Jardim do Cerco e mata da cerca do Convento de Mafra

IPA.00007002
Portugal, Lisboa, Mafra, Mafra
 
Espaço verde de recreio. Jardim da cerca conventual de caracterização estilística barroca, constitui um todo em conjunto com o Convento. Terreno limitado por muro maioritariamente florestado, construído para uma comunidade religiosa e contendo mata e jardim. Caracterização barroca patente na disposição geométrica de canteiros de buxo lagos ornamentados centram o espaço.
Número IPA Antigo: PT031109090073
 
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Registo

 
Espaço verde  Conjunto de espaços verdes        

Descrição

Espaço murado que se desenvolve directamente associado ao convento, constituído por jardim e mata. JARDIM: limitado a S. por muro atrás do qual o Convento se impõem como cenário e a N., po muro que separa a Tapada Militar. Estruturado por eixo que se desenvolve a partir do portão principal com orientação O. / E.. De cada lado, junto ao mesmo portão, jardim formal com canteiros de buxo em composição geométrica irregular. Nesta zona existe um exemplar de buxo em porte arbóreo. Caminho separa e contorna zona aproximadamente oval com prado e coberto arbóreo de grande porte e pontuações de luz nas aberturas. Após o prado, zona em calçada branca com tanque eliptico (6,6m diâm. maior e 5,96m diâm. menor) que quebra para N. o eixo principal. Esta zona é limitada por muro de suporte da zona a E., que, com bancos adjacentes, contorna a taça central. A S. da taça, nora (7.48m alt. maior, 4.80m alt. menor, 8.04m larg. maior, 7.10m larg. menor, 2.60m lado do hexagono, 8.90m condução de água em alt., 4.54m raio do poço) alimentada por aqueducto suportado por arcos (51m comp, 8,66m alt. e 0.67m larg.) . A E. desta zona desenvolven-se dois patamares separados por muro de suporte rasgado por eixo central. Nestes, jardim formal com canteiros de buxo prenchidos e simétricos relativamente ao eixo pontuado por dois chafarizes, um em cada patamar. A N. situa-se uma casa de apoio ao jardim, outra onde se instala a Direcção Geral das Florestas e uma gaiola de ferro para pássaros. A S., aqueducto corre paralelamente aos patamar sendo acompanhado por fiada de ameixoeiras-de-jadim. Para S., numa dobra proporcionada por um recorte do muro, situa-se uma área rectangular, o viveiro municipal, área correspondente ao antigo horto do convento. MATA: Vegetação de grande porte e extremamente densa. Separada dos patamares anteriores por eixo transversal perpendicular e sobreelevado em relação ao eixo principal. Limitada a N., S. e a E. pelo muro da Tapada Militar e a O. por um recinto localizado frente à fachada tardoz do Convento. Reticulado de caminhos com presença de estatuárias (c. 2,3m alt.) em parte dos cruzamentos. Um dos caminhos corresponde ao prolongamento do eixo principal do jardim, um outro, que se desenvolve paralelamente para S. deste, culmina no portão de acesso à Tapada. Parque infantil construído a E. do jardim, com parque de merendas a S., e espaço para Jogo da Bola / Pela no limite O.. Este espaço (53m comp. e 12m larg.) é plano e a cota mais baixa que a envolvente, limitado pormuro de suporte com 2 filas de banco encaixado a toda a volta, ornamentados com baixos relevos em forma de concha e acesso por escadaria com 8 degraus.

Acessos

Largo das Tílias.

Protecção

Em vias de classificação *1 / Parcialmente incluído na Zona Especial de Protecção do Convento de Mafra (v. IPA.00006381)

Enquadramento

Adossado ao Convento, a O. da Tapada de Mafra (v. IPA.00023129). Relevo plano (declives inferiores a 8%), englobado na superfície de abrasão marítima onde aflorou o complexo vulcânico de Lisboa-Mafra; clima temperado, Moderado, Húmido; zona predominantemente agro - florestal; O conjunto da Tapada, Palácio / Convento e Cerca constitui o Monumento de Mafra. As relações visuais com o exterior são limitadas à imposição do volume do Convento (v. IPA.00006381) que se apresenta constantemente como elemento de referência. No quadrante N. do jardim localiza-se o Aqueduto (v. IPA.00033904) que abastecia o convento.

