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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte pedonal / rodoviária Tipo arco
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Descrição
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Ponte de alvenaria de pedra e cal, com tabuleiro horizontal assente em arcos de cantaria. Na margem S. do Rio Mira subsiste um o arranque de um arco muito arruinado. Na margem N. subsistem dois arcos de volta perfeita e o arranque de um terceiro, com molduras de cantaria, separados quer a montante quer a jusante por talhamares de cantaria, tabuleiro bastante arruinado, conservando parte dos muros laterais de alvenaria e o intradorso dos arcos em tijolo. |
Acessos
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Protecção
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Categoria: IM - Interesse Municipal, Deliberação da Assembleia Municipal de Odemira de 19 janeiro 2006 |
Enquadramento
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Rural, isolado no fundo de um vale, onde corre o rio Mira, com margens arborizadas e densamente cobertas de vegetação; leito do rio atapetado de nenúfares; em zona de grande beleza natural, perto da Pousada de Santa Clara e da Barragem de Santa Clara. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: ponte |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural *1 |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Construtor: Francisco Lopes do Rosário |
Cronologia
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1748 - Roteiro menciona a localidade de Santa Clara como ponto de passagem da estrada de Lisboa a Albufeira, dado este confirmado por mapas do Séc. 18; Séc. 19, finais - em mapas desta época as estradas para o Algarve já não passam por Santa Clara apesar de na aldeia existirem ainda três estalagens para muda de cavalos e dormida de viajantes; 1822 - construção ou ampliação da ponte, pelo mestre de obras Francisco Lopes do Rosário, cuja localização se pode relacionar com o traçado de uma via romana que ligaria Beja ao Algarve e cujos vestígios perduram ainda na parte que atravessa o rio Mira; 1849 - a Câmara de Odemira já refere a necessidade de reconstruir a "ponte velha" de Santa Clara e da vantagem em fazê-lo em local mais firme, sobre rocha, junto à aldeia; Séc. 19, final - o condutor das obras públicas do concelho escreve um relatório de inspecção à "ponte antiga de alvenaria sobre a ribeira do Mira na estrada do Alentejo para o Algarve, à distância de 1Km aproximadamente da aldeia de Santa Clara"; refere que a ponte se acha em "péssimo estado de conservação, com grandes fendas nas abóbadas dos arcos centrais, originando depressões no pavimento onde as águas pluviais se acumulam antes de escorrer pelas fendas, e sem guardas, pelo que nela não passam já veículos, nem mesmo descarregados"; lamenta que tão importante construção se encontre em tal estado e recomenda obras urgentes; Séc. 20, meados - intervenção provoca parcial derrocada da ponte; 1992, 26 de Fevereiro - despacho de abertura do IPPC para classificação como Imóvel de Interesse Público; 1996, 31 de Outubro - despacho de abertura pelo IPPAR processo de instrução de classificação; 2000, 25 agosto - incluído no PDM de Odemira, Resolução nº 114/2000, DR n.º 196. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante |
Materiais
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Estrutura de alvenaria de pedra e cal, rebocada e caiada, com arcos de tijolo, molduras dos arcos e quebra-mares revestidos a cantaria. |
Bibliografia
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QUARESMA, António Martins, A Barca de Odemira, Beja, 1993. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR: DRE |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; Biblioteca Pública de Évora: Roteiro Terrestre, 1748, cod. CXII / I-14 d; AHM: T. Jefferys, Carta Geographica dos Reynos de Portugal e Algarves, 1762. |
Intervenção Realizada
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Séc. 20, meados - obras de intervenção; IPPAR: 2003 - 2005 - obras de recuperação e valorização: colocação de gravilha em substituição do pavimento original do tabuleiro já desaprecido; colocação de signalética e de traves de betão armado possibilitando acesso pedonal parcial sobre o leito do rio de molde a permitir a visão frontal da ponte. |
Observações
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*1 - incluído no Itinerário Pontes Históricas do Alentejo/IGESPAR. *2 - o pavimento original desapareceu tendo o extradorso das abóbadas das arcadas sido coberto por gravilha. |
Autor e Data
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Ricardo Pereira 2001 / Rosário Gordalina 2002 |
Actualização
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