátio anterior. Esta plataforma apresenta uma pendente para O., favorecendo assim a função de miradouro, é pontuada no extremo S. por três palmeiras que se localizam à cota do edifício, numa área de estadia, recatada, onde um gradeamento constitui varanda privilegiando a vista para o Rio Tejo. O desnível entre esta plataforma e a segunda, que lhe fica topograficamente inferior, é vencido por duas rampas laterais e, no centro, por um muro de suporte ao qual se adossa um lago, ao nível do último patamar. Topograficamente este jardim desenvolve-se como que em anfiteatro, permitindo visualizar toda a encosta O. da Avenida da Liberdade, onde se destaca o Jardim Miradouro de São Pedro de Alcântara. Possui um busto de bronze de José Viana da Mota (1868-1948). |
Acessos
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Rua Júlio de Andrade, ao Campo de Santana |
Protecção
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Incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria (v. IPA.00005967) *1 / Parcialmente incluído na Zona de Proteção do Ascensor do Lavra (v. IPA.00003040) / Parcialmente incluído na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente |
Enquadramento
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Urbano. Destacado. Dominante sobre a envolvente. Terço superior da encosta. Exposição a O.. |
Descrição Complementar
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«O Páteo do Torel, transformar-se-ia numa zona privilegiada de habitação de luxo da cidade subsistindo ali ainda hoje exemplos característicos de arquitectura romântica, na sua maioria modelos importados do estrangeiro. No entanto só mais tarde um dos seus jardim seria aberto ao público.» (Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, p. 25); «Pelas traseiras do convento (de Santana) passa a Rua de Câmara Pestana, e por detrás desta, sobre o vale da Anunciada as travessas que tiraram o seu nome do desembargador Cunha Torel, onde se vêem alguns bons prédio modernos, edificados no estilo da renascensa italiana, segundo o risco do arquitecto Sebastião José Locati (Apud Viterbo), e rodeados de jardins muito pitorescos, que, observados do lado E. da Avenida, dão ao local uma impressão de um trecho do Estoril. Deste ponto goza-se um belo panorama, avistando-se toda a encosta E. do Monte de São Roque e do Alto dos Moinhos de Vento, destacando-se a pesada mole do edifício dos Jesuítas, os Jardins e muralhas de S. Pedro de Alcântara, os palácios dos Andrades e Ludovices, o recolhimento de S. Pedro, os prédios que coroam o alto da Praça Rio de Janeiro e Rua de D. Pedro V, e a mancha de verdura do Jardim Botânico.» (Guia de Portugal, p. 262); «(...) no final dos anos 20 do novo século a Câmara receberá a cedência do que fora a magnífica Quinta do Desembargador Cunha Thorel, na encosta de Santana, com um tanque monumental que será aproveitado num desenho de jardins suspensos.» (Monsanto, Parque Eduardo VIII, Campo Grande, Keil do Amaral, Arquitecto dos espaços verdes de Lisboa, p. 23). |
Utilização Inicial
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Recreativa: jardim / Recreativa: miradouro |
Utilização Actual
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Recreativa: jardim / Recreativa: miradouro |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Câmara Municipal de Lisboa (Direcção Municipal de Ambiente e Espaços Verdes - Departamento de Espaços Verdes) |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ESCULTOR: Anjos Teixeira, Filho (1957). |
Cronologia
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Séc. 20, década de 30 - construção; 1957, 22 Abril - inauguração do busto de José Viana da Mota, executado por Anjos Teixeira, Filho; 1999, Junho - decorre a Empreitada referente à Drenagem Superficial e Profunda. |
Dados Técnicos
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Armação em socalcos, suportados por muros de suporte. |
Materiais
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Bibliografia
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FERREIRA, Rafael Laborde, VIEIRA, Victor Manuel Lopes, Estatuária de Lisboa, Lisboa, Amigos do Livro, Lda., 1985; PROENÇA, Raul, Guia de Portugal, 1º volume, Biblioteca Nacional de Lisboa, 1924; TOSTÕES, Ana, Monsanto, Parque Eduardo VII, Keil do Amaral, Arquitecto dos espaços Verdes de Lisboa, Editorial Salamandra, Lisboa, 1992; Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Associação dos Arquitectos Portugueses. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; UE |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1999 - em recuperação pela Câmara Municipal de Lisboa - Direcção Municipal de Ambiente e Espaços Verdes - Departamento de Espaços Verdes - Divisão de Instalação de Espaços Verdes. |
Observações
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*1 - o despacho que classifica o Campo dos Mártires da Pátria data de 1966, embora o decreto só tenha sido publicado em Diário de Governo no ano de 1996. *2 - o nome de Torel foi herdado do antigo proprietário, o desembargador Cunha Torel. |
Autor e Data
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Ana Aguiar 1999 |
Actualização
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