Descrição Complementar

No início dos trabalhos de construcção do convento, António Rebelo da Fonseca, por ordem de D. João V, "mandou logo murar uma grande distância de terra para cerca do Convento, e nela plantar, em bem repartidos canteiros, com dilatadas ruas, todo o género de árvores silvestres, que fez conduzir de várias partes do Reino, (...) e plantar vides e parreiras em toda a sua circunferêncica". Foram plantados Azereiros, Buxos, Alecrim e Roseiras. "já estas novas plantas começavam com, os seus frutos, (...) quando se variou na maior parte este trabalho" (AYRES, 1992); "Nesta cerca está separada uma grande horta, de que se serve o Convento; tem cinco tanques de água, sendo um de trezentos palmos de comprido e setenta de largo; tem pomares de laranja e fruta com ruas de latadas de parreiras e grandes tabuleiros de horta que produzem toda a casta de hortaliça de que se prove o Convento, trabalhando nela efectivamente doze hortelões a quem governa um Religioso". (Frei João de S. José do Prado); "... é mais uma sala de verdura que um verdadeiro jardim." (Courtils, in Bul. des Études Portugaises, 1965); "Nas traseiras deste soberbo monumento estão os jardins, vastos e belos, decorados com fontes, grupos e estátuas". (Gorani, in CHAVES, 1945); "[...] finalmente, descobrindo uma porta larga, que dava para a quinta, fugimos por ela de repente, e dando connosco num labirinto de murtas e loureiros, livrámo-nos dos nossos perseguidores. Na quinta, que tem aproximadamente milha e meia de circunferência, há, além de matas silvestres de pinheiros e loureiros, alguns pomares de laranjeiras e limoeiros, e dois ou três canteiros ajardinados, mais cheios de ervas do que flores. Desagradou-me muito achar este belo jardim tão miseravelmente abandonado, e os seus viçosos arbustos principiando a murchar por não serem convenientemente regados [...]" (Beckford, in Simões, 1988); "[...] Os jardins que se acham na retaguarda são muito vastos e bem providos de grande variedade de plantas exóticas, as quais o fundador importou com grande despesa das suas possessões na Ásia, África e América [...]". (MURPHY, 1795); ; imediatamente junto ao convento tem algumas árvores e uma horta ou jardim para uso do Palácio [...]. A horta do Convento encontra-se dentro da dita cerca, porém com porta para o exterior: é bastante extensa, pois por disposição do fundador foram atribuídos salários a doze hortelões, os quais são governados por um irmão leigo [...]"; "Tem o Convento uma grande cerca murada que se compõe de várias árvores silvestres e frutíferas, divididas em muitas e espaçosas ruas vestidas de buxos. Nela se veem poço de nora com um grande e engraçado tanque rotundo feito de modo de bacia com duzentos e quarenta palmos de circunferência. Tem um jogo de bola de duzentos e vinte e seis palmos de comprido e quarenta de largo, com assentos à roda, de pedra, e varandas com grades de ferro. Nesta mesma cerca há um jardim que tem de comprimento duzentos e cinquenta e seis palmos, cento e cinquenta e três de largo: tem vinte e seis figuras e duas carrancas nas bacias das cascatas [...]" (Saavedra, in Estado de Portugal en el año de 1800, in Memorial Historico Espanol, 1893); (Frei Cláudio da Conceição, 1820); dentro dela se situa "a Cerca junto ao Convento, mas dividida da Tapada por um muro interior que está no fundo da Cerca e onde há um portão por onde se entra desta para a Tapada" (Frei João de Santa Ana, 1828); "[...] Há um recinto murado junto ao mosteiro, possuindo um poço da mais pura água e um tanque espaçoso. Há também alguns encantadores arbustos e grande quantidade de árvores de fruto e caminhos sombrios, ladeados de canteiros. Além disto, há dois lagos artificiais ornamentais; ficam estes contíguos ou pertencem à horta [...]. Consta que existem 26 estátuas nesta horta [...]" (WORTYLEY, 1854); "A cerca constitui um bosque sistematicamente formado, cortado por espaçosas ruas guarnecidas de arbustos. No seu recinto há um lago de calcário branco de 17 metros e 8 decímetros de diâmetro, um magnífico jogo de bola (cuja projecção horizontal é de 50 metros por 9 metros, guarnecido de assentos e muralhas de mármore), um pequeno jardim que hoje serve de guardar plantas mimosas, uma grande nora e, finalmente, o grande jardim recentemente formado e cujo esmerado tratamento tem dado às plantas e arbustos o maior desenvolvimento possível. Havendo ainda, além disso, estufas para plantas dos trópicos" (GOMES, 1866)

