Igreja Paroquial do Coração de Jesus / Igreja do Sagrado Coração de Jesus

IPA.00023036
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santo António
 
Arquitectura religiosa, modernista. Igreja paroquial. Desenvolvida em vários níveis a estrutura arquitectónica apresenta uma envolvência centrada no altar de modo a "enfatizar a assembleia dos fiéis nos actos litúrgicos". Através dos materiais usados (betão armado, painéis e blocos pré-fabricados) dá-se uma noção de perenidade ao edifício. Prémio Valmor de 1975.
Número IPA Antigo: PT031106141079
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Acessos

Rua Camilo Castelo Branco, n.º 4

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 18/2010, DR, 1.ª série, n.º 250 de 28 dezembro 2010 / Incluído na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente

Enquadramento

Urbano.

Descrição Complementar

O órgãotem 942 tubos, divididos em três secções, o Positivo, o Eco e a Pedaleira. O primeiro tem 10 registos, compondo um Flautado de 12, a Oitava Real, a Dezena, a Quinzena, a Dezanovena, Cheio a 4 vozes, Trombeta marinha, Falutado tapado de 12 palmos, Flautado tapado de 6 palmos, Voz humana. O Eco tem 8 registos, com o Flautado tapado de 12 palmos, Flautado tapado de 6 palmos, Flauta doce, Faluta de ponta, Voz humana, Flauta doce oitava, Corneta de 3 vozes, Chirimia. A Pedaleira tem 6 registos, com Contra de flautado de 24 palmos, Bordão, Oitava real, Cheio a 3 vozes, Sacabucha e Trombeta Marinha.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Arquitectos: Nuno Teotónio Pereira, Nuno Portas, Vasco Lobo, Vítor Figueiredo, Luis de Almeida Moreira e Pedro Vieira de Almeida; Engenheiros: Rui Júdice Gamito; Arquiteto paisagista: António Viana Barreto.

Cronologia

1955, 9 janeiro - toma posse o novo pároco, Padre Luís Martins Aparício, que verifica que a igreja tem capacidade para 200 pessoas quando a paróquia tem 25 mil habitantes; 13 abril - o MRAR (Movimento para a Renovação da Arquitetura Religiosa) decide em reunião propor ao pároco a realização de um concurso de anteprojetos para a futura igreja; 1956, 10 maio - o MRAR envia carta com esta proposta à Comissão Fabriqueira que respondeu de forma positiva; 1957 - o MRAR dedica o ano a preparar o concurso e respetivo programa que anuncia no seu Boletim do final do ano, será "a maior e a mais completa das [igrejas] paroquiais ultimamente construídas em Lisboa"; 1958 - o MRAR organiza curso de Arquitetura Sacra para formar arquitetos que quisessem participar no concurso; 1961 -MRAR anuncia no seu Boletim que havia 66 inscrições para projetos;1962, 31 maio - último dia para apresentação de projetos ao concurso em que 14 equipas sujeitam propostas; o júri foi composto pelos arquitetos Octávio Lixa Filgueiras e Formosinho Sanchez, Júlia Guedes como representante da paróquia, o Padre João de Almeida como representante do SNIP (Secretariado Novas Igrejas do Patriarcado) o arquiteto Francisco Conceição Silva, pelo SNA (Sindicato Nacional dos Arquitetos) e em substituição do arquiteto Bartolomeu Costa Cabral, secundados pelos dois consultores, o arquiteto Hermann Baur e o Padre Manuel Falcão; houve cinco projetos premiados "tendo em consideração a articulação e organização interna dos elementos que compunham a igreja e o centro paroquial, e a relação destes dois edifícios entre si, com a rua e os volumes vizinhos"; o anteprojeto vencedor do concurso foi entregue pelos autores arquitetos Nuno Teotónio Pereira, Nuno Portas, Vítor Figueiredo e Vasco Lobo, com a colaboração dos arquitetos tirocinantes Luis de Almeida Moreira e Pedro Vieira de Almeida, do engenheiro Rui Júdice Gamito e do Padre Avelino Rodrigues, como consultor litúrgico, na Câmara Municipal de Lisboa, que o aprovou no ano seguinte com algumas retificações; 1963, 2 abril - parecer da DGEMN a pedir a mudança para terrenos mais apropriados e a redução das proporções da proposta inicial; 3 abril - informação do Ministro das Obras Públicas, Arantes de Oliveira, a dizer que o parecer não corresponde ao que foi pedido à DGEMN mas que se desse conhecimento dele à Comissão Fabriqueira para que juntos procurassem a solução que todos gostariam de ver encontrada; 1964, 25 março - entregue projeto geral, que apresentou algumas melhorias decorrentes de um maior desafogo conseguido no pátio central; 1965 - a adjudicação da obra das fundações à empresa SOPECATE; 1966, 22 maio - cerimónia de lançamento da primeira pedra; concluído o projeto definitivo e adjudicada a primeira fase - igreja, sacristias, cartório paroquial, capelas mortuárias e salão; as obras foram acompanhadas pelos arquitectos Duarte Cabral Melo, Júlio de Saint-Maurice e Miguel Chalbert; a iluminação foi da responsabilidade de José Camacho Rodrigues, a ventilação e aquecimento de Sebastião Alves Sanfins e a acústica e som de António Azevedo Cordeiro; as construções especiais estiveram a cargo de Honorato Henriques, Lda.; 14 Novembro - contrato de empreitada com a firma ENGIL; construção do órgão pela firma de Morthampton em Inglaterra, Alfred E. Davies & Son, Ldt.; 1967 - início das obras; 1970, 19 junho - a igreja é benzida e abre à comunidade dois dias depois; 1975 - atribuição do Prémio Valmor; 2004, 18 junho - despacho do presidente do IPPAR a pedir a classificação do edifício; 2005, 18 março - despacho de abertura do processo de classificação pelo presidente do IPPAR; 02 setembro - proposta da Direção Regional de Lisboa do MC para classificação como Imóvel de Interesse Público; 2010, 28 dezembro - despacho de homologação da classificação como Monumento Nacional..

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

ALMEIDA, Pedro Vieira, " 2 igrejas: Sagrado Coração de Jesus e Paroquial de Almada", in Arquitetura, 3.ª série, 123, Lisboa, Setembro-outubro de 1971 (a consultar); Benção da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus e Consagração do altar, Lisboa, 19 Junho 1970; PEDREIRINHO, José Manuel, Dicionário de arquitectos activos em Portugal do Séc. I à actualidade, Porto, Edições Afrontamento, 1994; TOSTÕES, Ana e GRANDE, Nuno - Nuno Teotónio Pereira. Nuno Portas. Aveleda: Verso da História, 2013; CUNHA, João Pedro, O MRAR e os anos de ouro da arquitetura religiosa em Portugal no século XX - a ação do movimento de renovação da arte religiosa nas décadas de 1950 e 1960, tese de doutoramento, FAUL, 2014.

Documentação Gráfica

IHRU: Arquivo pessoal de António Viana Barreto

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, Arquivo pessoal de António Viana Barreto

Documentação Administrativa

IHRU: Arquivo pessoal de António Viana Barreto; PT DGEMN:DSCSV-001-0183/1160

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

João Machado 2005 Josina Almeida 2024

Actualização

 
 
 
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