Castro de Ovil

IPA.00000731
Portugal, Aveiro, Espinho, Paramos
 
Aglomerado proto-urbano. Povoado da Idade do Ferro com ocupação romana pouco relevante. Povoado fortificado / castro.
Número IPA Antigo: PT010107040001
 
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Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Povoado  Povoado da Época do Ferro  Povoado fortificado  

Descrição

Faz parte de pequeno conjunto de pequenas elevações, com plataforma com aplanação ovalada com declive suave sobre o eixo maior, delimitada naturalmente a S. e O. pela ribeira de Rio Maior e afloramentos graníticos e a N. e E. por um sistema de forros e taludes concêntricos para constituição de fosso artificial para defesa. Os fossos cravados no xisto têm perfil subtriangular, sendo de maior profundidade o que delimita a plataforma central sobre a qual se podem observar o negativo das defesas existentes a NE., possivelmente levantadas com materiais retirados do fosso. A entrada do recinto faz-se a O.

Acessos

Lugar do Monte, por desvio de terra batida à EN 109-4, 40º 58' N. e 0º 30' 43 E.

Protecção

Categoria: IM - Interesse Municipal, Decreto nº 29/90, DR, 1ª série, nº 163 de 17 julho 1990

Enquadramento

Rural. Integrado em bosquedo com tojos e fetos espontâneos arborizado por sobreiros, pinheiros e eucaliptos, em terras xistosas e argilosas, perto da linha férrea do Vale do Vouga, em local abrigado e ermo. A ribeira de Rio Maior constitui o limite do recinto a S. e O..

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Época Construção

Idade do Ferro

Arquitecto / Construtor / Autor

Não aplicável

Cronologia

Idade do Ferro - provável construção; séc. 09 - 13 - referências ao arqueosítio, então denominada lagona de auille, auil e obil, entre outras designações; 1897 - Pedro Azevedo propõe a sua localização na freguesia de Mozelos, Vila da Feira; 1963 - Arlindo de Sousa admite, pela primeira vez, a sua localização em Páramos, Espinho; 1990, 17 Julho - classificação como Valor Concelhio (Decreto n.º 29/90, DR, 1ª série, n.º 163).

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes

Materiais

Terra, argila, xisto

Bibliografia

AZEVEDO, Pedro, O território do antigo castro de Ovile, O Arqueólogo Português, Vol. 3, Lisboa, 1897, pp. 137 - 142; SÁ, Manuel F. de, Monografia de Paramos, Figueira da Foz, 1937, p. 239; BRANDÃO, Francisco, Notícia da localização do castro de Ovil em Paramos, Espinho - Boletim Cultural, Vol. IV, nº 14, Espinho, 1982, pp. 175 - 182; FERREIRA, Carlos, SILVA, Maria, Distrito de Aveiro. Castro de Ovil, Informação Arqueológica, nº 4, Lisboa, 1981, pp. 41 - 43; IDEM, IBIDEM, nº 5, Lisboa, 1982 - 1983, pp. 38 - 39; SALVADOR, Jorge, O Castro de Ovil, Espinho. Boletim Municipal, nº 3, Espinho, 1992, pp. 14 - 15; SILVA, António, SALVADOR, Jorge, Relatório de Trabalhos Arqueológicos. Castro de Ovil, Páramos - Espinho, Espinho, 1994 - 1995; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71009 [consultado em 14 outubro 2016].

Documentação Gráfica

Câmara Municipal de Espinho; DGEMN: DSID

Documentação Fotográfica

DGEMN: DSID

Documentação Administrativa

DGEMN: DREMC

Intervenção Realizada

1981 - Campanhas arqueológicas dirigidas por Carlos Jorge Alves Ferreira e Maria Antónia Soares: sondagem do lado NE. da plataforma, entre uma pedreira e o caminho de acesso (detectada provável existência de uma lareira); 1982 - Idem: escavação do lado SE. da plataforma, junto à antiga fábrica de papel (detectadas 3 estruturas habitacionais subcirculares de diferentes tipologias); 1984 e 1986 - Idem: acções de limpeza, manutenção e acerto de cortes para definir o perímetro das estruturas exumadas; 1992 - campanhas arqueológicas, com autorização do IPPAR, conduzidas pelo arqueólogo Jorge Salvador: avaliação do estado de conservação das estruturas; 1993 - escavações dirigidas por António Silva e Jorge Salvador: acção de limpeza e conservação (regularização de cortes e pisos, consolidação e reconstrução de parte dos muros de duas estruturas, abertura de pequena vala para colocação de sistema de drenagem de águas pluviais; 1994 - escavações realizadas por Jorge Salvador e António Manuel Silva: detecção de uma estrutura habitacional subcircular com vestíbulo e de outra, cavada no afloramento.

Observações

Autor e Data

Carlos Ruão 1996

Actualização

Anouk Costa 1999
 
 
 
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