Utilização Inicial

Produtiva: mata / Recreativa: jardim

Utilização Actual

Produtiva: mata / Recreativa: jardim

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

António Rebelo da Fonseca - início da construcção dos jardins da Cerca por ordem de D. João V; Jardineiro - Abílio Ferreira de Brito, Joaquim de Jesus Marques; Engenheiro Agrónomo - Segismundo Saldanha

Cronologia

1715 2 Setembro - D. João V. através de Leonardo de Melo e Faria faz as escrituras de compra das propriedades onde se projecta a Real Obra de Mafra, nomeadamente do serrado pertencente ao vigário Francisco Gonçalves, adquirido por 200 mil réis; 1718, 28 Janeiro - António Soares de Faria, tesoureiro da Real Obra de Mafra, recebe ordens subscritas pelo próprio D. João V para que logo abra os alicerces da Cerca e plante árvores silvestres e faça o tombo das terras compradas. António Rebelo da Fonseca dá início à construção dos jardins da Cerca; 1728 - Parte dos jardins da Cerca é arrasada para abertura dos alicerces suplementares do plano definitivo (o quarto, proveniente de Roma) do Monumento; 1730 - Guilherme de Carvalho Bandeira escreve na sua Relação do Convento de Santo António de Mafra (1730-1744) que o Cerco tem ruas com matas fechadas, onde se criam coelhos em abundância, e muitos bosques onde não entra o sol; 1733, 19 Julho - É apresentada ao Desembargador Superintendente da Real Obra de Mafra, Leandro de Melo de Faria, e aos inspectores da mesma, uma certidão de medição da obra feita pelos empreiteiros no jardim do Convento, avaliada em oito contos, oitocentos e quarenta e seis mil oitocentos e dezanove réis; 1751 - descrição da cerca no Monumento Sacro por Frei João de S. José do Prado; 1755 - Courtils, após visitar Mafra e os jardins do Palácio compõe a "Description de Lisbonne en Juin de 1755"; 1765-66 - José Gorani (1740-1810), visita Mafra e escreve as suas memórias; 1787, 2 Agosto - Beckford narra por carta as circunstâncias que o levaram ao Cerco: tentando escapar aos frades. 1789-1790 - James Murphy escreve nos Travels in Portugal sobre os jardins; 1800 - Após a sua visita a Mafra, Don José Andres Cornide y Saavedra descreve o Cerco e a Tapada; 1807, 6 Junho - Cerca das 16 horas ocorre um violento tremor de terra. Por temerem novos abalos telúricos muitos dos ocupantes do Convento e Palácio pernoitam no Jardim do Cerco. 