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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre
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Descrição
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Planta em V composta pela articulação de 2 corpos rectangulares de modo convergente com corpo trapezoidal, formando um pátio com a mesma planta, volumetria escalonada, a cobertura efectuada por telhados a 3 e 4 águas articulados nos ângulos. De 2 pisos e panos de muro em reboco pintado com soco, pilastras e cunhais de cantaria, animados pela abertura de vãos de verga recta com emolduramento simples de cantaria, a ritmo regular. Alçado principal a E., coincidente com o corpo de convergência - com superfície murária côncava, regista-se piso térreo avançado, animado por janelas de sacada e interrompido a eixo por módulo aposto, correspondente a escadaria com guarda em ferro forjado, de lanços curvos convergentes e conducentes ao 1º andar. Esta escadaria apresenta pano central convexo rasgado por arco abatido, que permite o acesso ao interior. O andar nobre, precedido de terraço delimitado por guarda em ferro forjada ritmada por plintos, exibe alçado tripartido pela presença de pilastras de cantaria, com 1 janela de sacada de verga recta destacada em cada um dos módulos. No alçado a S., frente composta por 3 corpos separados por pilastras, dos quais se demarca o central, com abertura de 7 janelas de peito no piso térreo encimadas, ao nível do andar nobre, por janelas de sacada de verga recta destacada servidas por varandins com guarda metálica assentes no friso de cantaria que separa os 2 pisos. Os corpos extremos, seguem a mesma solução, aqui limitada a 1 alinhamento de janelas em cada deles. No extremo O. regista-se, apenas ao nível do embasamento, um corpo avançado relativamente ao alçado posterior (a O.), correspondente a terraço ao nível do seu 1º andar. O alçado lateral N. apresenta-se em declive dado tipo de implantação no terreno; com pisos separados por friso de cantaria, exibe fachada de menor comprimento animada por janelas de peito. O edifício é superiormente rematado por cornija continuada, acima da qual se eleva platibanda em balaustrada ritmada por plintos *1. |
Acessos
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Alameda Hermano Patrone / Rua João Chagas, nº 1 - 3 |
Protecção
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Enquadramento
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Urbano, na zona baixa de Algés; para nascente marcam este espaço urbano o Jardim Municipal (com espécies vegetais centenárias, designadamente araucárias e dragoeiros) e o Parque Anjos. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: edifício multiusos |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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c. 1727 - edificação do palácio pelo 8º conde de Vimioso e 2º marquês de Valença, D. Francisco de Paula de Portugal e Castro (1679 - 1749), nos terrenos do convento de São José de Ribamar, passando posteriormente para a posse dos condes do Lumiar; 1872 - aquisição do imóvel pelo conde de Cabral (que adquire igualmente o convento de São José de Ribamar), passando depois a seus herdeiros, os marqueses da Foz; 1920 - - instala-se no edifício um casino (inicialmente designado The Splendid Foz Garden e depois São José de Ribamar) que deixa de funcionar em 1928, passando depois a residência de veraneio de Hintze Ribeiro e, ainda posteriormente a instalações de uma escola secundária; c. 1940 - no edifício funciona a sede da Junta Autónoma de Obras de Hidráulica Agrícola, uma extensão do liceu de Oeiras e a escola Bartolomeu Dias; 1962 - aquisição do edifício pela Câmara Municipal de Oeiras; 1999, Abril - tem início uma campanha de obras de restauro, beneficiação e remodelação (segundo projecto da responsabilidade do município), com vista à adapatação do imóvel à instalação de serviços culturais municipais, nomeadamente a Biblioteca Municipal (desde 1980 no Palácio Anjos (v. PT031110090035), a Escola de Dança Municipal e a sede do Centro de Estudos e Difusão de Música Antiga; 2000 - decorrem obras de recuperação para a instalação de serviços culturais da Câmara, projecto orçado em 375 mil contos; 2001/07/13 - inauguração do Palácio como Centro cultural: Biblioteca Municipal, Centro de Dança de Oeiras e Centro de Estudos e de Difusão de Música Antiga. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira |
Bibliografia
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FIGUEIRA, Pe. Francisco da Silva, Os Primeiros Trabalhos Literários, Lisboa, 1865 ; PEREIRA, Esteves, RODRIGUES, Guilherme, Portugal Diccionario, Vol. I, Lisboa, 1904 ; ARCHER, Maria, COLAÇO, Branca Gonta de, Memórias da Linha de Cascais, Lisboa, 1943 ; ALVES, Maria Paula Picciochi, Algés. Metodologia para uma Planificação Arquitectónico-Urbanística do Núcleo Urbano, Lisboa, 1979 ; Apontamentos para uma História, in ABC, Mar., 1994 ; CRISPIM, M. N., LOBO, P. V., (coord. de), Retratos de Oeiras, Oeiras, 1994 ; FERNANDES, José Manuel, Imagens de Oeiras, Oeiras, 1996 ; Plano Director Municipal, Oeiras, 1996 ; ROCHA, Filomena Isabel L. C., Oeiras - O Património, A História, Oeiras, 1996 ; Palácio Ribamar, Espaço de Cultura e Arte, in Roteiro da Câmara Municipal de Oeiras, Nº 49, Abr., 2001 |
Documentação Gráfica
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CMO: Departamento de Infraestruturas Municipais - Divisão de Estudos e Projecto |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - o acesso ao interior foi inviabilizado pelas obras em curso (ainda que em fase conclusiva). |
Autor e Data
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Filomena Bandeira 2000 / Teresa Vale, Maria Ferreira e Sandra Costa 2001 |
Actualização
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