Edifício na Avenida Álvares Cabral, n.º 44 a 48

IPA.00007790
Portugal, Lisboa, Lisboa, Campo de Ourique
 
Edifício residencial multifamiliar modernista.
Número IPA Antigo: PT031106300488
 
Registo visualizado 820 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial multifamiliar  Edifício  Edifício residencial  

Descrição

Acessos

Avenida Álvares Cabral, n.º 44 a 48

Protecção

Em estudo / Incluído na Zona de Proteção Edifício do Jardim-Cinema (v. IPA.00003021)

Enquadramento

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: edifício residencial

Utilização Actual

Residencial: edifício residencial e comercial

Propriedade

Privada:

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Viriato Cassiano Branco (1897-1970).

Cronologia

1936 - Augusto Santos adquire um terreno com 405,43 m2 ao preço de 325$00 por m2, destinado à construção de um prédio de rendimento: a compra é efectuada a Mário Rego Xavier Pereira, um advogado proprietário de terrenos na faixa então sujeita a urbanização no lado N. da Avenida Álvares Cabral, constituída esta por talhões de diversas dimensões, alguns deles quintais dos prédios da R. Dom Dinis, e que nos anos 30 conhecem alienação para construções de rendimento (neste caso, o lote necessário é adquirido por inteiro ao mesmo proprietário, dispensando a operação de "emparcelamento" mas não evitando um talhe irregular; 1936, Abr. - apresentação na Câmara do projecto de um prédio para sete pisos (incluindo o r/c), com cobertura e pavimentos em lages de cimento armado: os desenhos exibem a assinatura de um engenheiro civil; 1936, Jun. - por se encontrar numa "Zona Principal de Construções", o projecto necessita da apreciação do Conselho de Arquitectura da CML, parecer este onde se considera "o edifício projectado" estar "em condições dignas de aceitação sob o ponto de vista arquitectural e dentro do carácter modernista" (1), todavia, correcções ao projecto são aconselhadas por obediência ao Regulamento Geral das Construções Urbanas e às condições específicas de urbanização da zona: o problema encontra-se na altura máxima permitida, não superior a 21 m, enquanto o edifício projectado atinge, no eixo da sua frente principal, 26 m . Por este motivo, o Serviço de Arquitectura pronuncia-se pela supressão de um piso (ficando o edifício com 23 m), tolerando ainda assim valores acima dos definidos pelo regulamento em virtude de na zona existirem prédios com cerca de 23 m, altura permitida para "ocultar as traseiras de propriedades existentes na R. Dom Dinis e Travessa das Terras de Santana" (1); 1936, Dez. - com a construção a decorrer, e com o prédio já então projectado para seis pisos, o proprietário decide-se pela edificação, ao fundo do logradouro e numa plataforma elevada entre o r/c e o 1º piso, de 12 carvoeiras a serem utilizadas pelos inquilinos, possibilidade não prevista inicialmente no projecto; 1937 - o edifício está concluído; 1943 - cinco anos após a construção, o imóvel conhece reparações na fachada, notando-se, através do pedido de licença, ser já outro o proprietário (José Seixas Fidalgo); 1964 - 28 anos volvidos sobre a determinação camarária que obriga à redução de sete para seis pisos, um projecto de ampliação é agora aprovado: o novo piso, dotado com dois andares, apresenta-se em planta idêntico ao recuado, aproveita o remate do edifício e prolonga-o em altura, justificando-se na memória descritiva que "dada a situação do prédio e especialmente a das novas habitações, com posição frente à estupenda panorâmica do estuário do Tejo e bom número de divisões, lhe conferem as melhores condições de habitabilidade" (2) - esta tentativa de rentabilizar a propriedade urbana e de rendimento, apesar de aprovada, não se concretiza; 1964 - o r/c esquerdo conhece arrendamento comercial, decorrendo neste ano obras já iniciadas no anterior no sentido de melhor adaptar um espaço habitacional às instalações de uma Sociedade de Decorações e Publicidade: além da ampliação para o logradouro, da criação no interior de uma área destinada a exposições, rasga-se uma entrada no alçado lateral com acesso directo à rua pelo nº 48; 1982 - auto de vistoria que obriga a obras na escada de salvação por ameaçar ruína e perigo para os moradores, naquele documento constando ainda observações sobre o mau estado das fachadas, provocado sobretudo pela dasagregação do reboco; 1988 - constituição da propriedade horizontal; 1993 - decorrem as obras que possibilitarão a abertura do restaurante Pizza Hut, mantendo-se assim a ocupação comercial do r/c num edifício de características habitacionais: a intervenção revela-se profunda, implicando a completa remodelação do interior, incluindo alterações nas fundações, bem como é extensiva ao exterior (ocupação do logradouro);

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

MAIA, Augusta Adrego, Cassiano Branco - 1897 -1970, Lisboa, UNL, 1986; Arquitetura Moderna Portuguesa 1920-1970, IPPAR, 2004, p.186.

Documentação Gráfica

CML: Arquivo de Obras, Proc. nº 51093

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

CML: Arquivo de Obras, Proc. nº 51093

Intervenção Realizada

1943 - obras de beneficiação na fachada; 1964 - obras de adaptação do r/c esqº para uso comercial; 1982 - reparação da escada de serviço; 1991/1994 - obras no r/c esqº para instalação de um restaurante;

Observações

EM ESTUDO (1) CML: Arquivo de Obras, Proc. nº 51093: Parecer do Serviço de Arquitectura da Câmara Municipal de Lisboa, assinado pelo Arquitecto-Chefe João Piloto e datado de 5 Junho 1936; (2) Idem, Memória Descritiva do "Projecto para aumento de um andar no prédio nº 46 da Avenida Álvares Cabral", 1964;

Autor e Data

Filomena Bandeira 1999

Actualização

 
 
 
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