1820 - Frei Cláudio da Conceição descreve o Cerco; 1828 - Frei João de Santa Ana, descreve a Tapada e a circulação pormenorizada da água em Real Edificio Mafrense visto por fora e por dentro; 1854 - Lady Emmeline Stuart Wortley publica em Londres A Visit to Portugal and Madeira; 1866 - Joaquim da Conceição Gomes publica a primeira edição de O Monumento de Mafra: descripção minuciosa d' este edificio; 1906, Júlio Ivo descreve o Cerco no seu Guia Ilustrado: O Monumento de Mafra; (c.) - ajardinamento do Pátio das Bicas, construcção de estufa; 1910 - passagem do Cerco para o domínio público; 1921 - limpeza do jardim da nora, jogo da bola e ruas próximas pelos Amigos de Mafra. O dispêndio anual com a conservação do Cerco é orçado em mais de Esc. 3000$00. Para fazer face a parte dessa despesa, os Amigos de Mafra pretendem organizar festas e vender flores; 11 Maio - A Câmara Municipal solicita ao Governo a posse do Jardim do Cerco, à data sob administração do Palácio Nacional. Suspensão dos projectos pelos Amigos de Mafra; 1924, 20 Junho - Por despacho ministerial o Jardim do Cerco é cedido à Escola de Tiro de Infantaria; 1935 - O Jardim encontra-se ao abandono; 1944 - 28 Agosto - A CM aprova o Anteprojecto de Miguel Jacobetty Rosa, que dita a ampliação da mata a nascente do Monumento para Norte, abrangendo o Cerco e o espaço deixado devoluto pela transferência do Depósito da Remonta para outro local; 1945 - o Jardim do Cerco reabre "inteiramente renovado e florido",duplicado segundo o eixo Leste-Oeste, com as valetas calcetadas e o tanque das Omnias, a Nora e o Jogo da Bola restaurados; 1947 - O Cerco é dirigido pelo Engenheiro Agrónomo Segismundo Saldanha da Direcção dos Serviços Florestais, e é jardineiro Joaquim de Jesus Marques; 1948 - a nora do Jardim do Cerco foi esgotada e limpa em busca das estátuas que antes existiam; 1975 - Maio - é inaugurado um parque infantil; 1995 , Janeiro - Dá-se início aos trabalhos preliminares de recuperação do Jardim do Cerco. Março - O Instituto Superior de Agronomia associa-se ao projecto; Outubro - O Ministério do Comércio e Turismo, a Secretaria de Estado do Turismo, o Fundo de Turismo, o Instituto Superior de Agronomia e a Câmara de Mafra patrocinam a edição de Jardins Históricos de Portugal: projecto piloto de valorização cultural e turística (Jardim Botânico da Ajuda, Lisboa; Jardim do Cerco, Mafra); 1997 - 24 Agosto - São inaugurados o novo Parque Infantil e o Parque das Merendas do Jardim do Cerco, orçados em cerca de 30 mil contos; 2018, 28 março - é publicado o Anúncio n.º 42/2018 (DR, 2.ª série, n.º 62) abrindo o processo de classificação do Real Edifício de Mafra - Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada.

