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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja de Confraria / Irmandade Misericórdia
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Descrição
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Planta longitudinal composta, com nave, capela-mor mais estreita, sacristia e torre sineira. Volumes articulados de disposição na horizontal com cobertura em telhado de duas águas. Fachada principal orientada a O., com pano limitado por duas pilastras em granito encastradas com aparelho isódomo, coroadas por dois pináculos. Ao centro, portal em arco abatido, encimado por cornija contracurvada. Junto à soleira, ombreiras decoradas por duas volutas. Porta de duas folhas em madeira com bandeira. Encima o portal, janela com lintel e soleira em arco abatido coroada por frontão e cornija. Remate em empena com frontão coroado por cruz latina. Lateralmente, torre sineira *1 com campanário em granito, em arco pleno, emoldurado por volutas. Acesso exterior à torre sineira com porta de ferro com lintel em arco abatido em granito. Os demais alçados encontram-se adossados a outras construções. Acesso ao interior através de degrau. INTERIOR de uma nave com coro-alto em madeira e capela-mor mais baixa e estreita. Tectos tripartidos em madeira pintada com travejamento, o da capela-mor de tom azul com estrelas. O piso da nave é em soalho e ao centro, em cimento. Coro-alto de madeira com acesso por escadas situadas no lado N., iluminado por janelão. Sob o coro-alto, guarda vento de madeira pintada. Do lado da Epístola, púlpito com bacia em granito suportada por consola e guarda em madeira. Junto a este, uma imagem assente em mísula de madeira, com correspondência no lado oposto. Altar lateral emoldurado por vão com lintel em arco perfeito com impostas salientes e pedra de fecho decorada, tendo protecção em madeira. Neste, integram-se duas imagens. Do lado do Evangelho, ergue-se um retábulo com características semelhantes. Arco triunfal de volta perfeita com impostas salientes, ladeado por dois altares em madeira, contendo imagens. Capela-mor iluminada por duas janelas, com piso em lajeado de granito. Retábulo de talha dourada. Do lado da Epístola, surge mísula com imagem. A partir deste espaço acede-se à sacristia. |
Acessos
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Largo Gil Sanches e Paio Pais |
Protecção
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Incluído na Zona de Proteção do Pelourinho de Sarzedas (v. PT020502230004) |
Enquadramento
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Urbano, localizada a meia encosta. A Igreja encontra-se ladeada por outras construções e confina com a via pública. Próximo localiza-se o Pelourinho. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Propriedade
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Privada: Misericórdia |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 (conjectural) / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18 - data provável da sua edificação; 1752, 21 Junho - D. José manda que se faça o tombo da Misericórdia, declarando-se que tinha 201 irmãos de ambos os sexos; tinha uma imagem do Senhor crucificado, de vulto, uma de Nossa Senhora da Soledade, de roca, um Crucificado mais pequeno, para as procissões, um sudário, 2 cálices com patenas de prata, 4 castiçais de estanho, uma lâmpada de metal amarelo, 2 caixões para os paramentos, em castanho, com 3 gavetões, um sino, uma bandeira, um cofre forrado que servia para o Santíssimo, 8 lanternas de folha de Flandres, um caixão de castanho, que serve de cartório; a igreja tinha dois altares, o mor com painéis da Paixão, com o Crucificado e Nossa Senhora da Soledade, e cobertura pintada com tarjas de arquitectura de flores; a poente, confina com as casas do capitão João Gonçalves Ruivo, de Sarnados do Ródão, tendo de N. a S., 11 varas e 3/4; parte do anscente por onde confina com as casas da Irmandade de N. a S. 11 varas e 3/4; a S., onde confina com a Praça, mede 6 varas e, a N., seis varas; tinha um alpendre lajeado de cantaria com colunas, à entrada principal, com 2x3 varas; tinha duas casas atrás da sacristia, confinando, a E., com celeiros da Coroa; casa da sacristia dividia-se em duas dependências, uma delas a casa do sino, que confinam, a E., com celeiros; tem uma casas para peregrinos, e, junto a estas, a hospitaleira; esta tem um balcão com escadas de pedra, no lado da Praça; 1950 / 1960 - aplicação de friso em azulejos na nave. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Madeira, reboco, granito, argamassa, telha de meia cana, ferro, azulejos. |
Bibliografia
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DIAS, José Lopes, Albergarias da Beira Baixa, in Separata da Acção Médica, fasc. 39, Lisboa, Janeiro - Março 1946; OLIVEIRA, Acácio C., Sarzedas e o seu termo - aspectos geográficos, históricos e etnográficos, s.l. 1987; MARCELO, M. Lopes, Beira Baixa - novos guias de Portugal, Lisboa, 1993. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMCB |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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SCMS |
Intervenção Realizada
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SCMS: 1950 / 1960 - obras de restauro e aplicação de azulejos no friso; 1995 - restauro nas coberturas interiores e exteriores, pintura de interiores e exteriores. |
Observações
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*1 - torre sineira não foi terminada, optando-se pela colocação de um campanário. |
Autor e Data
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Luís Castro 2000 |
Actualização
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