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Edifício e estrutura Edifício Político e administrativo central Instituto
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Descrição
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Edifício composto por 4 corpos adossados de planta e área diferenciadas alinhados em formato de V com corpo principal orientado a SO. Corpo principal: antecedido de escadaria de pedra que se estende a toda a largura da fachada. Esta composta por 3 panos sendo os laterais idênticos e de menores dimensões. Ambos os pisos têm 3 vãos rasgados no inferior em portas e no superior em janelões (estes decorados com vitrais de formas geométricas. Sobre estes, baixos-relevos de pedra rematados por friso interrompido. No pano central a remate, "INSTITUTO NACIONAL DE ESTATISTICA" a letras brancas sobre fundo de reboco amarelo. Corpos rectangulares: desenvolvem-se em 4 pisos sendo o último ligeiramente de menores dimensões e recuado. Fachadas exteriores divididas em 3 panos idênticos divididos em 7 vãos de janelas de peitoril. Nas fachadas a tardoz, pano semelhantes aos anteriores com 4 vãos por piso. |
Acessos
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Avenida António José de Almeida; Avenida do México; Avenida Manuel da Maia |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 179/2013, DR, 2.ª série, n.º 67 de 05 abril 2013 *1 |
Enquadramento
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Urbano. Isolado, implantado num terreno, de forma triangular, toda murado, a N. do Instituto Superior Técnico (v. PT031106430168), tendo a fachada principal voltada a O. para a Avenida António José de Almeida e, a E., com uma pequena zona arborizada, voltada à Avenida Manuel da Maia. Do lado N. estende-se o Bairro Social do Arco do Cego (v. PT031106430303) com a Igreja de São João de Deus (v. PT031106430536) e o Liceu Dona Filipa de Lencastre (v. PT031106430538) integrado no dito bairro. |
Descrição Complementar
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Na fachada principal, sobre as janelas laterais, dois baixos relevos da autoria do escultor Leopoldo de Almeida, representando um a Agricultura e a Demografia e, outro o Comércio e a Indústria. No Salão Nobre, destaca-se a decoração da sala com dez frescos, da autoria do pintor Henrique Franco, representando as quatro estações do ano e algumas actividades económicas tais como a Agricultura, a Pesca, os Têxteis e a Cerâmica. Na escadaria principal, no patamar superior, um vitral, de grandes dimensões, em posição horizontal, executado em 1933 no atelier de Ricardo Leone, sob cartão do pintor Abel Manta. |
Utilização Inicial
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Política e administrativa: instituto |
Utilização Actual
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Política e administrativa: instituto |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Porfírio Pardal Monteiro (1931). DESENHADOR: Abel Manta (1933-1934). ESCULTOR: Leopoldo de Almeida (1933-1934); PINTOR: Henrique Franco (1933-1934). VITRALISTA: Roberto Leone (1934). |
Cronologia
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1931 - data do projecto, da autoria de Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957); 1932, Janeiro - são iniciados os trabalhos de construção do novo edifício com a colaboração de vários operários e técnicos que prestaram serviço na construção do Instituto Superior Técnico; 1932, 23 Fevereiro - cerimónia do lançamento da primeira pedra, estando já abertos os caboucos em toda a ala Sul; 1933-1934 - execução da pintura por Henrique Franco, os vitrais, desenhados por Abel Manta e a escultura de Leopoldo de Almeida; execução de um vitral para o interior por Roberto Leone 1935, 23 Maio - inauguração do imóvel; 2004, 12 janeiro - requerimento para a classificação, por um particular; 2006, 25 junho - Despacho de abertura do processo de classificação pelo vice-presidente do IPPAR; 2012, 29 fevereiro - proposta da DRCLVTejo de classificação como Monumento de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção; 29 outubro - publicação do projeto de decisão relativo à classificação do edifício como Monumento de Interesse Público, e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção, em Anúncio n.º 13631/2012, Dr, 2.ª série, n.º 209. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Betão armado, madeira,vidro, ferro forjado |
Bibliografia
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SANTIAGO, Fernando, Instituto Nacional de Estatística in Panorama - Revista Portuguesa de Arte e Turismo, nº 11, Lisboa, 1942; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, AAP, 1987; FERNANDES, José Manuel; JANEIRO, Mª de Lurdes, Arquitectura Modernista em Lisboa, 1925-1940, Lisboa, CML, 1991; FERNANDES, José Manuel, Arquitectura Modernista em Portugal, Lisboa, Gradiva, 1993; Instituto Nacional de Estatística, in Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; Arquitectura del Movimiento Moderno. Registro Docomomo Ibérico. 1925-1965, 1996; CALDAS, João Vieira, Pardal Monteiro - Arquitecto, Lisboa, AAP, 1997; Arquitetura Moderna Portuguesa 1920-1970, IPPAR, 2004, p.182 |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSARH, DGEMN/DSEP, DGEMN/DRELisboa/DIE, DGEMN/DRELisboa/DEM, DGEMN/DRELisboa/DRC, DGEMN/Arquivo Pessoal Porfírio Pardal Monteiro |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSEP/DNISP |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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DGEMN: 1950 - obras de conservação e reparação pela Direcção Regional; 1954 - realização de obras, pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1961 - Obras de beneficiação e de conservação, pelos Serviços de Construção e de Conservação. |
Observações
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*1 - DOF: Edifício Sede do Instituto Nacional de Estatística incluindo muros e logradouro. O Instituto Nacional de Estatística foi criado pela Lei nº 1911, datada de 23 de Maio de 1935, tendo-lhe sido atribuídas as "funções de notação, elaboração, publicação e comparação dos elementos estatísticos referentes aos aspectos da vida portuguesa que interessam à Nação, ao Estado e à Ciência". A compra do terreno ficou em 900 contos e na construção do edifício foram gastos cerca de 5 000 contos. Para fazer face às crescentes necessidades de instalação está previsto uma ampliação do edifício, com projecto do Arqtº. Arsénio Cordeiro. |
Autor e Data
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Filomena Bandeira 1998 / Luísa Castro-Caldas 2007 |
Actualização
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