Dados Técnicos

Recurso a muros de suporte para isolamento do jardim formal. Existem quatro nascentes de água na Cerca: Poço da nora da Cerca e Poço pequeno do jardim, poço do portão da tapada, junto à porta norte do Convento, Poço do portão da tapada, junto ao portão principal, Mina da Cerca. encostada ao canto sudoeste do muro, junto às Terras da Vela. Termina no jardim a canalização da água da tapada de mafra. O escoamento superficial é feito por um elaborado sistema de valas que ladeiam os caminhos da mata e do jardim e drenam por gravidade para o Cano Real (colector de águas sujas).

Materiais

INERTES: alvenaria, saibro (caminhos). VEGETAL: árvores - abeto (Picea abies), ameixeira-de-jardim (Prunus cerasifera),árvore-do-incenso (Pittosporum undulatum) ácer (Acer opalus ssp granatensis), araucária (Araucaria bidwilii e Araucaria colunmaris), azereiro (Prunus lusitanica),bordo-comum (Acer campestre), cameleira (camelia japonica), castanheiro-da-Índia (Aesculus hippocastanum), cedro-do-buçaco (Cupresus lusitanica), cedro-de-espanha (Juniperus oxycedros), freixo (Fraxinus angustifolia), hortênse (Hydrangea macrophylla), lagunaria (Lagunaria patersonii), ligustrum (lLigustrum sp), lantana ( Lantana camara), lodão-bastardo (Celtis Australis), magnólia (Magnolia grandiflora), metrosidero (Metrosideros robusta), nespereira (Eriobotrya japonica), olaia (Cericis siliquastrum), plátano (Platanus hybrida), tília-de-folhas-grandes (Tilia platyphylos), tuia (Thuja orientalis), ulmeiro (Ulmus minor); arbustos - buxo (Buxus semperviriens), cana (Canna indica), evônimo (Euonymus variegata), Linum grandiflora, loendro (Nerium oleander), roseira (Rosa sp) ; herbáceas - agapantus (Agaphantus africanus) bergenis crassifolia, begonia sp, craveiro (dianthus sp), crisântemo (Chrysantemum sp)cyneraria sp), clivia sp, dahlia sp, gladíolo (Gladiolus sp), (impatiens sp), lírio (Iris sp), margarida (bellis perennis),ophipogon japonica, salvia (Salvia splendens), viola sp; trepadeiras - hera (Hedera helix).

Bibliografia

ANA Frei João de Santa, Real Edificio Mafrense visto por fora e por dentro, 1828; Bul. des Études Portugaises, v. 26, Paris, 1965; CARVALHO, Ayres, Obra Mafrense, Câmara Municipal de Mafra, 1992; CASTEL-BRANCO, Cristina, Projecto de Recuperação do Jardim do Cerco em Mafra - Evolução Histórica e Actividades, ISA-SAAP, Lisboa, 1995; Estado de Portugal en el año de 1800, in Memorial Historico Espanol, 1893; GOMES, Joaquim da Conceição, O Monumento de Mafra: descripção minuciosa d' este edificio, 1866; JACAL, Jardim do Cerco - Horta e Tapada, in O Carrilhão, 1990; MURPHY, James, Travels in Portugal, Londres, 1795;.OLIVEIRA, Eduardo Freire de, Elementos para a História do Município de Lisboa, XIV, Câmara Municipal de Lisboa,1991; SIMÕES, Gaspar, Diário de William Beckford em Portugal e Espanha, Biblioteca Nacional, Série Portugal e os Estrangeiros, Lisboa, 3ª Edição, 1988; WORTYLEY, Lady Emmeline Stuart Wortley, A Visit to Portugal and Madeira, Londres, 1854; XAVIER, S.O., Mafra e Chambord - Contribuições para uma Germinação no Âmbito do Restauro do Jardim do Cerco - Relatório de Fim de Curso de Arquitectura Paisagista, ISA, Lisboa, 1997; http://cesdies.net/mmv/newS.htm.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; Instituto Superior de Agronomia

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; Instituto Superior de Agronomia

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Projecto Piloto de Valorização Cultural e Turística - Ministério do Comércio e Turismo, 1995, a cargo da secção Autónoma de Arquitectura Paisagista do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa.

Observações

*1 Real Edifício de Mafra - Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada; Abílio Ferreira de Brito era natural de Aveiro e trabalhou como jardineiro chefe, sob as ordens do francês Bonard, que D. Fernando de Sax contratara para traçar os Parques das Necessidades, da Pena e de Mafra (jardim da cerca e um outro junto às lagoas da Tapada). Tomás de Melo Breyner confidenciou ter ouvido dizer ao Conde de Ficalho e a Jules Daveau "que sem o prático de Mafra se não podiam ter feito colheitas capazes para os herbários, porque tinha ele o instinto do classificador" (Memórias, v. 1, Lisboa, 1930, p. 181-182).*"não há muitos anos (desde 1893) por ocasião de se modernizar um jardim na cerca do Convento, foram quebradas pelo camartelo do trabalhador diversas figuras mitológicas, modeladas em gesso na escola de escultura de Mafra [...]. Desse vandalismo alguns restos foram salvos pelo Sr. Estevão António Jorge, que fora discípulo daquela escola [...]" (O Mafrense, 1893)

Autor e Data

Paula Simões 1999 / Pereira de Lima 2005

Actualização

 
 
 
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